sexta-feira, 21 de julho de 2017

Dia de greve na Venezuela deixou três mortos na rua

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Em quase quatro meses de manifestações sem interrupções contra o regime de Nicolás Maduro, as mortes já ultrapassam as nove dezenas. O país prepara-se para uma semana de enorme tensão.
Foi nas cidades de Los Teques e de Valência que, segundo as agências noticiosas venezuelanas, ocorreram mais três mortes ao longo da jornada de protesto de 24 horas ocorrida durante o dia de ontem. A greve nacional foi convocada pela Mesa de Unidade Democrática (MUD) e trouxe para as ruas bloqueios de estradas e confrontos entre grupos antagónicos: os que se opõem à criação da assembleia constituinte que, a partir de 30 de julho, substituirá o atual parlamento e os que apoiam o regime de Nicolás Maduro.
A Procuradoria-Geral da Venezuela confirmou as mortes por disparo de arma de fogo de Ronney Tejera e Euri Hurtado em Los Teques e de Andrés Uzcátegui, de 23 anos, em Valência, além de ter registado pelo menos dez feridos por balas. A contagem de mortos ao cabo de quase quatro meses de manifestações constantes subiu para os 98.
A MUD, citada pelos jornais venezuelanos, disse que a greve foi bem sucedida em termos de desobediência e rebelião contra Maduro. Do outro lado, o governo afirmou ter obtido uma vitória porque a oposição fracassou na chamada para a paralisação.
O primeiro vice-presidente da assembleia nacional, Freddy Guevara (MUD), disse, citado pelas mesmas fontes, que o dia marcou um precedente na luta contra Maduro e foi uma resposta à altura ao mandato conferido à oposição no domingo passado – pelo referendo espontâneo que levou 7,5 milhões de eleitores a rejeitaram a constituinte.
Guevara afirmou que a greve teve fortes repercussões na grande maioria do território, com uma média de 85% de apoio, com o setor privado a chegar aos 90%, valor que desce para os 70% nos ministérios e empresas estatais, governos estaduais e prefeituras. Na banca, a adesão terá sido de apenas 20%.
Ao contrário, Nicolás Maduro afirmou que as 700 maiores empresas do país funcionaram com toda a normalidade – sabendo-se que o Ministério do Trabalho ameaçara impor sanções às empresas que se unissem ao protesto.
Durante todo o dia, brigadas da Guarda Nacional e da Polícia Nacional percorreram vários setores de Caracas para dispersar os manifestantes com chumbo grosso e gás lacrimogéneo.

Fonte: Jornal Economico

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