terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Uma prenda destinada a famílias carenciadas do concelho


Câmara de Cantanhede entregou 85 cabazes
de Natal à Conferência de S. Pedro da Sociedade de São Vicente de Paulo

São 85 os cabazes de Natal que o Município de Cantanhede ofereceu este ano à Conferência de São Pedro, da Sociedade de São Vicente de Paulo, para serem distribuídas por famílias do concelho que esta instituição de solidariedade social sinalizou devido à situação de carência em que se encontram.
Constituídos por bens de primeira necessidade e por alguns produtos que habitualmente fazem parte da consoada, os cabazes foram formalmente entregues hoje, 17 de dezembro, no decurso de um encontro da presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio, com os representantes da Sociedade de São Vicente de Paulo, designadamente Rui Branco, Ildefonso Samelo, Camilo Mendonça, Vitor Rosado e Maria Isabel Carvalho.
Acompanhada pela vereadora da Solidariedade e Ação Social, Célia Simões, Helena Teodósio congratulou-se com “a parceria que todos os anos por esta altura proporciona a alguns agregados familiares com dificuldades económicas uma noite de Natal mais próxima daquilo que desejamos para as mesas de todos os lares. A Câmara Municipal valoriza muito o papel da Sociedade de São Vicente de Paulo, pelo papel importante da instituição no apoio a famílias socialmente fragilizadas”, afirmou a autarca, adiantando que, “por isso, se associa mais uma vez a esta campanha que acentua o simbolismo de uma quadra marcada pelos valores da solidariedade e do bem comum”.
Helena Teodósio aproveitou a ocasião para lembrar que a autarquia “já avançou com o concurso para as obras no Bairro Vicentino, faltando apenas realojar algumas famílias para que possa ser executada a reconstrução das habitações sociais que estavam sob gestão da Sociedade de S. Vicente de Paulo de Cantanhede. É uma intervenção de fundo que conta com financiamento comunitário e que incidirá não apenas nas casas, mas também na requalificação da envolvente, por forma a que seja reabilitada urbanisticamente uma zona da cidade que efetivamente precisa de ser revitalizada”, concluiu a presidente da Câmara Municipal.
Em representação da Conferência de São Pedro, usou da palavra Ildefonso Samelo, que elogiou “a recetividade do executivo camarário em colaborar com a instituição na oferta de cabazes de Natal a famílias carenciadas. É com muito gosto que continuamos a cumprir esta tradição de oferecer uma prenda para ajudar os que mais precisam a passarem um pouco melhor esta quadra”.


Cerca de 80 mil portugueses emigraram em 2018

Resultado de imagem para Cerca de 80 mil portugueses emigraram em 2018
Renascença
Reino Unido e Espanha são os principais destinos para os portugueses que decidem emigrar, indica relatório.
Cerca de 80 mil portugueses emigraram em 2018, menos cinco mil do que em 2017, uma descida explicada sobretudo pela quebra da atração de países como Reino Unido ou Angola, segundo o Relatório da Emigração divulgado esta terça-feira.
De acordo com o documento, elaborado pelo Observatório da Emigração e que compila dados relativos a 2018, nos países onde estão disponíveis, "a emigração portuguesa continua numa tendência de descida, mas em desaceleração".
Esta descida deve-se sobretudo à quebra na atração no Reino Unido, pelo "efeito 'Brexit'", em Angola, "devido à crise económica desencadeada com a desvalorização dos preços do petróleo", bem como na Suíça, mas também à "retoma da economia portuguesa" nomeadamente "no plano da criação de emprego", refere-se no relatório.
Em termos globais, a tendência "parece indicar" que "as variações do volume da emigração portuguesa dependem hoje mais de mudanças de contexto nos principais países de destino do que da evolução da economia portuguesa", acrescenta-se.
O número de emigrantes tem vindo a descer desde 2013, quando atingiu o pico de 120 mil, o máximo deste século, passando para 115 mil em 2014, 115 mil também em 2015, 100 mil em 2016 e 85.000 em 2017.

Quais são os principais destinos da emigração portuguesa?


