quinta-feira, 18 de agosto de 2016

CDS. Oposição "construtiva" com política económica debaixo de fogo

Assunção

Já de olho nas autárquicas, os centristas escolheram para a sua rentrée política Oliveira do Bairro, uma câmara que lhes escapou por 700 votos e que querem ganhar ao PSD

Uma "oposição construtiva", com apresentação de propostas em áreas transversais, como a social, a saúde, a educação e a demográfica, vai ser a linha estratégica do CDS--PP no próximo ano. Os centristas querem marcar desta forma a sua diferença em relação ao PSD. Isto apesar de, como frisou ao DN Nuno Magalhães, presidente da bancada parlamentar do CDS-PP, a política económica e financeira do governo mereça a "oposição firme" a todos os níveis, alinhando aqui com os sociais-democratas, cujo líder, Pedro Passos Coelho, criticou duramente o executivo de António Costa nesta matéria.

No último domingo, no discurso da rentrée política, Passos aconselhou o governo a corrigir a trajetória que vem seguindo" uma vez que os dados que constam do Orçamento do Estado (OE) "estão a ser desmentidos pela realidade". Nuno Magalhães subscreve e remete para as recentes declarações do deputado centrista e ex-ministro da Segurança Social Pedro Mota Soares, quando foram divulgados os últimos números do INE sobre o crescimento económico (0,8%). "É muito óbvio que a estratégia económica dos socialistas está errada. O governo, por fobia ideológica, atacou a atividade económica, o investimento caiu, as exportações caíram e nem a procura interna serve como motor da economia, havendo um problema de confiança", disse Mota Soares.

Nuno Magalhães acrescenta que "tudo o que o governo tem defendido, quanto a criar crescimento só através do consumo privado, provou-se estar errado e por isso nesta matéria o CDS manterá uma oposição absoluta e muito firme".

Quando a propostas para o OE de 2017, ainda nada está decidido. No último orçamento, o CDS apresentou várias propostas, bem como durante a legislatura. "Embora tivessem sido todas chumbadas, entendemos que devemos continuar a defender as nossas ideias", sublinha o líder parlamentar.

Mas há no CDS quem entenda que a estratégia que o partido tem seguido não está a dar resultados e que deve mudar para uma ação política mais "combativa e eficaz". É o caso de Filipe Lobo D"Ávila, ex-porta-voz do partido com Paulo Portas e atual deputado. "Espero que o CDS consiga fazer um maior combate político ao governo. Há que continuar a apresentar alternativas sólidas mas há que fazer uma oposição mais combativa. A oposição não tem sido suave mas tem de ser mais eficaz do que tem sido. Há que apontar politicamente os erros que o governo tem cometido e fazê-lo em todas as frentes da governação." Ávila, que encabeçou a única lista de oposição à de Assunção Cristas, para o conselho nacional, dá alguns exemplos de "frentes" que podiam ser mais trabalhadas. "O CDS tem estado bem a pôr a agenda social em cima da mesa sobretudo na natalidade, na segurança social e na saúde. Mas, no envelhecimento ativo, poderíamos ter ido mais longe. Principalmente falta política, falta combate político. É preciso fazer que António Costa deixe de estar tão confortável como primeiro-ministro e que isso seja resultado da oposição do CDS. É o que espero que possa acontecer neste próximo ano."

O momento alto da rentrée do CDS será este ano em Oliveira do Bairro, no dia 10 de setembro. "A pensar nas eleições autárquicas", explica fonte centrista. Isto porque em 2013 esta câmara foi uma das grandes apostas do CDS e que foi perdida para o PSD por 731 votos. Agora o CDS quer apostar tudo para a conquistar.


Antes (de 1 a 3) decorrerá a "Escola de Quadros" do partido, em que o tema Educação terá grande destaque e é assumido como um dos assuntos mais relevantes para rentrée parlamentar dos centristas. O antigo presidente do partido Paulo Portas regressa também aqui ao palco político para um debate com António Vitorino.

