quinta-feira, 14 de outubro de 2021

“Juntos pela Ana”: um movimento voluntário que nasce para ajudar uma causa pública.


Um grupo de voluntários do Corticeiro de Cima, concelho de Cantanhede, juntou-se e criou o movimento “Juntos pela Ana”.
Segundo o mesmo, o objetivo é angariar fundos para novas sessões de um programa integrado e intensivo de reabilitação que têm um custo de 6080€ (Cada sessão).

Trata-se de uma jovem de 29 anos que sofreu um AVC Hemorrágico, em 2018, fruto de uma malformação arteriovenosa, de acordo com a fonte mencionada.

Explica a mesma que o propósito deste tratamento é que a Ana ganhe mais autonomia e uma melhor qualidade de vida.

Tudo o que vai ser feito em prol desta causa pública vai ser divulgado na página de Facebook “Juntos pela Ana”. A mesma já contém mais detalhes da história e missão deste movimento voluntário. Também está disponível nesta página o link de uma plataforma online onde podem ser feitos donativos, gofund.me/e5960f09.

Jornalista Beatriz Simões

último dia da Alitalia

 


Após 74 anos em atividade, a companhia aérea Alitalia encerra portas.

Esta quinta-feira, 14 de outubro, a companhia de bandeira italiana despede-se dos céus com o voo entre Cagliari e Roma-Fiumicino, que aterrará pouco depois das 23 horas locais.

A Alitalia lutou, durante décadas, contra uma crise no entanto a pandemia da Covid-19 mostrou-se fatal. A companhia custou aos cofres públicos italianos mais de 13 mil milhões de euros, em prejuízos, nos últimos 20 anos.

Milhares de trabalhadores da Alitalia têm-se manifestado, nos últimos dias, exigindo soluções e apoio do Governo. Estima-se que mais de 10 mil pessoas engrossem os números do desemprego, uma vez que apenas 2800 transitarão para a ITA.

A Italia Trasporto Aereo será, a partir desta sexta-feira a nova companhia aérea de bandeira do país. O voo inaugural descola de Roma, às 6:30 horas locais e terá como destino Milão.

Euronews

RUA DR. ANTÓNIO CABRITA CARNEIRO, EM S. B. MESSINES, VAI TER DOIS SENTIDOS DE CIRCULAÇÃO AUTOMÓVEL


O Município de Silves informa que a Rua Dr. António Carneiro, em São Bartolomeu de Messines, a partir do dia de amanhã, 15 de outubro de 2021, irá passar a ter dois sentidos de circulação automóvel. Esta alteração de trânsito, de carácter temporário e por tempo indeterminado, irá permitir a melhor veiculação do trânsito junto à Rua Cândidos dos Reis, contribuindo para uma maior normalidade desta zona da vila de São Bartolomeu de Messines.

Relembramos que, no passado dia 25 de setembro, ocorreu uma derrocada na Rua Cândido dos Reis, a qual veio criar vários constrangimentos a nível rodoviário nesta zona. Até esta situação estar resolvida, a Rua António Carneiro irá passar a comportar dois sentidos de circulação, não permitindo, por esse motivo, o estacionamento de viaturas nesta rua.

A autarquia agradece a melhor compreensão e atenção dos automobilistas, residentes e utentes da zona, pedindo desculpa pelos transtornos causados, aconselhando o estacionamento no Parque de Feiras e Exposições de São Bartolomeu de Messines.

 

BREAKING NEWS: Biden picks FDA veteran Robert Califf to lead agency


President Joe Biden will nominate former Food and Drug Administration Commissioner Robert Califf to return to the top role at the sweeping regulatory agency.

If confirmed by the Senate, Califf would take over an agency poised to make key decisions on coronavirus vaccines and treatments while facing criticism of recent controversial drug approvals and widespread burnout due to the ongoing pandemic. Califf previously served as commissioner for nearly a year in Obama's second administration after an overwhelming vote in his favor.


Fonte: POLITICO

A dureza do atletismo em Castelo de Paiva: 3ª edição da Rampa de S. Gens realiza-se no dia 24 de Outubro

Já em tempo mais fresco, com o Outono a entrar de mansinho, a festa do atletismo vai voltar ao município paivense, depois da grande jornada desportiva que foi a 13ª Corrida das Vindimas de Castelo de Paiva, realiza-se no próximo dia 24 de Outubro, a 3ª edição da Rampa de S. Gens, uma prova competitiva integrada na programação dos XXXV Jogos Desportivos, a levar os atletas até ao topo deste local emblemático da freguesia de Santa Maria de Sardoura.

Organizada pelo Grupo Desportivo de Castelo de Paiva e ADC J. Clark, em parceria com a Câmara Municipal de Castelo de Paiva e Junta de Freguesia de Santa Maria de Sardoura, este é um desafio desportivo muito peculiar, relevando aqueles que enfrentarem a rampa que tem desnível médio de 16% e dois troços de pendente de 22% e 33%, apresentando uma extensão de 904 metros com partida à cota de 176 metros acima do nível do mar e meta a 322 metros, um curto traçado, mas que será deveras exigente para os participantes neste desafio, que este ano volta a realizar-se, cumprindo todas as normas impostas pela DGS.

