domingo, 7 de abril de 2019

EDITORIAL | O jornalismo tem de esclarecer e não escurecer


A inteligência humana é feita para a verdade; ela procura a verdade como a planta o sol que a vivifica. A verdade é o esplendor do belo.
Aliviado de virtudes e sobrecarregado de defeitos todo o homem transporta o seu madeiro do suplício neste mundo terreno em que nasceu. Irremediavelmente conformado e couraçado com paciência evangélica, vai vivendo na esperança de que seja liberto do carrego antes de chegar ao fim da sua jornada de penitência.
Ora, aconteceu que em determinado momento da minha existência encontrei quem com forte entusiasmo e generosa intenção quisesse compartilhar moralmente das desditas do seu semelhante, esquecendo as suas. Encontro combinado.
Os profissionais da imprensa, como sempre, têm sérios problemas sociais por solucionar. Lutam por condições de vida mais justas, compatíveis com a posição que ocupam.
Acredito que os jornalistas são seres humanos possuidores de coração desdobrado lealmente para o seu semelhante, embora, de opiniões políticas diferentes apesar do esforço para não as evidenciarem.
Todos correm de um lado para o outro com encontrões egoístas, desumanos, sem respeito pelos mais velhos. Desgraçados dos que são vencidos nesta luta inglória do dia-a-dia, só porque lhes falta a audácia, a coragem da má formação de carácter, a vontade dura que é capaz de afastar num gesto brusco, o que vai à frente! Sobre eles caem os chascos, as palavras mais contundentes, as casquinadas mais grosseiras, os olhares mais desprezíveis.
Naquele tempo de espera cheguei à conclusão de que vale a pena esperar, tem as suas vantagens. Estudei os homens – todos eles com seu madeiro de suplício. Pensei no mundo desenfreadamente materialista, de que nos temos de libertar se quisermos caminhar para uma vida de melhor sorte. Verifiquei que sobram horas para todos os gozos e todos os desalentos – quando a Esfinge da existência ameaça devorar-nos.
Aceitei então os bons conselhos de um “velho” camarada da senda jornalística. Ele já não pertence ao número dos vivos. Era um homem de consciência recta, um espírito inquebrantável, persistente defensor de um ideal. Um JORNALISTA genuíno. Nunca humilhou os colegas, bem pelo contrário, estendia-lhes a mão para os erguer. Quando um colega era impedido de entrar de determinado lugar, ouvia-se o seu grito de alerta: Ninguém entra.
Falta dignidade e consciência profissional no mundo jornalístico. O caminho está livre para os jornalistas (?), empreendedores, orgulhosamente convencidos de que somos uma classe digna de respeito e merecedora da mais completa justiça. Não me parece...
Desejamo-la porque olhamos para a multidão e queremos que o mundo seja o modelo de todas as perfeições. Queremos que o homem deixe de transportar o seu madeiro de suplício.
Jornalista é, hoje, uma das profissões mais vitais para o bom andamento do dia a dia. Com a quantidade de informações que recebemos, muitas vezes não conseguimos filtrar o que é verdadeiro ou não. Essa é a função do jornalista, apurar e ter certeza de que tudo é verdadeiro!”, de autor não identificado.
“O jornalismo tem de esclarecer e não escurecer. Nosso trabalho é iluminar as tocas onde se escondem os hipócritas e os mentirosos” escreveu Boris Casoy.
Sou dos que acreditam que não era necessário ser tão duro, contudo, é o que temos. Fazemos parte de uma sociedade minada de interesses subterrâneos, ainda que sejam os mais mesquinhos, eles existem.

Joaquim Carlos
Director do Litoral Centro

Anexo:
Câmara Municipal de Aveiro praticou discriminação na distribuição de publicidade a um órgão de imprensa local sobre a Feira de Março

http://litoralcentro-comunicacaoeimagem.pt/2019/04/06/camara-municipal-de-aveiro-praticou-discriminacao-na-distribuicao-de-publicidade-a-um-orgao-de-imprensa-local-sobre-a-feira-de-marco/





Dia mundial da saúde - a saúde vai mal em Figueiró dos Vinhos

Hoje celebra-se o DIA MUNDIAL DA SAÚDE



Neste dia o PSD - Partido Social Democrata expressa a sua enorme preocupação pelas dificuldades que o Serviço Nacional de Saúde atravessa no concelho de Figueiró dos Vinhos e que nos são relatadas e sentidas na primeira pessoa pelos doentes, apesar do esforço dos seus profissionais. O PSD acompanha a crítica e a preocupação dos Figueiroenses pela diminuição de serviços públicos de saúde no concelho.

