quarta-feira, 26 de abril de 2023

INEM recebe distinção

 Associação europeia do Número de Emergência premiou assistência telefónica inspiradora.
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) recebeu no dia 19 de abril, em Ljubljana, na Eslovénia, um prémio atribuído pela Associação Europeia do Número de Emergência (EENA) a propósito de um parto realizado pelo pai do bebé, com o apoio e assistência telefónica realizada pelo INEM.
Esta situação foi considerada um bom exemplo de um “ato inspirador de cidadãos e serviços de emergência”. Diego Guilherme, o pai, e Fernando Sá e Silva, Técnico de Emergência Pré-hospitalar (TEPH) do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM, fazem parte da equipa notável que ajudou Sebastian a nascer.
De acordo com o INEM, quando a mãe, Alexandra. entrou em trabalho de parto, quatro semanas antes do tempo previsto, o pai, Diego Guilherme, pediu assistência através do Número Europeu de Emergência -112. Mas quando percebeu que o pé do bebé já estava visível, não havia tempo a perder. Fernando Sá e Silva, TEPH do INEM, deu indicações unicamente por telefone. Com esta orientação, Diego conseguiu ajudar Alexandra durante o trabalho de parto, mesmo com todas as complicações que surgiram e que incluíram o cordão umbilical enrolado no pescoço do bebé e a via aérea obstruída.
Fernando Sá e Silva explica que a melhor palavra que encontra para definir esta situação é ‘confiança’: “Confiança no papel de cada um. Acredito que esta situação mostra a importância de os cidadãos confiarem nos serviços de emergência médica quando ligam o Número Europeu de Emergência – 112. Diego é um excelente exemplo de como uma pessoa leiga pode e deve colaborar com a emergência médica até mesmo numa situação difícil. Sem experiência ou conhecimento prévios, apenas mantendo a calma, ouvindo as indicações dos profissionais do INEM”.
Diego conta ainda que, quando chegou à maternidade, as pessoas queriam conhecer o pai-herói. Mas revela que sem a atenção dada pelo operador do INEM, orientando-o nos procedimentos e tranquilizando-o, não sabe o que teria acontecido: ‘Sou engenheiro civil, não fazia ideia do que tinha que fazer’.
1,5 milhões de pedidos de ajuda em 2022

Em 2022, os Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM receberam mais de 1.5 milhões de pedidos de ajuda. As chamadas efetuadas para o Número Europeu de Emergência – 112 são atendidas em primeira linha nos Centros Operacionais 112, geridos pelas Forças de Segurança. O 112 encaminha para os CODU do INEM todas as situações que digam respeito à saúde, competindo a esta central médica do INEM avaliar todos os pedidos recebidos, com o objetivo de determinar os recursos necessários e adequados a cada ocorrência.
Como esta história comprova, as perguntas efetuadas pelos profissionais dos CODU são muito importantes para a atuação do INEM, pois visam determinar qual o tipo emergência e os meios de socorro e/ou aconselhamento mais adequados para dar resposta à situação em questão. Deste modo, facultar toda a informação que seja solicitada vai permitir uma assistência mais eficaz.
O prémio foi ontem entregue a Diego Guilherme e Fernando Sá e Silva, na Conferência Anual promovida pela Associação Europeia do Número de Emergência (EENA).
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Alimentação saudável com o cabaz IVA 0%