Rampa de S. Gens, já contabiliza meia centena de inscritos, e tem inicio às 10 horas, sendo uma prova destinada a juniores, seniores e veteranos, sendo gratuita a participação, voltando a realizar-se nesta edição a caminhada desde o centro da vila de Sardoura e o habitual convívio realizado na zona de lazer no topo da Monte de S. Gens.

A edilidade paivense, já se pronunciou sobre a realização da Rampa de S. Gens, louvando os seus promotores e o envolvimento da Junta de Freguesia de SM de Sardoura, desejando que, a dureza que apresenta, apesar da curta distância do trajecto definido, não seja factor impeditivo para uma boa adesão de participantes no regresso desta dura prova, e que seja também, um dia de festa para o atletismo paivense, podendo os atletas e seus acompanhantes desfrutar de uma vista soberba e uma panorâmica deslumbrante sobre o Vale do Douro.   


Carlos Oliveira


 


COVILHÃ ASSINALA DIA MUNICIPAL PARA A IGUALDADE

No âmbito do Dia Municipal para a Igualdade, que se comemora a 24 de outubro, a Câmara Municipal da Covilhã promove uma sessão colaborativa no dia 29 de outubro, pelas 14h30, na Biblioteca Municipal, tendo como público alvo as entidades parceiras da Rede Social e trabalhadores do Município, dando assim inicio a um conjunto de iniciativas que visam a elaboração do Plano Municipal para a Igualdade.

Importa recordar este Plano, cujo processo de criação se iniciou em julho de 2021 e se prolonga até ao final de 2022, conta com duas vertentes de intervenção: uma interna à própria autarquia e uma outra externa, destinada a todo o concelho.

O Plano Municipal para a Igualdade assenta numa visão estratégica para o futuro, que dá prioridade à qualidade de vida das pessoas do concelho, ao seu bem-estar e à realização integral de todas e todos. Concederá especial atenção a questões relativas às escolhas da vida pessoal através do combate aos estereótipos de género, à promoção da participação ativa na vida coletiva, à criação de soluções facilitadoras da conciliação entre a vida pessoal e profissional, sobretudo de pessoas com crianças ou idosos/as a cargo e à criação de um território livre de violência de género.

São objetivos estratégicos:

1) Elaboração de um diagnóstico concelhio em termos de igualdade entre mulheres e homens e de não-discriminação, com uma vertente interna, relativa à autarquia e uma vertente externa, face ao concelho. Este diagnóstico irá criar uma visão integrada do território, à luz das assimetrias entre homens e mulheres e fará uma análise organizacional da CMC.

A sua elaboração irá envolver agentes locais, através da consulta aos diferentes conselhos municipais - de ação social, de segurança, de educação e de juventude - também às associações empresariais, sindicatos, IPSS, etc.

2) Estabelecimento de um Plano para a Igualdade para o concelho da Covilhã, identificando as prioridades de intervenção ao nível interno à autarquia, enquanto entidade empregadora e ao nível externo, para todo o município e respetiva implementação.

O Plano incluirá a estratégia, medidas, ações, entidades responsáveis pela implementação, metas e indicadores de monotorização e de avaliação. Terá um horizonte de 4 anos.

Na dimensão interna incluirá ações de formação, nomeadamente para trabalhadores/as e dirigentes da autarquia; medidas de promoção da conciliação entre a vida pessoal, familiar e profissional bem como ações em resposta às prioridades identificadas a partir no diagnóstico. A dimensão externa deste plano irá incidir na educação, saúde, ação social, violência e cultura, mas também em áreas menos usuais como desporto, emprego, urbanismo, mobilidade e ambiente.

Câmara de Águeda recebe novos alunos da ESTGA

 A Câmara Municipal de Águeda recebeu, ontem, no Salão Nobre, os novos alunos da ESTGA (Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda).

Nesta cerimónia, Jorge Almeida, Edson Santos e Elsa Corga (Presidente, Vice-Presidente e Vereadora da Educação da Câmara de Águeda) deram as boas-vindas ao grupo de alunos de vários pontos do país (e ilhas) que vão integrar a ESTGA no presente ano letivo.

Perante uma plateia cheia de jovens, com os seus sonhos, ambições e desejos de vencer, o Presidente da Câmara encorajou os novos alunos a terem uma participação ativa na sociedade e na comunidade que agora integram. “Tragam ideias, sonhos e vontade de os concretizar”, disse Jorge Almeida, desafiando os jovens estudantes a aproveitarem as oportunidades que a escola e o concelho oferecem.

A ESTGA, sublinhou, “tem um conjunto de cursos de grande empregabilidade e as empresas de Águeda precisam de mão de obra qualificada”, o que possibilita a simbiose perfeita entre o ensino e as saídas profissionais. “A ESTGA tem sido desafiada a disponibilizar cursos que se adequem às necessidades das empresas (do concelho e região)”, reafirmou Jorge Almeida, acreditando que muitos dos alunos que este ano iniciam os seus estudos em Águeda poderão ser futuros profissionais e/ou empreendedores no concelho.

Águeda tem mais de cinco mil empresas, entre as quais mais de 750 fábricas, que exportam anualmente mais de dois mil milhões de euros. Indicadores que, quanto ao Edil, são “aliciantes”, aconselhando os jovens alunos a terem “espírito aberto”, até porque “as mentes são como os nossos guarda-chuvas coloridos, só funcionam (bem) se estiverem abertas”.

