quarta-feira, 10 de junho de 2020

Beiras e Serra da Estrela protestam contra decisão da CP de reduzir ligações Guarda-Lisboa

Beiras e Serra da Estrela protestam contra decisão da CP de ...
O Conselho Intermunicipal da Comunidade lamentou, em comunicado, que “a CP não tenha cabalmente esclarecido as populações, ou os seus representantes, das razões que motivaram a suspensão dos serviços” e garantiu que vai dar conhecimento da situação ao Governo.
A CIMBSE anunciou que vai solicitar, com urgência, uma audiência ministra da Coesão Territorial e ao ministro das Infraestruturas,” para análise dos assuntos relacionados com a circulação dos comboios na Linhas da Beira Alta e Linha da Beira Baixa e com a sua modernização”.
Exigiu também à CP que restabeleça a circulação dos comboios suprimidos na Linha da Beira Alta e que seja iniciado “com urgência, o investimento na modernização da Linha da Beira Alta, há muito prometido, mas que tarda em realizar-se”.
O Conselho Intermunicipal da CIMBSE reafirma a importância que a via-férrea tem para a região das Beiras e Serra da Estrela, pedindo que os investimentos nesta infraestrutura “sejam rápidos, consistentes e decisivos”.
A Comunidade intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela serve uma população de mais de 236 mil pessoas e é composta por 15 municípios: Almeida, Belmonte, Celorico da Beira, Covilhã, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Fundão, Guarda, Gouveia, Manteigas, Mêda, Pinhel, Sabugal, Seia e Trancoso.
Lusa

Reabertura do Movimento Vencer e Viver na Região Centro

Reabertura do Movimento Vencer e Viver na região Centro – CentroTV
O Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC.NRC) retomou a 8 de junho (2ªfeira) as atividades no âmbito do Movimento Vencer e Viver. O reinício de atividades será feito de forma progressiva, obedecendo a um protocolo de atendimento.

[10 de junho, Coimbra] - A LPCC.NRC retomou esta segunda-feira, 8 de junho, as atividades no âmbito do Movimento Vencer e Viver (MVV). Um processo que decorrerá de forma progressiva, obedecendo a um protocolo de atendimento que visa cumprir as orientações das Autoridades de Saúde.
Em função deste protocolo, as extensões do MVV estão abertas nas seguintes datas e horários:

Calendário do mês de junho
  • Coimbra | de segunda a sexta-feira das 9h às 13h e das 14h às 17h
  • Aveiro | sextas-feiras: 19 e 26 de junho | 10h às 12h30 e das 13h30 às 16h
  • Castelo Branco | segundas-feiras: 8 e 22 de junho | 11h às 12h30 e das 13h30 às 15h30
  • Guarda | quarta-feira: 17 de junho | 11h às 12h30 e das 13h30 às 15h30
  • Leiria | terças-feiras: 9, 16, 23 e 30 de junho | 10h às 12h30 e das 13h30 às 16h
  • Viseu | quintas-feiras: 18 e 25 de junho | 10h às 12h30 e das 13h30 às 16h
  • Covilhã | em virtude da extensão funcionar em contexto hospitalar, sugere-se que as utentes se desloquem à extensão mais próxima, em Castelo Branco ou na Guarda

    Calendário do mês de julho
  • Coimbra | de segunda a sexta-feira das 9h às 13h e das 14h às 17h
  • Aveiro | sextas-feiras: 3, 10, 17, 24 e 31 de julho | 10h às 12h30 e das 13h30 às 16h
  • Castelo Branco | segundas-feiras: 6 e 20 de julho | 11h às 12h30 e das 13h30 às 15h30
  • Guarda | quartas-feiras: 1, 15 e 29 de julho | 11h às 12h30 e das 13h30 às 15h30
  • Leiria | terças-feiras: 7, 14 ,21 e 28 de julho | 10h às 12h30 e das 13h30 às 16h
  • Viseu | quintas-feiras: 2, 9, 16, 23 e 30 de julho | 10h às 12h30 e das 13h30 às 16h
  • Covilhã | em virtude da extensão funcionar em contexto hospitalar, sugere-se que as utentes se desloquem à extensão mais próxima, em Castelo Branco ou na Guarda

    No âmbito do plano de contingência para a COVID-19, a LPCC.NRC colocará também em prática todas as recomendações das autoridades de saúde a fim de garantir a segurança de utentes e profissionais. Assim, a Liga recomenda especial atenção às seguintes informaçõesantes de qualquer deslocação ao Movimento Vencer e Viver:
  1. Se tem sintomas como tosse, febre ou dificuldade respiratória; perda de olfato ou do sentido de gosto; se contraiu ou esteve em contacto com pessoas com COVID-19, entre outros sintomas ou queixas associadas à COVID-19, não deverá deslocar-se às instalações da Liga Portuguesa Contra o Cancro;
  2. Deve agendar antecipadamente a sua deslocação ao Movimento Vencer e Viver pelo telefone 239 487 490 ou através do e-mail mvv.nrc@ligacontracancro.pt. Desta forma procuraremos evitar a aglomeração de utentes e terá um atendimento em tempo oportuno;
  3. Atendendo às recomendações das Autoridades de Saúde, deve levar consigo a sua máscara de proteção;
  4. Ao chegar às instalações do Movimento Vencer e Viver, ser-lhe-á medida a temperatura através de termómetro de infravermelhos. Caso a temperatura registada ultrapasse os 37,5º, não poderá aceder às instalações, devendo contactar com o seu médico assistente;
  5. Será oferecida uma máscara descartável. Deve guardar a sua ou, se descartável, colocá-la no caixote do lixo;
  6. Deve usar a máscara que lhe disponibilizarmos durante todo o tempo que permanecer nas instalações da Liga Portuguesa Contra o Cancro;
  7. Após entrar e antes de manipular quaisquer materiais, deve higienizar as mãos com álcool gel disponível nos espaços de atendimento;
  8. Uma vez adquiridos os produtos, não será possível proceder a trocas;
  9. Após o atendimento com a voluntária, devera facultar-nos o seu endereço de e-mail, por forma a facilitar o envio do recibo (desta forma conseguimos evitar despesas adicionais para além de se diminuir o risco)

Para quaisquer esclarecimentos adicionais, poderão contactar a LPCC.NRC, através do telefone 239 487 490 ou do e-mail mvv.nrc@ligacontracancro.pt. Todas as informações relativas ao reinício progressivo de atividades do MVV estão disponíveis, também, online (www.ligacontracancro.pt/mvviver/).