 A Secretaria de Estado da Promoção da Saúde e o Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável da Direção Geral da Saúde divulgam esta terça-feira um guia sobre os grupos alimentares e uma alimentação saudável no âmbito da entrada em vigor do cabaz de alimentos com isenção de IVA, procurando apoiar os cidadãos em opções alimentares saudáveis.
O guia “Eu escolho comer bem com os alimentos do cabaz IVA 0%” insere-se na campanha de divulgação ao público do novo Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável, lançada em março, e é publicado no dia em que entra em vigor a Lei nº 17/2023, que procede à aplicação transitória de isenção de IVA a certos produtos alimentares.
No documento são apresentados os alimentos selecionados com apoio do Ministério da Saúde para a isenção de IVA, recomendações para uma alimentação equilibrada em função da idade e propostas de ementas e receitas.
Cada um dos grupos alimentares da Roda dos Alimentos apresenta funções e características nutricionais específicas, pelo que todos eles devem estar presentes na alimentação diária, não devendo ser substituídos entre si.
Dentro de cada grupo estão reunidos alimentos nutricionalmente semelhantes, podendo e devendo ser regularmente substituídos uns pelos outros, de modo a assegurar a necessária variedade.
Conheça os sete grupos de alimentos incluídos no cabaz de alimentos essenciais, bases de uma alimentação equilibrada e variada, e assista na próxima sexta-feira, 21 de abril, a mais um direto da campanha Eu Escolho Comer Bem na página de Instagram do SNS, o terceiro desde o lançamento da campanha, desta vez com a nutricionista Iara Rodrigues.

Campanha “Todos pelo IPO”

 Recolha de pilhas e equipamentos elétricos usados reúne 37 mil euros.
A campanha de reciclagem “Todos pelo IPO” reuniu 37 mil euros que serão utilizados para adquirir equipamento médico para o Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPO Lisboa).
De acordo com a Associação de Gestão de Resíduos – Eletrão, entidade promotora da iniciativa, foram recolhidas 12 toneladas de pilhas e baterias e 144 toneladas de equipamentos elétricos, cujo valor reverte a favor do IPO de Lisboa e do tratamento oncológico.
A Presidente do Conselho de Administração do IPO Lisboa, Eva Falcão, sublinhou a importância que esta campanha teve não só a nível de saúde pública como de consciencialização social.
“É extremamente importante continuar a promover a mudança de comportamentos e a relembrar o impacto que estes têm na nossa saúde, no nosso ambiente”, afirmou Eva Falcão.
“Foi isso mesmo que se procurou fazer através das mensagens veiculadas nesta campanha – ‘Juntos pelo IPO’ –, que nos juntou no apelo e sensibilização da população para a importância de se realizar uma correta separação e encaminhamento destes materiais – pilhas, baterias e equipamentos elétricos ou eletrónicos, e eletrodomésticos. Uma reciclagem correta e consciente é primordial para evitar a contaminação dos solos, da água e dos ecossistemas. É mesmo tão simples como diz a campanha: reciclar faz bem ao ambiente, faz bem à saúde”, acrescentou a responsável.
Eva Falcão acrescenta ainda que “com este valor, que o IPO Lisboa canalizará, naturalmente, em benefício dos doentes, também a sociedade sai a ganhar. Porque ao converter os resultados desta ação em equipamento médico, consegue-se sempre um reforço importante na qualidade dos cuidados de saúde prestados aos nossos utentes”.
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Tratamento de doenças da coluna vertebral

 Hospital de São Francisco Xavier opera coluna com tecnologia inovadora
O Hospital de São Francisco Xavier já realiza cirurgias à coluna com sistema de navegação, tornando-se o primeiro hospital público a utilizar esta tecnologia inovadora para o tratamento de doenças da coluna vertebral.
De acordo com o comunicado do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO), o Serviço de Ortopedia adquiriu um sistema de navegação cirúrgica de última geração para melhorar a qualidade das cirurgias à coluna.
“Esta era uma ambição do nosso serviço há já algum tempo. Através desta aposta em tecnologia de ponta, garantimos que continuamos a oferecer o melhor tratamento possível, nomeadamente em patologias mais complexas”, afirma o Diretor do Serviço de Ortopedia do CHLO, João Gamelas.
“É mais um passo para tornar a nossa abordagem aos doentes mais eficaz. Ao aliar o conhecimento dos médicos à tecnologia, o resultado só pode ser positivo, diminuindo a margem de erro e garantindo a melhor e mais rápida recuperação para os doentes. Este é um investimento que trará um grande retorno para o SNS, ao reduzir os custos associados à cirurgia, ao tempo de recuperação pós-operatório e às equipas envolvidas”, afirma José Miguel Sousa, ortopedista especializado na cirurgia da coluna vertebral no hospital.
Ao ajudar a planear a abordagem antes e durante a cirurgia, permitindo que a equipa de especialistas crie, armazene e simule a progressão ao longo de uma ou mais trajetórias cirúrgicas, o sistema de navegação enriquece a ação do cirurgião. Possibilita que haja um maior rigor, aumenta a segurança e a precisão, a par de uma diminuição drástica da exposição do doente e das equipas envolvidas à radiação (raios-X), quando comparada com a abordagem clássica.
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Nova unidade de saúde mental em Loures

