quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Marcelo: “É muita falha e muita falha significa que o Estado falhou”

O Presidente da República considera que se se confirmem os erros no socorro ao Helicóptero do IENM, isso significa que "o Estado falhou".
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O Presidente da República afirmou esta terça-feira que caso se confirmem os erros no socorro às vítimas da queda do helicóptero do INEM, em Valongo, no domingo, isso significa que "o Estado falhou".
"Aquilo que consta no relatório preliminar [da Proteção Civil] são quatro falhas: duas da NAV [Navegação Aérea de Portugal] e duas do 112. É muita falha e muita falha significa que o Estado falhou, se se confirmarem" as conclusões desse relatório, disse Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas na Mealhada.
O chefe de Estado salientou que espera que não se confirmem as conclusões do relatório preliminar no inquérito do relatório definitivo.
O relatório preliminar da Proteção Civil sobre a queda do helicóptero do INEM em Valongo, hoje divulgado, aponta falhas à NAV Portugal, ao 112 e ao Comando Distrital de Operações de Socorro do Porto (Proteção Civil).
"O contacto com o Rescue Cordination Center (RCC), da Força Aérea Portuguesa, para a identificação de um possível acidente com uma aeronave, tanto por parte da NAV Portugal como do CONOR [Centro Operacional do Norte do 112], não foi efetuado com a necessária tempestividade, podendo ter comprometido o tempo de resposta dos meios de busca e salvamento", indica o relatório preliminar da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).
"Se se confirmar aquilo que resulta deste relatório preliminar, são falhas demais de comunicação e tempo demais, que resulta dessas falhas, e isso não é bom para a confiança das pessoas nas instituições", referiu o Presidente da República.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, é agora necessário "apurar se foi assim e, se foi assim, é preciso responsabilizar e corrigir para as pessoas poderem confiar [nas instituições]".
O Presidente da República notou ainda que o país retirou lições relativamente aos incêndios de 2017.
Porém, "está visto que ainda não retirámos lições quanto a estradas que caem e dificuldades de comunicação como quando há acidentes como estes. Convém retirar lições", salientou.
A queda do helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), no sábado, em Valongo (distrito do Porto) provocou a morte a quatro pessoas - dois pilotos, um médico e uma enfermeira.
A aeronave em causa é uma Agusta A109S, operada pela empresa Babcock, e regressava à sua base, em Macedo de Cavaleiros, Bragança, após ter realizado uma missão de emergência médica de transporte de uma doente grave para o Hospital de Santo António, no Porto.
Lusa

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