quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Uma investigação PÚBLICO: Como caiu a velha PT (bom dia!)


P
 
 
Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 
Acabaram as minhas duas semanas de férias - e há coisas que parecem não mudar: a notícia desta noite é o que o The Guardian classifica como "a conferência de imprensa mais extraordinária de Trump até agora". E o que é que disse o Presidente americano? Que culpa os "dois lados" pela violência na Virgínia. Entre e leia (se conseguir).
E veja quem tweetou também: António Guterres, para dizer que “o racismo, a xenofobia, o anti-semitismo e a islamofobia estão a envenenar as nossas sociedades”.E concluiu assim.
Ainda lá por fora, um pedido do Reino Unido: que o Brexit não imponha uma fronteira com a Irlanda (aqui, via Reuters). Ontem, a UE descartou o plano de Londres para discutir já o futuro do comércio - e David Davis, o negociador de May, foi acusado de trabalhar "apenas três dias por semana".
Quero dar-lhe também uma notícia boa: com a entrega de mais de 8 mil armas, o desarmamento das FARC foi concluído.
Ainda da noite passada, registo para uma noite fraquinha do Sporting na pré-eliminatória de acesso à Liga dos Campeões. Jorge Jesus diz que só faltou um golo, mas cá para nós o Sporting está obrigado a fazer bem melhor para chegar aos milhões. 

No Público hoje

Se é leitor habitual do PÚBLICO, perceberá se lhe disser que a Cristina Ferreira voltou a fazer das suas. Se não for, tenho que lhe explicar melhor: hoje o seu jornal abre com 10 páginas de uma investigação ao que foi o fim da "velha" PT: os bastidores, as reuniões secretas e os atalhos até à venda da PT Portugal à Altice, meses depois de ter sido absorvida pela Oi. Esta é a crónica da maior destruição de valor de que há memória na história empresarial portuguesa, que se lê como uma novela triste e começa por uma notícia: os gestores da “velha” PT estão sob suspeita por gestão danosa.
Triste, muito triste, é a notícia que marcou o dia de ontem: a da árvore que caiu na Madeira, matando 13 pessoas que se preparavam para uma procissão. A Margarida David Cardoso fez a síntese do que sabemos, começando por aqui: a câmara que diz que a árvore estava "verde e saudável", a Junta que diz que avisava desde 2014 para o risco de quedaMais uma para o Ministério Público investigar, mais uma em que ninguém assume uma responsabilidade (como bem diz o Luis Afonso no Bartoon do dia).
Quanto aos incêndios, a boa nova é que dois já controlados: Louriçal e Porto de Mós. Esta noite, o secretário de Estado Jorge Gomes brindou-nos com esta: fogos que começam à noite não podem ter “mão bondosa”. Sem saber disso, a Clara Viana pediu as contas: entre condenados e aguardar julgamento, 45 pessoas estão presas por incêndio florestal.

Verão que é de ler

O nosso P2 diário regressa hoje a outro Verão quente, aquele em que Portugal estava em chamas, Sócrates fazia safaris e Costa ficou para apagar os fogos. A Liliana Valente foi revisitar esse ido mês de Agosto e conta-nos como foi.
Na rota das marcas centenárias, o Luís Villalobos passa pelo negócio que todos gostaríamos de ter - mas que é monopólio do Estado: aquele sítio onde se fabrica o dinheiro. E sabia que não é o dinheiro que lhe vale mais dinheiro?
Fora do P2, a Cristiana Faria Moreira traz-nos um atlas para descobrir as paisagens portuguesas dos livros. Coisas boas, com certeza.
Assim como é boa esta descoberta da Luísa Pinto: uma agência de viagens que desenhou visitas à cidade de Lisboa a pensar primeiro nos miúdos. E os graúdos agradecem. 
Falta só dizer-lhe isto: hoje começa o festival de Paredes de Coura, com uma frase gravada no pórtico de entrada. "Para sempre". O André Vieira já lá está, para nos contar tudo (e me fazer inveja).
Chegado aqui, tenho apenas que agradecer ao Diogo Queiroz de Andrade, que passou as últimas semanas a substituir-me por aqui com brio e notório prazer. Para si, fica um desejo de boas férias (se for o caso) ou de bom trabalho (se já estiver de volta). Num caso ou no outro, a minha proposta é esta: daqui a nada, vemo-nos por aqui. Dia bom, até já! 

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