O Presidente da Câmara relembrou ainda que “Águeda é uma terra de empresários, de pessoas que têm no seu ADN o empreendedorismo”, sublinhando que existem serviços e espaços no concelho para crescer e criar. “Sejam portadores de ideias, lutem por elas e aproveitem todas as oportunidades”, reiterou.

Ciclo de concertos “Ode a Odiana” em Reguengos de Monsaraz

 

Reguengos de Monsaraz vai receber em outubro um ciclo de concertos intitulado “Ode a Odiana”. Esta iniciativa organizada no mês da música pela Associação Cultural Bolsa D’Originais com o apoio do Município de Reguengos de Monsaraz é financiada pelo Ministério da Cultura através do Programa Garantir Cultura e pretende homenagear o Rio Guadiana, outrora denominado de Odiana, mas também três pilares fundamentais da região, nomeadamente as gentes, a música e o território.


O primeiro concerto, “Essências de Marimba”, vai acontecer no dia 17 de outubro, às 18h, no Auditório Municipal de Reguengos de Monsaraz. Em palco vai estar Vasco Ramalho, que convidou a Camerata do Sul, os fadistas Duarte e Filipa Sousa e o concertino João Cunha. O concerto conta com a direção de Tuniko Goulart e o maestro João Rocha e terá arranjos originais de fados e choros para marimba, cordas, sopros e voz.

 

No dia 24 de outubro, pelas 18h, o auditório municipal recebe “Paisagens sonoras alentejanas”. O grupo de sopros e percussão Ensemble Novus Ventus em parceria com a Sociedade Filarmónica Harmonia Reguenguense, que terá em palco músicos desta banda filarmónica, vão homenagear os compositores Luiz de Freitas Branco e Fernando Lopes-Graça num concerto dirigido pelo maestro António Menino e com arranjos originais das obras por João Defeza.

 

“Evangelhos de Liberdade e Requiem de Fauré” é o título do concerto que decorre no dia 30 de outubro, às 18h, na Igreja Matriz de Reguengos de Monsaraz. O concerto vai ser dirigido pelo maestro e compositor Jorge Salgueiro e terá orquestra de câmara e o ensemble vocal Voces Splendentes, com a participação dos solistas Carina Ferreira (soprano) e André Soares (barítono). Este concerto marca a estreia da nova obra de Jorge Salgueiro, “Evangelhos da Liberdade”, e do Requiem de Gabriel Fauré.

 

Com este ciclo de concertos a Associação Bolsa D'Originais pretende contribuir para o desenvolvimento de atividades culturais, promover a diversidade artística e apostar em projetos emergentes e dinamizadores, recorrendo principalmente a entidades e artistas com ligação ao Alentejo. Todos os concertos têm entrada gratuita.


Carlos Manuel Barão

 

Governo proíbe menores de 16 anos de assistirem a touradas

A medida foi aprovada esta quinta-feira em Conselho de Ministros.

O Governo proíbe menores de 16 anos de assistirem a touradas. A medida foi aprovada esta quinta-feira em Conselho de Ministros.

O executivo deu luz verde ao "decreto-lei que altera a classificação etária para assistir a espetáculos tauromáquicos, fixando-a nos maiores de 16 anos".

A limitação avança "à semelhança do que acontece para o acesso e exercício das atividades de artista tauromáquico e de auxiliar de espetáculo tauromáquico", refere o comunicado do Conselho de Ministros.

O Governo defende a proibição de menores de 16 de assistirem a touradas tendo por base um documento das Nações Unidas.

"Esta medida surge na sequência do relatório do Comité dos Direitos da Criança das Nações Unidas de 27 de setembro de 2019, que defende o aumento da idade mínima para assistir a espetáculos tauromáquicos em Portugal", sublinha o comunicado do Governo.

Num relatório disponível no site oficial, os especialistas do Comité da ONU defendem que "deve ser estabelecida a idade mínima de 18 anos para participar e assistir a esses eventos, sem exceções".

O documento defende que se deve aumentar “o conhecimento dos representantes do Estado, meios de comunicação e população sobre os efeitos negativos nas crianças, mesmo como espetadores, da violência associada as touradas.”

Ricardo Vieira / RR

Câmara Municipal de Lamego: Tomada de posse dos novos órgãos autárquicos dia 15 de outubro às 17h30 no Teatro Ribeiro Conceição

A cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos autárquicos do município de Lamego – Câmara Municipal e Assembleia Municipal – está agendada para a próxima sexta-feira, dia 15 de outubro, às 17h30, no Teatro Ribeiro Conceição.

Em sequência dos resultados das últimas Eleições Autárquicas, o cargo de presidente da Câmara Municipal de Lamego será assumido por Francisco Lopes, eleito pela coligação “Somos Lamego – PSD/CDS-PP”.

A sessão é pública e aberta a toda população, sendo também transmitida em direto na página de facebook do município de Lamego.

Caso Meco: João Gouveia e Universidade Lusófona absolvidos de indemnizar pais das vítimas

Tribunal de Setúbal absolveu João Gouveia, ex-dux da Universidade Lusófona, assim como a própria instituição de indemnizar os pais dos seis jovens que morreram em 2013 na praia do Meco, em Sesimbra, no distrito de Setúbal.

