Os pilotos da TAP desconvocaram a greve prevista para o período da Páscoa, entre os dias 7 e 10 de abril, informação revelada esta quarta-feira pela SIC Notícias.
Esta decisão surge dois dias após o Ministério das Finanças ter dado luz verde ao acordo entre a administração da TAP e o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC).
“Ao contrário do veiculado desde segunda-feira, apenas hoje foi notificada pela Comissão Executiva da TAP que o protocolo para revisão das condições impostas pelo Acordo Temporário de Emergência está validado por parte do acionista, representado pelo Ministério das Finanças e Ministério das Infraestruturas”, informou a direção do SPAC em comunicado.
Fazem parte dos temas incluídos no protocolo o acordo sobre a integração de pilotos despedidos face à necessidade de contratação e retenção de talento, o pagamento aos oficiais pilotos com funções de comando em cruzeiro e do dia de serviço de assistência no aeroporto e dos simuladores.
As mesmas medidas aplicadas recentemente a outras classes profissionais constam também no protocolo, nomeadamente a nova tabela de ajudas de custo com a abertura para regressar ao modelo anterior, se não se revelar favorável, e a compensação nos meses de abril e maio das rubricas referentes à ajuda de custo complementar e acerto anual, com retroatividade a março, caso as negociações do novo acordo de empresa terminem em maio.
Ainda que a paralisação tenha sido marcada de forma a pressionar o Governo a ratificar o acordo assinado com a TAP, que repõe condições laborais retiradas anteriormente, o seu cancelamento não é surpresa dado que o presidente do SPAC, Tiago Faria Lopes, tinha já dito que tal aconteceria assim que o Ministério das Finanças desse o “aval” ao protocolo assinado em 17 de março.
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