quarta-feira, 1 de março de 2017

Startups - 20 mil milhões por um Snap. É de loucos, não é?

Prólogo: Não tenho uma relação feliz com o Carnaval. Já tentei, mas não consegui. :/ “Terça é carna-o-quê?”, disse eu na quinta-feira. Desculpem-me o atraso de um dia, nunca mais me lembrei que ontem era dia de máscaras, samba e Fafá de Belém. E agora que tenho o mea culpa feito pelo atraso das últimas 24 horas, vamos lá mandar um snap.

Não sabe do que falo? Não faz mal, não se sinta “snapchatexcluído“. Se tiver mais de 30 anos e não conviver com adolescentes no dia-a-dia, é provável que falar-lhe de snaps seja tão entusiasmante como dizer-lhe que vai almoçar peixe cozido todos os dias da próxima semana. Mas se lhe disser que é esta a app que faz Mark Zuckerberg, do Facebook, roer-se de inveja, capto a sua atenção?

E se lhe disser que, aos 26 anos, Evan Spiegel vai liderar o primeiro IPO [entrada de uma empresa em bolsa] norte-americano que não dá poder de voto aos acionistas, ficando ele e o cofundador Bobby Murphy donos e senhores de todas as decisões da empresa (que deverá ficar avaliada em cerca de 20 mil milhões de dólares), passa para o parágrafo seguinte?

Só neste parágrafo vai saber que há quem diga que “é de loucos” investir na appque recusou uma oferta do Facebook de 3 mil milhões de dólares e que usa termos como “sexting“, “selfies” ou “festas” para atrair investidores, mas que essa loucura não travou o apetite dos investidores. O Snap ainda não deu entrada na bolsa nova-iorquina, mas a procura pelas ações da empresa já é três vezes maior do que a oferta.

Epílogo: E agora que me estou a despedir, já escolheu o filtro com que vai ilustrar o seu próximo snap? É sempre Carnaval na câmera do Snapchat.

Tenham uma ótima semana. Até terça!