sábado, 21 de março de 2020

Reserva nacional Colheitas de sangue diminuíram 27% na última semana

Foto: Miguel Sousa / Global Imagens
Milene MarquesOntem às 21:28

Na última semana, houve uma quebra de 27% no número de colheitas realizadas pelo Instituto Português do Sangue e Transplantação (IPST), na sequência do agravar do surto de Covid-19.

O número é da direção do IPST que explica que, apesar da redução da Reserva Estratégica Nacional de Sangue, neste momento, esta ainda permite responder às necessidades, uma vez que "foi acompanhada de uma redução nos consumos, devido ao adiamento de intervenções programadas nos hospitais."

Perante as desmarcações das sessões móveis de colheita verificadas nas últimas semanas, o IPST ativou o nível de alerta amarelo do plano de contingência da reserva nacional, que reforça o envio de SMS de convocatória de dadores ativos, assim como, aumenta a atividade da colheita de componentes por aférese (separação dos diversos elementos do sangue). Também é alargado o horário das sessões de colheita de sangue e agendada previamente a dádiva para evitar o aglomerado de pessoas como "garante de segurança para profissionais de saúde e dadores", explica por escrito a direção do IPST.

Nesta altura de estado de emergência, a circulação de dadores ou potenciais dadores para se dirigirem a locais onde se realizam sessões de colheita de sangue "continuará certamente a ser autorizada. Já foi solicitado superiormente como atividade essencial à sustentabilidade do fornecimento de sangue esta autorização", responde Maria Antónia Escoval, presidente do instituto. Serão abertos, ao domingo, os postos fixos de colheita dos Centros de Sangue e Transplantação de Lisboa, Coimbra e Porto e iniciou-se já a colheita nos serviços centrais do IPST, na avenida Miguel Bombarda, em Lisboa.

Muitas sessões de colheita de sangue foram suspensas nas últimas semanas devido ao alastrar da Covid-19. Muitas instituições, por razões de segurança, encerramento, quarentena, planos de contingência para evitar a eventual propagação da doença, "desmarcaram a realização destas sessões de colheita móvel" e "as unidades móveis foram interditas por razões de segurança, por não cumprirem as condições de distanciamento e a existência de um espaço para isolamento exigidas pela DGS", explica o IPST. Também alguns hospitais com aquele serviço, como o Centro Hospitalar Universitário de São João, "apresentam uma forte redução no número de dadores de sangue", acrescenta.

O instituto continua a apelar à boa vontade dos dadores: "Não é possível antever com exatidão os desenvolvimentos futuros, pois dependemos da generosidade dos nossos dadores e das necessidades dos hospitais".

O nível vermelho do plano de contingência é declarado quando as reservas de sangue não chegarem para mais do que três dias. O período de tempo entre dádivas é reduzido para dois meses, assim como o valor limite de hemoglobina em 0,5 gr/dl. Neste patamar, o plano define ainda o cancelamento de cirurgias programadas, a aplicação do algoritmo transfusional, entre outras medidas.

O grupo sanguíneo B- é aquele com a reserva mais em baixo, atualmente - só chega até quatro dias, seguido do O- e A- que só dão para quatro a sete dias.

Fonte: JN

Acedam ao site http://www.adasca.pt/ onde se encontra disponível informação diversificada.

Covid-19 / Aveiro: Constrangimentos na recolha de lixo e limpeza urbana

O risco de propagação do Coronavírus / Covid19 pela circulação dos resíduos e o aumento da capacidade de lavar contentores e desinfetar espaços públicos, são realidade que temos de gerir com a tomada de mais medidas a este nível.

Nesse âmbito, a partir de hoje, dia 21 de março, por medida de precaução, a Unidade de Tratamento Mecânico-Biológico da ERSUC, situada em Eirol, encontra-se encerrada, seguindo as orientações e recomendações da Agência Portuguesa do Ambiente, pelo que todos os resíduos indiferenciados, resíduos de monos (objetos domésticos fora de uso) e resíduos verdes recolhidos pela Veolia Portugal, vão ser depositados diretamente no aterro sanitário.

Assim sendo, suspendemos a partir de hoje 21MAR20 e até novo aviso, o serviço de recolha de monos e de resíduos verdes porta-a-porta, que funciona por agendamento prévio. Solicitamos aos Munícipes que pretendiam recorrer a este serviço, que retenham estes resíduos na sua habitação / instalações até que este serviço se restabeleça e que não os abandonem na via pública.

Os recursos humanos e técnicos da Veolia que ficam disponíveis pela desativação deste serviço, vão reforçar as equipas e aumentar a capacidade de lavar contentores (estamos a aumentar o número de lavagens e a aplicar um spray antiviral) e de desinfetar os espaços públicos.

Apelamos a todos os Munícipes que façam um esforço extra na correta separação e deposição dos resíduos (vidro, plástico/metal, papel, óleo alimentar usado, roupa e calçado usados) nos ecopontos e contentores disponíveis pelo Município de Aveiro. A recolha porta-a-porta destes resíduos pela ERSUC, em comércios e serviços, também está suspensa.

Pode consultar a localização geográfica desses equipamentos acedendo a http://www2.cm-aveiro.pt/SMIGA2011/ (no menu do lado direito do ecrã selecionar o tema Ambiente).

Mais se informa que as bocas dos ecopontos e a sua envolvente estão a ser regularmente desinfetadas pela ERSUC, empresa concessionária da recolha seletiva de resíduos urbanos, operação relevante no combate à propagação do Coronavírus.
A Colaboração de Todos os Cidadãos é muito importante para mantermos a salubridade no nosso Município de Aveiro e fazer bem o combate ao Coronavírus / Convid-19.

Este é o tempo de Todos darmos, ainda Mais, o nosso Contributo!

Neste dia 21 de março, Dia da Árvore e da Floresta, vamos dar também por esta via, uma Ajuda ao Nosso Bom Ambiente (Informação ao minuto Covid-19 na RTP).