“Declaram-se totalmente improcedentes os pedidos deduzidos nos autos pelos autores, absolvendo-se os réus”, refere uma nota de imprensa divulgada hoje pelo juiz presidente do Tribunal Judicial da Comarca de Setúbal, adiantando que também foi declarado “improcedente o pedido de condenação dos autores por litigância de má-fé”.

As famílias dos jovens, que responsabilizam o ex-‘dux’ João Gouveia e a COFAC – Cooperativa de Formação e Animação Cultural, CRL (Universidade Lusófona) pela morte dos seis alunos a 15 de dezembro de 2013, não foram surpreendidas pela decisão, mas prometem recorrer para o Supremo Tribunal de Justiça.

“Eu já estava à espera. Aliás aqui a nível de Portugal outra coisa não podia esperar. Sempre foram protegidos [o ex-`dux ´João Gouveia e a Universidade Lusófona]. Para mim, este julgamento deu para demonstrar, a quem quis ouvir, que há ali contradições e que nunca houve interesse em esclarecer”, disse à agência Lusa Fernanda Cristóvão, mãe de Ana Catarina Soares, uma das jovens alunas da Universidade Lusófona que morreu na praia do Meco em 15 de dezembro de 2013.

“Se não foi possível reunir provas não foi por nossa culpa. O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem fez chegar que houve incompetência da parte da justiça, dos órgãos da justiça portuguesa. Eles é que têm que se entender, têm que ir ver, dentro da própria justiça, quem é que procedeu mal. Não fomos nós, como devem imaginar. Nós perdemos o bem maior que tínhamos. Agora penso que nos resta recorrer para o Supremo”, acrescentou Fernanda Cristóvão.

No processo cível estavam em causa seis petições – uma por cada um dos seis jovens que morreram na praia do Meco - contra o ex-‘dux’ João Miguel Gouveia e a COFAC, em que as famílias das vítimas reclamavam uma indemnização de cerca de 225 mil euros por cada uma das petições.

Nas alegações finais, no passado mês de julho, os advogados da Universidade Lusófona e do único sobrevivente da tragédia do Meco, o ex-`dux´ João Gouveia, pediram a absolvição dos réus.

Por sua vez, o advogado Vítor Parente Ribeiro, que representa as famílias, reafirmou a ideia de que a morte dos seis jovens tinha ocorrido durante uma praxe e defendeu uma decisão favorável aos familiares das vítimas, mas os réus foram absolvidos, tal como já tinha acontecido no processo-crime, que foi arquivado após a fase de instrução e não chegou sequer a julgamento.

Um dia depois da tragédia do Meco foi aberto um inquérito às circunstâncias da morte dos seis jovens, que viria a ser arquivado em julho de 2014 e reaberto em outubro do mesmo ano, quando o ex-‘dux’ João Gouveia foi constituído arguido.

Em março de 2015, o Tribunal de Instrução Criminal de Setúbal decidiu não enviar o processo-crime para julgamento e o Tribunal da Relação de Évora, após recurso da defesa, manteve a decisão, sublinhando que as vítimas eram adultas e não tinham sido privadas da sua liberdade durante a eventual praxe, pelo que não havia responsabilidade criminal de João Gouveia.

Em 2016, os pais das vítimas avançaram com as seis ações cíveis contra o único sobrevivente e a Universidade Lusófona, no processo que agora foi considerado improcedente.

Também em 2016, o pai de Tiago Campos apresentou uma queixa ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH), alegando que Portugal tinha violado o artigo 2.º da Convenção Europeia dos Direitos do Homem, que prevê o direito à vida.

O TEDH acabou por condenar o Estado português a pagar 13.000 euros de indemnização à família e apontou falhas à investigação, considerando que a mesma não satisfez os requisitos referentes à proteção do direito à vida, por não terem sido adotadas algumas medidas urgentes logo após a tragédia do Meco.

Madremedia

Imagem: Conselho Superior da Magistratura 

Lanterna no horror talibã

 

  • Péricles Capanema

Amputação das mãos por crime de furto. Entre 1996 e 2001 o talibã governou o Afeganistão (ou o Emirado Islâmico do Afeganistão, nome oficial que voltou a valer): foram comuns execuções públicas, amputação de mãos por furto, massacre de etnias rivais, aplicação cruel e generalizada da sharia, a lei muçulmana. Em decorrência, isolamento internacional, só três países reconheciam o regime — Arábia Saudita, Paquistão, Emirados Árabes Unidos. Os talibãs continuariam encarapitados no poder, sabe lá Deus até quando, não fosse a invasão norte-americana do país. Em agosto de 2021, reconquistou o poder militarmente. É totalmente ignoto quanto durará sua mão no leme do país, para desgraça certa dos afegãos e horror duvidoso do mundo. A propósito, um dos fundadores do talibã, o mulá Nooruddin Turati [foto abaixo], declarou há pouco para a Associated Press que as execuções e as amputações de mãos voltarão a fazer parte do cotidiano: “Todos nos criticaram pelas punições no estádio, mas nunca dissemos nada sobre suas leis e punições. Ninguém vai nos dizer quais devem ser nossas leis. Seguiremos o Islã e faremos nossas leis sobre o Alcorão. Cortar as mãos é muito necessário para a segurança”.