 Ministro da Saúde inaugurou novo serviço no centro de saúde de Loures.
O Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, inaugurou esta segunda-feira, 17 de abril, a nova unidade comunitária de saúde mental de Loures, fruto de um protocolo entre a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, o Hospital Beatriz Ângelo e a Câmara Municipal de Loures. O serviço retoma a resposta de saúde mental em proximidade à população de Loures, iniciada na década de 1990 e que até 2012 esteve a cargo de uma equipa da responsabilidade do Hospital Júlio de Matos. A resposta em psiquiatria para as freguesias de Loures oriental transitou naquele ano para o novo hospital, com maior foco nos casos prioritários. Agora, o novo serviço no centro de saúde de Loures permitirá 4 mil consultas médicas por ano, 1800 consultas de psicologia e também intervenções no domicílio, esperando-se que contribua para reduzir internamentos potencialmente evitáveis, melhorar o acesso e reduzir o estigma.
Na sua intervenção, o Ministro da Saúde destacou a parceria entre o Agrupamento de Centros de Saúde de Loures, o hospital e a autarquia para a concretização do novo espaço, que tem três gabinetes de consulta, hospital de dia e gabinete de enfermagem. “Este é mais um exemplo da descentralização em movimento”, sublinhou.
Manuel Pizarro reiterou o compromisso do Governo na reorganização dos serviços de saúde mental para uma resposta de maior proximidade à população, a par do combate ao estigma. “Estas equipas dão um sinal de que a saúde mental faz parte da vida integral de cada pessoa, de cada homem e de cada mulher e da comunidade”, afirmou, sublinhando que a constituição de uma equipa jovem, que conta com 10 elementos, é também um” sinal da pujança do SNS”.
O Ministro da Saúde detalhou ainda o investimento do PRR na área da saúde mental, de 88 milhões de euros, que vai permitir criar, no decurso deste ano, 10 equipas comunitárias de saúde mental, seis de adultos e quatro de infância e adolescência, sendo que esta equipa que agora começa formalmente a funcionar em Loures não entra nesta contagem, dado que se trata de um projeto local que reativa uma equipa já existente. No total, até 2026, o PRR vai permitir dotar o país de 40 novas equipas comunitárias de saúde mental, das quais 20 já estão a funcionar.


Sociedades mais saudáveis

 Secretária de Estado da Promoção da Saúde encerrou encontro com a diretora do ECDC, Andrea Ammon
“A saúde pública evoluiu para se tornar uma área crucial nas nossas vidas. Precisamos, mais do que nunca, de uma abordagem de saúde pública forte e inovadora para alcançar sociedades mais prósperas e saudáveis”. Palavras da Secretária de Estado da Promoção da Saúde no encerramento  da sessão “Saúde pública: desafios atuais e inovações”, um encontro com a diretora do ECDC, Andrea Ammon, organizado pela Direção Geral da Saúde, que teve lugar no dia 20 de abril no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa.
Margarida Tavares destacou a nova centralidade dada à saúde pública com a resposta à pandemia e desafios atuais como o impacto de fatores ambientais na saúde. “As alterações climáticas e a degradação ambiental têm efeitos negativos sobre a nossa saúde e bem-estar. Precisamos de trabalhar juntos para reduzir a nossa pegada de carbono, promover práticas sustentáveis e defender políticas que priorizem a saúde pública, ambientes e cidades saudáveis”, afirmou.
No encontro, que teve lugar no dia em que foi publicado em Diário da República o despacho que mandata uma comissão para Elaboração da Proposta de Organização e Funcionamento dos Serviços de Saúde Pública, Margarida Tavares defendeu que a reorganização destes serviços é fundamental para que a saúde pública possa cumprir a sua missão.
“Não podemos continuar a aceitar que os mais pobres e vulneráveis sejam os mais afetados por incapacidade, cancro, diabetes ou doenças cardiovasculares”, afirmou Margarida Tavares. “Precisamos de priorizar a prevenção e a deteção precoce, precisamos de envolver as pessoas e as comunidades para criar ambientes que favoreçam as escolhas e exposições propícias a manter e aumentar o capital de saúde, além de aumentar o acesso a cuidados de saúde de qualidade para todos.”
A Secretária de Estado da Promoção da Saúde referiu ainda a necessidade de dados robustos para melhorar a capacidade de intervenção, que deve ir além das doenças infeciosas e de ferramentas preditivas, atuando, a montante, sobre os determinantes de saúde e numa promoção da saúde que previna as doenças crónicas não transmissíveis “que representam bem mais de dois terços da carga de doenças nas nossas sociedades”.
“Façamo-lo com coragem e frontalidade, sem as habituais duplicações de tarefas e ambiguidades de funções, mas sim com uma definição e repartição clara de papéis e responsabilidades, sem competição entre instituições e profissionais, mas sim fomentando a colaboração intra e interinstitucional, potenciando a complementaridade e as sinergias”, afirmou.