Fonte: Notícias de Aveiro

Tóquio2020 pode ser quarto cancelamento dos Jogos, primeiro pós-Guerra

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Os Jogos Olímpicos Tóquio2020 encontram-se ‘ameaçados' pela pandemia de covid-19, e a serem cancelados marcariam a quarta interrupção da história, depois de três provocadas pelas duas Grandes Guerras Mundiais, em 1916, 1940 e 1944.
As competições da 32.ª Olimpíada estão marcadas para Tóquio, entre 24 de Julho e 09 de Agosto, mas a sua viabilidade na face da expansão pandémica pelo mundo pode significar um cancelamento ou adiamento.
A verificar-se, a capital japonesa será atingida pela segunda vez, tal como ocorreu em 1940, devido à Segunda Guerra Mundial.
Também para a edição de 1940, o Governo japonês tinha como intenção mostrar um país refeito de uma catástrofe, no caso o terramoto na região de Kanto em 1923, e para Tóquio2020 o plano também passava por mostrar "reconstrução", nove anos após um terramoto, um tsunami e o desastre na central nuclear de Fukushima.
Nesses Jogos, a candidatura japonesa tinha outro objetivo: tornavam-se um meio diplomático para melhorar a imagem no Ocidente, após a invasão da região chinesa da Manchúria em 1931 e da saída da Liga das Nações, em 1933, após esta ter recusado legitimar a ocupação dessa parte da China.
Os Jogos Olímpicos foram iniciados em 1896, em Atenas, e realizaram-se de quatro em quatro anos e, desde então, as exceções ocorreram em Berlim1916, Tóquio1940, quando ainda chegaram a ser transferidos para Helsínquia, antes de serem cancelados, e em Londres1944.
A capital britânica foi anfitriã da edição de 1948, a finlandesa a seguinte, em 1952, e a japonesa em 1964.
Estão também definidas as sedes dos Jogos das 33.ª e 34.ª Olimpíadas, casos de Paris e Los Angeles, em 2024 e 2028, respetivamente.
A realização da última edição dos Jogos no Rio de Janeiro também foi colocada em causa, então devido à epidemia do vírus Zika, no Brasil, depois de a realização de Londres2012 ter sido ameaçada pela ameaça terrorista.
A pandemia do novo coronavírus pode provocar algo que não foi feito com as revoltas militares no México1968, com o atentado terrorista de Munique1972, nem os boicotes das grandes potências em Moscovo1980 e Los Angeles1984.
Mais tarde, em Atlanta1996, um segurança evitou que, em 27 de Julho, uma mochila com uma bomba detonasse o Parque Olímpico Centennial, ao retirá-la do local minutos antes da explosão que, ainda assim, matou duas pessoas e feriu outras 111, num incidente que ensombrou o resto da competição.
Para os Jogos de inverno de Vancouver2010, também uma pandemia ameaçou a realização da prova quadrienal, no caso o H1N1, conhecido como ‘gripe A', que também surgiu no panorama mundial a seis meses da prova.
Então, a Organização Mundial de Saúde decretou o fim da pandemia em Agosto de 2010, com a prova a realizar-se como planeado, sete anos depois de outra doença surgir na China e ter chegado a ameaçar os Jogos de Atenas2004.
Trata-se do SARS, síndrome respiratória aguda grave, causada pelo primeiro coronavírus, precursor do novo, e que até 2004 causou mais de 700 mortes em vários países, a maioria na China e em Hong Kong.
Em 1916, o Estádio Olímpico de Berlim estava a ser utilizado desde 1915 como hospital de campanha, seguindo as prioridades alemãs, que, então, o Comité Olímpico Internacional acatou.
Os seguintes Jogos cancelados foram de 1940, na capital japonesa, cujo país renunciaria a organizar também os Jogos de Inverno, em Sapporo.
Esta decisão dos nipónicos ocorreu dois anos antes, em plena guerra sino-japonesa, um conflito que antecedeu a II Guerra Mundial.
O COI atribuiu a organização das competições de Verão a Helsínquia, que tinha perdido para Tóquio, e os de Inverno a St. Moriz, primeiro, e, depois, devido a um conflito com a Suíça, a Garmisch, na Alemanha.
Acabaram por ser cancelados em novembro de 1939, dois meses depois da invasão nazi à Polónia, e, em maio de 1940, os que se realizariam na Finlândia, devido aos ataques da União Soviética.
Apesar da guerra, o COI manteve as atividades e, em 1939, atribuiu a Londres os Jogos de Verão e a Cortina, na Itália, os de Inverno. Esta intenção soçobrou em 1942, quando foram definitivamente cancelados.
Depois da Segunda Guerra, St. Moritz, na Suíça, e Londres retomaram a organização das competições, que nunca mais foram cancelados, até agora.
Em 2020, mais uns Jogos Olímpicos voltam a estar ameaçados, desta feita pela pandemia de covid-19, que tem levado ao cancelamento generalizado de todas as provas desportivas, muitas delas essenciais para apurar 43% das vagas para o evento, para já marcado para de 24 de Julho a 09 de Agosto em Tóquio.
Lusa

Lenine Cunha treina na garagem com Jogos Paralímpicos na mira

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A presença nos Jogos Paralímpicos Tóquio2020 continua a ser "o foco principal" do atleta Lenine Cunha, mas agora a pandemia da Covid-19 obriga a que os treinos para a desejada obtenção de mínimos sejam feitos na garagem.
"Com tudo isto, só posso treinar na garagem, tenho lá um miniginásio, e é lá que trabalho todos os dias. Além disso, como vivo numa zona algo isolada e que tem uma boa rampa, consigo fazer alguns exercícios na rua, sempre com todos os cuidados", conta o atleta à agência Lusa.
Lenine Cunha, medalha de bronze no salto em comprimento F20 (deficiência intelectual) dos Jogos Paralímpicos Londres2012, explica que todo o trabalho é feito de acordo com um plano do treinador José Costa Pereira, com quem trabalha há 21 anos, e garante: "Parar é que não posso."
Ainda sem mínimos para os Jogos de Tóquio, que deverão decorrer entre 25 de agosto e 06 de setembro, Lenine Cunha vive, como muitos atletas, a incerteza de não saber quando se realizarão as provas que permitem a obtenção de marcas.
"O mínimo no comprimento está fixado nos 6,65 e tem de ser feito até 30 de junho, mas agora não tenho provas para tentar fazê-lo", revela Lenine Cunha, detentor de 211 medalhas em competições internacionais.
Com toda situação criada pela pandemia da Covid-19, que já se alastrou a mais de 182 países e territórios, Lenine Cunha teme também que estejam em causa dois campeonatos Europeus de atletismo agendados para junho: o do Comité Paralímpico Internacional, na Polónia, e da Federação Internacional para Atletas com Deficiência Intelectual (INAS), na Rússia.
"Estas eram provas onde se podiam obter mínimos, não sabemos se vão realizar-se", explica, lembrando que "neste momento é tudo uma grande incerteza".
Lenine Cunha admite que as atuais restrições impostas pelo combate à propagação do novo coronavírus complicam muito a vida de todos os atletas de alta competição.
"É muito difícil para todos, os fundistas e meio fundistas têm de correr na rua sozinhos e para as disciplinas técnicas é ainda pior", considera.
O atleta, que, além de ter participado em Londres2012, esteve nos Jogos Paralímpicos Sidney2000 e Rio2016, assegura que vai continuar a trabalhar focado em Tóquio, mas estima que, "tendo em conta a atual situação", por agora tudo é "incerto".
Lusa

