sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Universidade de Coimbra procura voluntários para estudar impacto do envelhecimento no cérebro

 Podem participar na investigação voluntários da região de Coimbra, com idades entre os 20 e os 30 anos e entre os 50 e os 70 anos.
Uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra (UC) procura voluntários para estudar o impacto do envelhecimento no cérebro. A manifestação de interesse para participar na investigação pode decorrer até ao final do ano.
O estudo visa desvendar os processos cerebrais que explicam as mudanças no processo de tomada de decisão associadas ao envelhecimento, informou a universidade, numa nota de imprensa enviada à agência Lusa.
"A investigação pode contribuir para um conhecimento mais detalhado do declínio cognitivo associado à idade, assim como para o desvendar dos mecanismos que levam ao desenvolvimento de doenças cerebrais degenerativas como a doença de Alzheimer".
Na investigação que conta com o envolvimento do investigador da FMUC e do CIBIT/ICNAS, Miguel Castelo-Branco, e que é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), podem participar voluntários da região de Coimbra, com idades compreendidas entre os 20 e os 30 anos e entre os 50 e os 70 anos.
Sobre o processo de participação no estudo, a coordenadora e investigadora da Faculdade de Medicina (FMUC) e do Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional (CIBIT) do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS) da Universidade de Coimbra, Maria Ribeiro, esclareceu que "as alterações cerebrais associadas à tomada de decisão vão ser localizadas usando imagens cerebrais adquiridas por ressonância magnética, que permitem estudar a estrutura e função do cérebro de forma não-invasiva".
"No dia a dia, somos constantemente encarados com a necessidade de tomarmos decisões. No entanto, o modo pelo qual ajustamos este processo ao contexto é afetado pelo envelhecimento", explicou a investigadora da Universidade de Coimbra.
Maria Ribeiro salientou que o envelhecimento, em particular, "afeta a maneira como a incerteza modula a tomada de decisão, levando a défices que podem ter consequências trágicas, como quando, por exemplo, o indivíduo, ao decidir atravessar a rua, não ter em consideração a incerteza associada à sua decisão".
Para participar no estudo não são consideradas pessoas com doença neurológica ou psiquiátrica, traumatismo craniano ou consumo atual de substâncias psicoativas (como, por exemplo, ansiolíticos, antidepressivos, antipsicóticos ou betabloqueadores).
Que estiver interessado, deve contactar o número 915 234 593, o endereço eletrónico mjribeiro@fmed.uc.pt ou o site https://voluntarios.cibit.uc.pt/.

Fonte: Lusa

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