Sobre o MVV
Recorde-se que o MVV é um movimento de entreajuda que visa o apoio a todas as mulheres, familiares e amigos desde o momento em que é diagnosticado um cancro da mama. Enquadrado no âmbito do Voluntariado de entreajuda da Liga Portuguesa Contra o Cancro, o MVV desenvolve ações diversas, como: disponibilização de apoio emocional e prático às mulheres com cancro da mama e seus familiares; visita hospitalar às doentes a realizar tratamentos nos hospitais com os quais a LPCC estabeleça protocolos de colaboração; desenvolvimento de serviços tendo em vista a melhoria da qualidade de vida das mulheres com cancro da mama (próteses mamárias, suportes (soutien), fatos-de-banho ortopédicos, cabeleiras e outros materiais a preços mais reduzidos); apoio psicológico e social especializado (profissional), entre outros.
Na Região Centro, a Liga dispõe das seguintes Extensões do Movimento Vencer e Viver: Aveiro, Viseu, Guarda, Coimbra, Castelo Branco, Covilhã e Leiria.

Para Informação adicional, contactar:

 Magda Portulez comunicacao.nrc@ligacontracancro.ptI 913 536 902 / 910 001 197

Roger Federer afastado até 2021 por causa de nova operação ao joelho

Ténis: Roger Federer afastado até 2021 por causa de nova operação ...
O tenista suíço Roger Federer, recordista de vitórias no Grand Slam (20), anunciou hoje que ficará longe das competições até 2021, depois de ser novamente operado no joelho direito.
"Planeio aproveitar o tempo para estar a 100% e poder jogar da melhor maneira possível", disse o jogador, que completa 39 anos em agosto, numa mensagem no Twitter.
"Sentirei muito a falta dos meus fãs e do campeonato e mal posso esperar para ver todos novamente no início da temporada de 2021", acrescentou.
Operado ao mesmo joelho em fevereiro, Federer planeava inicialmente regressar durante esta temporada aos campos de ténis.
Fonte: Lusa

10 de Junho: Costa diz que “em tempos difíceis” importa celebrar “o orgulho de ser português”

10 de Junho. Costa diz “em tempos difíceis” importa celebrar “o ...
O primeiro-ministro, António Costa, considerou hoje que “em tempos difíceis e de incerteza” importa celebrar “o orgulho de ser português”, manifestando esperança de poder voltar a comemorar o 10 de Junho junto das comunidades no estrangeiro em 2021.
Num vídeo publicado nas redes sociais para assinalar o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, António Costa quis dirigir-se “de modo particular às comunidades portuguesas no estrangeiro”.
“Em tempos difíceis e de incerteza, importa celebrar - ainda que por via digital – o orgulho de ser português”, defendeu.
O primeiro-ministro recordou que a importância da diáspora justificou a decisão conjunta, com Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, “de acrescentar uma vertente externa às comemorações do 10 de Junho” com celebrações deste dia também junto das comunidades portuguesas no estrangeiro, como foi em França em 2016, no Brasil em 2017, nos Estados Unidos em 2018 e em Cabo Verde em 2019.
“Este ano, tínhamos previsto participar nas celebrações oficiais na Madeira e junto da comunidade portuguesa na África do Sul. Infelizmente, a situação vivida ao nível internacional, em resultado da pandemia, não nos permitiu que esse encontro se realizasse de imediato, mas esperamos poder celebrar de novo esse dia junto das comunidades portuguesas em 2021”, antecipou.
Assinalando que muitos destes portugueses saíram do país “em circunstâncias difíceis”, António Costa enalteceu que, “com o seu esforço", conseguiram "construir projetos de vida bem-sucedidos”.
“Queremos que continuem a visitar Portugal como quem regressa a casa. Queremos que os seus filhos e os netos perdurem esses laços e participem de forma efetiva na vida do nosso país”, salientou.
A diáspora, na perspetiva do primeiro-ministro, “tem demonstrado grande facilidade de integração nos países de acolhimento, sem nunca perder as suas raízes em Portugal”.
“Os portugueses e lusodescendentes representam a porta de entrada de Portugal no mundo globalizado, potenciando as oportunidades de penetração e de cooperação com espaços mais vastos”, assinalou.
Portugal, segundo António Costa, procura dar-lhes os meios que “permitam manter uma efetiva ligação” ao país, “através de sucessivas gerações, pela participação cívica, pela aprendizagem da língua e pelo acesso a bens culturais”.
“É com determinação e esperança que vos saúdo nesta data, certo de que nos reencontraremos em breve. Até lá, o meu abraço a todos os portugueses espalhados pelo mundo. Continuamos unidos pelo amor à nossa pátria, fortes e determinados na construção de um futuro melhor, todos juntos”, concluiu.
O primeiro-ministro esteve hoje de manhã no Mosteiro dos Jerónimos na cerimónia com a qual o Presidente da República assinalou o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas com um programa mínimo, apenas com dois oradores e seis convidados.
Fonte: MadreMedia/Lusa

Federação Portuguesa de Futebol transforma cachecóis em máscaras. Dinheiro reverte para o Banco Alimentar

FPF transforma cachecóis em máscaras e dinheiro reverte para o ...
A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) reciclou milhares de cachecóis de apoio à seleção para a produção de máscaras sociais reutilizáveis, com o valor angariado a reverter para a Rede de Emergência do Banco Alimentar contra a Fome.
“Com estas máscaras solidárias, em tamanhos adulto e infantil, a FPF não está apenas a mostrar um design único, mas também a contribuir para um mundo mais sustentável”, indica uma nota publicada hoje no sítio oficial do organismo federativo na Internet.
As máscaras, que estão à venda na FPF Portugal Store, são produzidas com material reciclado dos cachecóis de apoio à seleção nacional, com o objetivo também de ajudar no combate à pandemia de covid-19, para o qual a federação já angariou mais de 2,5 milhões de euros em ações de solidariedade.
“Todo o valor gerado reverterá na sua totalidade para a Rede de Emergência do Banco Alimentar contra a Fome. Queremos muito que as pessoas deem a sua cara por esta causa e usem a máscara com orgulho nacional, sabendo que todo o lucro gerado irá alimentar famílias carenciadas", afirmou o diretor de marketing da FPF, Nuno Moura.
A presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares contra a Fome, Isabel Jonet, elogiou a iniciativa da FPF, que alia as componentes ambiental e social: “Por um lado, há a reciclagem dos cachecóis. Por outro, a responsabilidade social, ao fazer reverter para a Rede de Emergência Alimentar os valores da venda das máscaras”, observou.
Fonte: MadreMedia/Lusa