Apesar da contínua redução da emigração para o Reino Unido, este continua a ser o país para onde emigram mais portugueses, com 19 mil saídas em 2018, contra 23 mil em 2017 (menos 16,6%) e verificando-se um decréscimo desde 2015, quando se registou um aumento para 32 mil.
Segundo o relatório, esta redução "explica-se sobretudo pelos receios induzidos pelo 'Brexit'", a saída do Reino Unido da União Europeia.
Em 2018, as entradas de portugueses representaram 3% das entradas totais no Reino Unido, o que fez desta emigração a oitava maior para aquele país.
O segundo país de destino dos portugueses em 2018 foi a Espanha, com 11 mil, valor que se regista pela primeira vez desde a crise de 2008, seguindo-se, com menos de 10 mil entradas, a Suíça (nove mil), França (oito mil) e Alemanha (sete mil), sendo que estes dois últimos países registam valores "bastante inferiores" a 2017.
No entanto, "devido a alterações e correções nas estatísticas alemãs e francesas continua a ser difícil medir com rigor a evolução recente da emigração para estes dois destinos de topo da emigração portuguesa que, no entanto, deverá estar em redução, nos dois casos", explica o Observatório.
Fora da Europa, os principais países de destino da emigração portuguesa integram o espaço da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP): Angola (dois mil), Moçambique (mil, em 2016) e Brasil (mil, em 2017).
No entanto, entre as maiores descidas em 2018, está Angola, com uma queda de 36% face a 2017 (de 2.962 para 1.910), acentuando-se de novo a redução da atração deste destino, sendo ainda assim o nono país para onde mais portugueses emigram.
A descida no número da entrada de portugueses registou-se ainda na Suíça (-6%), pelo quinto ano consecutivo, passando de 9.257 em 2017 para 8.733 em 2018.
Seguindo a tendência do ano anterior, os portugueses continuam a representar uma parte importante das novas entradas no Luxemburgo (14%), em Macau (11%) e na Suíça (6%).
Tal como em anos anteriores, a França continua a ser o país do mundo com maior número de portugueses emigrados, "devido à grande vaga de emigração dos anos 1960/70 (595.900), seguindo-se a Suíça (217.662), EUA (178 mil), Canadá (143 mil, em 2016), Reino Unido (141 mil), Brasil (138 mil, em 2010) e Alemanha (115 mil).
Em termos de aquisição de nacionalidade por parte dos portugueses, os países com números mais elevados são a Suíça (3.285) e a França (2.500, em 2016), com o Reino Unido (cerca de 2.000) a ultrapassar os Estados Unidos (1.807, em 2017) no terceiro lugar e que representou uma subida de 55 por cento em relação a 2017, "alteração que pode ser explicada pelo 'Brexit'.
De acordo com estimativas das Nações Unidas relativas a 2017, Portugal continua a ser, em termos acumulados, o país da União Europeia com mais emigrantes em proporção da população residente (considerando apenas os países com mais de um milhão de habitantes), com 2,3 milhões de emigrantes nascidos em Portugal, o que equivale a 22% da população a viver emigrada, sendo o 27.º país do mundo com mais emigrantes.
O Observatório explicou que não atualizou os dados das Nações Unidas alegando que precisa analisar com mais pormenor "as grandes diferenças entre as estimativas passadas e atuais".
Segundo o relatório, reforçou-se a tendência de concentração da emigração na Europa, ao mesmo tempo que se verificou uma "acentuada perda de importância relativa dos países americanos como destino alternativo" e um aumento da proporção de emigrantes estabelecidos em África, que, no entanto, é ainda minoritária e tem vindo a descer desde 2015.
Assim, a percentagem de portugueses a viver no resto da Europa passou de 53% em 1990 para 66% em 2017, de acordo os dados da ONU citados no relatório.
Segundo o documento, a população emigrada continua envelhecida e a ser "maioritariamente composta por ativos pouco qualificados, quando caracterizada em termos globais, já que existem diferenças significativas por país".
Apesar desta tendência, verifica-se também "um crescimento significativo da proporção dos mais qualificados" com a percentagem de portugueses emigrados com formação superior a residir nos países da OCDE praticamente duplicar, passando de 6% para 11%, entre 2001 e 2011.
Lusa

Município de Reguengos de Monsaraz aprovou orçamento de 17,8 milhões de euros para 2020

O orçamento do Município de Reguengos de Monsaraz para o próximo ano é de 17,8 milhões de euros, mais um milhão de euros do que em 2019. O documento, aprovado por unanimidade pela câmara municipal e pela assembleia municipal, engloba o valor para um conjunto de projetos de investimento no concelho, financiados a 85 por cento por fundos comunitários e os restantes 15 por cento pela linha de crédito EQ BEI PT2020, atualmente sem qualquer custo financeiro.

O orçamento assegura o cumprimento do Plano de Saneamento Financeiro iniciado em 2017, com a consolidação da ausência de pagamentos em atraso e uma acentuada redução de custos, permitindo prever encerrar o ano de 2019 com um Prazo Médio de Pagamentos de cerca de 30 dias. O Município de Reguengos de Monsaraz conclui também este ano com o pagamento total do empréstimo designado por PAEL devidamente validado pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças e pela Direção-Geral das Autarquias Locais, bem como, com o cumprimento do serviço da dívida de todos os empréstimos, a par da realização dos investimentos em curso e do plano de atividades.
A autarquia mantém em 2020 os impostos municipais a serem cobrados com taxas abaixo do valor máximo, na sequência da política fiscal seguida nos anos anteriores, que tem permitido um amplo consenso político em torno destas propostas. Para o próximo ano, destacam-se os projetos de investimento na regeneração urbana da Praça da Liberdade, na segunda fase da requalificação das vias pedonais de São Pedro do Corval, na ampliação do Pavilhão Gimnodesportivo, na requalificação do Campo de Futebol Municipal e na construção das Estruturas Residenciais para Idosos em Outeiro e Perolivas. Na área dos eventos e da promoção turística, o município vai receber de 15 a 18 de outubro de 2020 a 5.ª Conferência Mundial de Enoturismo.

Estarreja | Com a chegada de 2020, o CTE sobe o pano para receber atores, músicos e bailarinos

Resultado de imagem para Cine-Teatro de Estarreja
Um novo ano aproxima-se e está na hora de dar-lhe a conhecer a programação cultural do Cine-Teatro de Estarreja para os meses de janeiro, fevereiro e março. Já parou para pensar nas resoluções para 2020? Inspire-se com as nossas sugestões e acrescente à sua lista visitar-nos mais vezes.

CTE respira música
2020 chega até nós com sabor a Natal. Numa época em que a música nos aproxima o pensar e o sentir, a Banda Bingre Canelense apresenta um concerto para dar voz a um Feliz Ano Novo, no dia 4 de janeiro. No dia seguinte despeça-se da época natalícia cantando as janeiras no “Encontro de Trupes de Reis” com os grupos locais e as crianças das Atividades de Enriquecimento Curricular.

O primeiro café-concerto de 2020, no âmbito do “OuTonalidades – circuito português de música ao vivo”, chega a Estarreja com os Palankalama (11 de janeiro). Ricardo Silva, um outro novo talento traz, a 15 de fevereiro, o concerto “Contado à Guitarra”.

E é com a voz poderosa de Carminho, dia 18 de janeiro, que abrimos o ciclo de Concertos Íntimos 2020. Para mostrarem também as suas versões mais intimistas e próximas do público recebemos a 21 de março, Márcia, “a artesã de canções” e, em maio, dia 16, a cantora-compositora Aline Frazão.