Fonte:dn.pt/portugal/interior

Hoje é dia do Expresso das Ilhas. Destaques da edição 768

Hoje é dia do Expresso das Ilhas. Destaques da edição 768
A edição 768 do Expresso das Ilhas faz manchete com a ENTREVISTA a Arlindo do Rosário, Ministro da Saúde: “A Saúde e Segurança Social podem e devem caminhar de uma forma paralela e integrada”. Nesta primeira entrevista exclusiva ao Expresso das Ilhas, Arlindo do Rosário expõe as grandes linhas de actuação do ministério da Saúde e Segurança Social para esta legislatura. Nas suas palavras, o ministério que tutela irá consolidar os ganhos do Serviço Nacional de Saúde que deverá ser sustentado não só pelo sector público, mas também pelo sector privado. Em relação à segurança social preconiza uma segurança social mais justa e equilibrada e a sustentabilidade financeira do sistema a longo prazo. O ministro defende que se torna importante a definição de uma política para a Saúde e Segurança Social. “De facto, há uma visão em que a Saúde praticamente aproveita-se da segurança social. Isso é um erro. A saúde nunca irá aproveitar-se da segurança social. A saúde irá potencializar a segurança social”.
As autárquicas em São Vicente, é outros dos destaques: enquanto Augusto Neves quer uma vitória clara para governar sozinho, António Monteiro acredita que é o melhor candidato para protagonizar uma mudança para defender os interesses de São Vicente.
A corrida pelo mercado da economia digital. Cabo Verde ocupa o 84º lugar no índex da conectividade global, publicado há poucos dias pelo Fórum Económico Mundial e é o 10º país africano no ranking. Números aparte, esta classificação significa que há ainda muito trabalho a fazer numa altura que o mundo dos negócios entra numa nova fase: a transformação para a economia digital. O aumento de um ponto percentual na conectividade global tem impactos que variam no crescimento da competitividade, na inovação e na produtividade de cada país (com subidas que variam entre os 2,1 e os 2,3 por cento). Cabo Verde passou de 87ª a 84ª economia conectada do mundo (em 138 países), de acordo com o Relatório Global de Tecnologia da Informação 2016, mas pontuação continua a ser 3.8, a mesma do último ano. Na economia do futuro, o mundo inteiro, desde a maior cidade à mais pequena aldeia, estará digitalmente ligado, a competir no mercado global. Ao mesmo tempo que os países forem alcançando o nível máximo de conectividade, a era da inovação aumentada nascerá: computação em nuvem, inteligência artificial, a análise de big data para alcançar um nível de inovação nunca antes possível – aquele que transcende as barreiras físicas e as limitações do cérebro humano. E este mundo não está assim tão longe, a inovação aumentada, segundo o Índex Global de Conectividade lançado recentemente pela Huawei, deve chegar em 2020.
Desigualdade Social: Ter ou Não Ter. Nesta terceira e última parte da série sobre a Desigualdade Social em Cabo Verde, trazemos exemplos concretos: aspectos de duas realidades apostas que convivem no mesmo país; a história de duas jovens de meios sociais diferentes, e de como o perfil financeiro da família de ambas afectou as suas vidas.
Também nesta edição: Voltamos ao Rio de Janeiro porque Zezinha Andrade estreia-se esta quarta-feira nos Jogos Olímpicos. 
No interior, a opinião de Casimiro de Pina, A “política da felicidade”: uma ideia totalitária; de Paulo Alexandre dos Santos, As escolhas individuais intervêm e dirigem as instituições; de Victor Lobo, Um projecto desportivo de estrutura sólida; e regressa também Humberto Cardoso, com o emcima, esta semana com análises à suspensão do mandato do Presidente da República, à estória dos dois Primeiros-ministros e à política pós-facto.

quarta, 17 agosto 2016 14:10

5 consejos para este regreso a clases sobrevive al tráfico del inicio del ciclo escolar con Waze