Sindicato Independente dos Médicos denuncia “desnorte” nos Hospitais de Coimbra

Sindicato Independente dos Médicos denuncia "desnorte" nos ...
O Sindicato Independente dos Médicos do Centro denunciou hoje o "completo desnorte" na gestão do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, dando como exemplo a redução de camas e encerramento de serviços no hospital dos Covões.
O Sindicato (SIM-Centro) garante que, desde a fusão de hospitais de 2011, que conduziu à criação do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), “não se vislumbra um qualquer projeto estratégico que ajude a projetar a instituição, mas também a garantir uma melhor prestação de cuidados à população da Região Centro e da cidade de Coimbra”.
O CHUC serve uma população superior a 2.2 milhões de utentes, sendo constituído por “dois hospitais de adultos” (polo HUC e polo Hospital Geral dos Covões), um Hospital Pediátrico e duas maternidades (Maternidade Daniel de Matos e Maternidade Bissaya Barreto).
“Desde a fusão que se tem vindo a observar o encerramento progressivo de Serviços e redução do número de camas ativas no polo HG-Covões. Foram encerradas neste período mais de 200 camas e encerrados vários Serviços a exemplo, Neurologia, Neurocirurgia, Infeto-Contagiosas, Gastrenterologia, Urologia e mais recentemente as enfermarias de Pneumologia e de Cardiologia”, denuncia o Sindicato.
A denúncia surge numa altura em que está a ser discutido o encerramento ou “esvaziamento” do serviço de urgência dos Covões, possibilidade muito contestada por diversos setores. Na quinta-feira, com o apoio da Ordem dos Médicos, milhares de pessoas formaram um cordão humano à porta do Hospital para protestar contra o encerramento das Urgências.
O presidente do CHUC, Fernando Regateiro, realçou, no dia 24 de maio, a importância dos Covões para acolher “funções assistenciais relevantes” e negou o seu alegado esvaziamento, mas não conseguiu travar os protestos.
“Não há qualquer intenção” de deixar de utilizar o Hospital dos Covões para nele “localizar funções assistenciais relevantes, à luz da resposta global que o CHUC tem o dever de organizar para a procura atualmente registada e que preveja para o futuro”, assegurou então Fernando Regateiro, reagindo a um comunicado do PS de Coimbra, que pedia ao Governo uma tomada de uma posição pública sobre o futuro dos Covões, de maneira a evitar o “desmantelamento silencioso” deste hospital.
A ministra da Saúde afirmou, entretanto, não ter conhecimento oficial da intenção do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) de vir a encerrar a Urgência do Hospital dos Covões e disse que qualquer decisão tem de ser técnica.
Para o SIM-Centro o “desnorte” está instalado, assistindo-se “a um progressivo aumento dos tempos de espera para a realização de Consultas, Meios Complementares de Diagnóstico e Intervenções Cirúrgicas, com descontentamento da população”
José Carlos Almeida, secretário regional do Sindicato, manifesta a “preocupação pelo estado da assistência médica na maior instituição de saúde da Região, bem como a sua solidariedade para todos aqueles, sejam profissionais ou população em geral que se manifestaram, de forma histórica, junto ao Hospital Geral dos Covões.
Fonte: MadreMedia/Lusa

Obra na Costa Nova, em Ílhavo, vai disciplinar acesso às dunas e estacionamento

Obra na Costa Nova, em Ílhavo, vai disciplinar acesso às dunas e ...
A Câmara de Ílhavo vai gastar 700 mil euros para disciplinar o acesso pedonal ao areal da Costa Nova e o estacionamento na zona, bem como criar passeios e vias cicláveis, anunciou a autarquia.
De acordo com a nota de imprensa alusiva à reunião do executivo daquela câmara do distrito de Aveiro, foi aprovada a abertura de concurso público para a requalificação da Avenida Nossa Senhora da Saúde (que dá acesso às praias marítimas da Costa Nova), num valor estimado em cerca de 700.000 euros.
“A Câmara Municipal entende que se torna urgente e imprescindível a intervenção nesta avenida, pela intenção de disciplinar o trânsito automóvel, motorizado, ciclável e mesmo o pedonal, dando uma melhor habitabilidade a esta zona, transformando-a num melhor e mais saudável espaço público”, refere o texto.
Com início a norte, na Avenida José Estêvão, até ao cruzamento com a Rua das Campanhas, junto à EB da Costa Nova, a empreitada consiste na construção de passeios, ordenamento do estacionamento, pista ciclável e pavimentação.
Vai contemplar ainda o passeio sul da Rua dos Banhos, a Rua Eça de Queiroz e a Praceta Nossa Senhora da Saúde, numa extensão aproximada de 1.350 metros.
Todas as ligações à praia, bem como aos espaços naturais de dunas, são feitas por esta via, “sofrendo na época balnear uma enorme pressão devido ao grande fluxo de veraneantes, o que torna esta via num espaço de certa maneira desordenado, com prejuízo para os percursos pedestres e clicáveis, sendo, por isso, necessário disciplinar todo este fluxo de pessoas”, reconhece a Câmara.
A requalificação daquela avenida tem como objetivos “promover a ligação pedonal e clarificar o corredor ciclável entre os vários quarteirões, reordenar o estacionamento e combater o estacionamento em zonas não permitidas, e evitar a "invasão abusiva" das dunas.
No que respeita aos peões, além da construção de passeios na avenida, vão ser delimitados os percursos de acesso à praia, com guardas em madeira entre a duna e os passeios e estabelecendo a ligação com passadiços.
O arruamento propriamente dito vai ser perfilado por forma a ser garantida uma via de circulação automóvel no sentido norte-sul, uma ciclovia dedicada com dois sentidos, e o estacionamento automóvel ao longo da via, paralelamente ou em espinha.
 “Esta obra irá permitir que no início do verão de 2021 todos os que se desloquem à praia possam usufruir desta reabilitação urbana com melhor acessibilidade, mobilidade e segurança”, perspetiva a autarquia.
Fonte: MadreMedia/Lusa
PAULO NOVAIS/LUSA