Apoios de importância. Um movimento sem apoio popular expressivo [ou indiferença generalizada] não permaneceria cinco anos no poder nem o reconquistaria, quase vinte anos depois, à frente de 70 mil homens armados. Qual o segredo da força talibã? É o que em parte pretendo mostrar.

Gigantesca população rural empobrecida e iletrada. O Afeganistão, país montanhoso, quase 650 mil quilômetros quadrados, tem população na casa de 32 milhões de habitantes, dos quais aproximadamente 4,6 milhões vivem em Cabul. Três quartos dos habitantes (por volta de 75%) habita a zona rural (Brasil, menos de 15%). Ali predomina agricultura de subsistência, pouca ou nenhuma possibilidade de crescer na vida, escassa ajuda governamental, quando existe, juventude largamente analfabeta funcional (ou analfabeta inteira).

Nacionalismo religioso. Na zona rural se recruta a maioria dos talibãs; em geral da etnia pashtun, aproximadamente 50% da população, o que acentua a nota nacionalista do movimento. Jovens em torno de 20 anos, fuzil na mão, que repetem em árabe trechos do Alcorão incompreensíveis para eles, sentem realização pessoal e sentido na vida ao participar da guerra por Alá (jihad). Válvula de escape, são alguém. Sua presença reforça a de fundamentalismo islâmico, cujas raízes estão nas madraças (escolas muçulmanas, talibã significa estudante) de orientação salafista, em grande parte financiadas com dinheiro saudita. São poucos na juventude rural os que têm condições de se casar antes dos 30 anos (e até depois), em ambiente que desvaloriza fortemente o adulto sem mulher e filhos. É generalizada a pedofilia entre homens adultos e meninos.

Papoula, ópio e heroína. Boa parte dos agricultores afegãos cultiva papoula, lindas flores grandes, ora brancas, às vezes rosas, ainda violáceas ou vermelhas; planta que tem propriedades oleaginosas, alimentares e medicinais. Não é pela beleza, pouca coisa é utilizada em fármacos, menos ainda se destina a adorno doméstico. O foco do interesse é o látex, rico em substâncias tóxicas, com o qual se produzem o ópio e a heroína. O país é o maior produtor mundial de ópio e heroína, 80% do total, e a papoula é a mais rendosa fonte de renda para os agricultores. Em finais de 2020, suas plantações cobriam cerca de 240 mil hectares. Nos últimos anos, os talibãs, nas áreas controladas por eles, cobravam taxa pela produção de ópio e heroína. Nada cobravam pela simples venda da papoula. No primeiro governo talibã esse comércio continuou. Certamente assim continuará a partir de agora.

Vida cotidiana no campo e na cidade. Nos vinte anos de governo sob ocupação dos Estados Unidos quase nada mudou na vida do campo, em especial para as mulheres. A situação assim permanecerá, tudo o indica. E ali, em especial nas áreas habitadas pela etnia pashtun, não existe oposição forte à administração talibã. A perda dos direitos das mulheres impacta pouco a população feminina no campo; a vida delas não ficou diferente. E isto em um contexto em que 90% das mulheres afegãs sofrem abusos físicos e sexuais, abusos psicológicos e casamentos forçados; culpados habituais, a parentela. Convém recordar, a renda per capita do Afeganistão é de 500 dólares por ano, em torno de 130 vezes menor que a dos Estados Unidos. A expectativa de vida, 43 anos (81 anos a da Alemanha). E o país vive em estado de guerra civil mais ou menos ininterrupta desde a década de 1970. O fim da guerra já traz alívio. Tudo somado, é o terceiro país em número de refugiados do mundo, pouco mais de 2,6 milhões de pessoas, atrás apenas da Síria, sujeita ao terror da guerra civil contínua, e da Venezuela, que padece a hediondez sem fim do chavismo, o socialismo do século XXI — aliás, regime xodó do PT e de boa parte da esquerda brasileira. De outro modo, as necessidades prementes da vida tomam praticamente toda a atenção da grossa maioria dos afegãos. De imediato, querem em Cabul um governo que minore seus sofrimentos e preocupações, melhore chances de sobrevivência. Ou, pelo menos, que não as piore.

O apoio externo. O talibã recebeu de 1996 muito dinheiro proveniente dos países árabes do Golfo; o governo paquistanês também ajudava. Agora, tem um aliado poderoso: o governo chinês. Da Rússia não virá oposição.

Manter vivo o horror, providência urgente. Mais, crescer na rejeição, dever moral, estaqueamento para futura solução efetiva. Haverá perenidade no inferno afegão se o choque inicial nos países livres for gradualmente substituído pela indiferença e esquecimento diante do tormento contínuo, à maneira de Sísifo, dos sequelados do fundamentalismo islâmico. Pelo contrário, a tortura certamente será efêmera se crescerem na opinião ocidental a solidariedade e a compaixão cristã. Aqui está a atitude correta e sensata, inconformidade de proporções amazônicas. Ela inundará todos os ambientes. Só assim se dissipará a perspectiva apocalíptica da tortura perene de um país martirizado. O Afeganistão então disporá de recursos para trilhar via diferente, distanciando-se de suplícios dantescos, rumo aos quais agora é arrastado por forças poderosas, internas e externas.

