sábado, 11 de julho de 2020

AVISO À POPULAÇÃO: PERIGO DE INCÊNDIO RURAL – MEDIDAS PREVENTIVAS

Perigo de incêndio rural no Alentejo - Rádio Campanário
1. SITUAÇÃO
De acordo com a informação disponibilizada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê-se a partir da tarde de hoje (11JUL) e o dia de amanhã (12JUL) um agravamento da instabilidade atmosférica, apresentando condições de instabilidade em todo o Portugal Continental, com exceção do Algarve, com maior probabilidade nas regiões do interior Norte e Centro e Alto Alentejo, com possibilidade de ocorrência de aguaceiros e trovoada seca.

 2. EFEITOS EXPECTÁVEIS

Considerando a previsão meteorológica, espera-se um aumento das condições favoráveis à eventual ocorrência e propagação de incêndios rurais em especial nas regiões do Sul e do interior centro e norte 

3. MEDIDAS PREVENTIVAS 
A Autoridade Nacional de Emergência de Proteção Civil recorda que durante o PERÍODO CRÍTICO (01 de julho a 30 setembro) é:

PROIBIDO fazer Queimadas Extensivas SEM AUTORIZAÇÃO. Informe-se na sua câmara municipal ou pelo 808 200 520.

PROIBIDO fazer Queima de Amontoados SEM AUTORIZAÇÃO. Informe-se na sua câmara municipal ou pelo 808 200 520.

PROIBIDO utilizar fogareiros e grelhadores em todo o espaço rural salvo se, usados fora das zonas críticas e nos locais devidamente autorizados, para o efeito.

PROIBIDO fumar ou fazer qualquer tipo de lume nos espaços florestais.

PROIBIDO lançar balões de mecha acesa e foguetes. O uso de fogo-de-artifício só é permitido com autorização da câmara municipal.

PROIBIDO fumigar ou desinfestar apiários exceto se os fumigadores tiverem dispositivos de retenção de faúlhas

PROIBIDO usar motorroçadoras (exceto se possuírem fio de nylon), corta-matos e destroçadores nos dias de Risco Máximo. Evite o uso de grades de discos.

OBRIGATÓRIO usar dispositivos de retenção de faíscas e de tapa-chamas nos tubos de escape e chaminés das máquinas de combustão interna e externa nos veículos de transporte pesados e 1 ou 2 extintores de 6 Kg, consoante o peso máximo seja inferior ou superior a 10 toneladas.

Acompanhe a evolução do perigo de incêndio para os próximos dias, disponível nos sítios da internet da ANEPC, do IPMA e do ICNF, ou junto dos Serviços Municipais de Proteção Civil e dos Corpos de Bombeiros.



Incêndios: PCP ataca “anúncios” e “propaganda” do Governo e pede mais meios

O PCP atacou hoje os “anúncios” e a “propaganda” do Governo socialista sobre o combate aos incêndios florestais, responsabilizando-o pelos problemas que “se mantêm, quando não se agravaram” e pediu mais meios.
“Depois de tantos anúncios e tanta propaganda, os problemas mantêm-se, quando não se agravaram. Este é o tempo de atuar em meios de prevenção e vigilância que assegurem respostas imediatas”, afirmou João Frazão, membro da comissão política do PCP, numa declaração através das redes sociais.
Este é o tempo de defender “os pequenos e médios produtores florestais, cumprindo a Lei de Bases da Floresta e a Lei da Defesa da Floresta contra Incêndios, assumindo uma outra política”, dado que a os incêndios ameaçam as suas explorações, defendeu o dirigente comunista.
Após os grandes incêndios de 2003 e 2005 e de junho e Outubro de 2017, no centro do país, em que morreram mais de 100 pessoas, o PCP considerou que o país está “nas mesmas condições” dos anteriores, apesar da “fúria legislativa” deste e de outros executivos.
Para os comunistas, nessa altura como hoje, “o que faltava não eram leis, mas sim cumprir a Estratégia Florestal Nacional, a Lei de Bases da Floresta, a Lei do Sistema de Defesa da Floresta contra Incêndios, as orientações definidas no Inventário Florestal Nacional”.
“Alertámos que o que era necessário não eram mais regras e burocracias, mas sim meios humanos, materiais e financeiros”, sublinhou João Frazão, que criticou PSD e CDS por cortaram “150 milhões de euros em investimentos na floresta e favorecendo a concretização do esbulho das terras aos pequenos proprietários com o objetivo de as entregar e concentrar em grandes grupos económicos ou fundos de investimento”.
Sobre as “respostas imediatas” a dar, os comunistas vão fazer, em 17 de Julho, uma audição pública com estruturas do Governo.
Desde 1 de Julho que os meios de combate aos incêndios florestais foram reforçados, passando o dispositivo a estar na sua capacidade máxima, sendo o grande desafio conciliar esta época mais crítica em fogos com a resposta à pandemia de covid-19.
Até ao fim de setembro vão estar operacionais 11.825 operacionais, 2.746 equipas, 2.654 veículos e 60 meios aéreos, um aumento de 3% face a 2019.
Lusa