O 25 de abril na saúde

 Ministro da Saúde encerrou Conferência Sustentabilidade em Saúde, altura em que elogiou a história do SNS.
O Ministro da Saúde presidiu esta terça-feira, dia 18 de abril, ao encerramento da Conferência Sustentabilidade em Saúde. Manuel Pizarro, na sua intervenção, evocou a história de sucesso do Serviço Nacional de Saúde. “Apesar dos desafios, não há nenhuma política pública mais bem-sucedida no país do que a política de saúde”, disse, acrescentando que “o SNS é mesmo uma causa nacional e foi o nosso 25 de abril na saúde e que nos permitiu chegar onde chegámos”.
Durante a 11ª edição da conferência, organizada pelo Diário de Notícias, pela TSF, e pela AbbVie, foi apresentado o Índice de Saúde Sustentável. O estudo resulta de uma parceria da NOVA Information Management School (NOVA-IMS) com a AbbVie e apresenta alguns dados sobre a sustentabilidade do SNS, incluindo dimensões como a atividade, a despesa, a dívida e a qualidade percecionada. Avalia também o SNS na ótica do utilizador, medindo outras dimensões, como satisfação, confiança, preço e eficácia do SNS, procurando, ainda, definir possíveis áreas prioritárias de atuação.
Em comentário aos resultados, o Ministro da Saúde salientou o apreço e a confiança que os portugueses têm no SNS para responder às principais patologias do presente e do futuro, nomeadamente em contexto de urgência, e destacou que a perceção dos utilizadores dos serviços é mais positiva do que a das pessoas que não têm recorrido ao SNS.
Ainda assim, reconheceu que é preciso melhorar o acesso em alguns domínios, como é salientado nos resultados do Índice de Saúde Sustentável, mas notou que “os constrangimentos de acesso que ainda temos no SNS resultam no crescimento da procura e não da incapacidade de prestar serviços”.

Manuel Pizarro citou um balanço da atividade registada no ano passado, defendendo que 2022 foi um ano histórico no SNS em termos de resposta à população, com o maior nível de atividade de sempre nos hospitais e, nos cuidados primários. Nos hospitais, foi batido o anterior recorde de consultas médicas de especialidade, com mais de 12 milhões de consultas. Pela primeira vez foram feitas mais de 750 mil cirurgias num ano. No total, realizaram-se nos Cuidados de Saúde Primários mais de 34,5 milhões de consultas, o que, somando, dá mais de 53 milhões de atendimentos no Serviço Nacional de Saúde num ano.