ABIM

Estudantes de jornalismo com motivações altas e expectativas baixas sobre o seu futuro profissional

 

Uma grande percentagem dos alunos que frequentam os cursos de jornalismo e comunicação em Portugal não acredita na possibilidade de encontrar o primeiro emprego na sua área de formação. Mesmo assim, a motivação para o curso é elevada. A conclusão é de um estudo efetuado por dois investigadores da Universidade de Coimbra (UC).

Um inquérito realizado a 1091 estudantes que frequentaram 38 cursos de licenciatura ou mestrado em jornalismo e comunicação social, em instituições de ensino superior nacionais públicas e privadas, no ano letivo 2020-2021, revela que 65,1% dos alunos consideram totalmente improvável, muito improvável ou improvável encontrar um primeiro emprego no jornalismo. Também 66,6% admitem idêntico tipo de improbabilidade no que se refere a conseguir um contrato laboral estável na profissão e 69,2% consideram o mesmo no que toca à probabilidade de ter um salário condizente com o estatuto e o tipo de tarefas a desempenhar.

Apesar de todas as dificuldades, o estudo, realizado por João Miranda e Carlos Camponez, do Centro de Estudos Interdisciplinares da Universidade de Coimbra, indica que apenas 2,9% dos alunos admitiam a possibilidade de abandonarem o curso para ingressar numa outra área de formação. Estes dados «podem ser tanto mais relevantes quanto apenas 9,9% dos alunos que responderam ao inquérito disseram que não pretendiam trabalhar em jornalismo», afirmam os investigadores.

«Existe um paradoxo entre os alunos que frequentam os cursos de jornalismo e comunicação em Portugal. Se, por um lado, os alunos demonstram altos índices motivacionais na escolha dos seus cursos, por outro lado, constata-se que as expectativas quanto à sua realização como jornalistas são baixas», notam.

O estudo, que visou caracterizar os jovens que escolhem o jornalismo e compreender as suas motivações, expectativas e perspetivas sobre a profissão, conclui também que, «entre as motivações que levaram os alunos a ingressar nos cursos, se destacam razões como o desejo de desenvolvimento pessoal e profissional, a existência de currículos formativos interessantes ou a vontade de fazerem uma carreira na área da comunicação social».

O inquérito revela ainda que mais de 90% dos inquiridos concordam, concordam bastante ou concordam totalmente com a ideia de que o jornalismo assume as funções de “serviço público”, de “meio de educação” ou de “fórum de discussão pública”. Já no que se refere ao papel dos jornalistas, os inquiridos privilegiam funções como “comunicar informações emitidas pelas autoridades públicas”, “informar sobre os eventos políticos e as suas consequências” ou “informar os consumidores”.

O estudo procurou igualmente identificar os hábitos de consumo de informação jornalística destes estudantes. As respostas revelam «preocupações dos alunos com o acompanhamento regular da atualidade noticiosa, ao mesmo tempo que evidenciam uma forte presença das redes sociais como as suas fontes principais de informação. Apenas 0,9% das respostas não demonstram qualquer tipo de concordância com a ideia de ser fundamental acompanhar as notícias e só 5,4% consideram que os estudantes das áreas de jornalismo e de comunicação social não têm uma obrigação particular de acompanhar a atualidade noticiosa», apontam João Miranda e Carlos Camponez.

No que respeita aos meios a que estes alunos mais recorrem para se manterem a par das notícias, surgem os canais online dos órgãos de comunicação social e os noticiários televisivos: 97,9% e 96,4%, respetivamente, dos alunos inquiridos referem informar-se nestes meios, pelo menos uma vez por semana. Seguem-se depois a rede social “Instagram” e a plataforma “YouTube” – 90,0% e 88,9%, respetivamente, dos inquiridos indicam que consultam estes meios, pelo menos uma vez por semana, como forma de acompanhar a atualidade noticiosa. Apenas 38,5% dos estudantes admitem pagar regularmente por informação jornalística.

João Miranda e Carlos Camponez consideram que os resultados deste estudo contribuem para «compreender uma realidade multidimensional, que envolve, a título de exemplo, as transformações contemporâneas do jornalismo induzidas pelas tecnologias da comunicação e da informação; os impactes dessas mudanças na função social de mediação do jornalismo; os problemas económicos e socioprofissionais em que está envolvido; enfim, os contextos e os desafios da própria formação em jornalismo».

Dos 1091 inquiridos, 804 respondentes são do sexo feminino. A maioria dos indivíduos que constituem a amostra tem idades compreendidas entre os 18 e os 23 anos.

Os resultados deste estudo estão apresentados no livro “Estudantes de Comunicação Social em Portugal – Expectativas e perspetivas sobre jornalismo”, disponível em formato online. Trata-se de um segundo estudo editado pela Sopcom - Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação. O primeiro foi realizado, no ano passado, pela Rede Interuniversitária de Estudos sobre Jornalistas (RIEJ), sobre o impacto da Covid-19 no jornalismo.


