sábado, 29 de abril de 2017

Timor-Leste | PIB DEVE CAIR PARA 4% DEVIDO AO ANO ELEITORAL | Banco Mundial

Lisboa, 28 abr (Lusa) -- O ano eleitoral em Timor-Leste, com a realização de presidenciais e legislativas, vai condicionar o crescimento da economia do país, prevendo-se uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 5% para 4%, indicou hoje o Banco Mundial.

"Espera-se que a atividade económica venha a ser manifestamente afetada pela realização de eleições presidenciais e parlamentares [legislativas] em 2017", escreve o Banco Mundial na atualização de abril das previsões económicas para Timor-Leste.

A entidade antevê a transferência de "alguma atividade produtiva para os esforços de campanha" e nota que o recém-preparado orçamento para este ano "marca uma redução nas despesas previstas", uma vez que a administração entrou no modo "gestão corrente" em ano eleitoral.

"O resultado é uma queda do crescimento esperado do PIB para 4% em 2017, antes de recuperar para 5% em 2018, o primeiro ano completo do orçamento do novo governo e o retomar da atividade de investimento público e privado", salienta o documento.

Na sequência de uma expectável "conclusão suave" do processo eleitoral de 2017, o Banco Mundial espera que o investimento direto estrangeiro em Timor-Leste siga "uma tendência de subida modesta".

Para a entidade, "um incremento substancial do investimento" requer "esforços políticos significativos em áreas chave para os negócios", entre as quais "infraestruturas de conectividade" e uma melhor governação.

O Banco Mundial prevê que o investimento direto estrangeiro em Timor-Leste este ano ascenderá a 200 milhões de dólares (mais 30 milhões do que em 2016), mantendo-se o mesmo valor em 2018.

Por outro lado, o banco nota que os índices de pobreza de Timor-Leste continuam altos. Apesar dos resultados "consideráveis" nesta área nos últimos anos, o Banco Mundial diz que há um risco maior de "retrocesso" neste campo.

Sobre a produção petrolífera, o banco reitera que está em queda, o que "deixa um grande défice fiscal e um fundo soberano cada vez mais depauperado".

A produção petrolífera em Timor poderá ter caído até 50% em 2016.

NVI // FPA

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