segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Região de Coimbra quer criar intermodalidade com a ferrovia

A Comunidade Intermunicipal Região de Coimbra (CIMRC) quer integrar o transporte ferroviário na rede de transporte de passageiros, criando bilhetes comuns aos diversos meios e “tarifários adequados às necessidades da população da comunidade”.
Inscrita no Plano de Ação de Mobilidade Urbana Sustentável (PAMUS) da Região de Coimbra e no Plano Intermunicipal de Mobilidade e Transportes da Região de Coimbra, esta estratégia foi aprovada por unanimidade pelos 19 presidentes de Câmara da CIMRC, reunidos em Penacova, em Conselho Intermunicipal.
“A CIM Região de Coimbra está a desenvolver uma estratégia de promoção da intermodalidade no planeamento e coordenação do serviço público de transportes, através da integração do transporte ferroviário”, confirmou hoje a Comunidade Intermunicipal, em comunicado.
João Ataíde, presidente do Conselho Intermunicipal, destaca a importância que o transporte ferroviário tem na região e na ligação com o restante território nacional e internacional.
O também presidente da Câmara da Figueira da Foz sublinha ainda que “a centralidade da Região de Coimbra na ferrovia passa igualmente pela criação de soluções de bilhetes integrados e tarifários adequados às necessidades da população da comunidade”.
Em setembro de 2018, a Comunidade Intermunicipal de Coimbra já tinha admitido criar um bilhete único para todos os transportes públicos, no âmbito da reforma da mobilidade, setor que representa anualmente um investimento somado de 213 milhões de euros nos 19 municípios.
Agora, surge a possibilidade de integrar o transporte ferroviário, em articulação com a rede rodoviária, com bilhetes e tarifários integrados. A CIMRC abrange os municípios de Arganil, Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Góis, Lousã, Mealhada, Mira, Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Mortágua, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela, Soure, Tábua e Vila Nova de Poiares.
O novo título único deverá funcionar na mesma lógica do Andante, o bilhete único para os transportes públicos na Área Metropolitana do Porto, ou o bilhete Sete Colinas, em Lisboa.
Trata-se de um bilhete único para diversos meios de transportes públicos. O preço a pagar depende do trajeto a efetuar e não do modo de transporte que utiliza ou do número de embarques que o utente efetua.
A CIM Região de Coimbra é a entidade competente no serviço público intermunicipal, tendo como missão “satisfazer as necessidades de deslocação entre diferentes municípios e que se desenvolve integral ou maioritariamente dentro da sua área geográfica, sem prejuízo da possibilidade de existirem linhas secundárias de interligação que entrem no território de comunidades intermunicipais”.
As comunidades intermunicipais e as áreas metropolitanas foram constituídas como Autoridades de Transportes pelo Regime Jurídico do Serviço Público de Transporte de Passageiros, publicado em 2015.

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