Comunicado | Movimento Juntos pelo Rossio: Processo Classificação do Jardim do Rossio


O Movimento Juntos pelo Rossio – Associação cívica, vem por este meio informar que o requerimento entregue ao Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) para a Classificação de Interesse Público do conjunto arbóreo do Jardim do Rossio passou a uma nova fase, com o pedido de elementos adicionais para um eventual classificação da parte de essa instituição.
O Movimento estranha ainda o atraso na comunicação do resultado do concurso público internacional do projeto de requalificação do rossio e ponte de praça e as verdadeiras razões pelas quais o projeto terá encontrado “percalços” conforme divulgado pelo edil Aveirense.

O Movimento Juntos pelo Rossio confirma que o Executivo Municipal, liderado por José Ribau Esteves, mentiu deliberadamente, e mais uma vez aos seus munícipes, alegando na nota de imprensa de 21 de Novembro de 2019 (https://www.noticiasdeaveiro.pt/aveiro-pareceres-confirmam-legalidade-e-qualidade-do-projeto-para-o-rossio-camara/ ) o indeferimento do Requerimento entregue ao ICNF para a classificação de Interesse Público do conjunto arbóreo do Jardim do Rossio, quando o mesmo estava, e ainda está, em fase de recolha de elementos adicionais.
Imagem: Litoral Centro - Comunicação e Imagem
Na sequência da informação deliberadamente falsa por parte do Executivo Camarário Aveirense de indeferimento relativo ao requerimento posto junto ao ICNF, e desmentida em vários momentos pelo Movimento Juntos pelo Rossio, vimos informar que no final do mês passado chegou uma notificação por parte do ICNF a solicitar ao Movimento mais informação relativamente aos 25 plátanos e as 4 palmeiras das canárias que estão, ao momento, a ser objeto de nova apreciação quanto à sua classificação como arvoredo de interesse público, tendo por base os critérios de classificação de interesse público como o facto das plátanos ultrapassarem os 100 anos de idade e, no caso das palmeiras-das-canárias, também do porte. O ICNF solicita neste ofício que o Movimento Junto pelo Rossio proceda ao estudo fitossanitário das Palmeiras atrás mencionadas assim como a um estudo dendrocronológico (estudo da idade através da contagem de anéis dos troncos) num prazo de 30 dias. O nosso movimento informa que esses estudos já estão a ser realizados por entidades públicas competentes e os subsequentes resultados serão divulgados mal sejam conhecidos.

Desde Novembro de 2019 que o Juntos pelo Rossio tem vindo a solicitar a divulgação pública de todos os pareceres que sustentam a decisão camarária, sendo que até ao momento isso não aconteceu. Mantemos os argumentos invocados aquando da apresentação do requerimento de classificação das árvores do Jardim do Rossio, o processo encontra-se em fase de audiência prévia com os prazos definidos por lei.

O Movimento Juntos pelo Rossio não deixa ainda de achar inusitado que, após uma prorrogação de 22 dias adicionais ao prazo inicial, não exista nenhuma resposta pública e oficiosa do resultado do concurso público internacional da requalificação do Jardim do Rossio e Ponte de Praça que terminou no dia 20 de Janeiro.
Mais de 5 meses depois do concurso ter terminado, a “obra de requalificação do Rossio e Ponte Praça, que é essencial e urgente” ainda não tem qualquer resposta, pondo uma vez mais a “transparência e verdade absoluta” - https://www.cm-aveiro.pt/visitantes/estacao-nautica/noticia/rossio-transparencia-e-verdade-absoluta - dentro da gaveta

Relembramos que a ideia de Requalificação do Rossio e Ponte de Praça teve várias fases orçamentais:
  • Nasce em Maio de 2017 com uma dotação financeira de cerca de 1,7 milhões de euros,
  • Em 2018 já passou para uma dotação financeira de cerca de 5 milhões de euros sem qualquer investimento público Camarário (com a palavra de honra por parte do Presidente Ribau Esteves de que se passasse este valor, o projeto não avançava),
  • No final de 2019 passou para quase o dobro desse valor (9,8 milhões de euros) com um investimento público superior a 6 milhões de euros e ainda com uma “oferta” da concessão do parque de estacionamento do Mercado Firmino incluída.