No nosso concelho temos vindo a assistir a sucessivos cortes nos serviços de Saúde, à diminuição de oferta de cuidados e valências e à introdução de medidas que dificultam o acesso, por parte dos Figueiroenses, aos cuidados de saúde.

De que são exemplos:
   Encerramento da extensão saúde de Bairradas
  Encerramento da extensão saúde de Campelo
 Redução de horas nas extensões de saúde de Arega e Aguda
 Diminuição sucessiva de horas de atendimento médico no Centro de Saúde
 Redução de valências e prestação de cuidados de saúde

O que tem feito o PS, ao longo dos últimos anos, para ajudar a resolver estes problemas? A resposta é simples. Nada. Pelo contrário. Remete-se ao silêncio correligionário quando o Governo do seu Partido, governa o país.

O PSD, pelo seu lado, tem ao longo dos anos chamada atenção da câmara PS para que exija ao governo mais e melhores cuidados de saúde no nosso concelho.

Infelizmente, a ação da Câmara, mesmo empurrada pela Assembleia Municipal, na área da Saúde tem sido tendencialmente de ZERO, o que não se aceita.

Para o PSD as questões da Saúde dos cidadãos serão sempre uma prioridade e nesse sentido tem tentado ao longo destes anos que o executivo municipal se mexa e faça alguma coisa pelos Figueiroenses, mas sem qualquer resultado visível. Mais recentemente o PSD apresentou na Assembleia Municipal por intermédio do seu Deputado Municipal Eng.º Miguel Portela uma 


Moção
  "Por melhores cuidados de saúde no Município de Figueiró dos Vinhos - Pela defesa do direito à saúde das populações" 

A Moção foi um valente puxão de orelhas à câmara. Foi aprovada por unanimidade (até pelos socialistas que não se reveem na apatia do seu próprio executivo) eexorta a câmara a interessar-se de uma vez por todas por este assunto, a não baixar os braços e a exigir do governo mais e melhores cuidados de saúde no nosso concelho.

Leia a Moção AQUI

O PSD  perante a passividade e cruzar de braços desta câmara PS exige ao governo, quiçá demasiado ocupado a tratar da sua rede familiar, que governe e que cumpra o estipulado na Constituição da República Portuguesa no que à saúde diz respeito, porque os Figueiroenses não são portugueses de segunda como alguns parecem fazer crer.

Celebrado anualmente a 7 de abril e é uma oportunidade única de alertar a sociedade civil para temas-chave na área da saúde que afetam a população.
A data foi escolhida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1948, aquando da organização da primeira assembleia da OMS. Desde 1950, que no dia 7 de abril se celebra o Dia Mundial da Saúde.


PSD - Partido Social Democrata de Figueiró dos Vinhos

7 de Abril de 2019

CAMPEONATO NACIONAL DA 2ª DIVISÃO DE BASQUETEBOL CDJ RÉGIO – 57 X COLUMBÓFILA – 68



Constituição da equipa da ASSSCC:
5 - Cataria Amaro
6 - Maria Miguel Cruz
8 - Mariana Melo
9 - Inês Rosa
10 - Beatriz Fernandes
11 - Matilde Melo
12 - Marta Lucas
14 - Rita Mendes
15 - Ana Rita Rodrigues
17 - Sara Pompeu
Treinador principal: João André Costa
Delegada: Ana Rodrigues
CDJ RÉGIO x ASSSCC - 57 x 68