O governante frisou que, num SNS com mais de 2400 locais abertos todos os dias, é impossível que tudo corra sem intercorrências. Contudo, garantiu que o Ministério da Saúde está empenhado em investir e reorganizar várias áreas para melhorar o acesso, valorizar os profissionais de saúde e requalificar os equipamentos e as infraestruturas, nomeadamente através de 1300 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência.
Acesso a medicamentos
Sobre o número total de atos, o Ministro afirmou que a produtividade é um indicador relevante, mas contrapôs que é cada vez mais importante olhar para os ganhos em saúde e para o valor gerado em cada contacto. A este propósito, lembrou a utilização excessiva das urgências como porta de entrada no SNS, que leva a que esses mesmos profissionais de saúde reduzam a atividade programada. Sobre este tema apontou a reforma que está em curso, e que se comprometeu a concretizar com “muito diálogo com as pessoas, para que percebam que as alternativas têm mais valor acrescentado”.

Relativamente aos dados sobre alguma dificuldade que persiste na compra de medicamentos, Manuel Pizarro citou números que demonstram alguma estabilização na despesa, mas mostrou-se preocupado com o impacto na saúde quando “persiste uma grande desigualdade social e uma grande mancha de pobreza na sociedade portuguesa”.

O Ministro da Saúde adiantou que é importante “encorajar uma maior prescrição de medicamentos genéricos”, para reduzir a franja da população que não consegue comprar todos os fármacos prescritos. “Ao contrário da inflação que atinge tantos setores da vida nacional, nos medicamentos não tem havido inflação, os preços têm-se mantido estáveis”, disse, lembrando que as taxas de comparticipação das pessoas com menos disponibilidade económica são mais elevadas do que as taxas de comparticipação gerais. “Ainda assim, sempre que um estudo destes nos chama a atenção para um problema, temos que estudar como é que podemos chegar a esse setor da população que, sendo minoritário, tem que ter o mesmo direito que todos os outros”, sublinhou.

Crédito fotografias: Rita Chantre/Global Imagens

Transição Digital na Saúde

 “Podemos fazer de Portugal um exemplo na digitalização e a transição digital vai ajudar no acesso e na sustentabilidade do Sistema de Saúde”
“A introdução da transição digital na saúde deve ajudar a estimular o recurso mais nobre do Serviço Nacional de Saúde, que são as pessoas, são os seus profissionais”, disse o Ministro da Saúde, no encerramento da conferência Transição Digital da Saúde, que decorreu terça-feira, dia 18 de abril, em Lisboa.
Manuel Pizarro considera que “a tecnologia ao serviço das pessoas” deve ser o tema central da reforma digital em curso no SNS”. O ministro salienta, por isso, que “o que verdadeiramente esta em causa é um debate sobre os processos e a utilização da tecnologia e não a tecnologia em si”.
O Ministro da Saúde enumerou algumas ferramentas que “têm aproximado o SNS dos cidadãos”, como o sistema automático de prescrição de receitas, a linha SNS 24, a digitalização e consulta de exames, o atendimento automático de chamadas nos centros de saúde, ou a marcação e realização de teleconsultas. “Esta é a inovação que interessa acolher”, salientou Manuel Pizarro.
Na sua intervenção, o governante considera que “há margem de manobra para aprofundar o caminho da digitalização da saúde ao serviço das pessoas”. Manuel Pizarro destacou que “existem condições únicas para fazer do país um exemplo no domínio da transição digital”, referindo a “elevada literacia digital dos profissionais de saúde e a disponibilidade dos cidadãos para acolherem novas tecnologias”.
De acordo com o Ministro da Saúde, o objetivo é que a tecnologia facilite “a dimensão que os cidadãos mais valorizam, o acesso à Saúde”. Manuel Pizarro relembrou que “nenhuma outra área no setor público desempenha uma missão da dimensão do SNS. Em 2022 realizou mais de 53 milhões de consultas, são mais de 145 mil contactos por dia, mais de 6 mil contactos em cada hora”.
Neste contexto, Manuel Pizarro defendeu que “a escala do SNS justifica a forte aposta” no Plano de Plano de Recuperação e Resiliência. “Apostámos num PRR destinado às pessoas, investindo mais de 1,3 mil milhões de euros na requalificação integral dos serviços públicos de saúde”, referindo que 300 milhões de euros são destinados à componente digital.