Para quem passa grande parte do tempo a publicitar as contas certas e rigor financeiro das contas, esta derrapagem orçamental de mais de 550% de um projeto que ainda nem passou do papel, tem um significado, descrédito e desconsideração total pelo dinheiro dos Aveirenses.



CANDIDATURA DA COVILHÃ A CIDADE CRIATIVA DA UNESCO JÁ TEM ESTRUTURA, SITE E LOGO


Ontem, dia 10 de julho, o Miradouro das Portas do Sol foi o local escolhido para ter lugar a conferência com o tema “O Design e as Artes na estratégia de desenvolvimento territorial”, proferida por Francisco Paiva, professor do Departamento de Artes da Universidade da Beira Interior (UBI). Esta conferência realizou-se no âmbito da candidatura da Covilhã a Cidade Criativa da UNESCO, na vertente de Design, e marca o início de uma série de conferências e atividades onde temáticas ligadas à Inovação, à Sustentabilidade e ao Design serão exploradas e debatidas. 

A ocasião foi ainda aproveitada para a apresentação do site e do logo oficial da candidatura, bem como da estrutura que irá contribuir para a inclusão da Covilhã na rede de Cidades Criativas da UNESCO. Assim, foram revelados os integrantes: da Comissão de Honra, presidida pelo Reitor da UBI, António Fidalgo, reunindo personalidades e instituições ligadas à Beira Interior e à região centro como a CCDRC - Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro ou o Turismo do Centro; da Comissão Interna ou Direção, presidida por Vítor Pereira, Presidente da Câmara Municipal da Covilhã; da Comissão Executiva, da qual Francisco Paiva é o Diretor Executivo; do Conselho Consultivo, integrado por personalidades ligadas aos eixos fundamentais da candidatura (história local, estratégia e desenvolvimento, artes/design ligadas à lã e aos tecidos). 

Foram também apresentados os parceiros empresariais e institucionais, desde empresas ligadas aos têxteis, todas as escolas da rede pública e privada do concelho e ainda associações culturais da cidade. Há ainda entidades associadas à candidatura, como todas as outras associações culturais do concelho e as juntas de freguesia, no sentido de envolver todo o território nesta estratégia. 

A estrutura da candidatura “estará sempre em desenvolvimento e aberta a todos os contributos”, afirmou Regina Gouveia, Vereadora com o pelouro da Cultura na Câmara Municipal da Covilhã. 

“Demos hoje mais um passo importante na preparação da candidatura da Covilhã a Cidade Criativa da UNESCO, na vertente Design sustentável. Devido à pandemia, adiámos eventos, mas não parámos. Temos vindo a desenvolver projetos e a partir de hoje queremos tornar a candidatura mais visível e tangível à comunidade”, afirmou Regina Gouveia. 

Para a Vereadora, “a conferência hoje realizada tornou mais claro um dos pressupostos básicos da candidatura que é o de pensarmos sobre como desenvolver o nosso território e tornar a Covilhã mais competitiva numa área (o design) que se relaciona com a sua história, desde o tempo em que era conhecida como a “Manchester portuguesa”.