Cristina Pinto

Dia Mundial da Visão: “Em 2050, uma em cada duas pessoas vão sofrer de miopia”

No Dia Mundial da Visão, a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra chama atenção para a excessiva exposição de crianças a dispositivos electrónicos. 80% de todas as causas de deficiência visual são evitáveis ou podem ser tratáveis mediante prevenção adequada.

A pandemia trouxe várias alterações aos hábitos diários nas famílias. Com o confinamento, a maioria das pessoas acabaram por estar isoladas, tendo recorrido aos aparelhos electrónicos não só para trabalharem e estudarem, mas também para lazer. Para a crianças, a pandemia também trouxe uma nova realidade, levando-as a passarem prolongados períodos em frente ao ecrã.

“Passar mais tempo em casa tem sido para muitas crianças sinónimo de estar mais tempo em frente ao ecrã. Cada vez mais cedo têm o primeiro contacto com dispositivos electrónicos como telemóveis, computadores, tablets e televisões. Esta situação, que se agravou devido às recomendações de distanciamento físico, ajudou a encurtar distâncias entre amigos e familiares. Muito se tem estudado sobre os riscos para a saúde associados à pandemia. Os problemas oculares são um deles e não devem ser negligenciados, especialmente em crianças”, defende Maria João Quadrado, Médica Oftalmologista e Professora da Faculdade de Medicina de Coimbra.

“A nossa visão possui um mecanismo a que chamamos acomodação e que nos permite reconhecer objetos a mais de seis metros e, em poucos segundos, conseguir focar com nitidez objectos mais próximos. Esse ajuste do foco é feito com a contração do músculo ciliar. O excesso de esforço para esse ajuste poderá constituiu um fator de risco para o aumento da incidência da miopia”, acrescenta.

Segundo Joaquim Murta, Professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e Diretor do Serviço de Oftalmologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, “a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que nas próximas décadas poderá ocorrer um crescimento da incidência de miopia. Em 2050, 50% das pessoas em todo o mundo serão míopes, ou seja, uma em cada duas pessoas vão sofrer desta doença (5 biliões) e cerca de 1 bilião sofrerá de miopia elevada, com todas as complicações que daqui resultam. Trata-se de uma verdadeira «pandemia» que cresce a nível global.” Sobre o impato da pandemia nos tratamentos de saúde o especialista revela que “houve uma enorme quebra nos cuidados de saúde. Temos realizado um enorme esforço a tentar compensar este deficit, com trabalho adicional e com teleconsultas”.

Apesar de, segundo dados da OMS, a cada cinco segundos, haver uma pessoa que cega no mundo, 80 % de todas as causas de deficiência visual são evitáveis ou podem ser tratáveis mediante prevenção adequada. Para Joaquim Murta, o único oftalmologista português a integrar a Academia Ophthalmologica Internationalis (AOI), “muitas das doenças são silenciosas. Existem agora tratamentos, que não havia outrora, que possibilitam evitar e tratar situações que poderão tornar-se irreversíveis, com todas as consequências sociais e financeiras associadas. Em termos de meios técnicos e humanos, existem em Portugal centros de excelência no tratamento de doenças oculares, assim como um número de Oftalmologistas acima da média europeia. É obrigatório que os Portugueses previnam e tratem as doenças oculares.”

O Relatório Mundial da Visão, recentemente divulgado, deixa também o alerta: a procura global por cuidados oftalmológicos deve aumentar nos próximos anos não só devido ao crescimento e envelhecimento como também devido a mudanças no estilo de vida. Os especialistas defendem que nas próximas décadas poderão aumentar drasticamente o número de pessoas com doenças oculares, deficiência visual e cegueira.

Detetada ‘legionella’ em balneários de pavilhão de escola em Portalegre

A bactéria 'legionella' foi detetada na água dos chuveiros de um balneário do pavilhão desportivo da Escola Secundária Mouzinho da Silveira, em Portalegre, mas “não há nenhum caso da doença”, revelou hoje o diretor do estabelecimento escolar.

Em declarações à agência Lusa, o diretor desta escola, António Luís Sequeira, indicou ter sido informado, na terça-feira, sobre “o teste positivo” para a presença da bactéria 'legionella' “só no balneário feminino”, na sequência de análises periódicas.

“Os dois balneários estão agora interditos, por uma questão de precaução, e ontem [terça-feira] começou a ser aplicado o plano de prevenção e contenção da bactéria da ‘legionella’ por parte da Parque Escolar, que é responsável pelas instalações”, referiu.

Segundo António Luís Sequeira, a temperatura da água da caldeira foi elevada aos 90 graus, os bicos dos chuveiros de ambos os balneários foram retirados e colocados em lixívia para desinfeção e a água esteve a correr para limpeza da caldeira.

Já esteve na escola “uma empresa contratada pela Parque Escolar para fazer novas análises” à água dos chuveiros dos balneários, pelo que “aguardamos os resultados para ver se abrimos os balneários”, adiantou.

O diretor da escola disse que a Delegada de Saúde Regional do Alentejo está a “avaliar a possibilidade” de reabertura da zona do vestiário dos balneários para os alunos “se puderem equipar para a prática desportiva nas aulas de educação física”.

“A propagação só é feita através da gotículas e não através do ar”, assinalou.