Créditos das fotografias: Rodrigo Cabrita

Porto de Mós | “Comemorar com entusiasmo as conquistas dos últimos 50 anos”

 49 Anos depois, volta-se a celebrar a Revolução de Abril! A Assembleia Municipal e a Câmara Municipal de Porto de Mós assinalaram a data, como aliás é seu apanágio, através de um programa rico e diversificado, que dá corpo a um projeto mais alargado, as Celebrações dos 50 Anos do 25 de abril 2022 – 2024. Neste sentido, ciclos de conferências, apresentação de livros, encontros, teatros e concertos enchem a agenda cultural do concelho até ao final do mês de abril.
Como manda o protocolo, o Dia da Liberdade iniciou com o hastear da bandeira, na Praça da República, pelas 09h00, tendo contado com a presença do Regimento de Artilharia N.º 4 e com as três corporações dos Bombeiros Voluntários do concelho – Porto de Mós, Mira de Aire e Juncal, seguindo-se, depois, a arruada, protagonizada pela Banda Recreativa Portomosense.
A sessão solene seguiu-se de imediato, no Cineteatro de Porto de Mós, com as intervenções da Presidente da Assembleia Municipal, Clarisse Louro, da Presidente Jovem Autarca, Isa Ferreira e dos líderes da bancada socialista e da bancada social-democrata.
Destaque para o convidado da sessão, Júlio Pedrosa, antigo Ministro da Educação, que fez um discurso alargado sobre o papel das autarquias na educação, dando vários exemplos de projetos implementados nesse âmbito e nos resultados obtidos, quando alavancados pelo poder local.
A sessão encerrou com a intervenção do Presidente da Câmara Municipal, Jorge Vala, que resume o verdadeiro objetivo da efeméride: “Porque este é o nosso tempo e, por assim ser, legitima-nos a comemorar com entusiasmo as conquistas dos últimos 50 anos, responsabilizando-nos, de igual modo, a passar o testemunho histórico e a importância dos valores democráticos às gerações mais jovens.”

Patrícia Alves

Exposição “Porto de Mós e o 25 de Abril: O Tempo da Ditadura e da Revolução” em catálogo

 O Município de Porto de Mós encontra-se a promover um programa alargado de atividades, no âmbito das Comemorações dos 50 Anos do 25 de Abril 2022 – 2024, em parceria com renomadas personalidades e instituições, entre elas a Comissão Comemorativa dos 50 Anos do 25 de Abril ou a Presidência da República, da qual recebeu o Alto Patrocínio.
Em 2022 decorreu, em todas as juntas de freguesia, a Exposição “Porto de Mós e o 25 de Abril: vivências no tempo da Ditadura e da Revolução”, sob orientação do Museu Municipal de Porto de Mós.
 
Foi neste contexto que ontem, dia 25 de abril, foi apresentado o fruto deste processo expositivo que culminou com a apresentação do Catálogo da Exposição “Porto de Mós e o 25 de Abril: vivências no tempo da Ditadura e da Revolução”.
 
A obra foi apresentada pelo Dr. Kevin Soares, coordenador executivo do projeto. Através da sua apresentação foi possível compreender as motivações da publicação, os critérios escolhidos e os objetivos que a delineiam. A mesma encontra-se organizada por freguesias e, dentro destas, por núcleos que correspondem a acervos pessoais, como fotografias, documentos ou objetos que contam a História de uma época específica, sob o olhar de quem vive ou viveu em Porto de Mós.
 
O Catálogo da Exposição “Porto de Mós e o 25 de Abril: vivências no tempo da Ditadura e da Revolução”, pode ser consultado na Biblioteca Municipal ou adquirido na Câmara Municipal de Porto de Mós.
 