MAR CONSERVADOR


  • Péricles Capanema
Dias atrás o jornalista Alexandre Garcia abriu debate interessante, mesmo que involuntariamente. Negou que haja onda conservadora no Brasil. Segundo ele, o que existe e sempre existiu é um mar conservador tranquilo, sem ondas. São palavras suas: “Eu diria que não há uma onda conservadora, o que sempre houve foi um mar conservador, sem ondas, que estava encurralado pelos meios políticos de informação. Houve também um domínio, nos últimos anos, dos chamados progressistas que deixou os conservadores encolhidos e temerosos”.
Mar sem ondas, mar conservador encurralado. Explicou melhor o pensamento: “Desde as escolas são postos na cabeça [das pessoas], que um lado é bom e que o outro lado não é bom. Houve uma censura que se cristalizou no chamado politicamente correto, que foi uma forma de censura e uma forma de totalitarismo — que é a censura do pensamento — porque as pessoas devem pensar conforme o padrão do politicamente correto”.
O politicamente correto, cristalização de censura generalizada, a conhecida patrulha ideológica, observa com objetividade Alexandre Garcia, é um totalitarismo no âmbito do pensamento. É totalitarismo generalizado no Brasil, que deixou os conservadores “encolhidos e temerosos”.
O jornalista atribui às redes papel libertador do pensamento conservador: “Agora surgiu a libertação e as pessoas descobriram as redes sociais. Elas viram que ali poderiam ter voz, que ali teriam uma chance, que se expandiu e aí formou a onda. Pelas redes sociais estamos livres para falarmos o que quisermos sem sermos tolhidos pela censura do politicamente correto […], e essa liberdade conduziu a um resultado eleitoral em outubro de 2018”.
Aqui, Garcia matiza o pensamento; nas redes, à vera, ele observa ondas. Encrespadas, acrescento. E contra elas se armou a patrulha, em especial nos meios de divulgação. Continua ele: “Quando passaram a perceber que teria dois lados, começaram a gritar que ‘polarizou, polarizou, polarizou’ e chegaram a chamar o outro lado de radical e até de extremista, com medo da dialética e de ter um segundo pensamento que acabaria com a monocracia”. Governo de um, monocracia, aqui tem o sentido de imposição de pensamento único, uma espécie de “1984”. Lembra deveras Georges Orwell, são espécies dos gêneros “novilíngua” e “polícia do pensamento”, denunciadas pelo jornalista inglês.
Em resumo, existe no Brasil e vem de longe um oceano conservador pacato; de momento temos ainda ondas conservadoras encrespadas. Visto mais de perto, o oceano conservador é imenso, retorna logo à calmaria, depois das borrascas e tormentas; mais, gosta dela e para ela retorna, logo que possível. Público de hábitos simples, com escassas possibilidades de se fazer representar na vida pública, tem o olhar posto na família, bem como está desabituado a considerar longamente interesses além do círculo doméstico. Preza a honestidade, a discrição, a palavra dada. Seu maior entretenimento é o convívio, em especial no interior da família. Temperante por atavismos, desagradam-no incontinências, desmandos, linguagem chula, palavrões, insolências, agressões destemperadas. Desconfia de perspectivas e planos mirabolantes. Tem, a bem dizer, nenhuma presença na vida pública, não é visto nos meios de divulgação, não chama atenção na economia. Quanto representa do total da população? Não sei, bem pode ser mais que a metade. Entre o mar tranquilo e as vagas crispadas, o mais importante é o oceano sereno, ainda que, as segundas apareçam mais, o primeiro seja quase nunca visto.
O Brasil mar tranquilo se vê representado no Brasil ondas encrespadas? O tom agrada? O conteúdo convida à adesão? A postura tranquiliza? Não, o Brasil divisado acima ainda se sente órfão — pelo menos em larga medida. Ou, quase sempre, como é a sensação do público, estamos em presença de contrafações.
E os votos? No dia da votação, o eleitor não escolhe a comida preferida, é obrigado a escolher entre pratos que lhe são apresentados. E existem as fraudes, os truques publicitários, em geral desvelados depois que se fecham as urnas e começa o ramerrão do governo ou as sessões legislativas. Em resumo, continua ainda enorme orfandade pairando como sombra melancólica sobre todo o Brasil.
Há mais. A representatividade aqui precisaria se manifestar antes em âmbitos socais e só depois se tornar política e eleitoral. Seriam necessárias figuras de destaque na família, nas escolas, no mundo do trabalho, que patenteassem nas ideias e comportamento o que a metáfora do mar tranquilo procura dizer — serenidade, decência, compostura. Enfim, tipos humanos que as representassem autenticamente. E em etapa complementar, não sempre necessariamente cronológica, caminhassem para ter relevância eleitoral e política.
Viro a página. Corria 1982, coligação com tintura esquerdista havia ganho eleições no Brasil, na ocasião governado pelo general João Baptista Figueiredo. Comentou o fato o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em artigo na imprensa diária, de onde retiro um trecho (“Folha de S. Paulo”, 14-12-1982): “Contento-me […] em destacar delas [as eleições] um ponto em torno do qual, a meu ver, tudo gira. É ele de índole muito mais temperamental do que ideológica, como, aliás, corresponde ao feitio de nosso povo. [….] O brasileiro é cordato, e só gosta de assistir discussões e brigas quando não são ‘para valer’ mesmo. Aí elas o encantam. É a hora da torcida, do fuxico, da fofoca”.
Plinio Corrêa de Oliveira tratou das possibilidades da esquerda e, a seguir, analisou também as perspectivas para o centro e a direita, que são os setores dominantes na faixa do público colhida pela metáfora do mar tranquilo: “O centro e a direita só continuarão a representar um papel marcante na vida brasileira se souberem adaptar-se a tal”. Adaptar-se ao fato de que o Brasil privilegia pacatez, decência, compostura. Do contrário, com o tempo, o mar irá secando, pode virar lagoa.
Ele continua no mesmo diapasão: “O Brasil de hoje quer absolutamente pacatez. Se a esquerda vitoriosa não souber oferecê-la, esvanecer-se-á. Se o centro e a direita não souberem conduzir sua luta num clima de pacatez, terá chegado a vez deles se esvanecerem”.
E olha para o futuro: “Quem ganhará: a direita? o centro? a esquerda? — Quem conhecer as verdadeiras fibras da alma brasileira e souber entrar em diálogo pacato com essas fibras. Seja governo, seja oposição, pouco importa. A influência será de quem saiba fazer isto”.
Concluiu: “A hora [é] para as discussões arejadas, polidas, lógicas e inteligentes. Os pacatos toleram tudo, exceto que se lhes perturbe a pacatez”.
O futuro chegou, pelo menos um futuro chegou. Fundamentalmente, o temperamento público do Brasil de 1982 é o mesmo do agora existente em 2020. Morrerão na praia as ondas encrespadas se deixarem perceber, mesmo ao lado de valores estadeados, ligadas às melhores raízes do Brasil, destampatórios chulos, insolências, primarismo, falta de compostura, agressões destemperadas de fundamentação convincente, ausência de decência. Delas continuará distante o mar tranquilo. O público conservador continuará (ou voltará a ser) encolhido e temeroso; o mar irá virando lagoa.
Uma nota final. Pelo que me lembro, ninguém havia realçado antes a importância da pacatez na vida e política brasileira; fator essencial. Comentário precioso, não o deixemos rolar pela sarjeta.
ABIM

