quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

“Un Autre Monde”, de Anne France, em exposição na Casa da Cultura de Cantanhede

Un Autre Monde é o título da exposição de trabalhos de patchwork que está patente ao público na Casa Municipal da Cultura de Cantanhede até 30 de Abril. A autora é Anne France, cidadã suíça que escolheu o concelho para residir, conforme explicou na inauguração que decorreu ontem, 22 de fevereiro, com a presença do vereador da Cultura, Pedro Cardoso de várias dezenas de convidados. A artista manifestou-se reconhecida ao Município “pela amabilidade calorosa com que acolheram a ideia da exposição e a forma empenhada como disponibilizaram os meios necessários que permitiram concretizá-la de um modo muito bem conseguido”.
Segundo Anne France, “esta oportunidade de mostrar um pouco da minha atividade artística ajuda a sentir-me integrada, contribui para reforçar os laços com esta comunidade onde escolhi viver com o meu marido. E do ponto de vista artístico é muito gratificante, pois creio que também suscita a curiosidade relativamente ao que faço para além do patchwork, designadamente as outras técnicas que uso para me expressar artisticamente, como a cerâmica, os trabalhos em madeira e a bijutaria, entre outras”.

Na sessão de abertura, o vereador da Cultura lembrou “que a Casa Municipal da Cultura de Cantanhede é um espaço de divulgação de todas as formas de manifestação artística, estatuto que confirma mais uma vez com esta exposição da criatividade superlativa de Anne France em trabalhos de extrema minúcia  e técnica apuradíssima”. Pedro Cardoso agradeceu à artista o facto de “partilhar um pouco da sua arte, proporcionando o conhecimento as possibilidades criativas do patchwork, aqui evidenciadas numa linguagem muito própria a partir da utilização de uma técnica muito desenvolvida noutros países mas que não é muito frequente vermos por cá”.
Na brochura editada a propósito da exposição, o presidente da Câmara Municipal propõe uma sugestão de leitura para Un Autre Monde, “título que parece ter subjacente a ideia de lugar de refúgio para a autora, um refúgio que eu arrisco interpretar como um lugar à parte das mundanidades do quotidiano, talvez para as exorcizar através da sua arte singular”.
Para João Moura “o resultado é bem eloquente de uma dimensão criativa só possível para quem tem um perfeito domínio das artes decorativas, e muito especialmente da técnica do patchwork, aqui expressa em trabalhos admiráveis, quer do ponto de vista conceptual, quer ao nível da execução. É nesse sentido que me atrevo a dizer também que o universo fantasioso de Anne France nos transporta para “Um Outro Mundo”, aqui entendido como uma proposta artística que ainda não tínhamos visto na Casa Municipal da Cultura”.


Nenhum comentário:

Postar um comentário