quinta-feira, 4 de agosto de 2022

“Situação é grave e a tendência é piorar.” Mangualde pode cortar água à noite “nos próximos tempos”

 Em Mangualde, pelo menos seis aldeias são já abastecidas por autotanques, mas o número deverá aumentar. Autarca afirma que "basta uma torneira não ter água para a situação ser grave".

O presidente da Câmara de Mangualde confirma à TSF que o abastecimento de água pode ser suspenso no concelho, durante a noite. A decisão, que pode ser tomada em breve, é uma das medidas que está a ser avaliada, para fazer face à escassez de água.

"É uma situação que ainda não se colocou mas poderá ter que ser colocada nos próximos tempos", admite Marco Almeida. Ouvido pela TSF, o autarca avisa que a situação é muito preocupante e que a tendência é "piorar".

"A situação é grave a partir do momento em que temos pessoas que abrem a torneira de casa e não têm água. Basta uma torneira não ter água para a situação ser grave", diz Marco Almeida, assinalando a necessidade de encontrar soluções "para evitar que ano após ano, dia após dia, estejamos sempre a falar no mesmo".

O autarca dá conta que, nesta altura, há mais de seis as aldeias de três freguesias a ser abastecidas diariamente por cisternas, estimando que "nos próximos dias" aumente o número de localidades a precisar desta resposta.

Para fazer face ao problema, a autarquia de Mangualde já tomou várias medidas, como por exemplo a reativação de captações próprias no concelho, o encerramento de regra automática e a diminuição da quantidade diária de regras nos jardins e noutros espaços públicos. Paralelamente, a câmara lançou campanhas de sensibilização junto da comunidade.

Além de Mangualde, também as câmaras de Manteigas, São Pedro do Sul, Tabuaço e Vale de Cambra estão a ponderar cortes de água durante a noite, escreve o Jornal de Notícias.

Pelo menos 36 municípios estão a minimizar, ou mesmo proibir, o uso de água da rede pública para rega de jardins, hortas, enchimento de piscinas e tanques ou lavagens de passeios e pátios. Algumas câmaras fixaram multas pesadas para quem não cumprir as regras.

David Alvito/Melissa Lopes/TSF

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