No âmbito da ajuda humanitária, Portugal enviou para a Ucrânia, medicamentos no valor de cerca de 200 mil euros doados por empresas farmacêuticas e componentes sanguíneos de dadores portugueses.
A informação foi avançada pelo Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, que referiu que quarta (9 março) ou quinta-feira (10 março), sairia «um contingente privado no valor aproximado de 200 a 250 mil euros e que contempla igualmente soros, antibióticos, analgésicos, corticosteroides que foram doados por diferentes casas farmacêuticas».
O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde informou, ainda, que serão enviadas 500 unidades de plasma fresco congelado de quarentena, 2000 unidades de plasma tratado por solvente detergente do grupo A e 10000 unidades de albumina humana. Estes componentes sanguíneos destinam-se fundamentalmente para ajudar situações de politraumatizados e queimados.
Sobre a disponibilidade manifestada por médicos portugueses e ucranianos para apoiarem os refugiados e as vítimas da ofensiva militar, Lacerda Sales afirmou que «o Ministério da Saúde tem sempre prontidão, através do INEM, o seu módulo de Emergência Médica e profissionais», caso seja necessário. «É uma equipa de cerca de 30 profissionais, mas se houver necessidade de ajustar ou de aumentar esse número também se faz», assegurou.
Portugal disponibilizou 603 camas em hospitais do Serviço Nacional de Saúde para doentes emergentes, das quais 495 em enfermaria e 108 camas em unidades de cuidados intensivos. Foram ainda disponibilizadas 12 camas pediátricas de oncologia solicitadas pelo Mecanismo Europeu de Proteção Civil.
As camas estão dispersas por diferentes pontos do país, mas a maioria localiza-se nos «maiores hospitais de Lisboa, Porto e Coimbra», disse, ressalvando que a solicitação de camas «é ajustável e dinâmica» em função das necessidades ao longo do país.
Perante a baixa cobertura vacinal contra a Covid-19 do povo ucraniano, que ronda os 35%, o Secretário de Estado assegurou que Portugal disponibiliza «todos os mecanismos possíveis para vacinar quem o quiser fazer».
Explicou que será feita uma avaliação do estado vacinal das pessoas que chegam, a quem é atribuído um número de utente definitivo, para poderem ter «a melhor assistência aos cuidados de saúde». Depois de esse levantamento ser feito, as pessoas que quiserem poderão ser vacinadas através do processo de agendamento central ou de casa aberta.
Esta é a segunda remessa de ajuda humanitária enviada por Portugal, através do Mecanismo Europeu de Proteção Civil. A primeira seguiu no dia 3 de março por transporte terrestre para um armazém na Polónia junto à fronteira com a Ucrânia.
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