Covid-19: Área Metropolitana do Porto quer que tutela clarifique se desviou ventiladores oferecidos pela Galp

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O presidente da Área Metropolitana do Porto vai pedir ao Ministério da Saúde que clarifique se é verdade que os ventiladores oferecidos pela Galp foram desviados para Lisboa, como foi denunciado pelo presidente da Câmara do Porto.
"Fui incumbido de clarificar junto do ministério esta situação e tentar, caso se confirme, repor os direitos da região Norte", afirmou Eduardo Vítor Rodrigues, em declarações à Lusa.
O presidente da AMP explicou que a denúncia foi feita pelo presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, numa reunião informal realizada hoje com os autarcas do Grande Porto para discutir estratégias metropolitanas para lidar com o surto de covid-19 na região.
Segundo aquele responsável, Rui Moreira revelou que, segundo fonte do Hospital de Santo António, os ventiladores oferecidos pela Galp foram "desviados" para Lisboa pelo Ministério da Saúde, informação que surpreendeu todos os que participaram na reunião desta tarde.
Nesse sentido e, por proposta do autarca do Porto, Eduardo Vítor Rodrigues ficou incumbido de perceber junto da tutela a veracidade do que foi hoje denunciado.
A Lusa tentou obter esclarecimentos à Câmara do Porto, que não quis fazer qualquer comentário, e ao Hospital de Santo António, mas até ao momento sem sucesso.
De acordo com uma nota de imprensa da empresa, a Galp desenvolveu, em articulação com entidades nacionais como a Direção-Geral da Saúde (DGS), o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), um pacote de medidas de apoio ao combate à covid-19.
No imediato, a Galp e a sua Fundação vão disponibilizar 29 ventiladores a hospitais do SNS numa tentativa de reduzir a escassez deste tipo de equipamentos, para utilização imediata.
A Galp disponibilizou ainda, com efeitos imediatos, apoio em combustível aos veículos do INEM, incluindo as ambulâncias que transportam doentes infetados e as viaturas das equipas que se têm multiplicado nas deslocações para recolha domiciliária de amostras para análise.
A Fundação Galp e a Galp estão também a trabalhar num pacote de apoio energético para mais de 500 instituições particulares de solidariedade social suas clientes, no âmbito do qual a empresa suportará um mês de consumo de eletricidade e gás natural a ser ativado no período que a instituição achar adequada.
A Galp cedeu ainda o seu espaço publicitário à DGS para divulgação das mensagens de prevenção à escala nacional relativas à covid-19, no decurso de uma campanha que começa hoje e decorre até dia 31.
Lusa

Covid-19: Editoras travam lançamentos e apostam no digital para tentar sobreviver