Patrícia Alves

ÚLTIMO MÊS DA EXPOSIÇÃO “CAMINHAR COM SÃO GONÇALO, DE LAGOS A TORRES VEDRAS”

 Caminhar com São Gonçalo, de Lagos a Torres Vedras é a mostra que está patente no Museu Municipal Leonel Trindade, em Torres Vedras. Os retratos, a vida, os milagres e os prodígios de São Gonçalo são alguns dos temas abordados na exposição, que estará patente até ao dia 28 de maio.
Trata-se de uma exposição biográfica e iconográfica que segue os passos de São Gonçalo e percorre as suas memórias no espaço conventual, com destaque para o seu túmulo, as suas relíquias e o altar que lhe foi dedicado.
A mostra, que é um dos elementos centrais das comemorações dos 600 anos da morte de São Gonçalo de Lagos e a sua última atividade, convida a visitar o Convento e a Igreja de Nossa Senhora da Graça.
No âmbito da exposição Caminhar com São Gonçalo, de Lagos a Torres Vedras os visitantes poderão levar para casa um conjunto de materiais para colorir e colar que darão aso a uma moldura alusiva a São Gonçalo de Lagos. Este kit está disponível na receção do Museu Municipal Leonel Trindade.
São Gonçalo de Lagos nasceu por volta de 1360 naquela cidade algarvia, tendo professado na Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho e sido prior do Convento de Nossa Senhora da Graça de Torres Vedras entre 1412 e a data da sua morte, em 1422.
Notabilizado como pregador, pedagogo, iluminador e compositor, tem a si associados dezenas de milagres, que deram origem a um culto popular, centrado, sobretudo, em Lagos e Torres Vedras.
Beatificado em 1778, a memória de São Gonçalo de Lagos é celebrada a 27 de outubro no Patriarcado de Lisboa e na Diocese do Algarve. Por deliberações dos respetivos senados municipais, foi declarado padroeiro e protetor de Torres Vedras, em 1495, e de Lagos, em 1760.

Saúde psicológica dos estudantes do Ensino Superior debatida no Campus do Piaget de Viseu

 O Instituto Piaget, a Universidade Católica de Viseu e o Instituto Politécnico de Viseu juntam-se esta quinta-feira, dia 27 de abril, para debater e programar o apoio à saúde psicológica dos seus alunos. O encontro, a realizar no campus universitário do Instituto Piaget de Viseu, servirá também para apresentar os primeiros resultados do Projeto SPEES – Saúde Psicológica dos Estudantes do Ensino Superior.
Perceber a relação entre os níveis de saúde mental e a satisfação com a vida académica dos estudantes das três instituições do Ensino Superior de Viseu foi o objetivo de um estudo proposto inicialmente pelo Instituto Piaget. O estudo avaliou 540 estudantes das três instituições, a maioria do sexo feminino (78,9%), a frequentarem o 1º ano de licenciatura (54,8%).
Na base da realização do estudo está o facto de a adaptação ao Ensino Superior envolver transformações complexas, sendo o ajustamento à nova realidade um processo natural, que, decorrendo de forma positiva, conduz o estudante a um estado emocional positivo.
 
“Estudantes mais satisfeitos com a vida académica tendem a ser mais resilientes, mais otimistas, envolvendo-se ativamente no processo de aprendizagem e nas atividades extracurriculares, as quais promovem a adaptação à nova realidade”, explica Marisa Marques, psicóloga na Clínica Piaget de Viseu e responsável do SAPE – Serviço de Apoio Psicopedagógico ao Estudante, um serviço vocacionado para apoiar a comunidade académica do universo Piaget.
 
Os resultados a apresentar no encontro de quinta-feira sugerem uma relação positiva forte entre a saúde mental positiva e a satisfação com a vida académica. De acordo com o estudo, 56,9% dos estudantes inquiridos apresentaram níveis altos de flourishing (ou “desabrochar” psicológico), um estado identificado pela psicologia como um funcionamento e bem-estar ótimos em todos os aspetos da vida de um indivíduo.
 
A partir da análise dos resultados obtidos é possível assumir que intervenções desenhadas conjugando o aumento dos níveis de satisfação com a vida académica e a saúde mental positiva poderão ter uma probabilidade de eficácia elevada na promoção da saúde psicológica, prevenindo o abandono escolar e promovendo um melhor desempenho académico de forma a facilitar uma maior competência na idade adulta.
 