Mas durante este trimestre, há ainda muita música e diferentes sonoridades para aplaudir. No dia 17 de janeiro, o vocalista da banda pop rock “Hey Roseta!”, Tim Baker, que estará acompanhado pela cantautora de origem portuguesa Nico Paulo, apresenta o seu projeto a solo “Forever Overhead”. Numa data tão importante para os estarrejenses, a Elevação de Estarreja a Cidade, a autarquia aposta na valorização dos nossos agentes culturais e convida a Orquestra Filarmonia das Beiras, sob a direção do Maestro Cláudio Ferreira, tendo como solistas Gabriel e Ricardo Antão, todos talentos estarrejenses, para um concerto comemorativo marcado para dia 26 de janeiro. A digressão de despedida dos Dead Combo tem paragem obrigatória na cidade a 7 de fevereiro. Autora do sucesso “Antes Dela Dizer que Sim”, a jovem compositora e cantora Bárbara Tinoco promete surpreender com um concerto agendado para 28 de março.

O palco do CTE acolhe todas as artes
Do drama à comédia, nos próximos meses há várias peças de teatro a não perder. Os atores João Didelet, Andreia Dinis, Gonçalo Diniz, Melânia Gomes, Núria Madruga e Sofia Baessa pisam o palco, no dia 25 de janeiro, para apresentar “Ding Dong”. “Para Atravessar Contigo o Deserto do Mundo” com Pedro Lamares e Lúcia Moniz, é um espetáculo que celebra a amizade entre Sophia de Mello Breyner Andersen e Jorge de Sena para assistir no dia 8 de fevereiro. Uma produção da Fundação José Saramago, “O Jogo”, criada a partir da Carta Universal de Deveres e Obrigações dos Seres Humanos, entra em cena no dia 28 de fevereiro. A 14 de março, “O Amante” vem falar sobre um casal, protagonizado por Custódia Gallego e Virgílio Castelo, que para quebrar a monotonia do casamento, decide construir uma fantasia de infidelidade. “O Comboio das Estações” convida todos os bebés a aventurarem-se numa viagem, agendada para 19 de janeiro, com passagem obrigatória nas quatro estações do ano.

A dança estará representada, no dia 1 de fevereiro, pela Companhia de Dança de Almada, com o espetáculo “Inverno” baseado nos costumes de inverno transmontados. E ainda, a 7 de março, “Reviravoltas”, uma abordagem livre às formas de danças tradicionais portuguesas, pelo Grupo Nossas Danças.

O novo cartaz da Sétima Arte
No Cinema, as ofertas são múltiplas desde as Quintas de Cinema, que trarão filmes de culto, passando pelo Cinema Infantil com estreias de sucesso, até Cinema em Cartaz com filmes, também, acabados de estrear.

Este resumo da atividade cultural do CTE, não dispensa a consulta atenta da nova Agenda Municipal de Estarreja.

Desejamos um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de bons espetáculos!

Património cultural da Marinha Grande registado em livro e CD


Comemorações dos 250 anos da chegada de Guilherme Stephens
A Câmara Municipal, no âmbito das comemorações dos 250 anos da chegada de Guilherme Stephens à Marinha Grande, no passado dia 15 de dezembro, apresentou a edição do livro e do CD “Palco de Memórias”, que reúnem um importante espólio cultural que se encontrava por documentar, algum do qual constava apenas de testemunhos orais.
O programa de encerramento daquelas comemorações e do 21º aniversário do Museu do Vidro decorreu naquele espaço museológico e na Casa da Cultura Teatro Stephens, tendo começado com a cerimónia de doação da peça "Via Sacra", por Lucinda da Conceição Almeida Belo e José Miguel Cruel Belo ao Museu do Vidro.
Seguiu-se a inauguração da exposição documental, iconográfica e bibliográfica intitulada “Guilherme Stephens - Um Homem à frente do seu tempo”, que está patente até 19 de janeiro de 2020, no Foyer da Casa da Cultura . Trata-se de uma exposição alusiva a Guilherme Stephens e ao seu papel no desenvolvimento económico, cultural e social da Marinha Grande, enquanto proprietário da Real Fábrica de Vidros, homem progressista, de grande sensibilidade intelectual e humanista, e promotor de inúmeras ações com vista ao progresso socioeconómico, educativo e artístico dos seus operários e da comunidade. Podem ser observados documentos originais e reproduções de outros, manuscritos por Guilherme Stephens, entre outras curiosidades.
No âmbito do encerramento das comemorações, foram apresentados o livro e o CD “Palco de Memórias” da autoria de Norberto Barroca e direção musical de Tiago Ferreira, resultantes da peça homónima levada à cena em 2014, aquando da reinauguração da Casa da Cultura Teatro Stephens.
Na cerimónia de apresentação das duas obras, que decorreu no Teatro Stephens, a presidente da Câmara, Cidália Ferreira, admitiu que “a Marinha Grande, através de todos os autarcas que passaram pela Câmara Municipal, souberam preservar a história do Teatro e de Guilherme Stephens, através da história que foi contada e da reconstrução deste espaço”.
“Deu-nos um enorme orgulho sabermos que, neste palco, foi contada a nossa história, através de Norberto Barroca, e queríamos que tal ficasse registado na memória de todos os marinhenses. É também, por isso, que o CD foi editado, para que fiquem registadas as nossas memórias e músicas e que elas não se percam”, acrescenta.

