quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

No concelho de Cantanhede. Brigada de aplicação de tapete betuminoso intervenciona ruas em Ançã

 
A Câmara Municipal de Cantanhede intervencionou a Rua do Cemitério, a parte final da Rua 1º de Maio e ainda a travessa entre a Rua São Miguel e a estrada de acesso à Quinta das Rapadas, em Ançã.
As repavimentações foram realizadas por administração direta pela brigada de pavimentação da Divisão de Administração Direta e Apoio às Freguesias, através dos recursos técnicos e humanos desse sector da atividade camarária.

Para esse efeito, a referida brigada dispõe de um vasto conjunto de equipamentos que lhe conferem uma capacidade operacional para executar pavimentações de qualidade em muitos quilómetros de estrada do concelho, sem depender exclusivamente de empresas especializadas para efetuar este tipo de trabalho.
Estas intervenções foram feitas com recurso à nova máquina pavimentadora, que o Município adquiriu no mês de novembro, que permite fazer a pavimentação de forma mais ágil e eficiente.

Recorde-se que, o Orçamento para 2025 vai alocar mais de 5,6 milhões de euros para a requalificação da rede viária do concelho de Cantanhede.

Universidade de Coimbra | Telescópio Espacial James Webb observa objetos na periferia do Sistema Solar para revelar o melhor vislumbre do gelo primordial

 
Com o auxílio do Telescópio Espacial James Webb, uma equipa internacional, da qual faz parte Nuno Peixinho, um investigador da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), observou duas regiões populadas por objetos gelados: na cintura de Kuiper, os denominados objetos transneptunianos (TNOs2) e entre as órbitas de Júpiter e Neptuno, os Centauros.
Nos dois estudos, publicados hoje na conceituada revista Nature Astronomy, as equipas tentaram identificar a química, dinâmica e lugares de nascimento de alguns desses corpos, bem como a transformações que sofrem ao se aproximarem do Sol, informações vitais para melhorar os modelos de formação do nosso Sistema Solar e de outros sistemas planetários.
Nuno Peixinho, comenta: «após mais de 30 anos a estudar estes objetos ricos em gelos na Cintura de Kuiper, verdadeiros ‘fósseis vivos’ da formação do nosso sistema solar, conseguimos finalmente identificar a presença de gelos de água, dióxido de carbono e metanol, e de algumas moléculas orgânicas. Na sua formação, a concentração dos diferentes compostos químicos dependeu essencialmente da distância ao Sol, o que nos permite agora começar a compreender como todos estes objetos se foram misturando pelo Sistema Solar».
Os astrónomos conseguiram identificar várias moléculas que compõem estes fósseis gelados, recorrendo a observações com o Telescópio Espacial James Webb (JWST) na banda do infravermelho, radiação que não consegue atravessar a atmosfera terrestre.

A líder da equipa, Noemi Pinilla-Alonso (University of Central Florida e Instituto de Ciencias y Tecnologías Espaciales de Asturias - ICTEA) acrescenta que «a importância desta descoberta reside no facto de podermos agora afirmar que o fator mais determinante na composição atual da superfície destes corpos é o material disponível no disco pré-solar na altura da formação dos planetesimais, objetos sólidos com um diâmetro superior a um quilómetro. Assim, o estado atual destes objetos transneptunianos está intimamente ligado ao inventário de gelos no nascimento do Sistema Solar, como se fosse uma fotografia congelada desse tempo».

O principal objetivo do projeto era avaliar a proporção relativa de gelo de água, compostos orgânicos complexos, silicatos e gelos muito voláteis (isto é, facilmente evaporáveis) numa grande amostra de TNOs. Esta informação é vital para melhorar os modelos de formação do nosso Sistema Solar e de outros sistemas planetários, sendo igualmente relevante para a nossa compreensão da origem da água e da vida na Terra e, possivelmente, noutros locais do Sistema Solar ou fora dele.

É particularmente importante para estes modelos identificar as linhas de gelo6 destes gases. Por exemplo, no espaço, a água congela mais perto do Sol do que o dióxido de carbono ou o metanol, que por precisarem de temperaturas ainda mais baixas para congelarem, congelam mais longe da nossa estrela.

Devido à migração dos planetas gigantes, que se moveram bastante ao longo da história do Sistema Solar, todos os pequenos corpos ricos em gelos que estes apanharam pelo caminho acabaram por se dispersar e misturar. Ainda nos dias de hoje, as órbitas de muitos TNOs acabam por ser influenciadas pelo planeta Neptuno, cuja gravidade pode catapultá-los para o interior do Sistema Solar. Os TNOs que passaram a ter órbitas entre Júpiter e Neptuno designam-se por Centauros.

Nuno Peixinho explica que neste estudo observaram também «os chamados Centauros, que estão temporariamente entre Júpiter e Neptuno». Devido à influência de Júpiter, a maioria destes Centauros acabam por ser empurrados para órbitas ainda mais próximas do Sol, transformando-se em cometas. Mas enquanto não se aproximam do Sol, «conseguimos identificar que estes possuem menos gelos do que quando estavam na Cintura de Kuiper, o que indica que muitos destes gelos se perdem lentamente, antes destes objetos se tornarem cometas ativos», acrescenta o investigador português.

