terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Alerta | Medicamentos contendo metamizol

Infarmed alerta para o uso de Nolotil, Dolocalma e Metamizol Cinfa.
O Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento aconselha cuidados especiais no uso de medicamentos para as dores e febres contendo metamizol, porque podem ter efeitos secundários graves. Em Portugal, os medicamentos comercializados contendo metamizol são o Nolotil, Dolocalma e Metamizol Cinfa.
A recomendação surge na sequência de um alerta da Autoridade para o Medicamento Espanhola para a utilização de medicamentos com metamizol, na sequência da morte de 10 britânicos que compraram o medicamento em Espanha.
O metamizol é um medicamento utilizado para o tratamento da dor e febre há cerca de 40 anos. A utilização de medicamentos contendo esta substância pode causar uma reação adversa,  a agranulocitose,  que, apesar de grave, é muito rara, explica Infarmed.
Para minimizar os riscos de agranulocitose associado à utilização de metamizol, o Infarmed recomenda que o seu uso deve ser restrito a um período temporal (máximo de sete dias) e a monitorização através dos valores do hemograma se for por mais tempo.
Estes medicamentos não devem ser utilizados em doentes com reações hematológicas prévias ao metamizol, em tratamento com imunossupressores ou outros medicamentos que possam causar agranulocitose. Deve ser tida particular atenção à prescrição destes medicamentos em doentes idosos, destaca o Infarmed.
Os doentes a quem foi prescrito metamizol não devem interromper o tratamento, mas sim consultar o médico caso surjam sintomas de discrasia sanguínea, tais como mal-estar geral, infeção, febre persistente, hematomas, hemorragias ou palidez.
Aos médicos prescritores e restantes profissionais de saúde, o Infarmed solicita especial atenção para a prevenção e/ou deteção precoce do aparecimento deste ou de outros efeitos indesejáveis.
O Infarmed continuará a acompanhar e a divulgar todas as informações pertinentes relativas a esta matéria, em coordenação com os restantes parceiros e com a Agência Europeia do Medicamento.

Para saber mais, consulte:



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