segunda-feira, 19 de abril de 2021

BE acusa Governo de travar apoios enquanto aceita “esquema fraudulento” da EDP

 

A coordenadora do BE acusou hoje o Governo de aceitar o "esquema fraudulento" para a EDP não pagar impostos e a injeção de dinheiro no Novo Banco, mas depois tentar "travar" o reforço dos apoios sociais no Tribunal Constitucional.

[O Governo] Aceitou o esquema fraudulento para a EDP não pagar impostos, aceita injetar dinheiro no Novo Banco, mesmo quando as regras do Banco Central Europeu não o obrigam - e o Orçamento do Estado aprovado no Parlamento diz que não o deve fazer -, mas vai ao Tribunal Constitucional para tentar travar o reforço dos apoios sociais àqueles trabalhadores que perderam tudo com a pandemia", afirmou Catarina Martins.

Falando na apresentação do deputado Luís Monteiro como candidato do BE à Câmara de Vila Nova de Gaia, no Porto, a líder do partido referiu "não ser aceitável que o Governo seja tão forte na exigência quando corta nos apoios aos mais frágeis e seja tão distraído quando é tempo de fazer frente ao poder económico e fazer os que mais podem pagar aquilo que devem".

"Ficamos hoje a saber que o mesmo Governo que não cobrou o imposto de selo à EDP - 110 milhões de euros na venda de seis barragens em Trás-os-Montes -, também não avaliou o valor da concessão e, portanto, não sabe sequer se poderia ter cobrado à EDP pelo lucro que fez com a passagem desta concessão", criticou.

Catarina Martins sublinhou que o Governo não fez nenhuma das coisas que a lei obrigava no momento de cobrar o imposto à EDP e de perceber se tinha alguma coisa a haver com a concessão: "Disse que ia avaliar e não avaliou, já lá vai ano e meio", reforçou.

Argumentando que num país "em que tanta gente vive com tanta dificuldade, não se pode aceitar que os mais poderosos possam fazer tudo", Catarina Martins considerou que esta forma de atuação "está no oposto da resposta justa" à crise.

Lusa

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