by Yesica Flores
Jueves 18 de agosto de 2016 — Se acaban las vacaciones, se acerca el regreso a clases y con ello el tráfico habitual volverá. Más de 26 millones de niños que cursan de educación básica regresarán a los salones este 22 de agosto en todo el país.
Por todo esto, prepararse para el nuevo ciclo escolar no sólo se trata de comprar útiles escolares y uniformes. Afortunadamente podemos usar la tecnología a nuestro favor, por ello, Waze, la aplicación de movilidad más famosa del mundo, te presenta cinco consejos para que puedas llevar a tus hijos a la escuela y, lleguen a tiempo.
1. Planea tu viaje
Muchas veces llegamos tarde porque no sabemos bien a qué hora salir, pero con la función Planned Drives podrás programar el viaje a la escuela esa misma mañana o hasta una semana antes. De esta forma evitarás que tus hijos sean los últimos en entrar al salón de clases.
Sólo escribe la hora y la fecha en la que entra tu pequeño a la escuela y Waze te sugerirá el mejor tiempo para salir de casa. Lo mejor de esta función es que se actualiza en tiempo real según las condiciones de tráfico y te enviará alertas para salir.
Si eres de esos papás o mamás que hacen recorridos dignos de una medalla olímpica, dejar a varios hijos en distintas escuelas, ya no será un problema porque con esta función puedes agregar paradas a tu ruta dentro de Waze.
Para utilizarlo, sólo abre Waze e ingresa un destino (Menú>Ingresar dirección en la barra de buscador). En la pantalla de tiempo de llegada estimado da clic en el ícono de Planned Drives.
2. No olvides a los más pequeñines
Como tal vez las vacaciones te acostumbraron a no llevar a tus hijos a sus actividades diarias, y con el estrés del regreso a clases, puede que los primeros días se te olviden en tu coche. Aunque no lo creas, en los últimos 30 años han muerto más de 700 niños en Estados Unidos encerrados en coches. Por eso, nunca está de más recibir un recordatorio, como el de la nueva función de Waze “Recordatorio de Niño”. Si llevas a bebés o hijos más pequeños en tu recorrido por las escuelas de tus hijos mayores, evita que se te olviden por ir en la prisa con esta función.
Cuando llegues a tu destino, Waze te recordará revisar tu auto antes de salir para que no olvides a tus pequeños. Además, esta alerta puede ser personalizada e incluso puedes poner el nombre de tu hijo.
Para configurarla, visita Menú> Ajustes> General> Recordatorio de niño> Seleccionar "Permitir recordatorios". Si quieres personalizarla, dirígete nuevamente “Recordatorio de niño”, selecciona Mensaje Personalizado > Escribe tu mensaje personalizado > Toca “Listo”.
3. Deja que te guíen sus personajes favoritos
Si tus pequeños son fan de Dory o Sid, estos personajes podrán ser los ‘guías’ de su viaje a la escuela y de esta forma amenizar el camino, dichos personajes estarán disponibles hasta el 28 de agosto. Las voces de estos simpáticos personajes las podrás encontrar dentro de los comandos de voz de Waze y activarlos es muy fácil:
Sólo selecciona Ajustes –> Sonido –> Idioma de voz y selecciona la voz de su personaje favorito.
4. Checa tu coche y evita atrasos
Aunque sabemos que no manejarás en carretera para dejar a tus niños a la escuela, siempre es importante tener tu vehículo en excelentes condiciones para evitar cualquier tipo de contratiempo. ¿A quién no le ha pasado que en las prisas no arranca el auto?
5. Ayuda a reducir el tráfico
¿Te has preguntado por qué aumenta el tráfico cuando los niños entran a clases? Si consideramos que muchos pequeñines son llevados a la escuela en coche, e inmediatamente asociamos el regreso a clases con el tránsito de la ciudad, tendremos la respuesta. Sin embargo, hay una buena noticia: dentro de un carro pueden viajar varios niños, aunque no sean tus hijos. Para disminuir el número de autos, podrían organizarse un grupo de padres y/o madres de familia para turnarse en llevar y recoger a los niños a la escuela. Para que no lleguen tarde, pueden usar la función Planned Drives e incluir las otras casas como paradas. De esta forma, no sólo ayudarás a disminuir el tráfico, sino que tus hijos podrán pasar más tiempo con sus amiguitos.
En este regreso, ayuda a tus hijos a que inicien con el pie derecho y sean los más puntuales de su salón. Con estos cinco consejos seguro tendrás un 10 en Paternidad y Habilidad de manejo.
Si aún no eres parte de la comunidad Waze, entra a waze.com/get y descarga la app sin costo, o bien desde la App Store o Google Play Store.
Yesica Flores | agosto 18, 2016 a las 4:22 pm | Etiquetas: sobrevive al tráfico

