terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Nova fase de uma Resistência que não cessou, mas se rearticula e revigora


Fonte: Revista Catolicismo, Nº 840, Dezembro/2020

Em 1974, quando a chamada Ostpolitik do Vaticano (política para o Leste, ou seja, em relação aos países comunistas) empreendia uma aproximação diplomática com o mundo comunista, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira [foto acima] percebeu que ela abriria as portas do Ocidente para a entrada e aceitação do regime comunista. No entanto, isso se faria contrariando ensinamentos do Supremo Magistério da Igreja, cujas veementes condenações ao comunismo não deixavam margem à menor dúvida.
A principal consequência da Ostpolitik para os países católicos — cujos regimes eram de modo geral democráticos, liberais, e sobre os quais não pesavam tais condenações — poderia ser a implantação e perpetuação de governos ditatoriais, contrários ao direito de propriedade e à livre iniciativa. Podiam-se prever facilmente os prejuízos morais, econômicos e em muitos outros campos, tanto para os fiéis católicos quanto para os seus próprios países. Isto ficou claro, alguns anos depois, quando a derrocada do comunismo evidenciou a decadência e pobreza generalizadas nos países por ele dominados.
Como a diplomacia deve sempre se orientar por ordens superiores, cabia unicamente ao Papa (Paulo VI, então reinante) tolher o passo a essas tratativas.
De comum acordo com as diretorias das TFPs autônomas então existentes, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira redigiu uma declaração de resistência à Ostpolitik do Vaticano e orientou sua posterior divulgação em todo o mundo livre. Este documento pode ser lido integralmente em nosso site http://catolicismo.com.br/Acervo/Num/0280/P01.html
Não se tratava de ‘palavras ao vento’, destinadas a aplausos vazios e fugazes, mas se transformou na principal bandeira de combate dele juntamente com seus amigos e seguidores. Durante todos os anos que se seguiram a essa publicação, todas as tentativas de avanço internacional do comunismo foram denunciadas e fustigadas meticulosa e constantemente, colaborando assim para sua final derrocada. Era a continuação da resistência, da qual fez parte a denúncia dos efeitos da Ostpolitik vaticana.
Esse enorme esforço publicitário ficou registrado para a História em numerosos documentos, disponíveis em arquivos midiáticos. E não cessou até os nossos dias, em que o processo revolucionário atinge em cheio o campo da moral católica e dos costumes em geral. Quem depara hoje com as mentiras e exageros do ambientalismo; com o aborto dizimando legalmente vidas inocentes; com a propaganda escancarada em favor de pecados contra a natureza — deve entender que estamos diante dos mesmos inimigos da Igreja que a combatem há séculos, podendo-se mesmo falar em milênios.
Algo similar àquela declaração de resistência de 1974 se faz hoje, em relação aos importantes problemas atuais, com a publicação de um manifesto, lançado no dia 28 de outubro último, do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira e outras 25 associações coirmãs e autônomas nos cinco continentes.
Em tal documento é enunciada a posição de resistência ante a atitude concessiva de autoridades eclesiásticas em vários assuntos no âmbito da vida pública, das relações sociais, da moral e dos costumes, aos quais os Papas anteriores opuseram sempre a condenação ou censura.

Da redação de Catolicismo

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