sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Câmara deixa calote para a próxima geração pagar

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Na reunião de câmara da passada quarta-feira, 12 de Setembro, o executivo socialista apresentou para aprovação, a proposta de deliberação nº 79/2018 que em síntese e na prática propõe que a Câmara Municipal contraia um empréstimo para pagar a requalificação da envolvente do campo de futebol e com o prazo de 15 anos (2 anos de carência + 13 anos de amortização). 
É com estupefação que tomamos conhecimento desta proposta de empréstimo a 15 anos.  Vale a pena lembrar que o PS tem um histórico nesta matéria. O Partido Socialista tem no passado recente, na Assembleia e na Câmara, tomado posições contrárias e feito valer a sua posição de maioria e contrária a prazos longos.

Na Assembleia Municipal, com executivos PSD, o PS sempre se manifestou contra os empréstimos porprazos mais longos, argumentando que não se devia fazer divida para os vindouros pagarem.

Na Câmara e aquando da contratação do empréstimo para o Saneamento Financeiro, o Vereador socialista Jorge Abreu inviabilizou uma proposta, apresentada pelo executivo PSD da altura, de um empréstimo por doze anos com 2% de juros e 3 anos de carência, com o argumento de que o tempo era muito longo e que o empréstimo deveria ser pago por quem o contraiu e no tempo previsto de exercício de funções. O resultado foi que o empréstimo acabou por ser contraído em condições mais penalizadoras para a Câmara Municipal: 9 anos, 6% de juros e um ano e meio de carência.
Pode-se argumentar que este é um bom financiamento para a Câmara. Pois, mas o outro também era e isso não impediu Jorge Abreu e o PS de o chumbarem.

É, pois, com espanto que assistimos a uma pirueta de 360 graus nesta matéria. O que era mau nos anteriores mandatos é agora bom.  Na altura o pagamento do empréstimo tinha de ser feito por quem o contraiu, agora pode ser adiado para as calendas gregas e outros que o paguem. 

Esta proposta é de uma incoerência gritante, mas para o PS tem os seus méritos. Cumpre os objetivos de curto prazo, isto é:  serve a propaganda para dizer que se fez uma obra; serve a inauguração com pompa e circunstância e serve a esperança de tentar ganhar algum dividendo político com isso. Serve tudo isto, masomite que é uma divida que se deixa para as gerações seguintes pagarem. Realmente, é obra.

A posição do PSD relativamente a esta matéria é simples e clara.

Não faremos aquilo que o PS fez no passado recente por mero tacticismo político prejudicando com isso o Município e os Figueiroenses. Consideramos que sendo o financiamento uma opção a considerar não seremos nós a inviabilizar o financiamento, mas tem de ser o Partido Socialista a assumir a sua própria incoerência e a opção de deixar divida e uma herança que onera os mandatos e as gerações futuras.

A nossa maneira de ser e de estar na política é diferente. Primeiro Figueiró dos Vinhos. Primeiro as Pessoas. Quando o Presidente da Câmara enche a boca com herança e divida ela está  à vista. Deixa uma herança e um divida para outros pagarem daqui a 15 anos.  Jorge Abreu que já não tinha credibilidade nenhuma quanto a dívida e  números,   pois nesta matéria tem sido sucessivamente desmentido pelos relatórios do Revisor Oficial de Contas,  deixa aqui mais um exemplo de credibilidade e coerência zero. Sempre que Jorge Abreu e o PS falarem de divida devem lembrar-se da herança e do calote que deixam para a próxima geração pagar.

O PSD foi a única força politica a opor-se a este calote para a próxima geração pagar mostrando com isso o quanto nos distanciamos dos tacticismos políticos que tanto prejudicaram e prejudicam o nosso concelho e as suas gentes.

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