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A crise no setor livreiro causada pela pandemia de covid-19, que esvaziou e fechou livrarias, obrigou as editoras a suspenderem a produção de novidades, virarem-se para as vendas ‘online’ e, em alguns casos, a praticarem descontos, para conseguirem sobreviver.
Ainda assim, estão cientes de que algumas livrarias e pequenos editores não irão resistir a esta crise, que está a devastar um setor que só recentemente “começava, finalmente, a dar alguns sinais de retoma após uma longa década de retração”, lamentou o responsável de comunicação da Porto Editora, Paulo Rebelo Gonçalves.
“É muito preocupante, especialmente ao nível da rede dos pequenos livreiros. Enfim, com o fecho da esmagadora maioria das livrarias físicas, o canal que resta aos editores é o ‘online’”, disse à Lusa aquele responsável.
Ainda assim, o trabalho editorial não vai parar, apesar de os novos lançamentos terem sido adiados, para permitir ir abastecendo o mercado e responder às vendas ‘online’.
A Bertrand Editora “está a sofrer um enorme impacto nas suas vendas”, mas ainda não é possível estimar “a real dimensão da perda de volume de negócios”, disse à Lusa o diretor executivo do Grupo Bertrand Círculo, Paulo Oliveira.
Detentora de chancelas como Bertrand, Quetzal, Temas e Debates ou Contraponto, esta editora não vende diretamente ao público, pelo que apostará no canal ‘online’ em ‘sites’ como o da Livraria Bertrand e o da Wook.
“Esta crise severa está igualmente a afetar” o Círculo de Leitores, editora largamente dependente do serviço de assistência personalizada aos clientes, no domicílio ou local de trabalho, “que será fortemente afetado pelas medidas tomadas pelas autoridades”, lamentou Paulo Oliveira.
Perante a “enorme redução” de vendas, tanto a Bertrand Editora como o Círculo de Leitores reequacionaram os seus planos editoriais e optaram por suspender todos próximos lançamentos, afirmou o diretor executivo.
Já a estratégia de sobrevivência da Gradiva passa por “praticar durante este período descontos de 40%”, disse o editor, Guilherme Valente, que espera conseguir garantir algumas vendas através do ‘site’ que a editora recentemente instalou.
A Gradiva continua a funcionar – em teletrabalho - para “faturar quaisquer pedidos que cheguem”, e promete lançar logo que possível os livros programados para 2020 que já estão prontos e pagos.
De resto, toda a produção de novidades parou, para guardar as reservas financeiras.
“Se a epidemia abrandar em seis meses ou durar um ano, esperamos poder garantir o vencimento a todos, vital para as famílias que dependem da pequena empresa que somos. Temos a vantagem da Gradiva não ter, nem nunca ter tido, passivo”, sublinhou.
Também a equipa da Guerra e Paz está “em teletrabalho e a lutar pela manutenção da editora”, disse à Lusa o editor, Manuel Fonseca, ciente de que “não há milagres” e que o setor do livro “agora vai passar por um perigoso cataclismo”, com os pequenos editores a poderem ver “a sua sobrevivência ameaçada”.
As estratégias alternativas de venda, como sejam as vendas ‘online’, “apenas podem mitigar essa quebra”, afirmou, acrescentando que a editora vai parar a produção de novidades e adiar lançamentos.
O grupo editorial LeYa não foge à regra e optou por suspender também as novidades, mas vai continuar a trabalhar no seu plano editorial de 2020, aguardando pela normalização do mercado.
Tal como as outras editoras, aposta nas vendas ‘online’, e lançou uma iniciativa que consiste na partilha de textos, leituras ou sugestões de livros, feita pelos escritores nas redes sociais e identificada como #leyaemcasa.
O grupo Penguin Random House, que detém as chancelas Alfaguara e Companhia das Letras, entre outras, também adiou a publicação das novidades agendadas, apostando nos canais ‘online’, “que são desde há muito tempo uma prioridade” na sua estratégia comercial.
Para já, mantém “intocada” a estratégia de preços e espera poder retomar a publicação no início de maio.
Em pior situação está o grupo 2020 - detentor de chancelas como a Elsinore e Cavalo de Ferro -, porque não tem canais de venda ‘online’, mas não irá suspender a atividade, apenas reduzir títulos a colocar no mercado e incentivar a economia “através de campanhas com descontos apelativos”.
As vendas ‘online’ são também a aposta da Relógio d’Água, embora o editor, Francisco Vale, esteja consciente de que estas “estarão longe de compensar a perda registada na rede livreira tradicional”.
Como se passa com as outras editoras, a Relógio d’Água está a adiar lançamentos de várias obras e a redefinir a sua programação editorial, esperando poder relançar a atividade logo que possível.
“A paisagem editorial depois desta batalha terá certamente alterações significativas. É provável que algumas livrarias, que vão registar importantes perdas, entrem em crise. É também possível que outras privilegiem, ainda mais do que o habitual, os ‘bestsellers’ dos principais grupos editoriais, em detrimento da literatura, para tentarem compensar mais rapidamente as suas perdas”, estimou o editor.
A Cotovia vai fazer algumas promoções na livraria ‘online’, “que está a funcionar perfeitamente, e abrir o email geral a encomendas para quem o queira fazer, disse à Lusa Fernanda Mira Barros, editora da Livros Cotovia.
“De resto, continuamos a trabalhar, cientes de que o que se instalou, e perdurará muito tempo, pode ser fatal para muitas pequenas empresas”, acrescentou.
A edição dos títulos previstos pela Ponto de Fuga está suspensa e todos os esforços se concentram em preparar novos títulos para relançar quando possível e contrariar o receio dos impactos que esta crise trará ao setor livreiro, “sobretudo aos pequenos editores, que há muito já se debatem com grandes dificuldades”.
Fátima Fonseca diz que esta pequena editora ainda não sabe como responder à situação, e afasta a solução do ‘online’, considerando “pouco realista que as vendas ‘online’ possam representar parte significativa do volume de vendas total indispensável” à sua “sobrevivência”.
Também a E-primatur, editora baseada no ‘crowdfunding’, decidiu suspender a produção da maior parte dos livros anunciados, mas garante a todos os que apoiaram os seus projetos que estes serão publicados logo que possível, e ressalva que os livros já editados podem ser comprados ‘online’ com 10% de desconto.
A Antígona lançou uma “campanha de pechinchas” até 35% no seu ‘site’, até ao dia 5 de abril.
Lusa

Brasil regista 11 mortos e 904 infetados e prevê colapso do sistema de saúde em abril

O Brasil tem 11 mortos e 904 infetados pelo novo coronavírus, informou na sexta-feira o Ministério da Saúde brasileiro, no mesmo dia em que previu para abril o colapso do sistema de Saúde do país.
Do total de mortes, nove ocorreram em São Paulo, que tem ainda 396 casos do novo coronavírus confirmados. O estado do Rio de Janeiro tem dois mortos e 109 infetados. Os estados de Roraima e Maranhão continuam os únicos sem casos registados.
O ministro da Saúde do Brasil, Luiz Henrique Mandetta, afirmou na sexta-feira, em conferência de imprensa, que o sistema de saúde brasileiro deve entrar em colapso em abril, explicando que o termo se refere a uma situação onde não é possível conseguir atendimento médico para todos os casos.
“Claramente no final de abril o nosso sistema entra em colapso. O que é um colapso? Às vezes as pessoas confundem colapso com sistemas caóticos, com sistemas críticos, aonde vê aquelas cenas de pessoas nas macas”, indicou o ministro.
O governante precisou que o colapso é quando alguém “pode ter o dinheiro, (…) pode ter o plano de saúde, pode ter a ordem judicial, mas simplesmente” não há um sistema para entrar.
“É o que está a vivenciar a Itália, um dos países de primeiro mundo que, atualmente, não tem onde entrar”, explicou.
A estimativa do Ministério da Saúde é que haja um crescimento dos casos do Covid-19 nos próximos 10 dias, com uma subida mais aguda em abril, permanecendo alta em maio e junho.
A partir de Julho, o Governo espera o início da desaceleração e, em Agosto, um movimento de queda.
O Ministério da Saúde declarou que todo o território nacional está sob o estatuto de transmissão comunitária do novo coronavírus, que é quando há uma maior difusão do vírus e as autoridades de saúde já não conseguem identificar a trajetória de infeção.
O estatuto foi publicado em portaria na noite desta sexta-feira.
Antes de ser publicada, o ministro da Saúde argumentou que a medida seria necessária para impedir decisões descentralizadas por parte de governadores.
Na conferência de imprensa, acompanhado do Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, o ministro da Saúde reiterou a importância da redução de circulação dos cidadãos e iniciativas de isolamento.
Após ter sido bastante criticado pela sua postura em relação à pandemia do novo coronavírus, tendo chegado a afirmar que se tratava de “histeria e fantasia” divulgada pela imprensa, Jair Bolsonaro voltou na sexta-feira a subestimar o vírus, afirmando que não será “derrubado” pela covid-19.
“Depois da facada [que sofreu em 2018, num ato de campanha], não vai ser uma gripezinha que me vai derrubar”, disse Bolsonaro aos jornalistas, após ser questionado o motivo de não apresentar os exames que comprovam que testou negativo para o novo coronavírus.
Jair Bolsonaro e vários membros do Governo brasileiro, que viajaram no início do mês para os Estados Unidos, foram submetidos a exames ao novo coronavírus, depois de a análise do secretário especial de comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, ter sido positiva.
Segundo a imprensa local, já são 22 as pessoas que integraram a comitiva governamental na viagem aos EUA que contraíram a covid-19, entre elas dois ministros.
“Eu sou uma pessoa especial pela função que eu ocupo, obviamente. Mas fiz os dois exames, a minha família fez também, e deram negativo. Se o médico da Presidência ou até o ministro da Saúde achar que eu devo fazer algum novo, sem problema nenhum. Várias pessoas do meu lado deram positivo”, disse Bolsonaro, evitando responder se mostraria publicamente os resultados.
Lusa
Foto interior: Metro Jornal

