sexta-feira, 22 de junho de 2018

Lesados do papel comercial já receberam primeiras indemnizações

Os lesados do papel comercial vendido pelo BES receberam hoje a primeira parcela da indemnização que os compensa parcialmente pelas perdas sofridas com a queda do banco, disse à Lusa o presidente da associação de lesados.
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No total, foram pagos cerca de 120 milhões de euros pelo fundo de recuperação de créditos (gerido pela empresa Patris), o equivalente a 30% da indemnização a que estes clientes têm direito.
O dinheiro foi depositado nas contas dos lesados no Novo Banco.
Este valor serve de indemnização aos 2.000 clientes que compraram mais de 400 milhões de euros em papel comercial antes da queda do banco e do Grupo Espírito Santo (GES), no verão de 2014.
Dos clientes que indicaram que queriam aderir à solução para compensação parcial das perdas, que representavam 99% do capital reclamável, foram aprovados a grande maioria na fase de validação dos processos (equivalente a 96% do capital reclamável), mas alguns ficaram de fora.
A solução encontrada para estes clientes não os compensa totalmente pelas perdas, uma vez que quem fez aplicações até 500 mil euros recebe 75%, num máximo de 250 mil euros, e para aplicações acima de 500 mil euros recupera apenas 50%.
Depois do pagamento hoje da primeira parcela da indemnização pelo fundo de recuperação de créditos (que recorreu para isso a um empréstimo do Estado), as restantes duas parcelas da indemnização serão pagas em 2019 e 2020.
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No total, deverão ser pagos cerca de 267 milhões de euros aos lesados do papel comercial.
Em troca de receberem as indemnizações, os lesados passaram para o fundo os créditos que têm sobre o BES e entidades relacionadas com o banco, de modo a que seja este a litigar em tribunal contra o banco pelos danos causados.
Caso os tribunais decidam em favor dos lesados será o fundo de recuperação de créditos a receber as indemnizações.
A solução para os clientes do papel comercial foi uma promessa do primeiro-ministro, António Costa, tendo sido apresentada no final de 2016. Contudo, o processo sofreu vários atrasos.
Lusa

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