Para Cidália Ferreira, “este ano de comemorações dos 250 anos da chegada de Guilherme Stephens deve-se a Álvaro Órfão, que alertou para esta data, e também a Gabriel Roldão e Luís Abreu e Sousa. Um factor decisivo no sucesso destas comemorações e concretamente na recriação histórica, foi sem dúvida o envolvimento das nossas coletividades e da cerca de uma centena de atores e voluntários, sem eles não teria sido possível montar este espetáculo que todos recordaremos nas nossas memórias”. As comemorações foram muito para além das iniciativas realizadas e “é com orgulho que somos um concelho de empreendedorismo e indústria que vem de uma herança de Guilherme Stephens”.

Para o autor do livro, Norberto Barroca, que não pôde estar presente na cerimónia e deixou uma testemunho filmado, o livro retrata “memórias do que aconteceu neste Palco ao longo dos anos. Memórias do Teatro na Marinha Grande que aqui começou com os Irmãos Stephens, há 250 anos”.

“Aqui Guilherme Stephens fez construir a sua casa de teatro. Tinha um Pano de Boca cuja imagem fazia a apologia do trabalho, com a Indústria e a Abundância, desterrando a Mendicidade. Mas o teatro foi destruído pelas invasões francesas e, depois, reconstruído com o nome do seu criador. Este Teatro Guilherme Stephens foi palco de grandes espetáculos graças ao empenho de homens de cultura desta terra e de entusiastas atores amadores”, continua.

“Para memória futura, fica um resumo breve do que foi a história deste Palco. Acompanhando o texto da peça teatral, paralelamente, é apresentada uma contextualização histórica que nos ajuda a situar no tempo. Este livro poderá ser um ponto de partida para estudos mais aprofundados do que aqui iniciei. Do mesmo modo, recordam-se e ficam registadas algumas das músicas que fizeram a história deste Palco. Músicas de inspirados autores feitas para espectáculos deste Teatro”, acrescenta Norberto Barroca.

Para Tiago Ferreira, responsável pela direção musical do CD "Palco de Memórias”, destaca o facto deste trabalho ter começado com a apresentação da peça de teatro "Palco de Memórias" e reunir “músicas tradicionais da Marinha Grande e algumas melodias e textos de autores marinhenses, como Norberto Barroca, Paulinho Garcia, Sérgio Bento, José Ferreira da Silva, Francisco Correia Moita, Armando Santos, António Vasconcelos Ribeiro e Eliseu”.

“Como havia pouca informação destes temas, à luz da tradição oral, foi necessário fazer um trabalho de recolha escrita em partitura e harmonização para que pudessem ser interpretados no teatro. Após a encenação da peça, em 2014, ficou um trabalho escrito em partitura de recolha dos temas tradicionais e de algumas melodias que existiam ainda manuscritas em partituras pelos autores” e que agora está registado em CD, explica Tiago Ferreira.

O CD reúne 16 temas com direção musical, transcrição, harmonização e arranjos de Tiago Ferreira. Participam os músicos: Ana Santo (voz principal feminina), João Leiria (voz principal masculina), José Carlos (bateria e percussão), Adelino Oliveira (contra baixo e guitarra clássica), Tiago Ferreira (piano e sintetizadores), Ana Catarina e Ana Santo (coros), Paulo Bernardino (clarinete), Ricardo Silva (guitarra portuguesa), Deolinda Bernardo (voz), Silvina Pereira (voz).

Após a apresentação do livro e do CD, foram tocados e interpretados alguns temas reunidos no CD, pelos músicos que participaram no espetáculo “Palco de Memórias”.

CÂMARA DA COVILHÃ DISTINGUIDA PELA AGÊNCIA ERASMUS+


O Projeto “Covilhã. Forma II”, levado a cabo pela Câmara Municipal em parceria com os Agrupamentos de Escolas do concelho, foi distinguido pela Agência Nacional Erasmus + EF com o prémio “Boas Práticas”, atribuído a organizações cujos projetos apresentaram elevada qualidade e representaram uma boa prática no Erasmus + em Portugal. De acordo com os critérios definidos pela Comissão Europeia, as Agências Nacionais procedem à seleção dos projetos na área da Juventude, Educação e Formação que, pela sua qualidade excelência, merecem o reconhecimento dos seus pares e do publico em geral. O impacto dos projetos, a sua inovação, sustentabilidade, gestão financeira e comunicação são alguns dos critérios qualitativos da avaliação.

Este projeto agora premiado, liderado pela Câmara Municipal de Covilhã, veio dar continuidade ao projeto de 2014, “Covilhã. Forma”. Os objetivos definidos começaram a dar frutos no que diz respeito à empregabilidade de jovens profissionais competentes e consequentemente a sua fixação no concelho.

Teve também um papel importante no combate ao abandono e ao absentismo escolar, proporcionando oportunidades e experiências de caráter internacional aos mais jovens, potenciando a qualidade organizacional das escolas e aumentando a sua visibilidade. Foi um elemento de promoção do Ensino Profissional e do seu posicionamento como uma alternativa de qualidade ao ensino regular, tendo ainda promovido a inclusão social de jovens pertencentes a grupos socioeconómicos desfavorecidos.

Os resultados positivos alcançados pelo projeto, levaram a Câmara Municipal a decidir a continuidade do consórcio e da aposta na internacionalização das organizações a ele pertencentes.

A Câmara Municipal da Covilhã, com este projeto, pretende efetuar um investimento nos seus futuros cidadãos, envolvendo as principais escolas do concelho. São contempladas as necessidades comuns, que potenciam o crescimento e o desenvolvimento socioeconómico da região. O projeto prevê uma maior empregabilidade dos participantes, com competências profissionais reforçadas, para que venham a integrar os quadros técnicos das empresas do concelho e contribuir para a fixação da população na Covilhã.

É com orgulho que o Município vê reconhecida a dedicação e o empenho de todos os envolvidos neste programa. A Câmara Municipal da Covilhã quer continuar a contribuir para o desenvolvimento de um espaço europeu de ensino.