Até hoje, sublinhou, “não há nenhum caso da doença” provocada pela bactéria 'legionella', até porque “os resultados da amostra para a análise” consideravam existir “risco moderado” de contágio.

Madremedia/LUsa

Maioria dos candidatos não conseguiu entrar na 2.ª fase


Apenas 40% dos candidatos à 2.º fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior ficaram colocados numa universidade ou instituto politécnico, segundo dados hoje divulgados pelo ministério.

Consulte o resultado das colocações aqui.

Depois de uma 1.º fase do concurso em que 77% dos candidatos ficaram colocados, os números dos que agora ficaram de fora dispararam.

Dos 22.953 candidatos à 2.º fase, ficaram colocados 9.154 estudantes (39,88%), segundo dados divulgados hoje pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) no dia em que são conhecidos os resultados desta nova fase do concurso nacional.

Dos quase 23 mil candidatos, mais de nove mil já tinham concorrido à 1.ª fase mas não tinham ficado colocados (9.534), seguindo-se os casos daqueles que concorreram agora pela primeira vez (4.491).

Houve ainda 1.972 concorrentes que tinham ficado colocados na 1.ª fase mas decidiram não se matricular e outros 6.956 que ficaram colocados na 1.º fase e se matricularam, mas voltaram a tentar nesta 2.º fase.

Apesar de a maioria dos alunos não ter conseguido um lugar, houve 4.441 vagas que não foram ocupadas, na sua maioria em cursos de institutos politécnicos, como Bragança, Guarda ou Castelo Branco, que podem voltar a disponibilizar essas vagas na 3.ª fase do CNAES.

Cada instituição de ensino superior decide, para cada um dos seus cursos, sobre a abertura da terceira fase do concurso.

Sendo que quando uma instituição de ensino superior decide abrir 3.º fase do concurso, fixa o número de vagas que pode ser igual ou inferior às vagas que sobraram da segunda fase acrescidas das vagas que acabaram por não ser ocupadas pelos estudantes colocados agora mas que não realizaram a matrícula e inscrição.

Ao contrário do que aconteceu na 1.º fase, nesta 2.º fase do CNAES houve mais candidatos colocados em instituições de ensino politécnico (4.822) do que em universidades (4.272). Na 1.º fase, ficaram colocados no subsistema universitário cerca de 30 mil contra menos de 20 mil no politécnico.

Os números mostram ainda que 72% dos candidatos ficaram colocados nas suas três primeiras opções, também aqui houve uma ligeira redução em relação à 1.º fase.

As vagas colocadas a concurso na 3.º fase serão divulgadas a 21 de outubro no site da Direção-Geral do Ensino Superior.

A candidatura à 3.º fase vai decorrer entre 21 e 25 de outubro através do sistema online, que também está disponível no site da DGES.

Antes disso, os estudantes agora colocados têm entre os dias 14 e 18 de outubro para realizar a matrícula e inscrição junto da instituição de ensino superior onde ficaram colocados.

No conjunto da 1.ª e 2.ª fases do CNAES deste ano, já ingressaram no ensino superior público 51.431 novos estudantes.

A Direção-Geral do Ensino Superior estima que ano letivo se inscrevam mais de 100 mil novos estudantes, tendo em conta as diferentes formas de ingresso no ensino superior público e privado. No ano passado, previa-se cerca de 95 mil novos alunos.

Madremedia/Lusa

Noruega. Ataque com arco e flecha faz pelo menos cinco mortos

O autor do ataque, do sexo masculino, já se encontra detido pelas autoridades norueguesas. O incidente aconteceu na cidade de Kongsberg, no sudeste da Noruega, a 70 quilómetros de Oslo.

Um homem armado de arco e flecha matou pelo menos cinco pessoas e feriu outras duas na cidade de Kongsberg, no sudeste da Noruega, de acordo com The Guardian, que cita as autoridades.

A informação inicial transmitida pelos meios de comunicação noruegueses davam conta de que seriam, pelo menos, quatro mortos e vários feridos, mas não existia confirmação oficial.

O suspeito foi detido e, para já, não há indícios de que existam outros suspeitos. Segundo a polícia, a informação recente aponta para que tenha atuado sozinho.

"Não estamos à procura outras pessoas", disse Øyvind Aas, oficial da polícia local.

A polícia não forneceu quaisquer detalhes sobre o suspeito, excepto que se trata de um indivíduo do sexo masculino e que foi levado para a delegacia da cidade vizinha de Drammen.

As autoridades adiantaram ainda que se desconhecem os motivos para o ataque, mas que a possibilidade de terrorismo não pode ser posta de parte. Ainda assim, salienta que é cedo para se tirarem ilações.

"O homem ainda não foi interrogado e é demasiado cedo para chegar a qualquer conclusão", aferiu a polícia à imprensa.

A NRK (emissora pública norueguesa) escreve que a polícia de Kongsberg, um município de cerca de 28.000 pessoas, recebeu o alerta por volta das 18h15 (hora local) de que um homem andava pelo centro da cidade com um arco e flecha.

Foi rapidamente montado um dispositivo policial na área com um "grande número" de agentes, helicópteros e equipas de intervenção. O suspeito terá sido detido 20 minutos depois de se confrontar com as autoridades.

Madremedia