1. SITUAÇÃO
Situação Meteorológica: No seguimento do contacto com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), realizado hoje, dia 24 de novembro, no Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), e de acordo com a informação meteorológica disponibilizada, prevê-se para as próximas 24 horas um agravamento das condições meteorológicas, salientando-se a ocorrência de: – Precipitação intensa no Minho e Douro Litoral, atingindo, de forma sequencial, a Serra do Gerês, a Serra de Montemuro e a Serra da Estrela, com valores que poderão atingir 30 a 40 mm em 6 horas. Prevê-se ainda intensificação do vento de sudoeste a partir das 21 horas de hoje, a prolongar-se durante o período noturno; – Precipitação intensa, na madrugada do dia 25 de novembro na região Centro (com valores que poderão atingir 20 mm em 6 horas), não sendo de excluir a possibilidade da região Sul, em particular os distritos de Lisboa e Setúbal, poderem ser afetados por este fenómeno de precipitação forte; – Queda de neve à cota dos 1000/1200 metros, descendo para a cota dos 800 metros durante a noite, podendo, nas serras do Gerês e Montemuro e na região de Chaves e Montalegre, serem atingidos valores de 40 mm de neve, em 12 horas. Acompanhe as previsões meteorológicas em http://www.ipma.pt
2. EFEITOS EXPECTÁVEIS
Face à situação acima descrita, poderão ocorrer os seguintes efeitos: – Piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água e gelo; – Possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem; – Possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis; – Inundações de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem; – Danos em estruturas montadas ou suspensas; – Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis; – Possibilidade de queda de ramos ou árvores em virtude de vento mais forte; – Possíveis acidentes na orla costeira; – Fenómenos geomorfológicos causados por instabilização de vertentes associados à saturação dos solos, pela perda da sua consistência.
3. MEDIDAS PREVENTIVAS
A ANPC recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a observação e divulgação das principais medidas de autoproteção para estas situações, nomeadamente: – Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas; – Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível acumulação de neve ou a formação de lençóis de água nas vias; – Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas; – Proceder à colocação das correntes de neve nas viaturas, sempre que se circular nas áreas atingidas pela queda de neve; – Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas; – Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte; – Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando se possível a circulação e permanência nestes locais; – Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima; – Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.
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