Covid-19: Portugal eleva para 12 número de mortes

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Portugal elevou hoje para 12 o número de mortes associadas ao vírus da covid-19, segundo o boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS), que regista 1.280 casos confirmados de infeção.
Estão confirmadas quatro mortes na região Norte, quatro na região Centro, três na região de Lisboa e Vale do Tejo e uma no Algarve, precisa o boletim epidemiológico divulgado hoje, com dados referentes até às 24:00 de sexta-feira.
Segundo estes dados da DGS, há mais 260 casos confirmados de infeção com o novo coronavírus, que provoca a doença covid-19, do que na sexta-feira.

Covid-19: Mais de 300 mortos e quase 5.000 infetados em Espanha nas últimas 24 horas

A Espanha registou nas últimas 24 horas 324 mortos com o novo coronavírus e um aumento de 4.946 no número de infetados, de acordo com a atualização diária feita pelas autoridades de saúde do país.
Segundo os números do Ministério da Saúde espanhol, desde o início do surto, o país teve um total de 24.926 casos da pandemia da covid-19, dos quais 1.326 morreram e 2.125 foram curados.
A região mais atingida pela covid-19 é a de Madrid, com 8.921 infetados e 804 mortos, seguida pela da Catalunha (4.203 e 122), a do País Basco (1.725 e 85) e a da Andaluzia (1.515 e 40).

Postal Ilustrado | Todos dependemos uns dos outros

Todos nós vemos, em toda a parte, a miséria que alastra em todas as nações. Mas não devemos incendiar mais as chagas da triste humanidade sofredora. Respeitemos o homem e aquilo que tem de mais sagrado. Resolva-se o problema social - todos os homens, todos sem excepção precisam de ter o essencial - mas não lancemos mais a humanidade para a fogueira tremenda da guerra biológica.
Sejamos tolerantes, respeitemos o pensamento de todos, mas que desse pensamento não haja maiores entrechoques que se repercutam na vida de milhões e milhões de seres inocentes.
A humanidade tem fome, sede de justiça, e as nossas almas encontram-se desorientadas, debatem-se no desespero,  o nevoeiro denso da confusão mal deixa ainda avistar as luzes salvadoras.
A tragédia do homem dos nossos dias sangra desespero, agonia e tristeza.
Salvemos a humanidade do abismo em que se encontra. Freud afirmou que «o homem civilizado traz sempre dentro de si, como um quisto, os seus instintos de animal».
Vivemos uma imensa tensão psíquica. Mais, a civilização europeia é um amontoado de ruínas e as almas caíram num mar de confusão. A vida desaba, enquanto ficamos a olhar uns para os outros paralisados pelo sentimento do medo. Os espíritos envolvem-se em densas trevas de cepticismo e sofrimento. ainda que tentem disfarçar.
Os partidos políticos, longe contribuírem para a grandeza das nações, semearam  lutas intestinas e ódios entre indivíduos e classes. O homem olha com desconfiança o próprio homem e, na sombra, as nações rangem os dentes embora façam tratados de amizade e de defesa mútua sem qualquer significado. Vivemos numa atmosfera de ar saturado, de intranquilidade, de desconfiança constante.
O homem perdeu Deus e encontrou a dúvida atroz que lhe atormenta a existência. O que é um facto, assistimos à decadência da nossa civilização e o homem não sabe para onde caminha.
Eleva as mãos à cabeça e murmura: estou perdido, o que vai ser de mim?
Pois é, todos dependemos uns dos outros. Neste espaço, o Litoral Centro pretende ser útil a quem se encontra em casa, nesse sentido, divulga o contacto da Telepizza através do qual pode fazer a sua encomenda, sendo posteriormente entregue no domicilio.
Vamos vencer esta guerra que se está a transformar numa neurose.

Joaquim Carlos
Director

Covid-19. OMS alerta jovens que «não são invencíveis»

O director-geral da OMS frisou esta sexta-feira em conferência de imprensa que embora os idosos sejam mais vulneráveis aos Covid-19, “os mais novos não são poupados” à doença.
Em conferência de imprensa esta sexta-feira, 20 de março, na sede da organização, em Genebra, o director-geral da OMS alertou as camadas mais novas que não estão a salvo do Covid-19.  Os jovens, segundo Tedros Ghebreyesus,  “não são invencíveis” no que toca a esta pandemia, salientando que a doença pode matá-los ou confiná-los ao hospital durante semanas. Aliás, as pessoas com menos de 50 anos são “uma percentagem significativa dos infetados”.
Apesar de a mortalidade ser maior entre a população mais idosa, as escolhas que os jovens fazem sobre os locais em que se deslocam “podem significar a diferença entre vida e morte para outras pessoas”.
“Cada morte é uma tragédia e uma motivação para impedir o contágio e salvar vidas”, referiu Ghebreyesus, sublinhando que a solidariedade entre países e grupos etários diferentes é “a chave para derrotar” a doença.
Tedros Ghebreyesus destacou que uma das maiores preocupações da organização é o que se poderá passar em países com sistemas de saúde mais fracos e populações mais vulneráveis, onde a doença poderá provocar “enorme perda de vidas”. Já tendo referido numa outra ocasião, que África se prepare para o pior.
Ainda assim o responsável, destacou como “boa notícia” o facto de Wuhan, na China, onde começou a pandemia  não verificar casos novos. É uma demonstração de que a pandemia “pode ser revertida” que “dá esperança”.

