A
subcomissão parlamentar de ética da Comissão de Assuntos Constitucionais,
Direitos, Liberdades e Garantias vai reunir-se hoje, pelas 17:00, para analisar
a nova situação profissional da deputada do PSD e ex-ministra das Finanças
Maria Luís Albuquerque.
A
antiga governante foi contratada pelo grupo britânico de gestão de crédito
Arrow Global e mereceu fortes críticas por parte dos adversários políticos dos
sociais-democratas, mas também dos agora comentadores e ex-líderes do PSD
Manuela Ferreira Leite e Marques Mendes, entre outras figuras.
Os
novos patrões de Maria Luís Albuquerque gerem em Portugal uma carteira de
crédito de 5,5 mil milhões de euros, tendo entre os clientes os bancos Banif,
Millennium BCP, Montepio, Santander, Banco Popular.
Depois
de PCP, BE e PS terem condenado a atitude da ex-ministra e manifestarem a
intenção de levar o caso àquela subcomissão parlamentar, a própria optou por
pedir a análise do seu caso.
"Solicito
à subcomissão de ética a avaliação da situação em causa, manifestando desde já
a minha total disponibilidade e interesse em prestar todos os esclarecimentos
entendidos como pertinentes", lê-se na carta de Albuquerque ao presidente
da subcomissão de Ética, o deputado social-democrata e seu ex-colega no Governo
PSD/CDS-PP Marques Guedes, que tinha a pasta da Presidência do Conselho de
Ministros e dos Assuntos Parlamentares.
"A
situação em nada configura impedimento ou incompatibilidade com as funções que
desempenhei e desempenho", defende a ex-ministra das Finanças.
Para
Maria Luís Albuquerque, as funções que vai desempenhar são "de natureza
estritamente não executiva, centradas numa avaliação dos quadros macroeconómico
e regulatório europeus para enquadramento das decisões estratégicas que a
empresa venha a tomar no futuro".
"Acho
que não devíamos criar casos onde não existe nenhum problema de
incompatibilidade, nem nenhum problema de ética. A forma como a questão está a
ser usada é para fazer chicana política e acho que devia haver limite para
estas coisas", alegou, por seu turno, o presidente do PSD, Passos Coelho,
ex-chefe do executivo de coligação com os democratas-cristãos.
Já
o primeiro-ministro e secretário-geral do PS, António Costa, escusou-se a
comentar a situação, afirmando tratar-se se uma questão que "diz respeito
à Assembleia da República".
Fonte:
Lusa
Comentário: nós, os eleitores e cidadãos no geral é que criámos estas incompatibilidades, agora claro, eles querem mante-los custe o que custar. Quem é que arruinou o País, quem foi? O que se passa no interior dos gabinetes se fosse do conhecimento público, era de ficar com pele de galinha.
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