Marinha Grande | Protocolos de 315 mil euros para os Bombeiros Voluntários para 2020


A presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande, Cidália Ferreira, e os presidentes das Associações Humanitárias dos Bombeiros Voluntários de Marinha Grande e de Vieira de Leiria, Carlos Carvalho e Célia Fernandes, respetivamente, assinaram no dia 13 de dezembro, no Edifício dos Paços do Concelho, protocolos de cooperação, para a atribuição de verbas que totalizam 315 mil euros. 

Para a presidente da Câmara Municipal, Cidália Ferreira, "hoje, com os nossos parceiros responsáveis pelas direções das associações humanitárias dos Bombeiros Voluntários Marinha Grande e Bombeiros Voluntários Vieira de Leiria, assinámos os protocolos para o ano de 2020. Fazemos esta assinatura ainda em 2019 porque queremos que os nossos bombeiros tenham o dinheiro disponível logo no início do ano de forma a ajudar na liquidez e no planeamento anual que estas entidades têm necessariamente que fazer. Os bombeiros são os nossos maiores aliados na preservação da qualidade de vida da nossa população." 

O apoio financeiro concedido destina-se estritamente às despesas de funcionamento relacionadas com as atividades que visam o cumprimento da missão de agente de proteção civil dos corpos de bombeiros. 

O protocolo foi estabelecido considerando que as missões desenvolvidas pelos corpos de bombeiros das associações humanitárias de bombeiros voluntários se revestem de inequívoco interesse público e que são agentes fundamentais no âmbito da proteção civil. 

Considera-se ainda que os objetivos legalmente atribuídos à proteção civil municipal carecem de uma intervenção permanente e ativa dos corpos de bombeiros e que os corpos de bombeiros são essenciais e imprescindíveis à salvaguarda de pessoas e bens. 

O protocolo a celebrar vigorará desde a data da sua assinatura até ao dia 31 de dezembro de 2020.

UNAVE-UA E CIIWA LANÇAM FORMAÇÕES AVANÇADAS EM CIBERSEGURANÇA


UNAVE - Associação para a Formação Profissional e Investigação da Universidade de Aveiro e a CIIWA - Competitive Intelligence & Information Warfare Association, para a área da Cibersegurança, levam a efeito, a partir de janeiro de 2020, um ciclo de formações em Cibersegurança, destinadas tanto a utilizadores finais como a quadros de empresas com responsabilidades de gestão.

Estão previstos dois módulos: (1) Gestão da Segurança da Informação: fundamentos e implementação, com a duração de 20 horas (detalhes em: https://www.unave.pt/?formacao=gestao-da-seguranca-de-informacao-fundamentos-e-implementacao), a partir de 17 de janeiro; e (2) Boas práticas de Cibersegurança na ótica do utilizador, abrangendo ainda as redes sociais e perfazendo 14 horas (informação mais detalhada em: https://www.unave.pt/?formacao=boas-praticas-de-ciberseguranca-na-otica-do-utilizador), com início a 6 de março.

Para mais tarde, com início a 17 abril, está prevista uma formação de nível avançado - especialmente adequada aos quadros e responsáveis técnicos das empresas que desejem aprofundar os seus conhecimentos ao nível da Cibersegurança.

Esta formação será dedicada à gestão integrada dos múltiplos aspectos da Cibersegurança (Ameaças, riscos e impacto; Conceitos, princípios e arquitetura; Boas práticas e políticas de Cibersegurança; Controlos tecnológicos; Awareness e boas práticas para utilizadores; Análise forense e resposta a incidentes; e Implementação CISO – responsável pelo sistema de gestão de segurança de informação). Ver informação mais detalhada em: https://www.unave.pt/?formacao=gestao-integrada-de-ciberseguranca)

Este é um ciclo de formações que, contando com a participação de docentes e investigadores da Universidade de Aveiro e de especialistas da CIIWA como formadores, garante elevados padrões de qualidade técnica e pedagógica, fruto de uma parceria estratégica estabelecida entre a UNAVE- Associação para a Formação Profissional e Investigação da Universidade de Aveiro, e a CIIWA - Competitive Intelligence & Information Warfare Association, para a área da Cibersegurança.

A CIIWA-Competitive Intelligence & Information Warfare Association, sublinhe-se, é uma associação de especialistas, detentores de certificações nacionais e/ou internacionais, criada no contexto da Academia Militar, no âmbito do mestrado em Guerra de Informação e Competitive Intelligence.

CURSO INTENSIVO DE TURISMO E MARKETING TERRITORIAL - 28 DE JANEIRO-18 FEVEREIRO

Num mundo global, marcado por uma forte concorrência entre países, cidades e regiões, o turismo tem vindo a ser encarado como um dos mais importantes fatores de competitividade dos territórios.
.
Conhecer as potencialidades, bem como as debilidades desses territórios, e desenvolver estratégias eficazes à luz dos conceitos de marketing territorial, revelam-se hoje instrumentos vitais para o desenvolvimento sustentável, razão pela qual a UNAVE- Associação Para a Formação Profissional e Investigação da Universidade de Aveiro, vai realizar de 28 de janeiro a 18 de fevereiro, nova formação intensiva em Turismo e Marketing Territorial, de 24 horas presenciais.

Partindo de casos práticos, o curso pretende contribuir para o aumento do conhecimento de atuais e futuros profissionais das áreas do turismo, do marketing e da gestão empresarial ou autárquica acerca das potencialidades turísticas dos territórios onde atuam e das formas mais adequadas de os planear, dinamizar e divulgar.

No final da formação, os participantes deverão ser capazes de identificar as potencialidades e debilidades turísticas dos territórios, bem como os seus mercados potenciais e concorrentes, saber desenvolver estratégias para a promoção e posicionamento dos territórios, assim como definir, implementar e monitorizar estratégias e planos de ação, numa lógica de networking.