CRISTANDADE: solução para o vazio da nossa sociedade niilista

Transcrevemos a seguir a tradução de um oportuno artigo do jornalista John Horvat II [foto abaixo] (vice-presidente da TFP dos Estados Unidos), publicado no site canadense LifeSiteNews, em27 de janeiro de 2020. Embora tenha sido redigido especificamente para o público norte-americano, é inegável sua importância para os brasileiros.
Os leitores de Catolicismo conhecem bem a importância que a noção de Cristandade ocupava no pensamento de Plinio Corrêa de Oliveira. Assim ele designava o conjunto de povos e nações que na Idade Média, sob o bafejo da Santa Igreja, constituíram uma verdadeira família. Sem perder as características próprias, sem prejuízo das autonomias e franquias de que eram ciosos, os integrantes da Cristandade estavam irmanados na mesma Fé, e deram origem à verdadeira Civilização Cristã. Compreendiam que esta Terra é um vale de lágrimas, e não caíam no erro utópico de pretender fazer dela um paraíso; mas tinham como ideal torná-la, em toda a medida do possível, uma verdadeira imagem do Paraíso celeste. O que os inspirava eram as palavras do Padre Nosso: “Venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade assim na Terra como no Céu”.

O ideal da Cristandade — assunto que o insigne jornalista aborda com segurança — é confrontado com o mundo atual, cada vez mais sem rumos nem esperanças terrenas. E a solução para esse vazio consiste em inspirar-se nesse ideal para cumprir a vontade de Deus.

Da Redação de Catolicismo
O retorno da sociedade à Cristandade é o melhor meio para se impedir a prática do aborto e o reino do terrorismo LGBT
John Horvat II
Fonte: Revista Catolicismo, Nº 831, Março/2020

Graves problemas morais estão destruindo o nosso país. Para muitos, isso se patenteia na forma de lares desfeitos, abortos provocados, comunidades destruídas e perda da fé. Acerta-se ao apontar os problemas, mas erra-se ao procurar as soluções para eles. Alguns os entendem erroneamente, porque procuram soluções para suas consequências sem visar as suas causas. Outros buscam uma saída envolvendo o mínimo de esforço possível. Nestes tempos “politicamente corretos”, as pessoas são induzidas a não ofender ninguém por suas propostas. Com isso se exclui automaticamente a única solução real para os problemas atuais, que é o retorno à Cristandade. Estão dispostas a considerar qualquer outra solução — por mais absurda ou improvável que ela seja — desde que não seja o retorno à Cristandade.

Cristandade! Pode parecer chocante esta ideia, que agora julgamos muito antiquada, pois vivemos numa “era pós-cristã”. No entanto, a gravidade dos problemas de nossos tempos exige a consideração do assunto. Precisamos urgentemente de uma Civilização Cristã, se quisermos superar a atual crise. Essa é uma proposta que deve, pelo menos, ser tomada em consideração.

Uma proposta rejeitada

Como os nossos problemas são morais, as nossas soluções também devem ser morais. O rico tesouro do pensamento ocidental e o ensinamento tradicional da Igreja provam que a Lei Natural e a moralidade cristã são as normas mais adequadas à nossa natureza humana e social. Nossa maior felicidade pode ser encontrada dentro de instituições e estruturas sociais que nos conduzam ao fim para o qual somos criados, ou seja, para Deus. Assim, devemos naturalmente tender para a Cristandade.

Todos, cristãos e não cristãos, encontram as melhores condições para prosperar dentro de uma família de nações que, dentro deste vale de lágrimas, facilite a virtude e promova a harmonia social. Mas quase todos evitam essa conclusão. De há muito somos condicionados a rejeitar essa linha de pensamento. Anything but Christendom – ABC (qualquer coisa, menos Cristandade). Essa estranha “Síndrome do ABC” se aplica de maneira curiosa, no campo político, à esquerda, à direita e ao centro. Abrange nosso país tanto no campo secular quanto no religioso. Uma tirania rígida impede qualquer um de pensar fora do espectro materialista.

A “Síndrome do ABC” e o espectro político

Cada setor político tem suas alegações para negar a Cristandade. Para os liberais radicais, a Síndrome do ABC faz sentido, pois se ressentem de quaisquer limites morais a seus atos e não se importam com suas consequências prejudiciais. O prazer individual reina acima de tudo, independentemente da autodestruição ou da morte dos bebês. Assim, um código moral cristão representaria uma restrição insuportável aos seus desejos de fazer, pensar e ser o que bem entendem. Sua variante da Síndrome do ABC consiste em permitir tudo, menos a Cristandade. Por exemplo, use-se qualquer letra do alfabeto LGBTQ +, mas nunca se use C para a Cristandade.

Os da direita têm uma abordagem diferente. Encontramos cristãos que realmente desejam um código moral baseado nos Dez Mandamentos, mas não ousam propor a Moral cristã, porque as pessoas e a mídia que se opõem a esses princípios dão a impressão de constituir esmagadora maioria. Assim sendo, segundo eles, não há possibilidade de a Moral cristã triunfar, por isso se conformam com a ideia de que a sociedade se deve reger pelo princípio “qualquer coisa, menos Cristandade”. Esses cristãos giram em torno de todas as questões relacionadas com a Cristandade, mas ninguém ousa mencionar a palavra.

E há os radicais moderados, que desejam passar por não radicais. Em seu radicalismo, esses extremistas da moderação eliminam todas as referências morais do debate. Preferem ajustar o status quo, esperando evitar completamente a questão da Cristandade. À medida que a sociedade desmorona, esse esforço se torna ilusório e ineficaz.

