terça-feira, 10 de janeiro de 2017

360º - O que Obama prometeu vs. o que conseguiu. E o funeral de Soares ao minuto

360º

Por Miguel Pinheiro, Diretor Executivo
Bom dia!
Enquanto dormia...
Mário Centeno deu uma entrevista à Reuters e foi clarinho: já se sabe o que não vai acontecer se a venda do Novo Banco falhar. Para o ministro das Finanças, a liquidação "está basicamente fora de causa". Havendo fracasso, sobra, portanto, a nacionalização.

Sobre a subida das taxas de juro, que na semana passada ultrapassaram os 4%, Centeno foi optimista: trata-se de um “efeito temporário”. E quanto aos ratings de Portugal? Mais optimismo: o ministro está “esperançado” que vão subir.

O mundo está perigoso: o último relatório do National Intelligence Council, um órgão público de estudos americano, alerta que nos próximos anos os riscos de conflito vão ficar perto dos níveis da Guerra Fria.

António Guterres faz hoje o seu primeiro discurso no Conselho de Segurança. Vai ser num debate sobre prevenção de conflitos.


Informação relevante
Hoje, Barack Obama tem o seu discurso de despedida como Presidente. Por isso, o João de Almeida Dias fez um flashback de oito ano e foi ouvir de novo o discurso de tomada de posse, feito em Washington a a 21 de janeiro de 2009. O que é que Obama prometeu nessa altura? E o que conseguiu (ou não) cumprir? Confirme aqui.

Se quiser ouvir o discurso de Obama em direto, tome nota: o ainda Presidente começa a falar às 2h da madrugada de quarta-feira (hora de Lisboa).

Todos apareceram nas cerimónias fúnebres de Mário Soares. Adversários: o ex-Presidente Ramalho Eanes, o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa. Companheiros de partido com os quais discordou: o ex-líder socialista António José Seguro. Amigos de décadas: Edmundo Pedro, de 98 anos. Amigos que foram adversários e se reconciliaram: Manuel Alegre. E ainda José Sócrates. As ruas de Lisboa não se encheram, mas houve palmas e proclamações de "Soares é fixe". A Rita Dinis conta todos os detalhes do dia de ontem, que o Observador seguiu em permanência num liveblog. Hoje, faremos o mesmo - o programa do dia está aqui e o liveblog pode ser lido aqui.

Ontem, o Observador publicou mais dois textos fundamentais para entender a vida política de Mário Soares:


O BCP aprovou ontem um aumento de capital de 1,3 mil milhões de euros. Daqui, 750 milhões servirão para pagar o empréstimo do Estado. Depois da operação, os chineses da Fosun ficarão com 30% do banco. Já hoje de manhã, as acções do BCP abriram a cair mais de 15% - é uma reação ao desconto que será oferecido a quem participar no aumento de capital.

É uma consequência do orçamento de 2016: a Redunicre está a repercutir nos comerciantes o imposto de selo de 4% sobre comissões cobradas pelos bancos nos pagamentos feitos com cartão. O Público conta que os comerciantes ficaram "surpreendidos".

Donald Trump nomeou ontem Jared Kushner como um dos seus principais conselheiros na Casa Branca. Qual o ponto mais importante do seu currículo? É casado com Ivanka Trump e, portanto, genro do Presidente eleito. O New York Times escreve que Kushner é uma das poucas pessoas que consegue acalmar Trump. A grande dúvida agora é esta: será que a nomeação viola as leis anti-nepotismo? (Detalhe histórico: as leis anti-nepotismo surgiram depois de John F. Kennedy ter nomeado o seu irmão Robert para o Ministério da Justiça durante a sua presidência.)

A FIFA chamou aos seus prémios "The Best" e, este ano, "The Best" foi Cristiano Ronaldo. Esta vitória era tão clara, tão clara, mas tão clara que os jogadores do Barcelona nem apareceram. Ronaldo falou sobre isso com ironia: "Gostava que os jogadores do Barcelona estivessem aqui. Mas ele têm jogo… Eu percebo". O El País foi mais direto: "Acostumado a ganhar, o Barça não sabe perder".

Perante esta vitória, o Rui Miguel Tovar foi andar para trás e ver, ano a ano, onde andava Ronaldo quando outros jogadores ganharam este prémio. Num segundo artigo, escreveu sobre Fernando Santos: o seleccionador português não venceu ontem, mas vale a pena ler sobre o homem que simboliza a vitória da improbabilidade.


A nossa Opinião

Rui Ramos escreve que "Os regimes também morrem": "Não imaginamos o que se poderá seguir à democracia pluralista, mas na Europa, o jihadismo e o populismo puseram-nos a falar dos anos 30. Não são só as pessoas, mas os regimes que também morrem."

Paulo Sande analisa "Mário Soares, o Europeu": "Mário Soares era um patriota e um europeu. Pode ser que a sua morte marque, pelo menos em Portugal, o princípio do fim do maior dos equívocos: o de que a UE é inconciliável com as soberanias nacionais".


Os nossos Especiais
Ainda nos lembramos de Júlio Dinis? A pergunta é feita pela Rita Cipriano quando passam 150 anos sobre a publicação de As Pupilas do Senhor ReitorVeja porque é que ele foi um escritor importante.


Notícias surpreendentes

"Ana Bola de ténis, Ricardo Araújo Pereira de fato e gravata, Bruno Nogueira sem gravata e Nuno Markl com calças de ganga." A enumeração das personagens e a descrição do vestuário é do Bruno Horta, que ontem foi ver os quatro humoristas falarem sobre comédia na estreia do ciclo de programação “Tragédia + Tempo”, que Araújo Pereira e Bruno Nogueira trazem ao São Luiz, em Lisboa. Os quatro falaram sobre ofensas, sobre redes sociais e, claro, sobre Maria Leal.

Preparem as pipocas: ao fim de 26 anos, Twin Peaks vai voltar. A série de David Lynch estreia a 21 de maio com um episódio de duas horas.

Depois da passadeira vermelha, a passadeira capilar. Nos Globos de Ouro, as atrizes mostraram os vestidos e os atores mostraram as barbas.

E ainda sobra a polémica da noite. George Clooney veio ontem apoiar o discurso de Meryl Streep contra Trump nos Globos de Ouro: “Não era suposto ele estar a comandar o país?".

No Observador, vamos ter, como sempre, as polémicas do dia, as informações e as explicações. Vá passando por cá.
Até já!
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