Aprovadas contas municipais com saldo positivo

O Relatório de Gestão e Prestação de Contas de 2019 do município foi aprovado por maioria, com a abstenção da bancada do Partido Social Democrata, na sessão da Assembleia Municipal de 26 de junho, após aprovação por maioria, também com a abstenção da oposição, pela Câmara Municipal a 17 de junho. 

A rigorosa e transparente gestão autárquica teve um saldo positivo de 1.687.108,59€, com um aumento da receita na ordem dos 3%, tendo o ano 2019 sido o melhor dos últimos cinco anos em termos de investimento municipal, próximo dos três milhões de euros, evidenciado nas obras em todo o concelho e no dinamismo cultural e desportivo. 

Em termos de execução orçamental das Atividades Mais Relevantes e do Plano Plurianual de Investimentos, verificou-se uma poupança corrente e a libertação de recursos para investimento no montante de 1.860.170,28€, atingindo-se uma taxa de realização de 83.69% e uma taxa de pagamentos sobre o realizado de 99,13%. A dívida total do município diminuiu relativamente aos dois anos transatos em 2.313.203.88€, cifrando-se, a 31 de dezembro de 2019, em 4.340.741,34€. 

Os resultados apresentados traduzem equilíbrio e rigor orçamental, considerando a diminuição do IMI e da Derrama operada em 2018 para alívio fiscal para as famílias e empresas, que se traduziu no decréscimo de receita do município; e o aumento das transferências para as juntas de freguesia, mais 61.789,28€ do que em 2017, e para as associações, em mais 10.100€ do que em período homólogo. 

A situação económica e financeira da autarquia assegura confiança no futuro, com investimentos avultados na realização dos grandes projetos do PT2020, particularmente a ampliação do Parque Empresarial do Camporês, que representa um esforço financeiro do município que ronda os oitocentos mil euros.

IPCA | integra Universidade Europeia RUN-EU

O Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) é uma das sete instituições portuguesas que fazem parte dos 24 consórcios aprovados pela Comissão Europeia como Universidades Europeias.

As Universidades Europeias são alianças transnacionais de instituições de ensino superior de toda a União Europeia que se unem em benefício dos estudantes, da comunidade académica e das sociedades. As Universidades Europeias são dotadas de apoio financeiro, no âmbito dos Programas Erasmus+ e Horizonte 2020. Trata-se de uma iniciativa que reforça a qualidade, a inclusão, a digitalização e a atratividade do ensino superior europeu.

A Aliança Inter-Regional de Universidades (RUN-EU) visa a concretização de programas formativos que contemplem a promoção de competências futuras e avançadas para a transformação social nas regiões da União Europeia. As Instituições de Ensino Superior irão desenvolver conjuntamente um leque diversificado de ações de ensino e aprendizagem, disponibilizando aos estudantes diferentes programas internacionais (curta duração e e-learning), sendo igualmente implementados projetos de cooperação internacional no âmbito da investigação e desenvolvimento. No futuro, os estudantes terão ainda a oportunidade de obter duplas/múltiplas titulações europeias, no âmbito de programas conjuntos de formação.

A RUN-EU terá ainda como missão a promoção do desenvolvimento económico, social, cultural e sustentável das regiões abrangidas pela rede, fornecendo as competências necessárias para que estudantes, investigadores e agentes regionais possam enfrentar com sucesso os desafios do futuro. Este novo consórcio pretende ser um agente ativo na transformação social das regiões, promovendo a cidadania ativa e liderando a criação de uma nova aliança inter-regional multinacional (Zona Europeia de Desenvolvimento Inter-regional).