Três falácias principais são instrumentalizadas para justificar a Síndrome do ABC.
Católicos protestam contra a tendência de Drag Queens lerem histórias para crianças em livrarias de várias cidades dos Estados Unidos, as chamadas Drag Queen Story Hour

Impondo a vontade cristã a outros

A primeira falácia é a crença equivocada de que propor a ideia de Cristandade equivaleria a querer impor a fé aos não crentes. Os liberais pensam que estabelecer limites morais significa impor o Cristianismo aos outros. No entanto, os mesmos liberais não têm nenhum escrúpulo em impor sua vontade anticristã aos cristãos; por exemplo, em festas cristãs como o Natal. Também não têm escrúpulos em meter goela abaixo da sociedade o mundo de perversões divulgadas na Drag Queen Story Hour, apesar dos protestos de pais preocupados.

Por sua própria natureza, a fé não pode ser imposta, pois é um obséquio de Deus. Assim sendo, os cristãos nem sequer conseguem impor sua fé àqueles que não creem. No entanto, eles podem e devem promulgar leis razoáveis ​​baseadas na Lei Natural, a qual exige restrições morais para formar uma sociedade justa e harmoniosa. Desde Aristóteles, os moralistas ensinaram que essa Lei Natural é válida para todos os tempos, lugares e povos. Ao defender tais limites morais na lei, os cristãos simplesmente obedecem à natureza de toda lei, restringindo em prol do bem comum superior aquilo que aos indivíduos é permitido fazer.

Ao propor a Cristandade, não estamos impondo, mas sim retornando a uma ordem que se ajusta à nossa natureza humana, e que favorece nosso desenvolvimento e santificação. Pelo contrário, quando a esquerda aplica sua agenda de “qualquer coisa, menos Cristandade”, impõe à sociedade um sistema destrutivo que a arruína.

Desesperadamente desatualizado
A segunda falácia é a de que o estado atual da sociedade está tão distante da Cristandade, que se torna impraticável propô-la. De acordo com esta afirmação falsa, a agenda cristã está irremediavelmente desatualizada para os tempos pós-modernos.

Ora, o fato concreto é que não há nada mais desatualizado do que a agenda anticristã de hoje. Como o pensador católico Plinio Corrêa de Oliveira assinala a título de exemplo, não há novidade no divórcio, no aborto provocado, na nudez e na depravação moral. A maioria das propostas “modernas” não passa de vícios pagãos reciclados da Antiguidade. Além disso, nada mais estranho à nossa herança cristã americana do que o surgimento abrupto do transgenerismo, ou a corrente dos movimentos satânicos.

De fato, a maioria dos americanos se identifica com um retorno às nossas raízes cristãs, e têm problemas para se adaptar aos mais recentes barbarismos propostos por uma cultura neopagã. O debate não deve centrar-se na idade das ideias propostas, mas em seus méritos. É tola e errada a exclusão automática de ideias, quando alguns afirmam que estão desatualizadas. A única coisa que importa é se elas são verdadeiras ou falsas.

Longo período para mudar
Há ainda a falácia de que é impossível mudar a sociedade rapidamente, sobretudo quando a maioria das pessoas parece inscrever-se no oposto de uma civilização cristã. Para os que sustentam esta afirmação errônea, uma restauração cristã seria um esforço fútil, na melhor das hipóteses.

Novamente, esse argumento contorna o mérito das ideias, concentrando-se na praticidade de implementá-las. Porém, como as últimas eleições o provaram, os eleitores mudam de posição quando estão convencidos da necessidade de mudar. E esta falácia é tão falsa quanto as duas anteriores. Por exemplo, ideias simpáticas como a do home schooling (ensino domiciliar) mudaram drasticamente indivíduos e famílias em pouco tempo.

Também as sociedades podem mudar rápida e radicalmente. Considere-se a revolução sexual. Na década de 1960, mudaram-se radicalmente os costumes, as modas e as maneiras de toda uma geração. A maioria das pessoas nos anos 50 não era hippie, mas muitas adotaram costumes hippies nos anos 70, quando eles se divulgaram.

A história da Igreja está cheia de exemplos de povos inteiros, esmagados pelo paganismo, que rapidamente se converteram à fé católica pelos esforços dos homens e pela ação da graça. Esses povos mudaram suas vidas em bloco, adotando maneiras cristãs em pouco tempo.

As pessoas mudam seu modo de ser quando os tempos são vazios e as ideias estão esgotadas. De fato, é em tempos como o nosso que os grandes ideais, como o da Cristandade, têm mais atração.

Onde Cristo é Rei

Assim, é chegado o momento de debater a Cristandade. Isso deve ser feito de forma aberta, sem subterfúgios e com entusiasmo. Muitos hoje em dia nem sabem o que é a Cristandade. De fato, a Síndrome do ABC representa velhos preconceitos liberais que distorcem a verdadeira natureza de uma sociedade cristã. Durante muito tempo a nossa sociedade superficial e materialista suprimiu as noções de admiração, sublimidade, sacralidade, que correspondem aos desejos mais profundos da alma humana. No debate sobre a Cristandade, toca-se em algo muito profundo: o vazio de nossa sociedade niilista, que não encontra sentido ou propósito na vida.

Acima de tudo, a negação da proposta de Cristandade é algo fatal, pois significa a opção por prosseguir na descida para uma anti-cristandade de anarquia e descontrole. Esse anti-regime já é visado nos desígnios sombrios da Antifa [conglomerado norte-americano de associações radicais de esquerda “antifascista”], de anarquistas e de movimentos satânicos que exigem um mundo sem moralidade. Eles defendem a destruição de nossa nação e a perseguição daqueles que mantêm a fé.

Esses são temas que precisam ser discutidos. Não devemos ter medo de proclamar nosso desejo de ver Jesus Cristo como Rei. Inúmeros Papas descreveram a sociedade cristã como sendo aquela que afirma o reinado social de Cristo. Em sua encíclica Quas Primas, Pio XI afirma: “Uma vez que os homens reconheçam, tanto na vida privada quanto na pública, que Cristo é o rei, a sociedade finalmente receberá grandes bênçãos da verdadeira liberdade, disciplina ordenada, paz e harmonia”.

Somente numa Cristandade poderemos ter uma sociedade verdadeiramente justa para todos.