Principais conteúdos programáticos:
- O Turismo (conceito e história do turismo, tendências e produtos turísticos)
- O Território (conceito e politicas)
Marketing Territorial e o Marketing Turístico (definição, técnicas, práticas e métodos).

O curso, de 24 horas presenciais, conta com a coordenação científico-pedagógica do professor Carlos Costa, diretor do Departamento de Economia, Gestão, Engenharia Industrial e Turismo (DEGEIT), da Universidade de Aveiro, e tem como formador Paulo Costa, licenciado em Publicidade e ex-vereador na Câmara Municipal de Ílhavo, de 2002 a 2017, onde teve responsabilidades nas áreas do Turismo, Juventude, Comunicação e Informação, Proteção Civil, Cultura, Marketing e Notoriedade, Ação Social, Cidadania e Igualdade. Atualmente, é docente no ensino superior e formador nas áreas do marketing e do turismo.

Inscrições e informação mais detalhada em: http://www.unave.pt/?formacao=turismo-e-marketing-territorial

Apicultura sustentável: Consórcio europeu desenvolve colmeias inteligentes de baixo custo


No próximo mês de janeiro, uma equipa de cientistas da Universidade de Coimbra (UC) vai iniciar um conjunto de testes com colmeias inteligentes de baixo custo, instaladas num apiário do norte do país (Douro), no âmbito de um projeto europeu que visa dotar os apicultores de ferramentas de monitorização remota em tempo real, quer em termos da avaliação da saúde das colónias quer do potencial apícola de áreas ao nível de recursos para as abelhas, para uma melhor gestão dos seus apiários.

Designado B-GOOD “Giving Beekeeping Guidance by Computational Assisted Decision Making” (desenvolvimento de sistemas de decisão para uma apicultura sustentável – novas ferramentas assistidas por computação), este projeto reúne perto de 70 cientistas de 17 instituições de 13 países europeus, bem como apicultores e especialistas em tecnologias informáticas, e tem um financiamento global de mais de sete milhões de euros da União Europeia através do Programa Horizonte 2020.

Estas colmeias inteligentes, que vão ser testadas simultaneamente em mais sete países participantes no projeto, estão instrumentadas com um conjunto de sensores que recolhem e monitorizam continuamente vários parâmetros, tais como humidade, temperatura, vibração das abelhas e peso da colmeia, entre outros, permitindo conhecer o estado da colónia de acordo com o denominado índice do estado de saúde das abelhas (do inglês Health Status Index - HSI), um índice desenvolvido pela Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA, na sigla original).

Com estes estes dados, aliados a outras ferramentas, explica José Paulo Sousa, vice-coordenador do projeto e docente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), «vai ser possível testar, padronizar e validar os métodos para medir e reportar os indicadores selecionados que afetam a saúde das abelhas, através de uma simples aplicação informática (app), permitindo que os apicultores tenham informação rápida e fidedigna em tempo real sobre o estado de cada uma das suas colónias, podendo detetar antecipadamente fenómenos de enxameamento e sintomas de diversas doenças, evitando assim constantes monitorizações dos apiários e aplicando tratamentos adequados quando necessário».

Numa segunda etapa do projeto, os cientistas vão também desenvolver um modelo fenológico dos recursos alimentares para as abelhas, isto é, «mapear as flores que são importantes para as abelhas sob o ponto de vista nutricional, período de floração ao longo do ano e a quantidade de recursos que podem providenciar». Será um trabalho de elevada complexidade, porque, clarifica o docente da FCTUC, «implica trabalhar muita informação: trabalhar dados ao nível das paisagens agrícolas, florestais e de áreas naturais e as associações florísticas destes elementos da paisagem, e validar em campo o modelo fenológico identificando as flores “amigas” das abelhas e avaliar o teor de açúcar, néctar, pólen, etc.».

O objetivo final será «não apenas mapear os recursos importantes para as abelhas à escala europeia, mas criar mapas dinâmicos de adequação do habitat em termos de quantidade e qualidade de recursos que cada zona geográfica pode providenciar por ano às abelhas, informação muito relevante não só para os apicultores, como também para entidades estatais que estabelecem os limites para o número de apiários que podem ser instalados em cada zona do território», salienta o docente da FCTUC.

José Paulo Sousa sublinha que esta ferramenta de gestão assume particular relevância: «devido às alterações climáticas, a disponibilidade de recursos florais constitui um grave problema, pois pode haver espécies que deixem de florir a determinada altura, o período de floração pode variar, podendo causar um desfasamento entre o período de floração e as necessidades nutricionais das abelhas e, consequentemente, originar uma alteração do estado de saúde das colónias, com uma diminuição da capacidade de reprodução e uma redução na resistência a diversas doenças».
O investigador declara ainda que «é essencial uma gestão adequada dos recursos ao nível da paisagem, adotando medidas que incentivem a implementação de infraestruturas verdes em áreas agrícolas com misturas florais ajustadas a cada região que permitam períodos de floração mais alargados».

O B-GOOD «abre caminho para uma apicultura saudável e sustentável na União Europeia, seguindo uma abordagem colaborativa e interdisciplinar», afirma o também investigador do Centro de Ecologia Funcional da FCTUC, realçando que o que torna único este projeto «é a utilização de uma ampla rede espacial de recolha de dados em colónias de abelhas com estreita ligação a dados apícolas já existentes, assim como o desenvolvimento de tecnologias inovadoras e autónomas para a monotorização de colmeias».

Toda a tecnologia que suporta as colmeias inteligentes do projeto B-GOOD, o que irá permitir a implementação de ações de mitigação adaptáveis destinadas a minimizar o impacto de diferentes agentes de stresse nas abelhas, deverá estar no mercado dentro de dois a três anos.

