quinta-feira, 26 de abril de 2018

Renato Silva já regressou a casa. Português baleado na cabeça nos atentados terroristas no sul de França teve alta

O português baleado na cabeça nos atentados terroristas de Carcassonne e Trèbes, no sul de França, em 23 de março, teve alta hoje do centro hospitalar de Perpignan, disse à Lusa o vice-cônsul de Portugal em Toulouse.
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"O Renato regressou hoje a casa, segundo me transmitiu o pai, que enviou-me uma mensagem. É uma ótima notícia", referiu à agência Lusa o vice-cônsul, Paulo Santos.
Renato Silva, de 26 anos, regressou a casa dos pais, em Villemoustausson, a pouco mais de 100 quilómetros de Perpignan, após ter estado mais de um mês hospitalizado numa unidade de neurocirurgia, com uma bala alojada no cérebro.
O centro hospitalar de Perpignan deu alta a Renato Silva, apesar de o emigrante português apresentar ainda uma paralisia facial e de ainda não ter recuperado de surdez num ouvido.
O português, natural da região de Coimbra, há dois anos radicado em França, esteve em coma induzido, com prognóstico reservado, até 02 de abril.
Os ataques terroristas, reivindicados pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico, ocorreram em Carcassonne e Trèbes, no sul de França, e provocaram cinco mortos, incluindo o atacante, Radouane Lakdim.
Os atentatos fizeram ainda 15 feridos, tendo alguns sido transportados a unidades hospitalares em estado que merecia preocupação.
O português foi baleado por Radouane Lakdim quando estava no seu carro em Carcassonne, tendo o passageiro que se encontrava com ele morrido na sequência dos tiros do atacante, que roubou a viatura e disparou sobre militares a caminho do supermercado onde viria a fazer uma tomada de reféns.
No supermercado em Trèbes, o atacante, de 25 anos, acabou abatido a tiro pelas forças policiais, depois de ter feito reféns, dois dos quais morreram no local.
O tenente-coronel Arnaud Beltrame, de 44 anos, que se propôs tomar o lugar de uma mulher e foi gravemente ferido a tiro e esfaqueado pelo atacante, sucumbiu aos ferimentos dias depois, elevando para cinco o número de mortos.
Lusa

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