ABIM

PSD vota contra Relatório e Contas de 2019 da Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos

CÂMARA PS NÃO CUMPRIU O QUE PROMETEU
O concelho está mais pobre, sem emprego e sem gente

PSD vota contra Relatório e Contas 2019
O Partido Social Democrata assumiu-se desde o princípio como oposição e com um projeto alternativo para o concelho. Ser oposição não é só ficar-se pelas palavras. É ser e fazer diferente. É assumir essa diferença e esse projeto alternativo. Sem medo ou receio do que os outros possam pensar ou dizer, não esperamos contrapartidas, benesses ou outras que tais. É escolher a verdade sobre a conivência. É honrar, sempre, em sede própria essa diferença e os compromissos para com quem nos elegeu.

Em 31 de Outubro 2018 foi apresentado o orçamento do Município de Figueiró dos Vinhos e respetivos documentos previsionais para 2019. É chegada a altura de fazer a avaliação do que foi prometido, do que foi efetivamente realizado e fundamentalmente se o ano de 2019 respondeu maioritariamente aos anseios e às expetativas mais prementes dos Figueiroenses.

Ao contrário do que se pode supor os documentos, agora apresentados, não são meramente documentos técnicos. Eles refletem a realidade contabilística e financeira da autarquia, mas também as opções políticas do executivo que detém a maioria na Câmara Municipal. Faz, pois, todo o sentido que perante os documentos que nos são apresentados e a realidade do concelho em que vivemos que façamos essa avaliação. 

A situação do concelho é por demais conhecida. O diagnóstico está feito.  pobreza, desertificação, baixo poder de compra, desemprego, incapacidade de fixar população e atrair investimento que crie postos de trabalho, envelhecimento da população.  Tudo isto obrigava à implementação de políticas e tomada de medidas estratégicas criando condições para tornar o concelho mais rico, mais próspero, mais desenvolvido e mais solidário.

Mas nada disto aconteceu. A Câmara Municipal continua a não ser o agente mobilizador que o concelho precisa.

Ao analisarmos a Prestação de Contas e Relatório de Gestão do Município de Figueiró dos Vinhos e o que foi 2019 fizemo-lo em três patamares distintos: I) o referente à forma; II) o relativo ao conteúdo; iii) o do surrealismo presente no discurso do relatório versus o realismo da vida dos Figueiroenses.


I) Referente à forma;

Considera-se que este documento segue a linha dos anteriores e um algum copy past.
Não obstante, pode-se concluir que este relatório é, do ponto de vista formal, uma prestação de contas razoavelmente apresentada, muito embora careça ainda de algumas melhorias, designadamente no que toca  à objetividade e assertividade do documento.




II) Relativo ao conteúdo;

Se  o ano de 2018 já foi um ano mau, 2019 ainda conseguiu ser pior. Um ano em que se agravou a tendência negativa que tem vindo a ser seguida desde 2013. No relatório de Gestão são elencados uma série de intervenções que o executivo entendeu fazer constar sendo que da sua leitura resultam algumas constatações e interrogações:


Constatações:

# Há intervenções que se vêm repetindo sistematicamente ano após ano como se fossem intervenções novas.

# São apontadas até intervenções que não tiveram nenhuma execução em 2019 e como vem sendo prática, deste executivo, voltaremos a vê-las por cá nos próximos documentos.

# No decurso de 2019 aumentaram as alterações ao Orçamento e às GOP. Registaram-se 19 modificações ao Orçamento e 16 alterações às Grandes Opções do Plano. Alterações e revisões em grande número o que, naturalmente, conduz de forma artificial a rácios que de outra forma não se obteriam tal o número elevado de modificações e alterações. (pág.13.)

# Os impostos, face a 2018, aumentaram e em consequência os Figueiroenses pagaram mais.  Os impostos indiretos aumentaram 7,48% e os diretos subiram 7,48%. (pág.14.)

# O investimento é essencial no desenvolvimento e na criação de emprego. Verifica-se, ao contrário do seria expectável, que no ano de 2019, face a 2018, se registou uma diminuição percentual no investimento elegível das candidaturas apresentadas no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), de - 77,33%. ,  de 1.500.000 € , para somente 340.000 €. (pág. 7 -2018 e pág. 6 - 2019)

# Na Execução anual das GOP por grandes objetivos pode constatar-se que as verbas com Educação, Cultura, Desporto e Tempos Livres diminuíram 11,19%,   face a 2018.  (pág. 24 – 2018 e pág. 23 – 2019)

#   Na Ação social e saúde diminuíram 45,8% . pág. 24 – 2018 e pág. 23 – 2019)

# Constata-se a ausência de referência ao tão propalado empréstimo para as obras na envolvente ao Campo de Futebol. Talvez por este ter sido chumbado pelo Tribunal de Contas por ausência de fundamento legal, violação da Lei e violação de outros normativos legais.

# A Distribuição dos apoios concedidos às instituições e associações do concelho [transferências, de natureza corrente e de capital] nas quais se incluem as Juntas de Freguesia diminuiu, face a 2018, em 13,84%.  Relativamente ás Juntas de Freguesia, e a 2018, a redução foi de 16,93%   (pág. 24 – 2018 e pág. 23 – 2019)

# De um orçamento aprovado em 31 de outubro de 2018 e propagandeado na comunicação social que previa uma receita de 15.677.734€, verifica-se agora que tudo não passou de mais uma ilusão e o resultado real é de apenas 9.537.173 €,  o que significa um desvio, ao inicialmente prometido  de -6.140.561€ , ou seja teve uma diminuição percentual de 39,17€.

Estes são apenas alguns exemplos. Mas vamos agora ao que afirma o Revisor Oficial de Contas acerca das contas da Câmara, no Relatório sobre a situação económico-financeira do Município de Figueiró dos Vinhos – Ano 2019:  


#  Constata-se que o […] o “nível de execução do lado das receitas correntes situa-se nos 77,46%.”,  o  que para uma análise anual indica que as previsões orçamentais não foram atingidas.  (pág. 3)


#    A execução da receita de capital atingiu [apenas] os 54,44%.   Um nível baixo para o ano. (pág. 4.)

#  Verifica-se que “existe uma diferença entre o nível de execução dos pagamentos 77,11% e o índice de realização ao nível da despesa comprometida que foi de 99,20%. Esta diferença entre o índice de pagamentos e o índice de realização origina encargos assumidos e não pagos para o exercício seguinte. “ O chamado empurrar a divida para a frente  com a barriga. (pág.6.)