Cristina Pinto

Sabores de Natal promovidos de diversas formas em Proença-a-Nova


Passeio pedestre “NaTal Rota Gourmet”, rota das visitas guiadas e encenadas, atelier de cultura e gastronomia e presença na estreia do programa de televisão da RTP1 “Domingo à Tarde”: todas estas iniciativas promoveram os sabores de Natal do concelho de Proença-a-Nova nos dias 14 e 15 de dezembro, o segundo fim de semana dedicado a esta temática com espaço próprio no Mercado Municipal. O passeio pedestre de nove quilómetros, que atravessou as localidades de Vale da Mua, Pedra do Altar, Estevês, Vale Videiros, Junceira e Peral, contou com a presença de 210 caminheiros, 103 dos quais oriundos da região de Pataias, concelho de Alcobaça, que tiveram a oportunidade de saborear algumas das especialidades do concelho, a começar pela tiborna. O Lagar do Vale da Mua, já em laboração, abriu as suas portas para dar a conhecer este sabor tradicional e também para que os visitantes pudessem ver ao vivo o método tradicional de transformação da azeitona em azeite. 

Nas boas vindas ao grupo, o presidente da Câmara Municipal destacou a importância do turismo de natureza dentro da estratégia promovida pela autarquia, muito associado naturalmente à gastronomia e à valorização de tradições como a apanha da azeitona. “Para os territórios como o nosso, o turismo é um importante veículo de correção das assimetrias que foram sendo permitidas dentro do país que será certamente menos competitivo se forem ignorados estes dois terços que correspondem a todo o interior”, referiu João Lobo, incentivando os presentes a regressar e a descobrir o concelho noutras ocasiões. Nógados, filhós, jeropiga, enchidos, queijo de cabra, afogado da boda e tigelada fizeram ainda parte da ementa degustada ao longo da caminhada e durante o almoço. Do ponto de vista logístico, a autarquia contou com o apoio de alunos do curso de educação formação empregado de restaurante / bar e do curso profissional de técnico de turismo ambiental e rural que tiveram oportunidade de aplicar os conhecimentos recebidos em contexto real de trabalho. 

Incluída no passeio pedestre, decorreu também a iniciativa Rota das Visitas Guiadas e Encenadas do projeto Beira Baixa Cultural, cofinanciado no âmbito do Centro 2020, Portugal 2020 e Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional da União Europeia, dedicada à apanha da azeitona. A chuva que caiu durante a manhã de domingo, 15 de dezembro, levou a que não se fizesse a encenação prevista para um dos muitos olivais por onde o grupo passou, tendo o Váatão realizado diversos apontamentos nas associações que receberam os participantes e a comunidade local. Durante a tarde, já no recinto do Mercado dos Sabores de Natal, realizou-se o atelier de cultura e gastronomia, tendo o chef João Branco apresentado diversas possibilidades utilizando como ingredientes base o azeite e as azeitonas. 

O Mercado dos Sabores de Natal esteve igualmente em destaque na estreia do programa da RTP1 “Domingo à Tarde”, tendo sido um dos seis pontos de reportagem a nível nacional. A forma de fazer filhós, a música típica, os biscoitos e o artesanato foram apresentados durante os diferentes diretos. Se ainda não teve oportunidade de passar pelo mercado municipal, o Mercado dos Sabores de Natal regressa no próximo fim de semana, a 21 e 22 de dezembro, estando prevista animação circense e de rua, a atuação de Fábio Farinha e da Escola de Concertinas de Proença-a-Nova. O mercado, que funciona entre as 10h00 e as 20h00 ao sábado e as 10h00 e as 16h00 ao domingo, conta ainda com espaço infantil com trono do pai natal, pinturas faciais, balões, marco do correio, pista de carros e insufláveis, e também com ateliers dinamizados pelo Centro Ciência Viva da Floresta.

Solidariedade entre gerações é fundamental para o envelhecimento ativo

“Envelhecimento ativo: um compromisso entre gerações” foi um dos temas abordados na iniciativa “Natal Sénior” que marcou o encerramento do primeiro trimestre de aulas da Universidade Sénior de Proença-a-Nova (USPN). Carolina Carvalho, docente do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, apresentou alguns estudos que comprovam os benefícios de se realizarem iniciativas que integrem pessoas de diferentes gerações. “Quando a idade, a sabedoria, a experiência de vida e a estabilidade emocional aumentam, tudo isso pode ser transmitido aos mais jovens de maneira significativa”, referiu a docente, apresentando alguns resultados interessantes: “As crianças em idade escolar que frequentaram um programa educativo entre gerações demonstraram níveis mais altos de empatia, aceitação social e capacidade de autorregulação do que os pares que não participaram”. Além disso, as crianças que trabalharam com adultos com demência desenvolviam competências emocionais, como empatia, paciência e resolução de problemas. 

Carolina Carvalho salienta, no entanto, que estes programas não podem “infantilizar as pessoas”, ou seja, não é propor atividades que normalmente são feitas pelas crianças. Daí a importância da criatividade que continua a ser um dos marcadores do envelhecimento ativo. A especialista refere igualmente como importante a convivência entre as crianças e os avós como uma das formas de formalizar este compromisso entre gerações, marcado pela troca de experiências e convivências. Por exemplo, aproveitar a época do Natal para, em conjunto, se fazerem receitas típicas que fazem parte da memória dos avós e que assim as transmitem para uma nova geração. Carolina Carvalho defende que envelhecimento ativo não é apenas estar fisicamente ativo ou de participar na força de trabalho: “refere-se à participação contínua nas questões sociais, económicas, culturais, espirituais e civis”. 