Arquitetura, acessibilidade e inclusão são tema de debate em Coimbra

Com o objetivo de debater a importância da arquitetura e dos espaços de inclusão nas cidades e espaços urbanos, vai realizar-se, em Coimbra, o Colóquio “INCLUCITY - A arquitetura e os espaços de inclusão”.
Organizado em conjunto pela Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Coimbra e pelo Departamento de Arquitetura (DARQ) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), o evento tem lugar no próximo dia 9 de abril, com início às 9h30m, na Sala Conventual do Convento São Francisco.
Através da apresentação e análise de projetos de âmbitos variados, assim como da partilha de experiências múltiplas, o colóquio pretende que a inclusão no espaço urbano seja debatida em conjunto e de forma enriquecedora. Para tal, INCLUCITY acolhe inúmeros oradores das mais diferentes áreas da arquitetura e da inclusão, criando um painel diversificado e de alta qualidade. A iniciativa inclui, ainda, a presença da Secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes.
A iniciativa está inserida nas comemorações dos 50 anos da APPACDM Coimbra e dos 30 anos do DARQ.

Ordem dos Médicos acolhe lançamento do livro “Nos Bastidores da Medicina”, de Cândido Ferreira

A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos acolhe o lançamento do livro do médico e escritor Cândido Ferreira, “Nos Bastidores da Medicina – reflexões autobiográficas que nunca pensei escrever”, no próximo dia 17 de abril (quarta-feira), a partir das 18h00, na Sala Miguel Torga da Ordem dos Médicos (Av. Dom Afonso Henriques, 39), em Coimbra.
A sessão contará com as intervenções de:
  • Carlos Cortes| Presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos
  • Cândido Ferreira| Médico nefrologista, autor da obra
  • Diogo Cabrita| Cirurgião e escritor
  • Isabel de Carvalho Garcia| Editora
  • Júlio Leite| Cirurgião e Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Medicina da Univ. Coimbra
  • Vasco Pereira da Costa| Escritor e artista plástico

# A presente obra:
Trata-se de uma autobiografia que aborda muitos casos reais da atividade médica e cívica do autor, integrando ainda alguns artigos de opinião e intervenções públicas.
Através de uma escrita fluída, pejada de humor e de crítica mordaz, sem medo de expressar a sua opinião e de usar remates estilísticos de minúcia e ornamentos de filigrana, Cândido Ferreira mostra-nos o seu percurso de vida e os “casos dignos de relato” com que se confrontou, ao longo de mais de quatro décadas. São histórias com gente dentro e que, ao mesmo tempo, sensibilizam o leitor para os sempre renovados caminhos no exercício da Medicina.
O livro, de 380 páginas, tem chancela das Edições Minerva Coimbra (2019).
O autor:
Cândido Ferreira, médico nefrologista, é um escritor de pensamento livre, marcado pelo humanismo, e é ainda reconhecido pela sua generosidade e dedicação aos doentes, tendo tido várias intervenções na esfera política.
Nascido em Febres (Cantanhede/1949), onde frequentou a escola primária, cumpriu o restante percurso escolar em Coimbra, culminando o curso de Medicina em 1973.
Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, trabalhador-estudante, delegado de curso e atleta da Associação Académica de Coimbra. Com um notável percurso profissional, em 1976 foi o grande impulsionador do Hospital de Pombal, do qual foi diretor. Entre 1978 e 1982, foi Assistente de Nefrologia na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, tendo ainda frequentado um estágio em Lyon (1980) na área da transplantação renal.
Regressado aos Hospitais da Universidade de Coimbra, Cândido Ferreira integrou o programa de “Enxertos de Rim” na Zona Centro. Segundo o seu curriculum, esteve na organização da primeira consulta de transplantação em Portugal, na primeira colheita de órgãos e acompanhou clinicamente a primeira – e bem-sucedida – transplantação renal com rins de cadáver, sendo o único médico não-cirurgião.
Em 1982, enveredou pela diálise privada a partir de Leiria, mas nunca esqueceu a vertente formativa, área em que deu importantes contributos não só à Medicina, mas também à Enfermagem.
É autor dos romances “O Senhor Comendador”, “A Paixão do Padre Hilário” e “Setembro Vermelho” e de três livros de crónicas – “Os Burros”, “Esmeralda-Sim! ...” e “Pelas Crianças de Portugal – A propósito de Esmeralda e de outras causas”. Foi ainda porta-voz de um movimento na blogosfera, criado em torno do “Caso Esmeralda” e coordenador de uma edição sobre Alexis Carrel (Nobel da Medicina em 1912). Já em 2018, publicou mais dois livros: “Pegadas Recentes… – Integrado nas comemorações do encerramento da atividade médica” e “A transplantação em Portugal – O meu testemunho”.
No romance histórico “Setembro Vermelho” confluem as suas vivências da crise académica desencadeada a 17 de Abril de 1969, em Coimbra, comemoração a que simbolicamente se quis associar, cinquenta anos depois, com o lançamento desta nova obra.
Cândido Ferreira foi distinguido na Enciclopédia de Artistas Médicos e na Antologia de Ficcionistas da Gândara. Desde 2009, é membro convidado da Sociedade Portuguesa de Escritores.
Durante mais de 40 anos de dedicação à Medicina, multiplicou-se também em inúmeras iniciativas nas áreas cultural, social, cívica, associativa e autárquica, estando neste momento a criar múltiplos núcleos museológicos, em todo o espaço da lusofonia, que integrarão as novecentas mil peças que reuniu, estudou e preservou ao longo da sua vida.