#  […] “o índice de realização das despesas de capital é superior ao índice de pagamentos.”  Faz-se mais despesa e paga-se menos. (pág.7.)

#  A despesa comprometida é de 13.778.218€ faltando pagar desta despesa 4.313.798€  (despesa realizada e não paga e despesa já comprometida por realizar) o que significa que estes encargos já assumidos terão de ser pagos em anos futuros.  Ou seja, mais dívida para a frente. (pág. 8.)

#  Verifica-se “que o equilíbrio corrente […]  não existe ao nível da execução”.  O quer significa que de acordo com o “ Regime Financeiro das Autarquias Locais (art.º40º da Lei n.º 73/2013 de 3/9),  [se] demonstra que no final de 2019 o Município de Figueiró dos Vinhos não cumpriu o equilibro corrente.” (pág.10.)

 Verifica-se  “que relativamente ao ano de 2019 o Município de Figueiró dos Vinhos não está a cumprir as metas orçamentais nas receitas onde atingiu uma execução de 68,69% abaixo do mínimo legal exigido de 85%. Verifica-se que já no ano de 2017 e 2018 a execução da receita tinha sido inferior a 85%.”  (pág. 15.)

 # Verifica-se que “De acordo com o n.º 3 do art.º 56 da Lei n.º 73/2013 de 3 de setembro (Regime Financeiro das Autarquias Locais), no caso de o município registar durante dois anos consecutivos uma taxa de execução da receita prevista no orçamento respetivo inferior a 85% são informadas as entidades referidas no n.º 1 deste artigo, designadamente: os membros do governo responsáveis pelas áreas das finanças e das autarquias locais, […] (pág. 15.)

Verifica-se que “ O Município de Figueiró dos Vinhos não cumpriu a regra de equilíbrio corrente previsto no Regime Financeiro das Autarquias Locais (art.º40º da Lei n.º 73/2013 de 3/9).”  (pág. 15.)

#  “Relativamente ao total das dívidas a terceiros verifica-se um aumento relativamente ao total existente a 31/12/2018”  […]  (pág. 16.)

Em face do acima transcrito é fácil constatar-se que estas evidências são perfeitamente arrasadoras para a tão propalada “ de aposta na gestão de rigor” socialista.


Vamos agora às Interrogações:

# Como pode o executivo afirmar que se mantém o apoio às instituições e associações do concelho reconhecendo-lhe o bom trabalho quando na verdade são diminuídos os apoios?

# Como pode o executivo afirmar que o ano de 2019 assegura uma estratégia de investimento quando, por exemplo, os montantes das candidaturas apresentadas no âmbito do PORTUGAL2020 caíram substancialmente?

# Como pode o executivo promover o desenvolvimento e a coesão social se não conseguiu atrair empresas, não conseguiu criar novos postos de trabalho, e se mostrou incapaz de  implementar medidas eficazes de apoio às  pessoas, às famílias e aos  pequenos e médios empresários que ainda resistem no concelho?



Passemos agora ao terceiro patamar

iii) o do surrealismo presente no discurso do relatório versus o realismo da vida dos Figueiroenses.

Damos apenas alguns exemplos comparativos do discurso presente nos documentos apresentados e a realidade contraditória dos factos e do dia-a-dia dos Figueiroenses, que designámos por surrealismo vs realismo. Veja-se:


Surreal – […]“uma estratégia de investimento rigorosa e seletiva.”   (pag.3.)

Real  –  o Concelho está a empobrecer e tem vindo a perder poder de compra como confirmam os dados do INE, tendo mesmo o mais baixo poder de compra  do distrito.


Surreal –  “particular enfoque na elevação dos padrões de qualidade de vida da população”  […] (pág.7.)

Real  –  os dados de entidades independentes dizem precisamente o contrário e a população, um pouco por todo o concelho, é testemunha da desertificação e  da falta de emprego de um concelho, cada vez mais pobre e sem gente.


Surreal – “transparência […] (pág. 8.)  aposta no rigor […] ”(pág. 3, 28)

Real  –  Trambolhão no Índice de Transparência Municipal. Não cumprimento do Estatuto de Oposição. Aumento expressivo dos pagamentos em atraso. Reparos nada abonatórios do Conselho de Finanças Públicas, da DGAL, da Inspeção de Finanças, do INE e do Revisor Oficial de Contas.


Surreal –  […]“criação de condições favoráveis ao reforço da coesão social do concelho.” (pág. 7.)

Real –  Que o diga a população que se viu confrontada com a APIN, com a aplicação de tarifas de saneamento a clientes que não dispõe deste serviço, com aumentos brutais que não podem pagar, com o desrespeito pela Lei de proteção de dados pessoais, com a cobrança de IVA sem suporte legal e com débitos indevidos.


Surreal – “na elevação dos padrões de qualidade de vida da população” […] (pág. 7.)

Real –  Não há novas empresas. Não há emprego. A carga fiscal aumenta. A população diminui, os jovens vão para outras paragens e o concelho está cada vez mais pobre, desertificado  e sem gente.


Surreal – “o exercício de 2019 reflete entre outras […] uma linha de atuação de continuidade de aposta na rota de rigor, alcançando-se uma lógica de equilíbrio […]ao mesmo tempo que se assegura uma estratégia de investimento rigorosa e seletiva.” (pág. 3.)

Real – Podíamos citar as muitas revisões e alterações ao Plano e Orçamento para contrariar esta informação, porém, infelizmente, basta andar na rua e ouvir os Figueiroenses para perceber que a estratégia de investimento foi tão “rigorosa e seletiva” que simplesmente ninguém deu por ela.


Surreal -  Afirmou-se e propagandeou-se nas redes sociais e na comunicação social  que a “Câmara salda este ano (2019)  a divida à banca”.

Real  –   Constata-se que a  dívida à banca em 31.12.2019 é de quase um milhão de euros (895.642,00 €) 



Estes são apenas alguns exemplos de um discurso cor-de-rosa que não resiste ao choque da realidade, ao dia a dia dos Figueiroenses e que tem sido sistematicamente desmentido por entidades independentes.