Uma das estratégias para este envelhecimento ativo passa precisamente pela educação. O vice-presidente da Câmara Municipal destacou a importância do projeto da Universidade Sénior e do quanto os alunos têm desenvolvido nas aulas, de que a exposição de pintura, patente no auditório municipal até final do mês de dezembro, é um excelente exemplo. “Mostra bem o valor que vocês têm”, referiu. João Manso recordou ainda que de 7 a 9 de maio, Proença-a-Nova acolherá o congresso internacional “Animação sociocultural: geriatria, gerontologia e os novos paradigmas do envelhecimento”, em que será debatida esta temática. 

No âmbito da USPN, está a decorrer o projeto “Memórias Resgatadas: Identidades Reconstruídas. A Escola em meio rural”, financiado pela FCT, programa Compete 2020 e União Europeia, e que nesta fase tem uma investigadora a recolher testemunhos em Proença-a-Nova, Mação, Vila de Rei e Sertã. António Manuel Silva, reitor da USPN, fez um ponto de situação deste projeto que tem como objetivos resgatar as memórias associadas com a cultura escolar, identificar o património material e imaterial da educação e do ensino e produzir currículos de história local e regional. Indiretamente, este projeto poderá igualmente potenciar a produção de materiais turísticos associados a rotas e circuitos temáticos, articulando o turismo em espaço rural com a vertente histórica e cultural. 

Porque os seus objetos estão repletos de memória, a iniciativa Natal Sénior terminou com a visita dos alunos e docentes da USPN ao Museu Isilda Martins, tendo sido a própria a fazer a visita guiada a todos os módulos que compõem esta mostra etnográfica.

Município e Associação de Pais promovem workshop para ajudar pais e filhos com a matemática


Porque que é que a matemática é das mais problemáticas nos resultados escolares? Como é que a paciência e a frustração têm relação com esta disciplina? Estes foram alguns dos aspetos abordados por Inês Cruz, professora de matemática e blogger, em duas sessões com pais e encarregados de educação de alunos do 1º ciclo de ensino que se realizaram nos dias 6 e 11 de dezembro na EB1 de Proença-a-Nova e na EB1 de Sobreira Formosa. 

O objetivo desta atividade, uma aposta do Município de Proença-a-Nova na formação parental, em conjunto com a Associação de Pais e o Agrupamento de Escolas, no âmbito do "Plano Integrado e Inovador de Combate ao Insucesso Escolar", cofinanciado pelo Centro2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do FSE (Fundo Social Europeu), foi dar dicas e sugestões para os pais e encarregados de educação introduzirem a matemática no dia-a-dia das crianças, em coisas simples. 

A oradora destacou a paciência como um dos principais fatores para lidar com a matemática e indicou como deve ser desenvolvida diariamente em pequenos gestos, como por exemplo saber esperar. Esta qualidade é transversal a todas as disciplinas, mas muito importante na matemática, pois a par com a persistência e a autonomia são competências essenciais para o sucesso educativo na matemática. 

A frustração é outra característica que deve ser trabalhada a nível pessoal e que poderá ter impacto nesta disciplina. O não saber fazer ou a desistência podem levar a momentos de frustração que impedem os alunos de progredir. No entanto, Inês Cruz referiu que a frustração é também uma forma de aprendizagem e crescimento para as crianças.

COIMBRA | Criado programa para promover transportes em territórios de baixa densidade

Criado programa para promover transportes em territórios de baixa densidade

Lisboa, 16 dez 2019 (Lusa) – O Governo vai criar no próximo ano o Programa de Apoio à Densificação e Reforço da Oferta de Transporte Público, especialmente dedicado aos territórios fora das áreas metropolitanas, no valor anual de 15 milhões de euros.
De acordo com uma versão preliminar da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2020, o programa PROTransP tem vista “à descarbonização da mobilidade e à promoção do transporte público”, sendo o seu financiamento assegurado através da verba consignada ao Fundo Ambiental.
De acordo com o documento a que a Lusa teve acesso, os membros responsáveis pela área das Finanças e pela área do Ambiente e da Ação Climática determinam as regras aplicáveis ao PROTransP, através de despacho, a publicar até 30 dias após a publicação da lei.
Fonte do Governo avançou à Lusa que a criação do PROTransP tem como objetivo “aumentar a oferta de transporte coletivo nas comunidades intermunicipais e nos territórios de baixa densidade”.
Entre as regras a determinar devem constar a forma de distribuição do valor previsto pelas comunidades intermunicipais, tendo em consideração o potencial de ganhos de procura para o transporte público.
Devem estar incluídas também as regras de aplicação das verbas adstritas ao programa, privilegiando as medidas que visam o reforço e a densificação da oferta de transportes públicos nas zonas onde a penetração do transporte público coletivo é mais reduzida.
Segundo a versão preliminar da proposta de OE2020, há ainda transferências do Fundo Ambiental de 10,5 milhões de euros para o Metropolitano de Lisboa, para financiamento da aquisição de material circulante e do sistema de sinalização.
O Metropolitano de Lisboa recebe ainda mais de 24 milhões de euros para o financiamento do projeto de expansão da rede do metro.
O documento refere uma “transferência de receitas do Fundo Ambiental, até ao limite de 24.228.200 euros, para financiamento do Projeto de Expansão da Rede de Metropolitano de Lisboa E.P.E.”.
Também o Metro do Porto irá receber uma transferência do Fundo Ambiental de 3,8 milhões de euros para o financiamento da aquisição de material circulante e mais de 36 milhões (36.445.200 euros) para o projeto de expansão da sua rede.
A Transtejo (transporte fluvial no Tejo na região de Lisboa) recebe do Fundo Ambiental uma verba de 6,5 milhões de euros para financiamento do projeto de renovação da sua frota.
Já a CP – Comboios de Portugal receberá deste fundo um valor até 5,1 milhões de euros para “financiamento da aquisição de material circulante”.
NDC