Região de Coimbra estuda medidas de combate à desertificação do interior

A Comunidade Intermunicipal Região de Coimbra está a promover visitas a regiões francesas para estudos e partilha de experiências, participando hoje numa sessão com a Região Auvergne-Rhône-Alpes que se constitui como exemplo na promoção de medidas demográficas inovadoras, com resultados visíveis na inversão do decréscimo populacional.
A visita da comitiva CIM Região de Coimbra centra-se no estudo in loco das medidas e políticas para uma demografia economicamente sustentável, associada à reversão do declínio populacional registado em áreas periféricas no território Auvergne-Rhône-Alpes.
O vice-presidente da Região para os assuntos internacionais, Philippe Meunier, recebeu a CIM Região de Coimbra, apresentou a política de planeamento regional e os dispositivos promovidos pela Região (pela Direction de l’Aménagement du Territoire et de la Montagne). Foram também apresentadas as questões demográficas na região de Auvergne-Rhône-Alpes pelo Institut National de la Statistique et des Études Économiques (INSEE) e relatadas experiências pelo Pólo Metropolitano dos Genevois Français e o Departamento de Cantal.
“Viemos conhecer e comprovar que as estratégias e dinâmicas de ação desta região francesa no combate à desertificação e ao crescimento demográfico sustentável têm resultados visíveis na demografia regional, na qualidade de vida e na fixação da população. Em conjunto com as entidades francesas, os presidentes de Câmara da Região de Coimbra [acompanhados pelo secretário executivo intermunicipal] analisaram com os congéneres franceses as políticas e dinâmicas territoriais de Auvergne-Rhône-Alpes, com o foco no desenvolvimento dos nossos territórios”, revelou Jorge Brito no final da sessão.
Medidas para combater a desertificação
Uma das medidas implementadas na região Auvergne-Rhône-Alpes e que chamou a atenção da comitiva da Região de Coimbra foi o “programa de atração de novos residentes, que convida as pessoas a criarem negócios no território e a realizarem três dias de experiências locais onde realizam reuniões com empresários, eleitos, entidades de financiamento, entre outros, por forma a viabilizar as suas ideias” – explica o secretário executivo intermunicipal.
A Região de Coimbra, que integra territórios do interior em cerca de 60 por cento dos seus municípios, sendo alguns afetados pela perda de população a rondar os 30%, estuda a adoção de medidas de combate à desertificação do interior e à coesão territorial. A visita foi acompanhada pelos secretários de Estado da Valorização do Interior, João Catarino, e das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro.