Rajoy aceita condições do Ciudadanos para tentar formar governo

Resultado de imagem para Rajoy aceita condições do Ciudadanos para tentar formar governo
O debate para a investidura de Mariano Rajoy como presidente do novo governo espanhol será realizado a 30 de Agosto, informou esta quinta-feira a presidente do Congresso de Deputados.
Esta tarde, o líder do partido de centro-direita, Albert Rivera, após o final da reunião com Mariano Rajoy, no Congresso, anunciou que o presidente do governo espanhol em funções aceitou as condições impostas pelo partido Ciudadanos e que iria falar ainda hoje com a presidente do Congresso, Ana Pastor, para que fosse definida uma data para a investidura.
Entretanto, foi anunciado por Ana Pastor que o debate para a investidura de Mariano Rajoy como presidente do novo governo espanhol será realizado a 30 de Agosto.
Esta data pressupõe, caso a investidura de Mariano Rajoy fracasse e passem dois meses sem que nenhum candidato seja escolhido, que as terceiras eleições gerais em Espanha num espaço de um ano seriam realizadas no dia de Natal, 25 de dezembro, segundo referiu a agência noticiosa espanhola EFE.
Albert Rivera afirmou esta tarde, em conferência de imprensa, que os porta-vozes do Partido Popular (PP, direita) e do Ciudadanos (centro-direita) assinaram o pacto anti-corrupção para desbloquear a situação política, o qual contempla as seis medidas apresentadas pelo Ciudadanos para o início das negociações para a investidura.
"Hoje demos um passo que qualificá-lo-ia de decisivo para formar governo e para que não se repitam eleições", afirmou o líder do Ciudadanos.
Após afirmar que as equipas negociadoras do PP e dos Ciudadanos para iniciar as conversações com vista à investidura vão ser nomeadas já na sexta-feira, o líder do PP insistiu: "Hoje estou na disposição de ir à sessão de investidura".
As seis condições do Ciudadanos
- Separação imediata de qualquer cargo público, a alguém que seja acusado de corrupção, até à resolução completa do processo.
- Fim dos "aforamientos" dos políticos (tratamento judicial especial dado aos políticos em Espanha, que não são julgados por instâncias inferiores).
- Nova lei eleitoral que permita aos eleitores ter maior influência na eleição, maior proporcionalidade, e eliminar a lei do "voto rogado", que obriga os cidadãos residentes no estrangeiro a depender dos consulados para conseguirem votar.
- Fim dos indultos aos condenados por corrupção política.
- Limitação do mandato do presidente do Governo a um máximo de oito anos ou dois mandatos.
- Compromisso de transparência e criação de uma comissão parlamentar para investigar o "Caso Bárcenas" (relativo a suspeitas de financiamento ilegal do PP).
TSF

Raul Almeida faz um “balanço bastante positivo” das Festas de São Tomé

Passada a "euforia" das Festas do Concelho, importava fazer uma auto-análise do que estas significaram para o autarca mirense e toda a sua vasta equipa, que empenhou-se árduamente na concretização deste que é o maior evento do Concelho.
Desta forma, a reportagem do Jornal Mira Online esteve à fala com Raul Almeida, para que este pudesse "dizer de sua justiça".
MO - Sr. Presidente, qual o balanço que faz das Festas de São Tomé deste ano?
RA - Faço um balanço bastante positivo! Houve dias em que aconteceram verdadeiras "enchentes", onde batemos recordes de pessoas no recinto. Procuramos, também, incrementar outras novidades como o "São Tomé Kids". Claro que houve alguns pormenores que não correram como esperávamos (é impossível atingirmos a perfeição!), mas no geral ficamos com a nítida sensação de que os mirenses estão a sentir um grande orgulho nas suas Festas, passando a mensagem para outros, trazendo-os, também.
MO - Na vertente económica, o que pode dizer-nos sobre este evento?
RA - Eu mesmo, pessoalmente, convidei alguns empresários a "apostarem" no São Tomé. Apesar de aceitarem de uma forma cética, fiquei muito contente com as palavras que nos transmitiram no fim do certame. Foram palavras de incentivo e, ao mesmo tempo, de reconhecimento de que valeu a pena estarem presentes. Este ano tivemos quase 50 expositores e, para o próximo, pretendemos aumentar este número, se possível.
MO - Alguém disse que, este ano, Mira teve, se calhar por não haver cruzamento de datas, "a sua Expofacic"...
RA - (Sorrisos) Obviamente não podemos comparar o incomparável! Cada uma destas Festas tem a "sua medida". Mas, de uma coisa temos a certeza: assim como a Feira de Cantanhede tem tido o seu crescimento sustentado anualmente, este também é o nosso objetivo, guardadas as devidas diferenças de proporcionalidade! Temos, aqui no Jardim do Visconde, um problema de espaço notório: por mais que queiramos "crescer", sabemos bem que esta não é uma área ampla onde podemos dar azo à imaginação... e não só! Também existe o enquadramento financeiro que nos impede de crescer sem termos os pés bem assentes no chão. Nunca o fizemos e nunca o faremos, pois a saúde financeira do Município é muito importante para que possamos continuar a realizar as obras necessárias em todo o Concelho! Temos que utilizar a criatividade para podermos crescer sem cometermos loucuras...
Foto  Raul Site
Com estas palavras, o Presidente da Câmara Municipal de Mira deixou a "sua" impressão global sobre os aspectos mais importantes das Festas que ocorreram em Julho. Havia muito mais a ser falado, não somente sobre este assunto, como outros, também deveras importantes. Por ter uma agenda exigente e extremamente carregada, resta-nos agradecer ao Presidente Raul Almeida a disponibilidade de conversar com a reportagem do Jornal Mira Online. Outras oportunidades acontecerão e, certamente, nelas serão dadas mais e novas informações.
Jornal Mira Online, por respeito à pluralidade de ideias, incentivando sempre que possível o debate e na procura única e constante do bem comum do Concelho, convida às forças vivas (políticas e não só) a darem o seu testemunho sobre este assunto, se assim o entenderem.
Francisco Ferra

