sábado, 12 de março de 2022

GUERRA PARA IMPOR UMA ANTI-CIVILIZAÇÃO

 Neste dia 10 de março, quase às portas de Kiev (capital da Ucrânia), confronto de tanques russos e ucranianos.

“Os castigos mais terríveis ameaçam pois a humanidade”

Aconteceu! A Rússia de Putin invadiu a Ucrânia, num ataque brutal típico da mentalidade comunista da KGB, e sem nenhuma provocação ucraniana que justificasse isto.

     Putin não parará aí, se essa guerra não tiver uma resposta firme dos Estados Unidos e da Europa. Veremos a repetição do cenário da II Guerra mundial: Hitler, enquanto prometia paz, ordenava a guerra, com a anexação da Áustria e dos Sudetos e pouco depois invadia a Checoslováquia e a Polônia.

     Na época, Plinio Corrêa de Oliveira fez no jornal “Legionário” (3-9-1939) um comentário que bem pode ser glosado hoje para a agressão de Putin à Ucrânia: “É a guerra que se inicia, com todo o seu hediondo cortejo de morte, de miséria e de sofrimentos, para tentar impôr à Europa um senhor que é a antítese da civilização católica, e o produto de uma série secular de erros”.

Em resumo, do ponto de vista da política internacional, esse é o cenário que temos diante dos olhos. No que isto tudo pode dar, não sabemos, nos dias de caos e incoerência em que vivemos.

     Mas não podemos ficar só na política dos homens. Temos que elevar nossos olhos e perguntar como está a “política” de Deus. E nos perguntar em que medida esses acontecimentos se encaixam nos planos e desígnios d’Ele.

O que disse Nossa Senhora em Fátima? Que, como castigo pelos pecados dos homens, a Rússia “espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja; os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas; por fim, o meu Imaculado Coração triunfará”.

A propósito, cito mais um comentário de Plinio Corrêa de Oliveira, que se encaixa como uma luva no panorama atual: “Não há uma só aparição [de Fátima] em que não se insista sobre um fato: os pecados da humanidade se tornaram de um peso insuportável na balança da justiça divina. Esta a causa recôndita de todas as misérias e desordens contemporâneas. Os pecados atraem a justa cólera de Deus. Os castigos mais terríveis ameaçam pois a humanidade. Para que não sobrevenham, é preciso que os homens se convertam. E para que se convertam é preciso que os bons orem ardentemente pelos pecadores e ofereçam a Deus toda a sorte de sacrifícios expiatórios” (Catolicismode,Nº29, maio/1953).

O fato concreto é que, desde as aparições de Fátima, a decadência moral acentua-se dia a dia. Os Mandamentos são abandonados. Os pecados aumentaram em número e em malícia. As ofensas a Nosso Senhor tornaram-se mais generalizadas e agressivas.

Basta abrir os jornais para constatar a alarmante dissolução da família, o galope escandaloso das modas imorais, a expansão do nudismo sendo adotada por quase todo o corpo social, do aborto, da prostituição, das drogas, a marcha da homossexualidade, da ideologia de gênero e outros absurdos desses. A crise religiosa e moral acentua-se dia a dia de modo universal, atingindo tudo e todos, não excetuando quase ninguém. Sobretudo, em seu grau máximo, a estrutura da Igreja.

Assim, é de assustar que agora a Rússia ameace todo o mundo, arrastando-o para uma deflagração universal?

Não, não é!

Nela não estará o início da intervenção de Deus para punir a humanidade empedernida e pecadora?

E quem sabe se também é o início da preparação da humanidade para a conversão anunciada por Nossa Senhora, quando disse em Fátima: “Por fim, meu Imaculado Coração triunfará”?

Rezemos para que estejamos espiritualmente preparados para esses dias de cólera divina, mas também de esperança, e peçamos a especial proteção de Nossa Senhora para a Igreja, o mundo e nossas famílias.

ABIM

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