Mãe de jogador do Braga morreu a caminho do jogo do filho

David Veiga soube do falecimento da mãe no final do jogo frente ao Benfica
O Jogo
O Braga publicou este sábado uma nota de pesar pelo falecimento da mãe de David Veiga, júnior do clube. Sandra Pinto faleceu vítima de um acidente de viação quando se dirigia para o encontro entre Braga e Benfica, a contar para a fase final do Campeonato Nacional de Juniores.
O acidente, que aconteceu por volta das 14h15 na A1 em Condeixa-a-Nova, provocou cinco feridos, entre eles o pai do jogador, que se encontra em estado grave. Na origem do acidente está uma colisão entre dois veículos ligeiros e uma carrinha de mercadorias, sendo que no outro veículo ligeiro seguia um casal, também eles pais de um jogador minhoto, que saiu ileso do acidente.
O treinador do Braga, Artur Jorge, pediu em lágrimas ao árbitro para dar por terminada a partida depois de saber do falecimento, pedido ao qual o árbitro acedeu. O jogo entre encarnados e minhotos terminou, assim, um minuto e meio mais cedo, com Artur Jorge visivelmente emocionado.
Também o Benfica emitiu uma nota de pesar e solidariedade pelo falecimento da mãe de David Veiga, falando "num momento de luto e dor que partilhamos".
Leia as notas de pesar de Braga e Benfica:
"O SC Braga regista com enorme pesar o falecimento da mãe do jogador David Veiga, Sandra Pinto, vítima de um acidente rodoviário quando se dirigia para o encontro que os juniores disputaram na tarde deste sábado contra o SL Benfica, a contar para a fase final do Campeonato Nacional de Juniores.
Nesta terrível hora de dor e consternação, o clube está e estará com o jogador, desejando que o seu pai, que também seguia na viatura, consiga sair da situação crítica em que se encontra.
Por consideração para com David Veiga e o drama pessoal que atravessa, o SC Braga espera que a sua privacidade seja preservada e respeitada".
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"O Sport Lisboa e Benfica manifesta o seu mais profundo pesar e toda a sua solidariedade ao Sporting Clube de Braga, a toda a estrutura da sua equipa de Juniores e em particular ao seu jovem jogador pelo muito triste falecimento da sua mãe, vítima de acidente quando se deslocava para assistir ao jogo entre as nossas equipas. Momento de luto e dor que partilhamos."
O Jogo

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O Litoral Centro endereça a toda sua família os mais sentido pêsames.

J. Carlos



Marcha Animal juntou centenas em Lisboa pelos direitos dos animais

Vinte anos depois da primeira manifestação, a Marcha Animal de hoje, que juntou centenas de pessoas nas ruas de Lisboa, arrancou de um ponto de partida diferente nos direitos conquistados, mas ainda com um longo caminho a percorrer.
Rita Silva, presidente da Associação Animal, que há 20 anos organiza todos os anos a Marcha Animal em defesa dos direitos dos animais, não tem dúvidas de que foram duas décadas “com resultados”.
“As coisas não estão como estavam, não chega ainda, mas não estão como estavam há 20 anos, de todo”, disse à Lusa a ativista, que esta tarde foi uma das centenas de pessoas que se juntou frente à praça de touros do Campo Pequeno, em Lisboa, de onde saiu a marcha com destino à Assembleia da República.
Faixas e cartazes com imagens chocantes de animais ensanguentados, acorrentados ou usados para experimentação científica, e com frases como "Libertação Animal", "Amas uns e comes outros?", "E se fosse consigo?", "As verdadeiras vítimas da moda", numa alusão ao uso do pelo dos animais em roupa, ou "A tauromaquia é doentia" representavam uma espécie de barricada com "o outro lado" que, ali mesmo ao lado, na praça de touros do Campo Pequeno, sem manifestações ou ativistas, marcava a sua posição com um enorme cartaz pendurado na fachada do edifício anunciando os nomes para a temporada tauromáquica de 2019 em Lisboa.
Rita Silva afirmou que a marcha começava naquele local “precisamente por uma questão simbólica”, uma vez que a Associação Animal se prepara para entregar no parlamento as mais de 20 mil assinaturas já recolhidas no âmbito da Iniciativa Legislativa de Cidadãos (ILC) que pede o fim do financiamento público à tauromaquia.
Mesmo depois de o parlamento ter rejeitado na atual legislatura propostas com esse objetivo, ou para proibir a exibição de touradas no canal público de televisão, ou ainda para não permitir a entrada a crianças nas praças de touros, Rita Silva diz que tem “bastante esperança” que a ILC “corra bem”.
“Até porque a iniciativa é pelo fim dos subsídios à tauromaquia, pelo fim dos dinheiros públicos à tauromaquia, que nós cremos que é a torneira que ainda mantém a tauromaquia de pé”, disse.
Para a presidente da Animal, há um “trabalho de sensibilização” a fazer junto dos deputados, sobretudo aqueles que “estão no ‘nim’”, ou seja, não escolheram um lado.
“Temos esperança, claro, que na próxima legislatura as coisas corram melhor, mas vamos ver”, afirmou.
André Silva, deputado do PAN – Pessoas, Animais, Natureza, está na Assembleia da República do lado dos que não precisam de ser convencidos pela argumentação de associações como a Animal e hoje, na manifestação, declarou-se convicto de que haverá condições para mudanças na próxima legislatura.
“Nós acreditamos, até pelo debate que ocorreu, que na próxima legislatura haverá claramente condições nos vários partidos para que exista maior abertura para conferir mais proteção aos animais, em termos de entretenimento, e naturalmente na luta contra a tauromaquia, que é um resquício de uma atividade anacrónica e de outros tempos que não tem mais lugar na sociedade e nos valores do século XXI”, disse à Lusa.
O deputado disse esperar pela entrada da ILC no parlamento para que o PAN possa acompanhá-la com “diversas iniciativas legislativas” e para que “os partidos se posicionem em relação a essa matéria”.

