segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Rota do Românico marca presença na FITUR em Madrid


A Rota do Românico participa na 45.ª edição da FITUR — Feira Internacional de Turismo, em Madrid, Espanha, entre 22 e 26 de janeiro.

Presença regular desde 2014, a Rota do Românico volta a integrar o espaço expositivo do Visit Portugal, localizado no pavilhão 4 do Parque IFEMA.
Durante o fim de semana, o espaço, aberto ao público em geral, contará com um vasto programa de atividades, incluindo degustações gastronómicas, provas de vinhos e apresentações de destinos, como o da Rota do Românico, que será promovido no sábado, 25, às 12h30.

Este ano, tendo o Brasil como país parceiro da organização, a FITUR prevê reunir, nos seus nove pavilhões, 9500 empresas e 884 expositores de 156 nacionalidades.
Em 2024, nos cinco dias, a FITUR registou mais de 250 mil visitantes, entre 153 mil profissionais e 97 mil de público geral.

A FITUR é um evento de referência global no sector do turismo e a feira líder no mercado latino-americano. Um certame ímpar para promover as marcas, lançar novos produtos, conhecer as tendências e aumentar os contactos.

A Rota do Românico reúne, atualmente, 58 monumentos e três centros de interpretação, distribuídos por 12 municípios dos vales do Sousa, Douro e Tâmega (Amarante, Baião, Castelo de Paiva, Celorico de Basto, Cinfães, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Resende), no Norte de Portugal.

As principais áreas de intervenção da Rota do Românico abrangem a investigação científica, a conservação do património, a dinamização cultural, a educação patrimonial e a promoção turística.

*António Coelho
Planeamento e Comunicação

Investigadores portugueses descobrem fóssil raro de planta com 310 milhões de anos

 
Foi descoberta uma nova espécie de uma gimnospérmica primitiva com 310 milhões de anos, nas formações geológicas de Fânzeres, em Gondomar. A investigação, liderada por Pedro Correia, investigador do Centro de Geociências (CGEO) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), em colaboração com Carlos Góis-Marques, paleobotânico da Universidade da Madeira, está publicada no jornal internacional Geological Magazine.
De acordo com Pedro Correia, a descoberta permitiu saber «como estas plantas primitivas evoluíram e se reproduziram durante o Período Carbónico, no final da Era Paleozoica». Este fóssil, denominado Palaeopteridium andrenelii, corresponde a uma nova espécie da extinta ordem Noeggerathiales, um grupo primitivo de plantas vasculares denominadas de progimnospérmicas da divisão Progymnospermophyta.
«É um grupo de plantas ainda pouco compreendido e mal representado no registo fóssil da Península Ibérica, do qual são conhecidas apenas dez espécies noeggerathialeanas, número pode ser reduzido para quase metade se tivermos em conta algumas considerações taxonómicas», explica o investigador.

Palaeopteridium andrenelii é o segundo representante de Noeggerathiales descoberto no Carbónico Português depois do geólogo Carlos Teixeira ter descrito a noeggerathialeana Rhacopteris gomesiana na década de 1940, na Bacia Carbonífera do Douro.
As Noeggerathiales eram, até há pouco tempo, consideradas um grupo de plantas com uma classificação taxonómica incerta que existiu nos Períodos Carbónico e Pérmico, há cerca de 359 a 252 milhões de anos. Descobertas recentes permitiram classificar este grupo primitivo como progimnospérmicas heterosporosas, um grupo-irmão das pteridospérmicas plantas produtoras de sementes que coexistiram com as Noeggerathiales.

Apesar da descoberta recente de espécimes completos encontrados nas formações do Pérmico da China, o grupo ainda permanece altamente artificial, uma vez que os seus órgãos reprodutores raramente são preservados em conexão orgânica com as partes frondosas da planta-mãe.

A nova espécie de progimnospérmica apresenta macroesporângios (estruturas reprodutoras) em associação, um dos quais ainda preserva um gametófito multicelular. «Esta descoberta sugere que as Noeggerathiales possivelmente eram mais diversas do que pensávamos e a sua associação paleontológica a megaesporângios traz um novo conhecimento sobre a evolução destas plantas tão enigmáticas, bem como da sua paleoecologia», evidencia o paleontólogo.

«Estamos perante um achado singular. Fósseis de plantas pertencentes às extintas Noeggerathiales são raros na Europa e América, sobretudo devido aos seus requisitos ecológicos distintos. Isto é, viviam em habitats distintos, e, portanto, geralmente, não fossilizaram juntamente com as típicas plantas do registo fóssil do Carbónico. Além do mais, esta nova espécie reforça o que já se conhecia: o registo paleobotânico do Carbónico português apresenta um alto grau de endemismo de relevância internacional», conclui Carlos Góis-Marques, coautor do artigo científico.

A nova espécie é dedicada a André Nel do Museu Nacional de História Natural de Paris, especialista mundial em paleoentomologia, que tem colaborado com os paleontólogos portugueses no estudo taxonómico de novos fósseis de insetos recentemente descobertos nas Bacias Carboníferas do Douro e do Buçaco.

O artigo científico “Palaeopteridium andrenelii sp. nov., a new noeggerathialean species from the Middle Pennsylvanian of Portugal with new insights on the Noeggerathiales” pode ser consultado aqui.

*Sara Machado
Assessora de Imprensa
Universidade de Coimbra• Faculdade de Ciências e Tecnologia

Portalegre | Três dezenas de dadores de sangue em Avis


O tempo voa, e eis que já estamos num novo ciclo de doze meses. Por imprevistos de última hora, a brigada de sangue prevista para o início do ano, em Nisa, foi alterada. Assim, Avis recebeu a primeira colheita 2025 da Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Portalegre – ADBSP – em estreita colaboração com a Unidade Funcional de Imunohemoterapia da ULSAALE.
30 voluntários – metade de cada sexo – rumaram até ao centro de saúde a fim de disponibilizarem um pouco de si.
Antes da dádiva, e por razões de segurança, quem se inscreve é consultado. E, desta vez, nem todos puderam concretizar o objetivo que tinham traçado para este dia. Mas sempre foram 26 as unidades de sangue total angariadas em Avis.
Quatro dos presentes doaram sangue pela primeira vez na vida, sendo dois de cada sexo. E o Registo Português de Dadores de Medula Óssea passou a contar com mais um assento.
O almoço convívio, degustado no final pelos participantes, teve o apoio da Câmara Municipal de Avis.

Nisa a 01 de fevereiro

O centro de saúde de Castelo de Vide recebe, a 25 de janeiro, mais uma brigada da ADBSP. Depois, a 01 de fevereiro, vai ser a vez do centro de saúde de Nisa ser palco da tal colheita que foi suspensa na primeira semana do ano. Sempre aos sábados de manhã.


*José Rui Marmelo Rabaça