quarta-feira, 29 de março de 2017

Casal mandava droga para todo o Mundo a partir da Lourinhã

A partir de Portugal, onde criou um laboratório caseiro de drogas sintéticas, um casal de nacionalidade polaca satisfazia encomendas de todo o Mundo.
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Os envios para os clientes eram feitos por correio e muitos dos pagamentos realizados em bitcoins (moeda virtual). Até o negócio ser desmantelado pela Polícia Judiciária, que pela primeira vez apreendeu aquele tipo de "dinheiro" cujo rasto dificilmente é seguido.
Na residência dos dois suspeitos, de 34 e 40 anos, na Lourinhã, distrito de Lisboa, os inspetores da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes (UNCTE) apreenderam vários equipamentos e produtos para fabrico das drogas e "uma quantidade apreciável" de substâncias sintéticas (LSD líquido, DMT e 2CB) e também psicoativas, estas normalmente comercializadas em smartshops.
A investigação, iniciada em meados do ano passado, apurou que as encomendas eram efetuadas através da Internet, havendo pedidos de países da Europa e das Américas, entre outros. A Judiciária não revela quais os canais ou plataformas utilizados pelos traficantes para concretizar os negócios nem esclarece se havia recurso à "dark web" (redes secretas de comunicação na Internet), um meio cada vez mais usado por organizações criminosas de forma a escaparem ao controlo das autoridades.
Certo é que as drogas produzidas no laboratório artesanal eram depois enviadas para os destinatários em pequenos envelopes ou encomendas postais.
14 mil euros em bitcoins
A operação foi desencadeada no final da semana passada e resultou, segundo fonte da PJ, na primeira apreensão em Portugal de bitcoins, num valor equivalente a 14 mil euros.
Sem profissão conhecida, nem antecedentes criminais, os dois detidos foram colocados em prisão preventiva. Estariam a residir no nosso país há alguns anos e teriam a intenção de proceder à compra daquela moradia, que arrendaram para instalar o laboratório, tentando assim exercer a sua atividade da forma o mais discreta possível.
Dada a dimensão transnacional do caso, a investigação da UNCTE vai prosseguir, em colaboração com a Europol e autoridades de outros países.
Fonte: JN

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