Nesta investigação a equipa detetou a presença de vários gelos, como água (H2O), dióxido de carbono (CO2), monóxido de carbono (CO), metanol (CH3OH) e outras moléculas ricas em carbono, oxigénio e nitrogénio (azoto), mas em proporções diferentes, levando-os à conclusão de que existem três grupos de TNOs com composições químicas distintas: os “tijela” (bowl), os “cova-dupla” (double-dip) e os “penhasco” (cliff). Os nomes foram atribuídos em função do aspeto que o seu espetro tem numa certa região do infravermelho.

Os resultados deste estudo sugerem que os TNOs de tipo “tijela”, muito ricos em gelo de água, ter-se-iam formado mais perto do Sol do que os de tipo “cova-dupla”, muito mais ricos em dióxido de carbono e até com algum monóxido de carbono, com os de tipo “penhasco”, com pouco gelo de água, mas bastante gelo de metanol, a formar-se ainda mais longe. «Demonstrámos que se pode estudar, quase em tempo real, a complexa transformação da composição química das superfícies destes objetos, ao longo do seu percurso entre a Cintura de Kuiper e o Sistema Solar interior», afirma Nuno Peixinho.

Nuno Peixinho participou na análise, discussão e interpretação dos dados observacionais de espetroscopia de TNOs e Centauros obtidos com o JWST, com particular ênfase na análise estatística, na comparação entre os novos dados de espetroscopia e os resultados já obtidos com fotometria. «Ainda temos muito mais coisas para analisar e já submetemos mais propostas de observação ao James Webb para conseguirmos mais dados e, esperemos, novas descobertas. Estes resultados ajudarão também na questão do papel que tiveram no surgimento de vida na Terra os muitos cometas que nela caíram no passado, trabalho ao qual se dedicam muitos astrobiólogos e ainda sem resposta», conclui o investigador do IA.

O artigo científico “A DiSCo JWST portrait of the primordial Solar System through its trans-Neptunian objects” pode ser consultado aqui.

*Assessora de Imprensa
Universidade de Coimbra• Faculdade de Ciências e Tecnologia

Aveiro | Câmara inaugura nova Escola Básica em Eixo Caixa de entrada Simão Santana (Fotorreportagem)


O novo edifício para o 1.º Ciclo, que resulta de um investimento de dois milhões de euros da Câmara de Aveiro, terá oito salas de aula e assegura o conforto e bem-estar de alunos, pessoal docente e não docente. “Em 2025, temos previsto um investimento superior a 17 milhões de euros no nosso Parque Escolar”, afirma o Presidente Ribau Esteves.
O Presidente da Câmara Municipal de Aveiro (CMA), José Ribau Esteves, inaugurou esta quarta-feira (18 de dezembro) a nova Escola Básica do 1.º Ciclo de Eixo, um investimento da CMA no valor de 2 milhões de euros.

“Prosseguimos com a nossa estratégia e opção política de priorizar a Educação, apostando na requalificação total do Parque Escolar do Município. A escola que hoje inauguramos corresponde ao nível de qualidade de ensino que queremos prestar e está alinhada com o que se espera de um edifício escolar do século XXI. Em 2025, temos previsto um investimento superior a 17 milhões de euros no nosso Parque Escolar. 
Vamos manter a intensidade de trabalho dos últimos anos, com a conclusão das obras de requalificação e ampliação das escolas básicas das Barrocas, dos Areais e do Solposto e com o início das obras das escolas da Alumieira, Leirinhas, Sarrazola e Oliveirinha, além do Jardim de Infância de Eixo”, explica o Presidente Ribau Esteves.
A nova Escola Básica do 1.º Ciclo de Eixo é composta por oito salas de aula e destaca-se pela eficiência energética, o que irá assegurar o conforto e bem-estar de alunos, pessoal docente e não docente.
Localizada no perímetro da Escola Básica de 2.º e 3.º Ciclo, entre o edifício da EB 2,3 e o Pavilhão Gimnodesportivo, este novo edifício foi implementado na área onde existia o recinto polidesportivo. A obra permitiu a criação de uma entrada única para todo o recinto escolar, de espaços cobertos adjacentes à envolvente exterior da nova escola e de novas áreas pavimentadas e áreas verdes.
No local onde estava a antiga escola do 1.º Ciclo, que foi integralmente demolida, encontra-se agora um polidesportivo novo, com todas as condições de segurança e de qualidade para a prática desportiva e de lazer das crianças e jovens.





*Simão Santana
Adjunto do Presidente da Câmara Municipal de Aveiro

Boas Festas. Obrigada por fazer parte desta história: APCMC 70 ANOS!

Nota: A Associação Materiais de Construção informa as empresas associadas e todos os interessados que os seus serviços estarão encerrados nos próximos dias 24 e 31 de dezembro.