As
redes sociais trouxeram algumas situações novas.
Nas
contas dos órgãos da comunicação social proliferam os comentários
às notícias.
O
que por si é bom, pois permite
uma liberdade de expressão que não existia até surgirem estas
novas ferramentas de comunicação.
Por
outro, cria por vezes situações onde
direito de cada cidadão à verdade e honra sai prejudicado.
A
liberdade de nos exprimirmos acaba quando começa o direito do outro
ao bom nome.
Haverá
duas situações a distinguir. Aqueles leitores que na sua boa-fé
manifestam a sua opinião e que ultrapassam os limites dessa linha,
sem disso se
aperceberem.
E
há aqueles que o fazem bem
sabendo que estão a pôr em
causa a honra e bom nome do cidadão objeto do seu comentário.
Há
também imensas ‘contas
falsas’.
A
comunicação social tem um dever novo para com a salvaguarda da
democracia: combater
a desinformação e as fake
news (notícias falsas).
No
tempo presente, este será um dos seus maiores desafios. As redes
sociais podem causar muitos danos. Sobretudo quando usam
a elevada audiência e a credibilidade dos órgãos de comunicação
social.
Há
jornais de âmbito nacional, que optam por uma espécie de
autorregulação, deixando a
leitores a gestão dos comentários. Optam estes jornais por não ter
um acompanhamento dos comentários publicados.
Há
de facto um mundo novo que a Internet veio trazer, que tem
que ser devidamente regulado.
Sobretudo no que à comunicação social diz respeito.
As
leis antigas não servem já perante a difusão da Internet.
*Eduardo
Costa, jornalista, presidente da Associação Nacional de Imprensa
Regional
Destaque
“A
liberdade de nos exprimirmos acaba quando começa o direito do outro
ao bom nome.”