segunda-feira, 16 de julho de 2018

Ministro dos Transportes admite demissão precipitada do Conselho de Administração das LAM

Foto de Fim de Semana
Ministro dos Transportes admite demissão precipitada do Conselho de Administração das LAM
O ministro dos Transportes e Comunicações admitiu nesta quinta-feira(12) que a demissão do Conselho de Administração das Linhas Aéreas de Moçambique pode ter sido precipitada. “(...)É preciso reconhecer que esta é uma indústria muito delicada, é preciso fazer o trabalho com a devida investigação”, declarou Carlos Mesquita quando questionado pelo @Verdade sobre o facto de mais de uma semana após a sua demissão António Pinto e os seus três Administradores ainda estarem em funções.
“Primeiro é preciso reconhecermos que o Governo, através do IGEPE, fez o trabalho que tinha a fazer de forma responsável e tomou a decisão em função das circunstâncias”, começou por declarar Mesquita à margemde encontro de reflexão sobre a formação de quadros do ramo da aviação civil em Moçambique que aconteceu em Maputo.
O governante explicou que desde a quinta-feira (05), data em que o António Pinto, Hélder Fumo, Carlos Sitoe e Faizal Gafar foram convidados a demitirem-se após não terem conseguido garantir o embarque do primeiro-ministro de Moçambique para Lichinga, o”s voos foram retomados, de uma forma normal, portanto estamos a cobrir todos os horários que estão pré-estabelecidos pela empresa Linhas Aéreas de Moçambique e, mesmo aqueles passageiros que haviam ficado retidos naquele dia em que houve falta de combustível e os aviões não puderam voar, todos esses foram atendidos perfeitamente de acordo com os programas e até agora têm estado a decorrer normalmente”.
“Isto é sinónimo de organização, é sinónimo de que o Governo junto da operadora tomou as devidas medidas para garantir os aspectos de operacionalidade, de segurança e de cumprimento daquilo que são as atribuições da empresa LAM”, disse.
“A questão de indicação do novo Conselho de Gestão é preciso reconhecer que esta é uma indústria muito delicada, é preciso fazer o trabalho com a devida investigação, a análise dos curriculos que já estamos a fazer, dentro dos requisitos que são necessários para a indústria da aviação e acredito que muito oportunamente, como já foi até anunciado por Sua Excia o primeiro-ministro, viremos a público anunciar que já temos o Conselho de Gestão nomeado e estará em actividade”, esclareceu o titular dos Transportes e Comunicações.
Inquirido se o Governo estaria a equacionar algum tipo de injecção financeira à curto prazo para que a companhia aérea volte a funcionar normalmente enquanto continuam a procura de um parceiro para investir, Carlos Mesquita afirmou que: “O Governo está a fazer uma avaliação detalhada e com profundidade às contas da LAM porque sabemos que há alguns items de custos que tem algumas gorduras, e é preciso tratar dessas gorduras da forma como devem ser”.
“Mas certamente que o Governo tem todo o interesse de manter a sua linha aérea de bandeira a funcionar e para tal deve continuar a dar o apoio necessário para que ela esteja a operar”, concluiu. O @Verdade sabe que as responsabilidades correntes das Linhas Aéreas de Moçambique ascendem a 6,7 biliões de meticais.

Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique

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