As votações dos deputados no último Orçamento do Estado, contrárias às pretensões dos defensores dos direitos dos animais, e que, evocando a cultura nacional e a tradição, aprovaram medidas como a redução da taxa de IVA para 6% para a tauromaquia, não desmoralizam André Silva, que afirma que esses deputados correspondem a um conjunto de pessoas que “continuam presas a posições conservadoras”, que está “de costas voltadas para os cidadãos” e que já não representa o “sentimento geral da maioria da população”.
Ana Vitorino, uma manifestante estreante na Marcha Animal, mas há muito consciente de que é preciso olhar os animais “de outra forma”, parece dar razão à ideia do “sentimento geral” de André Silva.
“Se pararmos para pensar, vamos perceber que por baixo da palavra tradição estão violências exercidas contra os animais. Tradição serve para encobrir violência”, disse à Lusa, acrescentando que há uma corrente filosófica que defende que o século XXI será dos animais e a forma como os tratamos vai “ditar o nosso futuro”.
Aproveitando uma trégua da chuva que pontualmente foi marcando presença durante a tarde em Lisboa, a marcha arrancou do Campo Pequeno pelas 16:15 em direção ao Marquês de Pombal e com destino à Assembleia da República, com centenas de pessoas, entre as quais uma comitiva do PAN, e outra do Bloco de Esquerda, entoando quase em uníssono “direitos dos animais são fundamentais.
Lusa

Extorsão indígena

Eugenio Trujillo Villegas*

O sudoeste da Colômbia continua inexplicavelmente paralisado, situação que persiste há quase um mês. O exército, a polícia, o governo e o presidente da república tornaram-se meros observadores de uma das mais espantosas chantagens ocorridas no país, sem nada fazer para evitá-la. Com efeito, menos de 300 mil indígenas do Departamento de Cauca colocaram as instituições colombianas de joelhos e exigem furibundamente uma série de disparates que nenhum Estado legítimo pode aceitar.

Entre os absurdos, pedem que nunca mais se fumigue plantações de coca com glifosato; que helicópteros e aviões das Forças Armadas fiquem proibidos de sobrevoar áreas indígenas; que o governo aumente mais três trilhões de pesos/ano — cerca de um bilhão de dólares — os subsídios concedidos às comunidades indígenas, para que possam continuar a viver sem trabalhar; que 49.000 hectares de terras produtivas, pertencentes a particulares, sejam desapropriados e entregues aos concelhos indígenas; que seja proibidaa extração de petróleo por fracking no país; que se restrinja a mineração em larga escala; que a impunidade seja garantida aos indígenas que cometeram crimes durante os protestos; e, finalmente, como demonstração do delírio de suas pretensões, que o senhor Juan Guaidó não seja reconhecido como presidente da Venezuela…

A análise mais elementar dos fatos mostra que os índios não estão sozinhos, e nem foram eles os autores dessas exigências absurdas. Forças sinistras com grande poder destrutivo encontram-se por trás deste protesto, dirigindo, ordenando e estabelecendo o seu curso, com óbvios interesses subversivos, a fim de liquidar com a unidade nacional e levar o país ao caos, à anarquia, à tomada do poder pela esquerda marxista, ansiosa por trilhar os passos do chavismo e do castrismo.