Mira Online | Agosto 18, 2016 às 6:56 pm | Categorias: Repórter Online 

ISRAEL SOFRE AS DORES DO DAESH


O general Herzi Halevy, chefe dos serviços de espionagem militar do Estado de Israel, declarou recentemente, numa conferência em Herzlia, que “não queremos a derrota do Daesh (ou Isis, ou Estado Islâmico) na Síria”. Os seus “actuais insucessos colocam Israel numa posição difícil”, lamentou, de acordo com uma transcrição publicada no jornalMaariv, conotado com a direita política sionista.

A última coisa de que o general Halevy pode ser acusado é de usar uma linguagem hermética, hipócrita, ao contrário de tantos dirigentes políticos mundiais, de Hollande a Obama, de Mogherini a Hillary Clinton, do secretário-geral da NATO aos autocratas da União Europeia. Ele é directo, fala com clareza, respeitando, aliás, a prática do seu primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, que se deixa fotografar em hospitais israelitas visitando terroristas da Frente al-Nusra (al-Qaida) feridos durante a agressão à Síria soberana.

“Está fora de questão” que o Daesh “venha a ser derrotado na Síria”, prosseguiu o general Herzi Halevy, embora sem explicar o que tencionam fazer Israel e os seus aliados para evitar que os terroristas, ao que se diz combatidos pela “coligação internacional” onde se juntam os principais parceiros políticos e militares do exército israelita, sejam sacrificados pelas instituições sírias. Também não devemos esperar que um militar com tão secretas funções seja um boquirroto.

As declarações do chefe da espionagem militar israelita apenas devem ser consideradas intrigantes num aspecto: de que modo podem ser conjugadas com a propaganda norte-americana – e a europeia, por arrastamento – à luz da “aliança indestrutível” entre Israel e os Estados Unidos, na verdade dois países geminados nos termos dos famosos postulados de Henry Kissinger? O general Halevy foi factual, mas a sua franqueza confirma ao mundo que o envolvimento dos Estados Unidos e dos seus aliados da NATO na guerra contra o Daesh, pelo menos na Síria, não passa de um conto da carochinha para tentar amainar a revolta da opinião pública perante os atentados terroristas, principalmente na Europa.

Nas últimas semanas, a imprensa norte-americana, designadamente oNew York Times, tem vindo a explicar que o pretenso combate apoiado militarmente pelos Estados Unidos contra o Daesh sofre de duas condicionantes de vulto: por um lado, tem de levar em consideração que os terroristas “moderados” sustentados pelo Pentágono e a NATO combatem quase sempre sob o comando operacional ou do Daesh ou da al-Qaida, pelo que, nestas circunstâncias, a “coligação internacional” não pode actuar em pleno, mesmo que queira, o que também ninguém garante; em segundo lugar, a mesma “coligação” abstém-se de agir contra o seus alegados inimigos sempre que estes estejam em posições que lhes permitam contribuir para a derrota do governo sírio, objectivo que parece ser a prioridade comum. De Washington, das principais capitais europeias e dos meios financeiros e mafiosos que manipulam a constelação mercenária do terrorismo dito islâmico.

Chegados a este ponto, as coisas fazem todas sentido e não existe qualquer contradição entre as declarações do superespião israelita e a prática dos principais aliados de Israel. Halevy diz o que todos pensam e executam, embora só ele possa expressar-se sem papas na língua. Israel não tem necessidade alguma de apregoar o seu empenho no combate ao terrorismo, uma vez que a sua intimidade com a conspiração e a prática terrorista é histórica, faz parte da essência do próprio Estado.

Já os Estados Unidos, tal como a França, o Reino Unido e outros aliados estão oficialmente do lado do combate ao terrorismo – originalmente a “guerra contra o terrorismo” de George W. Bush – e, por isso, sentem necessidade de, a cada passo, disfarçarem as suas evidentes cumplicidades com o Daesh e afins, tentando não ser vergonhosamente manchados com o sangue dos seus concidadãos vítimas do terrorismo. O êxito é limitado, mas o terrorismo mediático vai conseguindo esconder a verdade de grandes sectores da opinião pública.