Moçambique | Condutas de fornecimento de água a Maputo colapsaram por “falta de manutenção preventiva” do FIPAG

A Comissão multisectorial de inquérito a queda da ponte e condutas de transporte de água potável para Cidade e Província de Maputo concluiu que as estruturas colapsaram devido a “falta de manutenção preventiva”. O @Verdade apurou que contratualmente as manutenções das infra-estruturas de grande dimensão são da responsabilidade do FIPAG que desde 2010 nunca acedeu positivamente aos clamores da Águas da Região de Maputo, empresa que explora o sistema de distribuição do precioso líquido nos municípios de Maputo, Matola e Boane.
Na noite do passado dia 7 de Fevereiro colapsaram cinco tramos de uma ponte sobre o rio Umbelúzi, na região de Campoane, o que originou o desabamento de 150 metros de duas condutas adutoras de transporte de água potável a partir da Estação de Tratamento de Água (ETA) do Umbelúzi até aos centros distribuidores existentes nos municípios de Boane, Matola e Maputo.
A capital de Moçambique enfrentou alguns dias de restrições do precioso líquido até a ponte, construída em 1986, e as condutas, que entraram em funcionamento dois anos depois, serem reparadas de emergência.
Composta pela Inspecção Geral das Obras Públicas, pelo Laboratório de Engenharia de Moçambique, engenheiros da Universidade Eduardo Mondlane e da Ordem, a Comissão notou que “as infra-estruturas de sustentação não estão em bom estado”.
Foi revelado a jornalistas nesta quinta-feira (19) que as estruturas de apoio das condutas na ponte, transversinas em treliça, “tem problemas de corrosão”.
As braçadeiras metálicas que fixavam as duas condutas a ponte tem “sinais evidentes de corrosão”, na conduta os pernos de fixação de desmontagem estão corroídos e até as ventosas, que servem para tirar o ar das condutas, “aparecem com problemas de corrosão”.
A Comissão notou também o estado de corrosão avançado de elementos de suporte das condutas “vê-se que a corrosão está a tomar conta dos elementos de suporte das condutas e naturalmente reduzindo a capacidade de resistência e do desempenho do elemento”.
“A Comissão chegou a conclusão que o estado de conservação geral da estrutura é mau” declarou o engenheiro Francisco Ricardo que em nome da Comissão recomendou “deve ser feito um plano de intervenção com urgência, devia ser planificada a necessidade de um projecto de reforço, reabilitação ou mesmo reconstrução”.
Há uma década que o FIPAG não inspecciona as infra-estruturas do sistema de água de Maputo, Matola e Boane
“A questão da falta de manutenção preventiva foi considerada como um assunto grave. Daí recomendar-se que, independentemente da intervenção a ser realizada, a entidade gestora deve desenvolver um plano de manutenção compreensivo e assegurar a sua implementação com o rigor necessário”, enfatizou o Ricardo que é engenheiro civil há mais de duas décadas.
Para a Comissão multissectorial não basta reabilitar apenas a secção da ponte e das condutas que ficaram danificadas em Campoane: “Esta reabilitação deve incluir uma análise profunda do estado da infraestrutura e a avaliação minuciosa da necessidade de construção de uma nova infraestrutura. Esta análise do estado da infraestrutura e a tomada de decisão sobre o tipo de intervenção a realizar é de carácter urgente, pois a probabilidade de ocorrência de um acidente idêntico é grande. Trabalho idêntico deve ser realizado para o atravessamento da conduta de 800mm, mas também ao longo de toda a conduta até aos centros distribuidores, especialmente nos locais onde o lançamento da conduta é à superfície”.

Entretanto o @Verdade apurou que a “manutenção preventiva” da ponte assim como das condutas, ao abrigo do Contrato de Cessão de Exploração existente entre o Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água (FIPAG) e a empresa Águas da Região de Maputo, é da responsabilidade do FIPAG, tal como o é em todas infra-estruturas de grande dimensão dos diversos sistemas de captação, tratamento e distribuição de água em Moçambique.
O @Verdade sabe contratualmente a cada 4 anos o FIPAG e a empresa Águas da Região de Maputo deveriam realizar uma auditoria ao sistema de distribuição de água de Maputo (desde as infra-estrututas na Estação de Tratamento do Umbelúzi, bombas, adutoras, os centros de distribuição e as linhas de distribuição principais) e daí deveriam ser decididas as acções de mitigação dos problemas eventualmente detectados.
De acordo com Comissão multissectorial de inquérito uma auditoria foi feita em finais de 2019, a anterior aconteceu em 2011. O @Verdade sabe que durante uma década os gestores da Águas da Região de Maputo, em mais do que duas ocasiões, solicitaram ao Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água que a auditoria fosse realizada mas esta instituição que representa o Governo de Moçambique não acedeu.
Aliás o @Verdade apurou que a auditoria de 2019 só foi realizada porque o Estado moçambicano reassumiu a gestão da empresa Águas da Região de Maputo, em Março do ano passado, tendo demitido todo o Conselho de Administração e indicado para a gestão quadros do FIPAG.
Paradoxalmente o Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água, uma das instituições que mais fundos e créditos internos e externos recebe, não realiza auditorias às suas contas. Por outro lado o sector das obras públicas em Moçambique é considerado um dos mais corruptos.

Fonte: Jornal A Verdade,Moçambique

Filipe Nyusi admite que nem todos os moçambicanos vão ter Bilhete de Identidade

O Presidente Filipe Nyusi assume, no seu Plano Quinquenal, que até 2024 apenas pouco mais de 16 milhões de moçambicanos terão o Bilhete de Identidade (BI).

A população de Moçambique ultrapassou os 30 milhões de habitantes este ano e deverá rondar os 35 milhões quando Filipe Nyusi deixar de ser Presidente da República.

Durante o seu 1º mandato Nyusi havia prometido massificar a emissão do principal documento de identificação, e que ao mesmo tempo garante a inclusão social e financeira, até 14,7 milhões de moçambicanos, contudo findou o quinquénio com pouco mais de 10 milhões de BI´s emitidos.

Para o mandato que iniciou a 15 de Janeiro passado o Presidente Nyusi promete aumentar os habitantes com identidade legal mais continuará ainda longe de supri-la para todos os moçambicanos.

Trocou de empresa fornecedora dos documentos de identificação e reduziu o custo do BI biométrico mas a sua meta é emitir apenas mais 6 milhões de documentos de identificação.

Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique

Moçambique | Governo de Nyusi quer chegar aos 13 milhões de turistas até 2024

Foto do Gabinete do PM

O primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, desafiou nesta quinta-feira (19) ao novo director-geral do Instituto Nacional do Turismo (INATUR), Jeremias Manussa, a “tornar Moçambique o destino mais vibrante e dinâmico de África”. O Turismo é uma das seis “opções estratégicas para o quinquénio 2020-2024” de Filipe Nyusi e tem como meta aumentar dos falsos 1,8 turistas para 13 milhões de visitantes.

O novo director-geral do INATUR, que substitui o músico Romualdo Lodino do Carmo Johnam, tem como objectivos: “tornar mais fácil e acessível viajar dentro do País, através de uma maior interconectividade dos transportes aéreos, terrestres e marítimos; atrair mais investimentos de qualidade para o sector, desenvolvendo acções de promoção da imagem turística de Moçambique; e incrementar o Turismo Doméstico através de adopção e promoção de pacotes turísticos atractivos”.

Carlos Agostinho do Rosário estabeleceu como acções prioritárias “capitalizar a parceria público-privado, sobretudo no âmbito de desenvolvimento de infra-estruturas, bem como na consolidação da Feira Internacional do Turismo; criar hotéis-escola para garantir uma formação e prestação de serviços de qualidade aos turistas; e aprimorar os mecanismos de articulação com todos os intervenientes na cadeia de valor do Turismo”.

O @Verdade apurou, na proposta de Plano Quinquenal do Governo (PQG) de Filipe Nyusi que foi submetida à Assembleia do povo, que as principais metas do Turismo são elevar as receitas do sector para 52 biliões de meticais, aumentar os turistas internacionais para 12,9 milhões, aumentar os turistas moçambicanos para 1 milhão e ainda criar 462.389 novos postos de trabalho.

Estas metas não são só irrealistas mas também partem de pressupostos errados: o PQG clama que em 2019 as receitas foram de 42,9 biliões de meticais mas o @Verdade que não chegaram sequer aos 3 biliões; o PQG indica que em 2019 visitaram Moçambique 1.898.710,02 turistas mas as associações de operadores turísticos garantem que não houveram sequer 1 milhão de visitantes.

Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique

DECEPÇÃO

Péricles Capanema

Tornou-se parada obrigatória o novo coronavírus. Não é para menos, basta atentar para o que os infectologistas estão advertindo. Não será diferente comigo, ponho o pé na estrada fazendo eco a declarações. Nos últimos dias duas me chamaram especialmente a atenção pelo que apresentam de auspicioso e relevante. Logo chegarei à decepção, objeto do artigo.

Sobre a disseminação do vírus, assisti na internet análise circunstanciada do Prof. Roberto de Mattei, que soube unir em uma só palestra a erudição segura, a profundeza da análise e o sensus fidei (o senso da fé).

Título da postagem de Mattei: “Nuevo escenario mundial”. Circunspecto (aquele que olha em torno de si, considera toda a realidade), discorreu como scholar e líder católico. Em suma, não escondeu o perigo, mas o observou com olhar sobrenatural; poucos o têm, faz falta enorme.
Nossa Senhora de Chiquinquirá, Padroeira e Rainha da Colômbia

Falei em líder. Palavras singelas vieram de outro dirigente, Ivan Duque, presidente da Colômbia — potência emergente, 50 milhões de habitantes, mais de um milhão de quilômetros quadrados. Ali, de igual modo, transpareci a fé: “Tenho em meu escritório o quadro de Nossa Senhora de Chiquinquirá [foto ao lado], padroeira da Colômbia. Esta manhã me levantei pedindo à padroeira da Colômbia que nos consagre como sociedade, que consagre nossa família, nossos filhos. Que me consagre, tenho responsabilidades. A padroeira da Colômbia nunca nos abandonou. Sei, palavras as sim não são comuns em minha posição”.

Pelo que consta, nenhum chefe de Estado até agora usou palavras assim. No mínimo, o primeiro mandatário colombiano considera que, no fundo, pedir orações, exame de consciência, penitência, espírito sobrenatural ajudará o povo a trilhar o rumo certo.

Em tal caminhada, opinião generalizada, teremos pela frente meses de incerteza e sofrimento. Noto aqui, pois nada disso percebi nas análises. A provação criará condições melhores para orações, exames de consciência, elevação de vistas, emenda de vida. Ad augusta per angusta (às coisas excelentes, pelos caminhos mais estreitos). Em tal caso, o sofrimento terá sido, tudo pesado, uma bênção. Lembrará a Nínive do profeta Jonas. De outro lado, como evitar ter em vista os anos loucos, les années folles da década de 1920, em que os pavorosos sofrimentos da Primeira Guerra Mundial trouxeram, como desabafo e ricochete, explosões de desregramentos? O mundo civilizado em boa medida desperdiçou oportunidade extraordinária de regeneração, para muitos dele terá acontecido o pior, o naufrágio.
Passo agora ao tema do cabeçalho. Por que decepção? Decepção com o quê? Promessa, e promessa é dívida; a mais acho importante levantar a matéria. De maneira crescente amigos me têm feito comentários exasperados sobre a qualidade pessoal dos políticos que nos governam, esperavam muito mais — decepção enorme. A respeito de alguns, pairavam esperanças. As deblaterações não são de agora, já borbotavam antes do estouro do coronavírus, que só agravou o quadro. Prometi algumas linhas a respeito e só vou tratar agora de um aspecto, em geral silenciado. Em artigo futuro, cuidarei de outros aspectos.

Era justificável a esperança? Foi surpresa a decepção? Sob certo ângulo, entro por assunto antigo, já no Império se criticava a classe política. Com palavras talvez um pouquinho diferentes, Ulysses Guimarães comentou décadas atrás a respeito: “Está achando ruim essa composição do Congresso? Então espera a próxima: será pior. E pior, e pior.”

Por quê? Culpa só dos políticos? Ou culpa sobretudo do eleitor que é quem os despacha para Brasília? A grossa maioria da população brasileira hoje já não sabe que deputado federal sufragou em 2018. Votou pouco informada, desatenta, desinteressada em candidatos que de fato não conhecia. À vera, nem interesse tinha de conhecê-los. Depois, uma minoria vociferante reclama, repercutindo sentimento geral.

