terça-feira, 19 de setembro de 2017

Ameaça nuclear está no “nível mais alto desde a Guerra Fria”

António Guterres avisou os Estados Unidos e a Coreia do Norte de que "conversa inflamável pode conduzir a mal-entendidos fatais".
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O secretário-geral da ONU alertou para a ameaça nuclear que considera estar "ao nível mais alto desde a Guerra Fria", no seu primeiro discurso como secretário-geral da ONU durante uma Assembleia-Geral da organização, esta terça-feira.
António Guterres disse que o uso das armas nucleares na Coreia do Norte é "impensável", mas que o medo "não é abstrato". Sublinhou que "apenas a unidade pode conduzir à desnuclearização da Península da Coreia e criar uma oportunidade para uma relação diplomática que resolva a crise".
"O nosso mundo está em problemas. As pessoas estão a sofrer e zangadas. Veem a insegurança a aumentar, a desigualdade a crescer, o conflito a espalhar-se e o clima a mudar", disse o secretário-geral. "A confiança entre os nossos países está a ser levada para baixo por aqueles que demonizam e dividem", defendeu.
Guterres enumerou ainda as sete grandes ameaças que o mundo enfrenta: o risco de conflito nuclear, o terrorismo internacional, conflitos por resolver e violações da lei humanitária internacional, mudanças climáticas, aumento da desigualdade, insegurança cibernética e a crise de refugiados.
A crise dos refugiados
Depois de falar sobre a crise na Coreia do Norte, António Guterres debruçou-se sobre a crise dos refugiados. "Eu sou um imigrante, como são muitos de vocês. Mas ninguém esperou que eu arriscasse a minha vida num barco que vertesse água ou na parte de trás de um camião para encontrar trabalho fora do meu país de nascimento", disse.
"Imigração segura não pode estar limitada a uma elite", defendeu, motivando uma salva de palmas. "Não enfrentamos apenas uma crise de refugiados, enfrentamos uma crise de solidariedade."
Guterres repetiu o pedido da semana passada para que as autoridades da Birmânia terminem com as ações militares contra o povo 'rohingya' e falou ainda sobre as alterações climáticas.
Lusa / TSF

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