terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Raríssimos são os exemplos (e o pré-escolar, a derrapar)

P
 
 
Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 
Bom dia!
Aqui estão as notícias desta noite: 

Donald Trump prometeu ir à Lua com os olhos em Marte. O Presidente americano assinou esta noite a “Directiva de Política Espacial 1”, com o objectivo de criar na lua os alicerces para depois se chegar ao planeta mais próximo de nós. Mas não se atreveu a pôr uma data nesta bandeira.
A Califórnia enfrenta dos piores incêndios que alguma vez viu. O estado americano luta há uma semana contra vários fogos de grandes dimensões, obrigando à retirada de 200 mil pessoas. Onde é que nós já vimos isto? 
O terrorista de Nova Iorque inspirou-se no ISIS. O autor do ataque de ontem foi detido e terá escolhido atacar o Metro por causa dos cartazes de Natal, diz New York Times. O momento após a explosão ficou registado numa câmara de videovigilância.
O escândalo de abusos sexuais chegou ao jornalismo: um dos mais experientes e prestigiados jornalistas da New Yorker foi despedido por "conduta sexual imprópria". A direcção da revista escusou-se a dar mais detalhes, alegando razões de privacidade - mas Ryan Lizza negou as acusações. A história está aqui.
O Governo espanhol montou um plano contra fake news. O objectivo é proteger as eleições catalãs da próxima semana, conta o El Pais.

O que marca o dia 

O caso da Raríssimas, ainda quente. Com a notícia da TVI de que desapareceu uma outra denúncia contra a presidente da associação. Com a notícia do Observador de uma reunião quente há poucos dias, com turbulência e associados barrados à porta. Com a soma de 2,7 milhões recebidos do Estado desde 2013 ou a acusação de um salário ilegal, noticiadas por nós hoje. E com a inspecção "urgente" decretada pelo ministro - que já tem PCP e Bloco à perna.
A verdade é que houve 1600 inspecções a IPSS desde 2015 - oito das quais em curso, diz Expresso. Pelo que convém não deitar fora as crianças com a água do banho - digo eu, no Editorial do dia.
Outro caso a ferver é o da IURD, também denunciado pela TVI, já com o Ministério Público a investigar uma rede de adopção ilegal de crianças. Neste caso, o Governo foi rápido a mandar tudo para a Justiça - mas o DN alerta que o caso pode já estar prescrito.
Mais uma preocupação na Educaçãohá cada vez menos crianças a frequentar o pré-escolar, mostra o relatório do Conselho Nacional de Educação, alertando que estamos em sentido contrário ao das metas fixadas. E mais outra preocupação: daqui a dois anos o Estado já não vai precisar de mais professores (lembrete para as negociações entre Governo e sindicatos, que recomeçam no final da semana).
Uma medida polémica na Saúdeo Governo vai cortar nas farmácias de serviçoem Janeiro, baixando a taxa de cobertura nos concelhos sem Urgências hospitalares. Notícia do JN
A transferência do Infarmed ficou em stand-by. Isto se o ministro da Saúde foi sincero quando disse ontem aos trabalhadores que vai levar em conta.
O MAI tirou agentes do SEF do aeroporto. E os tempos de espera voltaram às três horas, avisa o DN.
Nas empresas, um processo e uma greve. O processo é dos trabalhadores da PT contra a Altice; a greve é dos que trabalham nos CTT.
Para outras fica este aviso: Bruxelas está sob pressão para apertar o cerco à zona franca da Madeira, conta o Pedro Crisóstomo.
De Bruxelas vem outra ameaçaPortugal arrisca perder um eurodeputado - apesar da saída do Reino Unido libertar umas dezenas de lugares, diz Paulo Rangel.
E para Bruxelas foi um recado: a ministra do Mar diz que está fora de causa proibir a pesca de sardinha.
A melhor notícia do dia é esta: há uma corrida à dívida portuguesa antes da Fitch reavaliar o nosso rating, diz o Negócios. Diga lá que a especulação não sabe bem quando a expectativa joga a nosso favor?

Leituras especiais

1. Miguel Ângelo passou semanas num quarto secreto a desenhar nas paredes? Se há uma luta de poder e um dos maiores artistas do Renascimento se vê obrigado a esconder-se dos seus inimigos numa cela subterrânea, estamos provavelmente na Florença do século XVI. Mas os especialistas continuam em desacordo quanto à autoria dos desenhos e à veracidade deste episódio rocambolesco. Este quarto que durante séculos foi um segredo deverá abrir ao público em 2020. A Lucinda Canelas conta-nos esta história realmente iluminada.
2. Spielberg, a nostalgia dele é a nossa. Steven Spielberg é a nave que se levanta em Encontros Imediatos do 3.º Grau. É o olhar de Indiana Jones que faísca quando um mapa de pedra se ilumina no chão, é o casaco vermelho da menina de A Lista de Schindler, é a despedida luminosa de E.T.. Spielberg é também um novo documentário de Susan Lacy, sobre “o realizador mais famoso do mundo”, o primeiro a contar com a participação do realizador, com vídeos caseiros e idas aos bastidores dos seus filmes. Estreia hoje na TV, mas a Joana Amaral Cardoso mostra-nos tudinho aqui.
3. A fusão entre Disney e a Fox é uma luta contra Silicon Valley (e pela sobrevivência). E a história começa na reunião anual da 21st Century Fox do mês passado, quando um accionista colocou a Lachlan Murdoch a pergunta em que muitos estavam a pensar: “Como é que nos mantemos a par da Amazon, do Facebook, da Google e mesmo do Netflix?”. Porém, se os objectivos das duas gigantes são iguais, os meios estão muito distantes, conta-nos Steven Zeitchik, do Washington Post.
4. Roy Moore é um teste à imagem do Alabama. Um candidato republicano a um lugar no Senado foi acusado de assédio sexual por sete mulheres. E tem o apoio explícito de Donald Trump. Hoje há um teste à democracia americana.

Agenda do dia

O ministro das Finanças reúne-se com os reitores, para tentar desatar o nó do financiamento do Superior em 2018 (e das relações com o colega Manuel Heitor). Para manter o motor ligado, a administração da Autoeuropa fala com a comissão de trabalhadores, procurando novo acordo sobre os horários de trabalho.
Haverá animação também no Parlamento, onde o novo líder da Protecção Civilvai explicar o seu projecto aos deputados. E onde o PSD lança os dados para as novas regras das comissões de inquérito. António Costa vai ouvi-las longe, em Paris, onde participa na cimeira One Planet - que assinala o segundo ano sobre o acordo das alterações climáticas (aquele que Trump boicotou).
Por hoje é tudo - ou quase tudo, porque ainda lhe quero desejar "um santo Natal com os Beatles e os Stones", a conselho do Mário Lopes. Entre, que anima o dia.
Nós ficamos por aqui, muito atentos às notícias - e à distância de um só clique. Até amanhã! 

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