No entanto, o que verdadeiramente conta para todos, em primeiro lugar e neste momento, é derrubar o governo legítimo e soberano da Síria, fazendo esse grande favor a Israel mesmo que isso signifique entregar o todo ou parte do território sírio ao Daesh, al-Qaida e parentes. Uma tal estratégia faz gato-sapato da ONU, do direito internacional e dos direitos humanos, mas quem os leva ainda a sério?

O general Halevy falou por todos: “A derrota do Isis na Síria está fora de causa”. Ou seja, destruir a Síria soberana é o objectivo último dos terroristas e dos que dizem combatê-los
Está dito e ficamos informados. Melhor do que nunca.

*Mundo Cão

Espanha. Rajoy vai mesmo à sessão de investidura, mas com escassa margem de ser investido

Está cada vez mais difícil desbloquear o impasse político em Espanha. Apesar de ter aceitado as condições de Rivera, Rajoy parece estar convencido de que falhará a sua investidura. Já Pablo Iglesias anunciou que tem conversado com Sánchez sobre a possibilidade de um governo das esquerdas.
Não ata nem desata. O emaranhado político em Espanha parece cada vez mais longe de estar resolvido. Isto apesar de no encontro a dois realizado esta quinta-feira, 18 de Agosto, Mariano Rajoy, líder do PP e primeiro-ministro em exercício, ter comunicado ao presidente do Cidadãos que os populares aceitam as seis condições apresentadas por Albert Rivera para votar a favor da investidura do ainda chefe de Governo.

"Hoje demos um passo decisivo para o objectivo de formar governo e de não se repetirem eleições", anunciou Rajoy aos jornalistas depois do encontro com o líder do Cidadãos. O presidente conservador confirmou que "amanhã iniciaremos negociações" sectoriais por forma a enquadrar as condições exigidas por Rivera.

Outra novidade deixada por Mariano Rajoy, e que decorre da condição prévia estabelecida por Rivera, passa pela garantia de que o líder do PP vai mesmo apresentar-se à sessão de investidura, algo que até aqui não dava como garantido pese embora ter aceitado a incumbência atribuída pelo rei Felipe VI de tentar formar governo.

A data não foi, porém, anunciada, com Rajoy a explicar que primeiro terá de falar com Ana Pastor, presidente do Congresso espanhol (equivalente à Assembleia da República), para lhe dizer que "estou à disposição de acudir à sessão de investidura quando ela considerar oportuno". A Constituição estabelece que é o líder do Congresso quem tem de agendar o debate de investidura.

Contudo, em Espanha a imprensa adianta que Rajoy está fortemente convencido de que não conseguirá ser investido primeiro-ministro, encarando já o cenário de novas eleições, as terceiras em menos de um ano. Esta quinta-feira, o jornal El Mundo garante que, após uma semana de reflexão na Galiza, Rajoy está convicto de que a sua investidura sairá fracassada.

É que sabendo que os 32 deputados do Cidadãos não bastam para garantir a sua investidura, Mariano Rajoy tinha a esperança de que conseguiria levar Pedro Sánchez, secretário-geral do PSOE, a abandonar a sua reiterada rejeição a um Executivo popular e, ainda ontem, o primeiro-ministro espanhol dizia que tentaria voltar a conversar com o líder socialista dado que "para formar governo requerem-se duas condições, o apoio do Cidadãos (…) e o do PSOE".

Rajoy referiu que procurará também um entendimento com o deputado da Coligação Canária, mas reconheceu que os 170 deputados (PP, Cidadãos e Coligação Canária) "não são suficientes", pelo que insistiu que voltará a tentar garantir o apoio de Pedro Sánchez. Se o não conseguir, "teríamos de ir a eleições", avisa Rajoy ñotando que tal possibilidade significará que "uns, os que bloqueiam, teriam muito mais culpa do que os outros, que querem negociar".

O presidente do PP pretendia assegurar o apoio dos socialistas antes de falar com Ana Pastor sobre o agendamento da sessão de investidura, mas a exigência do Cidadãos para que a mesma fosse marcada levou Rajoy a ceder. Questionado por uma jornalista sobre o que o levou a mudar de ideias, Rajoy limitou-se a perguntar: "Que quer que faça?".

Esta resposta deixa subentendido que Rajoy sente estar de mãos atadas, por sua vez com o futuro nas mãos de Sánchez. Também Albert Rivera atirou a responsabilidade pela manutenção do bloqueio institucional para as costas de Sánchez, sustentando que cabe ao PSOE "tornar possível a governabilidade".