A representatividade política no Brasil vem caindo, repito, já constatava Ulysses Guimarães. Outros ainda. Faz parte de fenômeno mais amplo, descrito com vivacidade e realismo contundente por Nelson Rodrigues, que em parte colocava sua origem na falta do hábito de observar e raciocinar. Recolho dele observações de quente atualidade: “Somos mais idiotas do que nunca. Ninguém tem vida própria, ninguém constrói um mínimo de solidão. Pensam por nós, sentem por nós, gesticulam por nós. No vasto passado humano, o idiota como tal se comportava. Os personagens da História e da Lenda eram os melhores. Em nosso Brasil, o que havia era o ‘o grande ministro’, ‘o grande deputado’, ‘o grande jornalista’, ‘o grande tribuno’. Os idiotas não exalavam um suspiro. Antigamente, o silêncio era dos imbecis. E, de repente, tudo muda. Hoje, são os melhores que emudecem. Quem não percebeu a invasão dos idiotas não entenderá jamais o Brasil de nossos dias. Outrora, os melhores pensavam pelos idiotas; hoje, os idiotas pensam pelos melhores. O grande acontecimento do século foi a ascensão espantosa e fulminante do idiota”.

Detive-me nas palavras do dramaturgo recifense por um motivo: padecemos, décadas afora, o achatamento generalizado das personalidades, mesmo as mais relevantes, fenômeno moral, psicológico e social, mas com reflexos daninhos na política, na economia, na vida econômica. É fenômeno algum tanto notado e pouco estudado. Atinge sobretudo os interiores das personalidades. Nunca diminuirá a decepção que hoje se espraia Brasil afora, se não for mudado nosso interior. E então, em consequência de seiva nova, surgirá naturalmente o reconhecimento, a relevância e a premiação do que melhor existir na moral, na cultura, na inteligência. E na política. Concluo. O sofrimento que de momento assoma no horizonte e nos atemoriza, se bem aceito, ajudar-nos-á a retificar disposições interiores tortas, os grandes obstáculos ao progresso autêntico do Brasil.

ABIM

Barcelos | Covid-19: IPCA encerra todas as instalações

Estado de emergência -Medidas implementadas pelo IPCA

Na sequência das medidas decretadas pelo governo e no âmbito da declaração de Estado de Emergência, o IPCA encerrou, desde o dia 20 de março, todas as suas instalações, Campus e Polos, assegurando desta forma o funcionamento de todos os serviços através do atendimento on-line e telefónico.

Em comunicado, a Presidente do IPCA, Maria José Fernandes, alertou toda a comunidade académica para a responsabilidade social que nos é pedida: “O mundo vive atualmente um momento excepcional que exige de todos nós o máximo de responsabilidade, seja coletiva ou individual, e de acatamento de todas as decisões e ordens que visam, em primeiro lugar, a salvaguarda da vida de todos nós.”

Recordar que a 10 de março, através do Despacho PR nº 28/2020, o IPCA suspendeu todas as atividades letivas presenciais, tendo adotado o regime de ensino a distância, modelo este, atualmente utilizado a nível nacional por todas as instituições de ensino. 

A Presidente fez ainda saber que a atividade letiva decorre “dentro das limitações que algumas unidades curriculares laboratoriais e oficinas oferecem “e que o modelo em si tem sido um sucesso com elevada aceitação entre os estudantes e os docentes do IPCA.

Ainda no âmbito de colmatar a propagação do Covid-19 dentro da comunidade académica, o IPCA optou por adotar o regime de teletrabalho para garantir o normal funcionamento dos serviços do IPCA, salvaguardando e protegendo os colaboradores.

Maria José Fernandes agradece ainda a atitute “positiva, pro-ativa e diferenciadora neste momento tão difícil” de toda a comunidade académica: “A união de toda a comunidade académica IPCA será um fator distintivo e facilitador neste período difícil e conturbado da nossa sociedade”.

As medidas adotadas poderão ser ajustadas ou prorrogadas em função da evolução da situação e da avaliação que, em cada momento, for feita da adequação das medidas agora adotadas à finalidade de controlo da pandemia COVID-19.

Ana Teixeira

LINHA MG SOLIDÁRIA CÂMARA MUNICIPAL DA MARINHA GRANDE


Não deixamos ninguém para trás
Tendo em consideração o atual contexto relacionado com a pandemia de Coronavírus (COVID-19), criámos uma linha de apoio a cidadãos com doenças crónicas (devidamente atestadas) e cidadãos com mais de 70 anos, abrangidos pelo “dever especial de proteção” determinado pelo Governo, em isolamento que não possam deslocar-se à rua e que vivam em situação económica desfavorecida e sem apoio familiar direto. O apoio prestado pelo Município, em articulação com as Juntas de Freguesia e as Associações do concelho, abrange a satisfação de necessidades básicas, designadamente para a aquisição de alimentos e medicamentos. Para além disso, este serviço considera igualmente a possibilidade de transporte/deslocação dentro do concelho (para casa de familiares, por exemplo).

Caso necessite de apoio e esteja abrangido pelas regras, deverá contactar a linha de apoio do Serviço Social da Câmara Municipal da Marinha Grande, através do telefone 244573300 (opção 5).

Sporting de Braga doa 10 ventiladores, 15.550 máscaras e 500 fatos de proteção

O Sporting de Braga juntou-se à onda de solidariedade no combate ao novo coronavírus.
O Sporting de Braga anunciou esta sexta-feira ter adquirido 10 ventiladores, 15.500 máscaras e 500 fatos de proteção hospitalar para doar ao Hospital de Braga, ajudar a combater o surto de Covid-19 e tratar os doentes infetados.
Numa nota no seu sítio oficial, o clube minhoto revelou ainda que "o investimento para esta iniciativa ronda os 270.000 euros e à ação solidária associou-se de forma espontânea e louvável o plantel principal" de futebol, que "se organizou e recolheu um valor que permitiu contribuir para a aquisição de dois dos ventiladores e de uma das remessas de máscaras de proteção hospitalar".
Os equipamentos já foram encomendados a nível internacional e o clube liderado por António Salvador espera que a sua entrega seja feita "nos próximos dias, seguindo de imediato para o Hospital de Braga".
Os 'arsenalistas' destacam como "fundamental para esta ação o diálogo técnico estabelecido entre o departamento médico do Sporting de Braga e a administração e a direção clínica do Hospital de Braga" e deixaram expresso uma saudação a todo o "pessoal desta unidade e das várias unidades deste país que combatem para vencer este surto".
"O clube regista e agradece o gesto do grupo de trabalho, que num movimento de grande nobreza se associou a esta causa", pode ler-se.