A presidente do IPCA, Maria José Fernandes, enaltece o esforço de todos os envolvidos neste processo e refere que “este resultado posiciona o IPCA num patamar privilegiado, capacitando-nos para dar uma resposta ainda mais adequada e inovadora aos inúmeros desafios impostos pela agenda de modernização e internacionalização do ensino superior europeu”.

Balanço 2ª Convocatória das Universidades Europeias
A RUN-EU é uma das 24 Universidades Europeias selecionadas entre 62 candidaturas. Participam 165 instituições de ensino superior (IES) de 26 Estados-Membros e de outros países participantes no programa Erasmus+.

Portugal está representado por 7 instituições de ensino superior: Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), Instituto Politécnico de Leiria (IPL), Instituto Politécnico do Porto (IPP), Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), Universidade da Beira Interior (UBI), Universidade de Coimbra (UC) e a Universidade Lusófona.

Dois dos Consórcios são coordenados por IES portuguesas: IPL e IPP.

Os projetos agora aprovados juntam-se às 17 Universidades Europeias selecionadas na primeira convocatória.

Mais Informações sobre a RUN-EU
Sob a coordenação do Instituto Politécnico de Leiria, a RUN-EU envolve as seguintes instituições parceiras, para além do IPCA: Limerick Institute of Technology (Irlanda), Athlone Institute of Technology (Irlanda), Széchenyi István University (SZE) (Hungria), Häme University of Applied Sciences HAMK (Finlândia), NHL Stenden University of Applied Sciences (Holanda), e FH Vorarlberg University of Applied Sciences (Áustria). Para a prossecução dos seus objetivos, a aliança contará, ainda, com a colaboração da CCDR-n, da InvestBraga e do INL, como parceiros associados da região Norte de Portugal.

Viseu | A Associação “Leões da Beira” assinala este domingo, dia 12 de julho, o seu 50º aniversário.

Associação “Leões da Beira”, em Rio de Loba, assinala 50º ...
Pelas 15 horas, na sede do Clube, na Quinta de Dentro, em Rio de Loba, terá lugar uma cerimónia simbólica de atribuição da medalha de mérito desportivo à Associação, seguida de uma homenagem aos antigos Presidentes, num momento que contará com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Viseu, António Almeida Henriques, do Vereador com o pelouro das Freguesias, João Paulo Gouveia, da Vereadora com o pelouro do Desporto, Ermelinda Afonso, do Secretário de Estado do Desporto e da Juventude, João Paulo Rebelo e demais representantes da Associação.

Formalmente constituída em 1970, a Associação “Leões da Beira” desenvolve a sua atividade em várias componentes. Na área cultural, através do seu Grupo Folclórico, com uma participação ativa em vários encontros e festivais de folclore, para além da organização do seu próprio Festival; e, mais recentemente, com a participação no Desfile e Concurso das Marchas Populares do ano 2019, no qual foi premiada. Na vertente desportiva, tem liderado a organização do “Trail da Loba”, em parceria com a Junta de Freguesia local, que conta já com três edições e se tem revelado uma iniciativa de forte adesão (em janeiro de 2020 contabilizou 700 participantes). É ainda intenção da Associação retomar a participação nas competições de futebol distrital, com uma equipa de juvenis.  

Este fim de semana, Museu do Linho de Várzea de Calde promove “Rota do Milho”

O Museu do Linho de Várzea de Calde, em parceria com a Junta de Freguesia, a Associação Cultural e Recreativa e a comunidade local, promovem este fim de semana, dias 11 e 12 de julho, a iniciativa “Rota do Milho”.

Domingo, dia 12, pelas 15 horas, participa desta ação o Vereador da Cultura e Património, Jorge Sobrado. O percurso terá início no Museu Municipal.

A par da arte milenar do linho, desta vez, o Museu Municipal desafia as famílias à descoberta de outras tradições que permanecem vivas na pequena aldeia de Calde, ao promover a “Rota do Milho”. A experiência inclui a passagem por vários locais ligados ao património e à cultura popular, como é o caso do campo de milho, em Linhar da Fonte, as eiras, em Nossa Senhora de Lurdes, o Moinho da “Borralheira de Cima” ou o Largo de São Francisco, possibilitando o contacto in loco com algumas tarefas deste ciclo, como o malhar, estender e moer do milho, terminando com o fabrico e cozedura das famosas bolas à moda antiga.

13 de julho | 11H30

Instituto de Formação Aeronáutica realiza voo inaugural do curso de “Piloto de Linha Aérea”, em Viseu

Centro de formação instalado no Aeródromo Municipal inicia esta segunda-feira a fase prática do curso

Os alunos do curso de “Piloto de Linha Aérea”, do Centro de Formação do Instituto de Formação Aeronáutica (IFA), radicado no Aeródromo Municipal, iniciam esta segunda-feira, dia 13 de julho, a fase prática, de voo, depois de um período de aprendizagem técnica, que arrancou no passado mês de setembro.