Além da apresentação dos resultados do Projeto SPEES, o Encontro programado para o Campus do Instituto Piaget, a partir das 14h, servirá também para partilhar as tendências, desafios e inovações na intervenção nos cuidados psicológicos no Ensino Superior em Portugal e na Europa, bem como para desenhar estratégias e assumir tarefas no domínio da saúde psicológica para as três instituições do Ensino Superior de Viseu.
 
Como sabemos hoje, as alterações e as exigências desencadeadas pela recente pandemia da Covid-19 afetaram a saúde psicológica e o bem-estar geral dos estudantes. Neste contexto, conferenciar sobre o estado da saúde psicológica dos alunos do Ensino Superior é de reconhecida importância, não apenas para se identificar a dimensão dos problemas, mas para se desenharem estratégias de apoio e intervenção preventiva.
 
A avaliação e intervenção focada nos aspetos positivos da Saúde Mental constitui-se como um recurso determinante para a promoção da saúde das pessoas, em detrimento do modelo centrado na doença”, conclui a psicóloga Marisa Marques. 
 
Luís Fonseca

«Palco Jovem - O associativismo das causas» é o lema escolhido pelo IPDJ para comemorar o «Dia do Associativismo Jovem 2023»

Na Direção Regional do Centro - Viseu é o “palco” escolhido para a comemoração do DAJ 2023, no dia 30 de abril.
“Palco Jovem - O associativismo das causas” é o lema escolhido para este ano pelo Instituto Português do Desporto e da Juventude e pela Federação Nacional das Associações Juvenis (FNAJ), para comemorar o DAJ - «Dia do Associativismo Jovem 2023».

Na Região Centro as comemorações serão desenvolvidas nos serviços de Viseu do Instituto Português do Desporto e Juventude, espaço que vai juntar associações e jovens de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu, no dia 30 de abril, a partir das 10h30.

A Direção Regional do Centro do Instituto Português do Desporto e Juventude e o movimento associativo jovem da região, prepararam um programa (em anexo), que visa estimular as pessoas jovens para as causas do associativismo e em que:
  • desporto,
  • cultura.
  • tradição,
  • ambiente
  • sustentabilidade
  • e, também, a festa estarão em destaque.
O dia 30 de abril, é uma data particularmente relevante para o setor da juventude, em que se assinala a criação do Fundo de Apoio aos Organismos Juvenis (FAOJ) através do Decreto-Lei nº191/74, que teve como propósito promover a capacitação do movimento associativo.

O «Dia do Associativismo Jovem» assinala-se desde 2004 e visa reforçar a importância do associativismo como escola de cidadania participativa e veículo de aprendizagem social, sublinhar o papel das pessoas jovens na promoção dos valores democráticos, reconhecer e promover a atividade do movimento associativo jovem e estimular nos/nas jovens o gosto pela intervenção cívica e fomentar os valores e competências adquiridas na atividade associativa.

Mais informações no Portal do IPDJ em:

28 de abril | 14h00 às 18h00 | Auditório H1 da ESAC. Agrária de Coimbra promove palestras sobre transformação de carnes

 “Aditivos na Indústria de Transformação de Carnes” e "Seleção das Carcaças de Suínos e o Processo de Transformação de Carnes" são os temas das palestras que a Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Coimbra (ESAC-IPC) acolhe na próxima sexta-feira, dia 28 de abril, no seu Auditório H1, às 14h00 e 16h00, respetivamente.
A palestra “Aditivos na Indústria de Transformação de Carnes” é proferida por Joana Silva e Paulo Silva, da FORMULAB – Aditivos alimentares, Lda. Já o tema "Seleção das Carcaças de Suínos e o Processo de Transformação de Carnes" é tratado por Luís Folhas e João Silva, da INCARPO.
As palestras têm uma duração total de aproximadamente 3h30m, com tempo para perguntas e respostas, e realizam-se no âmbito das unidades curriculares “Oficinas Tecnológicas I – Carnes” da Licenciatura em Tecnologia Alimentar, “Oficinas Tecnológicas de Produtos Animais” do CTeSP em Qualidade Alimentar e “Sanidade Animal e Saúde Pública” do Mestrado em Engenharia Agropecuária.
A participação nas palestras está aberta a todos os interessados.

 Isabel Silva