sábado, 20 de agosto de 2016

Teorias sobre a homossexualidade (III Parte)

Comportamento
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O tema tem motivado algumas reacções, uns construtivos, outros nem tanto pelo conteúdo dos adjectivos usados. Compreendemos a delicadeza do assunto, contudo, ao continuarmos com a sua reprodução não visamos promover a discriminação, a pretensão apenas visa um melhor esclarecimento técnico-científico sobre a homossexualidade.
Quem tiver interesse em comentar pode fazê-lo. NR

Vejamos, agora, outros critérios semelhantes: Casper cujas opiniões sobre vários assuntos psicopatológicos, já conhecemos, embora entenda por homossexualidade, propriamente, a pederastia, considerando-a como anomalia congénita, um sexo feminino-masculino psíquico.
O já citado Dr. Ulrichs vê os urningos como submetidos à chamada inclinação urninga congénita que o Estado deve reconhecer para que se permita também o matrimónio entre eles.
O carácter congénito da homossexualidade é sustentado também por Chevalier, para quem a actual diferenciação física e psíquica dos dois sexos é o resultado da evolução, recapitulando este mesmo curso da filogenia também na evolução individual, o que quer dizer, que o ser diferente passa também por esta mesma evolução, de maneira que é da luta entre as energias de sexo masculino e de sexo feminino que surge hoje o ser monosexual. Todavia, os restos da sexualidade oprimida dão em resultado, em determinadas condições, a homossexualidade.
Para Tornowsky, o instinto sexual perverso pode desenvolver-se, nos descendentes, devido a certas circunstâncias em que se encontravam os pais na ocasião da geração, tais como doenças graves, tifo, pneumonia, astenia, grande anemia, excitação de espírito, abusos sexuais, e ainda nele tem influência o clima.
Resultado de imagem para Teorias sobre a homossexualidadeHalban e Rohleder pensam que o sentimento homossexual já existe no feto. O Prof. Hans Gross diz que a homossexualidade, é sem dúvida, congénita, mas que está também averiguado que, os jovens de desenvolvimento retardado, há naturezas indecisas, que, devido a alguma poderosa influência externa, podem tornar-se ou heterossexuais ou homossexuais.
Segundo Meissner o uranismo é congénito e não adquirido. A homossexualidade, é uma variedade normal de libido, visto como não é doença nem degeneração. Os invertidos têm, como se sabe, criado obras culturais importantes. São inaptos para o matrimónio e o seu sentimento sexual anormal é incurável.
Estas teorias sobre o carácter congénito da homossexualidade, apoiam-se nas da bissexualidade primitiva, teoria muito difundida entre os sexólogos alemães.
São propriamente seus autores Lydstone e Krerman, na opinião dos quais, os seres vivos eram, originariamente, todos bissexuais e nos quais durante o curso da evolução, de imensa duração, se foi desenvolvendo a monossexualidade. Esta ideia é completada pela de Haeckel, para quem a evolução dos diversos seres (a ontologia) recapitula a evolução da raça. Virchow sustenta até a existência de homens sem sexo (homines neutrius generis), que, para ele, tem ligação com a teoria da bissexualidade, havendo também indivíduos cujo sexo não pode determinar-se.
O Prof. Nacke, um dos defensores da teoria da bissexualidade na Alemanha, opina que se admite, como consequência necessária da lógica, um elemento homossexual, a par do heterossexual, precisamente pelo facto da constatação da constituição bissexual do homem, reconhecida por muitos sábios.
A homossexualidade, no seu modo de ver, só pode ser congénita. Em compensação, outras autoridades da ciência, como é, por exemplo, o Dr. Ladame, consideram a explicação que se dá da homossexualidade respectivamente pela bissexualidade e pelo atavismo, como teorias fundadas em hipóteses, mais ou menos inverosímeis.
Havelocke Ellis, que trata da inversão sexual, a que chama estética, atribui-a a uma anomalia do sentimento sexual, consistindo para o afectado em desempenhar o papel de sexo contrário ao seu, sem nunca revelar uma verdadeira inclinação homossexual.

Dr. Ladislau Thot
Condensado do Livro Psicopatologia Criminal

(Continua na próxima edição da Tribuna)
Condensado por J. Carlos 

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