segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Enfermeiro alemão terá assassinado pelo menos 84 pacientes

Polícia diz que número de vítimas é provavelmente maior, mas muitas foram cremadas, eliminando as provas
As autoridades alemãs acreditam que um enfermeiro de uma clínica na cidade de Delmenhorst matou pelo menos 84 pessoas. Niels Hoegel foi condenado em 2015 por dois homicídios e duas tentativas de homicídio, mas esta segunda-feira a polícia revelou que o número de vítimas do enfermeiro é muito maior.
Hoegel dava aos pacientes doses demasiado altas de um medicamento para o coração e eles morriam por overdose.
As injeções que praticava serviam para levar os pacientes ao limiar da morte, a fim de demonstrar a sua capacidade de as trazer de volta à vida, explicou o enfermeiro, que apresentou o tédio como outro motivo para os crimes.
Após a condenação, as autoridades investigaram a morte de centenas de pacientes de duas clínicas onde Hoegel trabalhou - nas cidades de Delmenhorst e de Oldenburg. A polícia exumou os corpos das vítimas e encontrou provas de que o enfermeiro matou pelo menos 84 pessoas ao longo de muitos anos. Este número não inclui as duas mortes pelas quais foi condenado.
Johann Kuehme, o chefe da polícia da cidade de Oldenburg, próxima de Delmenhorst, disse esta segunda-feira que provavelmente Hoegel matou mais de 86 pessoas, mas algumas das vítimas foram cremadas, logo as provas foram eliminadas.
"84 mortes deixam-nos sem palavras", disse Kuehme, segundo oWashington Post. "E como se não fosse suficiente, temos de perceber que a dimensão real dos homicídios de Niels Hoegel é provavelmente muito pior".
Durante o seu julgamento, Hoegel, que confessou a um psiquiatra ter matado dezenas de pessoas, pediu desculpas aos familiares das suas vítimas.
O caso surgiu em 2005, quando foi surpreendido por um colega quando se preparava para dar uma injeção não prescrita a um paciente numa clínica em Delmenhorst, o que o levou a uma primeira condenação por tentativa de homicídio em 2008.
As autoridades dizem que as mortes poderiam ter sido evitadas se os funcionários e responsáveis pelas clínicas tivessem denunciado o caso. A polícia vai agora investigar os antigos funcionários das clínicas onde Hoegel trabalhou.

Fonte: DN/Lusa
Foto: EPA/CARMEN JASPERSEN

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