A narrativa proactiva apresentada, com recurso a gráficos não é suficiente para camuflar a verdadeira realidade do concelho. Assistimos a uma gestão autárquica que não zelou pelos interesses da população, não resolveu, nem solucionou os seus problemas e necessidades.

Por muitos gráficos bonitos que se façam,  por muitos números que se esgrimam, por muita linguagem contemporânea que se utilize, é tão-somente esta a finalidade de uma autarquia: “a prossecução de interesses próprios das populações respetivas”.  

E isso é o que interessa, verdadeiramente ao cidadão comum e aos Figueiroenses.
Perguntamos:

Os interesses próprios dos Figueiroenses foram defendidos, nomeadamente com a APIN e outros?
Não. Não foram.


Há mais empresas, mais emprego, mais e melhores oportunidades para os Figueiroenses?
Não. Não há.

Há mais e melhores cuidados de saúde na Vila e nas Freguesias?
Não. Não há.

Aumentou a fixação de população?
Não. Não aumentou e até diminuiu.

Foi invertida a incapacidade para atração de empresas e investimentos geradores de riqueza e emprego?
Não. Não foi.

Há mais desenvolvimento e mais progresso no Concelho?
Não. Não há.


Estas respostas são as respostas dos cidadãos do concelho que sentem na pele as dificuldades do dia-a-dia. 2019 revelou-se, pois, mais um ano de uma oportunidade perdida, tendo mesmo vindo a acentuar-se o clima de crise e de desertificação que o Concelho atravessa. Este caminho não pode ser prosseguido. Figueiró dos Vinhos merece diferente e merece melhor.

Expressámos aquando da apresentação do Plano e Orçamento para 2019 que Figueiró dos Vinhos precisava de uma visão estratégica para o presente e para o futuro, capaz de mobilizar a população, e os recursos públicos e privados existentes.

Em outubro de 2018, alertámos para o que aí vinha. Apesar da nossa avaliação negativa a um Orçamento e a um Plano que sabíamos ser medíocre e embora não concordássemos s com as opções e com a gestão orçamental proposta, demos o benefício da dúvida e abstivemo-nos. Mas dissemos também e citamos “O PSD abstêm-se, mas não se absterá de acompanhar a execução deste Orçamento e destas GOP e a cada momento exigirá que o executivo cumpra aquilo que agora se compromete realizar.”

O que vemos hoje é a confirmação de que o executivo socialista falhou. E falhou não só nas políticas de desenvolvimento económico e social, na captação de novas empresas, na criação de emprego e no apoio aos mais vulneráveis, como falhou na sua relação com os cidadãos e com os partidos políticos ao não cumprir o Estatuto da Oposição.

Por muito que se repita a narrativa contemporânea alicerçada em velhas práticas e velhos métodos o concelho não anda, está parado, está a ser ultrapassado pelos concelhos vizinhos e a ficar deserto e sem gente. Figueiró dos Vinhos regrediu. É hoje um concelho mais pobre e mais desertificado.  O concelho está pobre, deserto e sem gente.  Em cada ano que passa há um novo concelho que nos ultrapassa pela ausência de estratégia de resposta à crise social e económica e aos problemas cruciais que Figueiró dos Vinhos enfrenta: envelhecimento, despovoamento, a sua falta de fixação e atracão de jovens, falta de emprego.

Nos últimos 30 anos, o PS governa a câmara há 22 anos e tem-se revelado incapaz de resolver os problemas do Concelho e dos Figueiroenses. Faz-se muita festa, muita propaganda, mas naquilo que é essencial, não se resolvem os problemas. É muita desculpa, muita ilusão, mas maus resultados.

E porque é o momento de prestar contas e assumir responsabilidades o PSD não pode deixar de lamentar que o PS responsável por esta gestão, apadrinhada pelo seu aliado MFi, tenha ignorado, ao longo de 2019, muitas das nossas sugestões e propostas.  

No nosso entendimento é necessária uma estratégia de ação eficaz, com propostas credíveis e concretas direcionadas para a criação de emprego e de riqueza, capazes de estancar a desertificação humana e promover a fixação dos mais jovens. Uma estratégia que vise com ações concretas o desenvolvimento económico e o turismo, o apoio às famílias, às empresas e ao comércio local. Mas também outras que perspetivem uma intervenção mais marcante do Município na educação, na cultura, na ação social, na habitação e urbanismo, no saneamento e qualidade de Vida. Em consciência nada disto aconteceu.

O ano de 2019 foi mau, mas há sempre quem resista. Obrigado a todos os Figueiroenses gente séria e trabalhadora que merece uma vida melhor e um concelho com mais emprego e mais desenvolvido.

O nosso agradecimento aos empresários comerciantes, Instituições e Associações do concelho pelo empenho, insistência e persistência que manifestaram ao longo de 2019, pelo desenvolvimento e progresso do Concelho.

Uma palavra de esperança e reconhecimento, também, para os funcionários do Município e também, para com todos aqueles, que por razão de mobilidade ou aposentação saíram e levam esta autarquia no coração. Gratos pela dedicação, empenho e coragem que prestaram e prestam no serviço público em prol da autarquia e da sua população.

A terminar agradecemos a todos e a cada um e dizendo que é para nós uma honra servir o Concelho de Figueiró dos Vinhos e reafirmamos o que temos dito. O PSD e os seus eleitos, na Câmara, na Assembleia Municipal e nas Juntas e Assembleias de Freguesia, continuarão determinados em levar por diante o mandato que lhes foi confiado pelos cidadãos do concelho, honrando os seus compromissos na oposição e assumindo com frontalidade e determinação a diferença e um projeto alternativo para o concelho, sendo certo de que se fossemos poder faríamos muitas coisas melhor, de forma diferente e certamente com melhores resultados para as pessoas e para o desenvolvimento e progresso da nossa terra.

Chegados ao fim e por tudo aquilo que expressámos e evidenciámos ao longo desta declaração de voto o Partido Social Democrata vota contra a Prestação de Contas do exercício de 2019.

Figueiró dos Vinhos, 9 de junho de 2020