O Município do Leiria pretende criar um centro de negócios, para empresas na área do digital, no topo norte do Estádio Dr. Magalhães Pessoa, disse à agência Lusa o vice-presidente Gonçalo Lopes.
"Leiria tem condições únicas para captar este tipo de empresas e, com os cursos de engenharia informática e eletrotécnica do Instituto Politécnico de Leiria, os empresários poderão ter mão-de-obra qualificada e mais barata do que noutros pontos da Europa", afirmou.
O autarca socialista salientou a "centralidade de Leiria no país" e o facto deste centro de negócios ficar "no centro da cidade", o que poderá "criar uma âncora na área do digital e um ecossistema favorável ao crescimento deste tipo de empresas".
Gonçalo Lopes reforçou que esta é uma "área que tem futuro e que vai gerar emprego", pelo que é um mercado que "se torna atrativo".
Para saber como poderá ser construído este centro de negócios, o Município reuniu na terça-feira com diversas entidades e empresários ligados às tecnologias de informação e eletrónica, fundadores da ‘startup' Leiria, representantes da NERLEI - Associação Empresarial da Região de Leiria e do Instituto Politécnico de Leiria.
A reunião teve como objetivo "colher o contributo dos empresários" para saber qual a melhor tipologia, "afetação de áreas por função e por piso do futuro Centro de Negócio", num espaço de cerca de dez mil metros quadrados.
Gonçalo Lopes revelou ainda que o espaço terá serviços comuns e que poderá funcionar em ‘open space'.
"Poderá servir como atração de talentos. O Instituto Politécnico de Leiria é um dos parceiros interessados nesta infraestrutura, não só porque vai fixar os seus licenciados dos cursos de engenharia, mas também porque pode ter neste espaço algo ligado à formação".
A visita teve a participação de empresas da área da tecnologia da região, mas Gonçalo Lopes salientou que o espaço estará disponível a qualquer empresa que se queira instalar no centro de negócios.
O investimento ainda não está calculado, uma vez que a autarquia vai lançar um concurso de ideias com base nas sugestões que os empresários deixaram para o funcionamento do centro de negócios.
"Só depois dos arquitetos apresentarem as suas propostas é que iremos iniciar o projeto de obra e analisar o investimento necessário", explicou.
Fonte: Lusa
Foto: JOSÉ S. GOULÃO/LUSA
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