Há ainda 50 feridos na sequência do fogo que deflagrou de madrugada. Duas crianças portuguesas com prognóstico reservado
A polícia de Londres confirmou que há pelo menos seis vítimas mortais no incêndio que deflagrou esta madrugada num prédio de 24 andares da capital britânica, acrescentando que o número deverá aumentar.
"Posso confirmar seis mortes nesta altura, mas o número deve subir durante aquela que será uma complexa operação de recuperação que irá prolongar-se por vários dias. Muitas outras pessoas estão a receber assistência hospitalar", disse Stuart Cundy, comandante da polícia metropolitana.
Um cordão de segurança mantém-se na área e muitos dos residentes nas imediações da Grenfell Tower foram retirados do local, por precaução. Os bombeiros continuam a combater as chamas e a segurança estrutural do edifício está a ser monitorizada para avaliar se existe risco de colapso do prédio.
Pelo menos 50 pessoas foram levadas para os hospitais da capital britânica, entre os quais portugueses: uma família de cidadãos nacionais - duas crianças e dois adultos - que vivia na torre teve de receber assistência hospitalar. As duas crianças estão internadas com prognóstico reservado.
Testemunhas citadas pela imprensa britânica dizem ter visto pessoas presas dentro do edifício em chamas, sem possibilidade de sair, e outros residentes a saltar de janelas ou a tentar sair do prédio usando lençóis para descer, em desespero.
Vários residentes que conseguiram escapar garantem que não ouviram qualquer alarme de incêndio do edifício, e que escutaram apenas os alarmes de incêndio dos apartamentos. Muitos dizem ter saído de casa apenas porque foram alertadas pelo fumo.
Um grupo de moradores da Grenfell Tower já tinha alertado repetidamente para o risco de incêndio, adianta o The Guardian. Um fogo de grandes dimensões devido a um pico de corrente terá sido evitado por pouco em 2013. A origem do incêndio que deflagrou esta quarta-feira ainda está por apurar.
Muitos moradores apontam que o edifício, que levou obras no ano passado, foi renovado com materiais de menor qualidade e potencialmente inflamáveis.
Fonte: DN
Foto: REUTERS/TOBY MELVILLE
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