O assinalar desta meta importante será pelas 11H30, nas instalações do IFA, numa cerimónia que contará com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Viseu, António Almeida Henriques, do Vereador com a responsabilidade do Aeródromo Municipal, João Paulo Gouveia, do CEO do Grupo IFA, José Madeira, assim como de alunos e demais representantes do Grupo. 

Recorde-se que, em junho de 2019, o Município de Viseu e o Instituto de Formação Aeronáutica formalizavam a parceria para a instalação de um Centro de Formação no Aeródromo Municipal, concretizando assim um passo estratégico na qualificação e projeção desta infraestrutura, que provou já ser uma âncora para a cidade-região, nomeadamente na captação de investimento.

Detidos por tráfico de estupefacientes em Ançã

O Comando Territorial de Coimbra, através do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Coimbra, e do NIC de Montemor, deteve dois homens de 47 e 36 anos, e uma mulher de 58 anos, pelo crime de tráfico de estupefacientes e posse ilegal de arma, na localidade de Lamarosa, Ançã.
No âmbito de uma investigação por tráfico de estupefacientes, que decorreu durante um mês, onde foi possível apurar que os suspeitos adquiriam o produto estupefaciente, cocaína e heroína, na zona do Porto, para a comercializar em Coimbra. Assim foi dado cumprimento a três mandados de busca, a duas residências e a um veículo, que culminou na apreensão do seguinte:
  • 45 doses de cocaína;
  • 14 doses de heroína;
  • Uma arma de fogo;
  • Um spray de Gás Pimenta;
  • 14 munições;
  • Um veículo;
  • Quatro telemóveis;
  • Dois tablet.
Os detidos, com antecedentes criminais pelo mesmo tipo de crime, foram constituídos arguidos e os factos remetidos ao Tribunal Judicial de Coimbra.

Chegadas de Portugal ao Reino Unido sem controlos cria confusão sobre quarentena

Portugal foi excluído dos "corredores de viagem" estabelecidos pelo Reino Unido com dezenas de países para dispensar de quarentena turistas britânicos no regresso de férias, mas passageiros com origem em Portugal estão a passar sem controlo nos aeroportos londrinos.
O português João Faneca disse à agência Lusa ter ficado surpreendido quando chegou com a família do Porto ao aeroporto de Luton, em Londres, esta semana e passou sem lhe pedirem para preencher qualquer formulário ou fornecer dados pessoais.
"Estava na fila de espera para o controlo de passaportes e vi toda a gente passar normalmente. Quando chegou a nossa vez, mostrámos os nossos documentos, mas não nos perguntaram de onde vínhamos e não tivemos de preencher nada", relatou.
A situação aconteceu a outros emigrantes portugueses em pelo menos mais um aeroporto londrino, de Stanstead, adiantaram à Lusa outras fontes.
O conselheiro das Comunidades Portuguesas, António Cunha, disse ter conhecimento de pelo menos mais três pessoas que regressaram de Portugal sem lhes terem pedido qualquer papel ou contacto, criando confusão.
"Não lhes perguntaram nada, não pediram papéis nem contactos, por isso não estão a fazer quarentena", adiantou.
Atualmente, todas as pessoas que chegam ao Reino Unido de avião, barco ou comboio, incluindo cidadãos britânicos, devem fornecer um endereço onde se vão autoisolar durante 14 dias, podendo ser multados em 100 libras (110 euros) por não preencherem um formulário com esses detalhes.
A partir de hoje, 75 países e territórios, como Itália, Grécia, França e Alemanha estão isentos desta medida, mas Portugal foi excluído da lista devido a um aumento nas últimas semanas do número de casos de infeção com covid-19, sobretudo na área de Lisboa.
Para os passageiros que chegam de Portugal e outros países considerados de risco elevado é obrigatório o preenchimento de um formulário até 48 horas antes de chegar ao Reino Unido, que precisa de ser mostrado à chegada à fronteira, no aeroporto, seja impresso em papel ou no telemóvel.
As autoridades podem contactar por telefone ou visitar o local indicado pelos passageiros onde seria cumprida a quarentena para confirmar se estão a cumprir as regras, sendo as infrações puníveis com uma multa de até mil libras (1.100 euros), mas não há informação de alguma vez ter sido aplicada.
João Faneca disse à Lusa que um compatriota que também não tinha preenchido formulário foi visitado inesperadamente pela polícia em casa para confirmar que estava em isolamento e a Lusa sabe de outros casos de pessoas que tiveram de mostrar o formulário à chegada a Londres.
O Conselheiro das Comunidades, António Cunha, adianta que a questão da quarentena está a confundir muitas pessoas e fez muitos portugueses cancelarem os planos de férias no país de origem.
"A maioria mudou de ideias e fica cá [no Reino Unido], sobretudo aqueles que estavam a pensar ir de avião porque não sabem se têm de ficar de quarentena no regresso. Os que vão de carro mantêm as viagens porque, como vão passar por Espanha, esperam não ter de ficar em isolamento", adiantou.
Porém, esta opção não é garantida porque as regras estipulam que mesmo aqueles que chegarem de um país da lista dos "corredores de viagem", mas tiverem visitado um país não isento como Portugal, mesmo de passagem, estão sujeitos a quarentena.
Lusa

