O 10.º Encontro Ibérico de Antropologia vai decorrer de 9 a 11 de maio no Auditório Municipal de Reguengos de Monsaraz. Esta iniciativa é promovida pelo Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa, pelo IN2PAST e pelo Município de Reguengos de Monsaraz.

Este ano, o encontro tem como tema os “Territórios Ibéricos: Paisagens, Patrimónios, Culturas, Histórias e Antropologias” e junta em Reguengos de Monsaraz diversos especialistas de Portugal e de Espanha. Os trabalhos iniciam-se no dia 9 de maio, às 10h30, com a primeira sessão moderada por Maria Cátedra Tomás e que terá apresentações de Carlos Pedro e Ema Pires (Universidade de Évora) sobre “A Antropologia, os seus campos e os seus territórios”, Borja Rivero Jiménez (Universidade de Santiago de Compostela) que vai falar sobre “Paisajes de soledad: una mirada etnográfica a la despoblación en la Raya extremeña”, Luís Cunha (ICS, Universidade do Minho) que vai abordar o tema “Do mapa à imaginação do território: usos e representações da fronteira” e de Maria Valdés Gásquez (Universitat Autónoma de Barcelona) sobre “Sin cruces: paralelismos en el desarrollo de las antropologías ibéricas”.
A segunda sessão começa ao meio dia, vai ser moderada por Paula Godinho e terá as comunicações “Este nosso plantationoceno”, de Cristiana Bastos (ICS, Universidade de Lisboa), “El desafío de la justicia territorial ante los conflictos socioenergéticos”, por Pedro Tomé Martín (CSIC-Consejo Superior de Investigaciones Científicas) e “Antropologia do Poder e da Destruição: Notas para uma Interpretação do Capitaloceno Recente”, de Paulo Mendes (UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro).
Durante a tarde, a partir das 15h, haverá mais uma sessão, que será moderada por Patrícia Alves de Matos e contará com apresentações de Paula Godinho (Instituto de História Contemporânea, FCSH, UNL) sobre “Cinquenta anos da reforma agrária: revolução e usos do tempo”, de Virgínia Henriques Calado (ICS, Universidade de Lisboa) sobre “Regenerar o solo: da Cooperativa Agrícola Cravo Vermelho à Área protegida de Montado do Freixo do Meio”, de Camila Olga Del Mármol Cartañá (Universitat de Barcelona) que vai abordar o tema “Resistencias, activismos y la politización emergente de la ruralidade” e de Elena Freire Paz (Universidade de Santiago de Compostela) que vai falar sobre “Ú las mujeres en la loza Talaverana?”. A fechar o primeiro dia do 10.º Encontro Ibérico de Antropologia realiza-se às 16h30 o lançamento do livro “Antropologia
Simbólica de uma Ciudad: Évora, Mitologia y Patrimonio”, de Maria Cátedra.
O programa do segundo dia do encontro integra às 9h30 uma sessão moderada por David Conde Caballero, que terá as comunicações “Sol e sombra”, de Jean-Yves Durand (CRIA-Universidade do Minho), “La disputa y reconfiguración de la memoria social desde el presente: la gran redada en Torremolinos”, por José María Valcuende del Río (Universidad Pablo de Olavide), “El caluroso verano de 1959 y la elección del Rey de los Ciganos : lugares y emplazamientos de los “ciganos” en el proceso de mecanización del campo y el desarrollo burocrático del Estado de Salazar”, de Sara Sama Acedo (UNED–Universidad Nacional de Educación a Distancia) e “As “ilhas” da diáspora cabo-verdiana em Ibéria”, por Luzia Oca González (Universidade de Santiago de Compostela).
A quinta sessão do encontro ibérico tem início às 11h30, vai ser moderada por Jorge Freitas Branco e conta com apresentações de Lorenzo Mariano Juárez (Universidad de Extremadura) sobre “Tradición, identidad y sociabilidad del vino de pitarra en Extremadura. Desafíos y problemáticas de su patrimonialización”, de David Conde Caballero (Universidad de Extremadura) que vai falar sobre “Aportes desde la Antropología a la idea de las recetas del hambre de la posguerra en España como patrimonio inmaterial”, de Julian López García (UNED–Universidad Nacional de Educación a Distancia) que vai abordar o tema "Gastronomías del sur" e de António Medeiros (Iscte-Instituto Universitário de Lisboa) sobre “"Casa Brancas" na bacia do Sado/ruínas de uma paisagem modernista”.
A primeira sessão da tarde começa às 15h, terá moderação de Pedro Tomé Martin e comunicações de Patrícia Alves de Matos (CRIA Iscte-FCSH, Universidade Nova de Lisboa) sobre “Economias Quotidianas de Bem-Estar: Cálculo humano de bem-estar, necessidades humanas e vidas sustentáveis”, Pedro Antunes (NOVA-FCSH) vai abordar o tema “Os Comuns de Proença-a-Nova: histórias de olivais e sociedades lagareiras nos interstícios de uma floresta industrial”, Consuelo Alvarez Plaza (Universidad Complutense de Madrid) vai explicar “La ruta de la seda reproductiva: circulación de ovocitos por Europa com destino Brasil”, Brian O´Neill (CRIA, Iscte-Instituto Universitário de Lisboa) vai falar sobre “Marcel Proust nas Montanhas Galegas, 1973” e José Manuel Sobral (ICS-Universidade de Lisboa) sobre “Ricos e Pobres em perspetiva histórica: uma releitura da obra de José Cutileiro”.
Segue-se pelas 17h30 uma sessão moderada por Luzia Oca González e que terá apresentações de Humberto Martins (UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro) sobre “De Espanha nem bom vento…Interdependências ecológicas em tempos de colapso ambiental”, de Maria Cátedra Tomás (Universidad Complutense de Madrid) sobre “Desencontros ibéricos: Olivença, duas histórias, dois discursos”, de Maria de Fátima Amante (ISCSP – Universidade de Lisboa) que vai falar sobre “As espanholas não saiam de lá. Contrabando no feminino na raia luso-espanhola” e de Aitzpea Leizaola (Universidad del País Vasco-Euskal Herriko Unibertsitatea) que vai explicar o tema “Pa(i)sajes de frontera: arte, performance y acción política en el País Vasco”.
No dia 11 de maio, a última sessão de trabalhos inicia-se às 9h30, terá moderação de Ema Pires e as apresentações “Usos y representaciones de las memorias del pasado reciente. Monumentos y antimonumentos”, por Maria del Carmen Garcia Alonso (UNED, Universidad Nacional de Educación a Distancia), “Cultura popular por televoto”, de Jorge Freitas Branco (CRIA, Iscte-Instituto Universitário de Lisboa), “Miradas sobre los narcomundos ibéricos: un análisis comparado entre España y Portugal”, por Manuela Ivone Cunha (CRIA, Universidade do Minho) e Hector Gil Hernández (Universitat de les Illes Balears), e "Nós somos os mesmos daquela altura - retratos cruzados de um grupo de norte-americanos na Revolução Portuguesa de 1974-75”, por Joana Craveiro (ESAD, Escola Superior de Artes e Design). A fechar, pelas 11h30, decorre a sessão de encerramento do 10.º Encontro Ibérico de Antropologia.
*Carlos Manuel Barão
Técnico Superior de Comunicação Social
Gabinete de Comunicação e Imagem