quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Exército brasileiro na rua após 62 mortes desde sábado

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Pelo menos 62 pessoas morreram em Vitória, capital do estado brasileiro de Espírito Santo, desde sábado, quando a polícia militar iniciou uma greve contra a falta de investimento na segurança.
O Ministério da Defesa brasileiro autorizou o envio de efetivos das Forças Armadas "para garantir a lei e a ordem" na cidade, respondendo a um pedido do governador César Roberto Colnago à Presidência da República.
"Quero ressaltar a inflexível determinação para restaurar e recuperar a normalidade [por parte do Governo]. Estou certo de que com o apoio das forças locais, estaremos nas ruas para garantir a integridade das pessoas e das propriedades", afirmou o ministro da Defesa, Raul Jungmann, em conferência de imprensa.
Raul Jungmann indicou que o exército começou a atuar nas ruas de Vitória, com a presença de 200 militares, esperando-se que, em breve, cheguem outros mil agentes entre membros da Força Nacional (um corpo de elite da Polícia de caráter federal) e do Exército.
Nos últimos dias houve um aumento da criminalidade, principalmente de "homicídios, roubos e furtos", os quais resultaram, até ao momento, em 62 mortes, um recorde histórico para Vitória em fevereiro", afirmou o presidente do Sindicato de Polícias Civis estadual, Jorge Emiliano Legal.
"O Governo tem vindo a tratar da segurança com desdém, está a precarizar os serviços, não investe na segurança e não dá valor ao pessoal", disse. Segundo o dirigente sindical, a cidade vive um "verdadeiro caos" no domínio da segurança e os seus habitantes estão nervosos perante os assaltos que têm ocorrido desde que os agentes decidiram entrar em greve.
Desde sábado que familiares dos polícias militarizados, que exigem um maior investimento para garantir o bom exercício das suas funções assim como um "reajuste salarial", se têm manifestado e impedindo a saída dos agentes e viaturas dos quartéis.
Os familiares dos polícias militares lideram as ações de protesto porque os agentes têm estatuto de soldados e o Código Penal Militar pune com uma pena de até dois anos de prisão a sua participação em greves ou manifestações.
Fonte: TSF / Lusa

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