Esta quinta-feira o conservador ABC escreve que Rajoy telefonou duas vezes a Sánchez, na terça e quarta-feira passadas, para tentar marcar um encontro para desbloquear o actual impasse. Todavia, a resposta de Sánchez voltou a ser um rotundo "não". Esta atitude foi ontem reforçada depois de a Comissão Permanente do PSOE, convocada por Sánchez, ter reafirmado o veto a qualquer solução governativa protagonizada por Rajoy.

Ao contrário do sucedido em Fevereiro passado, quando Rajoy aceitou reunir-se com Sánchez para discutir um eventual apoio à investidura do então candidato a  primeiro-ministro, incumbido pelo rei Felipe VI depois da rejeição de Mariano Rajoy justificada pelo líder popular com a falta de apoios, o líder socialista recusa agora reunir-se com o presidente do PP.

Iglesias reabre porta de governo das esquerdas

Parecia definitivamente fechada, mas Pablo Iglesias, secretário-geral do Podemos, reabriu hoje a de manhã a possibilidade de um governo das esquerdas entre PSOE e aquela força de extrema-esquerda.
  
Depois de mais de duas semanas ausente dos holofotes, Iglesias reapareceu em cena dizendo hoje no Congresso que concorda com Sánchez sobre a necessidade de esperar pelo debate de investidura de Rajoy. E se este "fracassar", Iglesias afiança estar de acordo com Sánchez sobre perante tal cenário a necessidade de "dialogar" acerca da formação de um "governo progressista".

No entanto, também o número de deputados do PSOE e do Unidos Podemos (coligação entre Podemos e Esquerda Unida que concorreu às eleições de 26 de Junho) não é suficiente para assegurar a investidura de um candidato, presumivelmente Pedro Sánchez. O governo das esquerdas foi uma possibilidade colocada de parte depois das eleições gerais de 20 de Dezembro, porque também então a concretização de um eventual pacto entre PSOE e Podemos exigia o apoio dos partidos nacionalistas representados no Congresso, hipótese desde logo colocada de parte pela direcção socialista. 

David Santiago – Jornal de Negócios

Portugal. CGD. PCP lamenta que BCE volte a decidir matérias relevantes para o país

O PCP lamentou hoje que o BCE tenha voltado a decidir sobre matérias relevantes para o país como a nomeação do Conselho de Administração da CGD, mas reiterou as críticas ao processo de nomeação dos administradores do banco público.
"Com esta decisão do BCE [Banco Central Europeu] se confirma mais uma vez que são as estruturas supranacionais que decidem sobre matérias relevantes para o país, neste caso sobre uma matéria que tem a ver com o setor bancário e com o principal banco nacional e ainda por cima o banco público", disse Jorge Pires, na comissão política do PCP, numa conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa.

O Banco Central Europeu (BCE) aprovou os 11 nomes propostos pelo Governo para o Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos, mas rejeitou outros oito por excederem o limite de cargos em órgãos sociais de outras sociedades.

Ressalvando que esta observação não representa o apoio dos comunistas ao processo de nomeação e escolha dos administradores para a CGD, Jorge Pires recordou que já em junho o PCP caracterizou esse processo como "intolerável", na medida em que corresponde "no essencial à reposição do bloco central de interesses, com figuras oriundas ora do PS, ora do PSD e do CDS".

"Na altura considerámos igualmente intolerável a decisão de elevar mais as remunerações milionárias para os seus titulares que o PCP sempre combateu", acrescentou.

Jorge Pires sublinhou ainda que, neste momento, o importante é definir um plano estratégico para o banco público, que o prepare para "as missões para o qual foi criado", nomeadamente o apoio ao crédito a micro, pequenas e médias empresas e às famílias.

Além disso, continuou, é importante que para a administração do banco sejam escolhidas pessoas que estejam em condições de concretizar esse plano estratégico, "pessoas identificadas com o interesse nacional, com o interesse público" e não identificadas com a experiência do setor privado.

"A banca privada tem uma lógica de funcionamento que se caracteriza pela utilização do dinheiros dos depositantes para o investimento na especulação financeira, no crédito concedido aos amigos, às empresas dos acionistas desse banco e não é esta a estratégia que defendemos para a CGD", frisou.

Questionado sobre o anúncio do Governo de que vai alterar a lei bancária para recuperar "alguns" dos oito nomes rejeitados pelo Banco Central Europeu para a administração da Caixa Geral de Depósitos, Jorge Pires disse que o PCP não se pronuncia sobre uma proposta que "não existe".