Incidente parlamentar na aprovação do voto de pesar pela morte de toureiro

Texto de pesar pela morte de Mário Coelho foi aprovado em sessão plenária esta manhã, com a abstenção do BE, da deputada não inscrita Cristina Rodrigues (ex-PAN) e com os votos contra do PAN, que considerou inaceitável "enaltecer a cultura da morte e a cultura do sangue".
O Parlamento aprovou esta sexta-feira um voto de pesar pela morte do antigo matador de touros Mário Coelho, com a oposição do PAN, que considerou "inaceitável" a homenagem prestada ao toureiro.
O texto, apresentado pelo PS, PSD, CDS-PP e Chega, foi aprovado em sessão plenária esta manhã, com a abstenção do BE e da deputada não inscrita Cristina Rodrigues (ex-PAN) e com os votos contra do PAN, que considerou "inaceitável" enaltecer "a cultura da morte e a cultura do sangue".
A nota de pesar apresentada lembra Mário Coelho como um "conceituado toureiro, nome grande da tauromaquia e um dos grandes embaixadores culturais de Portugal no estrangeiro".
De acordo com a nota, o antigo matador de touros alcançou prestígio internacional como bandarilheiro, nas décadas de 50 e 60 do século XX, tendo conquistado o estatuto de "Melhor Bandarilheiro do Mundo".
"Até morrer, Mário Coelho nunca deixou de colaborar com ganadarias e de promover e participar em colóquios e outras atividades culturais. Mário Coelho disse, recentemente, que gostaria de ser recordado como "um homem digno, um homem que traçou um caminho direito e que nunca saiu dele". E assim será", pode ler-se no texto hoje votado.
Antes da votação, o porta-voz do PAN, André Silva, interpelou a mesa sobre a nota de pesar que homenageia Mário Coelho, considerando que "alguém que tem as mãos sujas de sangue não é um embaixador de Portugal".
"Esta é uma consideração política e insultuosa que extravasa o objeto de voto. A mesa tem dois pesos e duas medidas, veta votos com teor humanista e que defende valores universais mas permite votos que enaltecem a cultura da morte e a cultura do sangue, é inaceitável", declarou o dirigente do PAN.
Em resposta a estas críticas, o deputado socialista Pedro Delgado Alves considerou que "não pode valer tudo" e apelou à humanidade do deputado do PAN.
"O facto de em democracia discordarmos da atividade, não nos pode tornar imunes a essa humanidade. Devemos ter a capacidade de não perder a humanidade porque ao reconhecer o pesar há familiares, há amigos, há instituições que carecem de ser respeitados", considerou o deputado socialista.
Pelo CDS, o deputado Telmo Correia, disse não compreender o motivo do recurso apresentado pelo PAN, realçando que o termo "embaixador de Portugal" utilizado na nota refere-se a "alguém que, sendo português, foi uma figura notória" e que "gostando ou não da sua atividade, merece respeito".
Mário Coelho despediu-se das arenas em 1990, na Praça de Touros do Campo Pequeno, e no mesmo ano foi agraciado com a Medalha de Mérito Cultural em 1990, por Pedro Santana Lopes, então Secretário de Estado da Cultura. Em 2005, foi agraciado com a Comenda da Ordem do Mérito, pelo então Presidente da República Jorge Sampaio.
De acordo com a nota apresentada, Mário Coelho escreveu ainda, em 2005, um livro autobiográfico intitulado "Da Prata ao Ouro", com prefácio de Agustina Bessa-Luís e ainda este ano, António de Sousa Duarte escreveu a sua biografia, apresentada por Manuel Alegre no Campo Pequeno, no Dia da Tauromaquia.
Mário Coelho faleceu no passado dia 5 de julho, aos 84 anos, no hospital de Vila Franca de Xira (Lisboa), onde estava internado, vítima da doença Covid-19, informa a nota de pesar.
Lusa