sexta-feira, 5 de março de 2021

Vinho da Bairrada vence na categoria tinto dos prémios ‘Melhores do Ano 2020’

 

Atribuídos ontem pela revista Vinhos Grandes Escolhas

No que toca ao sector do vinho há dois grandes momentos de premiação anual. Se há um mês foi a vez da Revista de Vinhos eleger os “seus mais-que-tudo”, tendo a Bairrada sido premiada na categoria de enólogo(a) do ano e levando dois vinhos ao ‘TOP 30 Vinhos de Excelência’, ontem coube à revista Vinho Grandes Escolhas o papel de revelar aqueles que para si foram os ‘Melhores do Ano 2020’. A Bairrada voltou a destacar-se, agora com o ‘Quinta das Bágeiras Pai Abel tinto 2015’, um DO Bairrada produzido por Mário Sérgio Alves Nuno, a ser eleito o ‘Melhor Tinto do Ano 2020’.

Dos vinhos provados em 2020, a experiente equipa de provadores da revista Vinho Grandes Escolhas elegeu os melhores entre os melhores, e, pelo segundo ano consecutivo, ainda foi ao detalhe de escolher apenas um em cada uma das quatro categorias, a fim de envergarem o título de melhor vinho espumante, branco, tinto e fortificado. Feitas as contas, integram o ‘TOP 30’ de 2020 três vinhos com o selo de qualidade e de Denominação de Origem e, por conseguinte, a menção DO Bairrada. Em comum têm o facto de serem tintos produzidos a partir da casta rainha da região, a Baga. As estrelas do ano foram o ‘Kompassus Private Collection Baga tinto 2013’, da Kompassus Vinhos; o ‘Luís Pato Vinha Barrosa tinto 2017’, do enólogo e produtor Luís Pato; e o ‘Quinta das Bágeiras Pai Abel tinto 2015’, da autoria de Mário Sérgio Alves Nuno, que subiu ao palco para receber a distinção de ‘Melhor Tinto’, entre todos os demais provados; e foram muitos!

De acordo com a Vinho Grandes Escolhas, “o tinto Pai Abel continua como o seu homenageado Abel Nuno, pai de Mário Sérgio Nuno: um bairradino com carácter e garra, forte de espírito, de postura firme, mas serena e elegante. Na verdade, uma boa personificação do lote de Baga e Touriga Nacional, que compõe este vinho (com larga predominância da primeira), uvas provenientes de uma parcela onde as castas estão misturadas, e onde são feitas intervenções de modo a limitar a produção a dois ou três cachos por videira, replicando assim a concentração e complexidade de uma (boa) vinha velha. A fermentação é feita sem desengace, durante uma semana em lagar aberto, com várias remontagens por dia, e depois acaba e estagia em barricas usadas de carvalho francês e em tonel de madeira. Escusado será dizer que é um vinho quase eterno na longevidade e na persistência, daqueles Bairrada impactantes, que não saem da cabeça, nem da boca, tão cedo…”.

A Grandes Escolhas destacou e reconheceu o trabalho singular e profissional de empresas, produtores, instituições e profissionais face a 2020, manifestando-o através da entrega de vinte Troféus Grandes Escolhas. Para a Bairrada e a um bairradino foi atribuído o galardão de ‘Sommelier do Ano’. Fernando Ruas foi o eleito e premiado como sommelier “honoris causa” porque é brilhante na prestação no palco do restaurante Rei dos Leitões, na Mealhada. Segundo a Grandes Escolhas, Fernando Ruas “é a prova viva de que, em determinadas áreas, não é absolutamente necessário ter formação académica específica para se ser excelso na profissão.”.

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