De qualquer forma, acrescentou, se a proposta for no sentido de facilitar a integração de pessoas na gestão do banco público que depois fiquem associadas a um conjunto de outras empresas do setor privado "com interesses completamente diferentes daqueles que são os interesses do banco público", o PCP certamente não estará de acordo.

Quanto ao número de pessoas que integram o Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos, Jorge Pires vincou que "o problema está nas pessoas no concreto".

"Mais do que discutirmos a estrutura, o número - que pode ser mais ou menos exagerado -, dependerá muito daquilo que se pretender fazer com a Caixa no futuro - mais do que isso interessa ver quem são as pessoas e se existe um plano que devolva as condições para a CGD funcione de acordo com as missões para a qual ela foi criada", afirmou.

Lusa, em Notícias ao Minuto

Portugal. CGD. Bloco defende lei que "limite e discipline" número de cargos acumulados

A deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua defendeu hoje uma lei que limite e discipline o número de cargos na banca que possam ser acumulados e não uma lei "permissiva e discricionária" como a que existe atualmente.
"O Bloco de Esquerda defende uma lei que restrinja, discipline e limite o número de cargos que possam ser acumulados de forma transversal, tanto para o público como o privado, mas não apoia uma lei que deixe tudo como está e permita a acumulação atualmente existente e ainda crie por cima disso uma exceção para os administradores da Caixa Geral de Depósitos (CGD)", disse Mariana Mórtagua.

A deputada do Bloco falava em declarações à Lusa a propósito da aprovação por parte do Banco Central Europeu dos 11 nomes propostos pelo Governo para o Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos, conhecida na quarta-feira ao final da noite.

De acordo com Mariana Mortágua, a atual lei é "muito permissiva", lembrando que deveria haver regras que restringissem "ainda mais a acumulação de cargos na banca para evitar situações de gestores e super administradores que estão nos conselhos de administração de várias empresas, com relações de conflitos de interesses" como se viu nos casos do BES e da PT.

"A lei é muito discricionária, diz que deve ser o Banco Central Europeu ou o Banco de Portugal, caso a caso, a determinaram quando é que há cargos excessivos e isso permite toda a acumulação de cargos e que o BCE e o Banco de Portugal fechem os olhos, ou seja, uma acumulação mais limitada caso decidam de outra forma", sublinhou.

O Banco Central Europeu aprovou os 11 nomes propostos pelo Governo para o Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos, mas rejeitou outros oito por excederem o limite de cargos em órgãos sociais de outras sociedades.

Segundo um comunicado do ministério das Finanças, o Banco Central Europeu (BCE) aprovou a estrutura de governação do banco proposta pelo Governo que integra um Conselho de Administração alargado, em que os administradores não executivos terão funções de controlo da Comissão Executiva através de Comissões Especializadas e um Conselho Fiscal, com funções de fiscalização e que terá assento, por inerência, na Comissão de Auditoria e Controlo Interno.

O BCE atestou ainda a "adequação e a idoneidade de sete administradores-executivos propostos, de quatro administradores não-executivos e dos quatro membros do Conselho Fiscal".

Outros oito administradores não-executivos propostos foram reprovados por excederem o limite ao número de funções desempenhadas em órgãos sociais de outras sociedades previsto no Regime Geral das Instituições de Crédito e das Sociedades Financeiras (RGICSF).

Segundo o Governo, "o processo de conformidade levaria a uma maior morosidade do processo de nomeação".

"A nomeação dos restantes administradores não-executivos será feita num curto espaço de tempo já que não houve sobre estes qualquer objeção relativamente à adequação ou idoneidade, nem foram identificados quaisquer conflitos de interesses impeditivos", acrescenta o comunicado das Finanças.

Entretanto, o Governo vai alterar a lei bancária para recuperar "alguns" dos oito nomes rejeitados pelo Banco Central Europeu para a administração da Caixa Geral de Depósitos, disse ao Jornal Negócios o secretário de Estado do Tesouro e das Finanças.

"Vamos alinhar o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras com a diretiva e isso resolve grande parte do problema", disse Mourinho Félix, secretário de Estado do Tesouro e Finanças, ao Jornal de Negócios.

Na notícia publicada na edição de hoje o jornal, Mourinho Félix disse acreditar que, com a lei alterada, "é preciso ver se as oito pessoas (que agora ficaram de fora) cumprem ou não os requisitos e se se querem conformar às novas exigências" para poderem integrar o conselho da Caixa Geral de Depósitos (CGD).

Lusa, em Notícias ao Minuto