O país assistiu tudo isso às claras, pois seus fautores sequer tiveram a precaução de se disfarçar. Nas mesas de negociação, junto aos representantes do Estado, estavam os “honoráveis” deputados das FARC para estimular e dirigir o protesto. Compareceu também aí para negociar o incendiário senador Gustavo Petro, com a sua apavorante comitiva de ódio da autoproclamada Colômbia Humana.

Como ele mesmo disse, no dia em que perdeu a eleição presidencial, sua intenção é de queimar o país, derrubar o presidente legítimo e tomar o poder pela força e implantar uma ditadura como a de Maduro, Castro e Ortega, seus amigos íntimos e fiéis seguidores, e assim impor a revolução bolivariana na Colômbia.

Nesta tentativa de destruir o país existem outros vermes além dos já mencionados. Há as FARC (Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia), supostamente pacificadas, com as suas armas reluzentes, que segundo Santos teriam sido entregues à ONU… E há também o ELN (Ejército de Liberación Nacional), que não quer saber de negociações, mas sim das mancadas do Estado, alcançadas aqui com extrema facilidade. E existem também os numerosos cartéis de drogas que abundam nas Américas, porque é exatamente nessa região de concelhos indígenas onde a coca é cultivada. Igualmente estão presentes os proprietários das rotas de droga produzida em outras regiões que depois é levada para o Oceano Pacífico, de onde é remetida ao seu destino final: os EUA.

E como se isso não fosse um quadro assustador, agora prometem que muitas outras comunidades indígenas em diferentes regiões, e também as chamadas negritudes e outras minorias raciais manipuladas pela subversão, querem aderir à greve a fim de estendê-la ao país inteiro.

É fato que para este objetivo a mobilização já começou em vários departamentos. O que é chamado de “protesto pacífico” já começou a matar policiais, soldados e opositores; dinamitar pontes e estradas; aterrorizar cerca de 50 milhões de colombianos, que espantados assistem a aplicação do “processo de paz”, imposto por meio do engano e manipulação do ex-presidente Santos, ao conceder aos guerrilheiros espaços de impunidade para os protestos ilegais como o atual.

Tal situação paralisa cinco departamentos colombianos nos quais já há falta de comida, de suprimentos médicos urgentes, de combustíveis e muitas outras necessidades básicas. Até quando? Ninguém sabe… Há muitas questões óbvias em meio à emergência que estão sem resposta. Onde está o presidente? E os ministros? E a polícia? E o exército?

Não vemos as autoridades legítimas atenderem o clamor dos milhões de afetados, pois impedidos de ir a suas propriedades, levar seus produtos agrícolas para alimentar a população colombiana, exercer o seu direito ao trabalho, à mobilização, ao comércio, à indústria, educação, saúde e vida. Tudo isso desapareceu do horizonte dos direitos dos cidadãos para que seja imposta a ditadura das minorias subversivas.

Se existe algum exemplo atual de violação dos direitos humanos é este que estamos testemunhando. No entanto, aqueles que pregam tanto a defesa desses direitos, agora ficam em silêncio. Para essas pessoas perversas, os direitos humanos nada mais são do que um instrumento de guerra em favor da revolução marxista.

Enquanto as pessoas estão morrendo de fome nos paraísos comunistas, eles só querem destruir a economia de livre mercado que produz riqueza, e também torna possível a generosa ajuda que salva muitas vidas mesmo nos países comunistas.

Mas não apenas os comunistas hipócritas se calam. Muitos líderes religiosos e empresariais também estão calados e intimidados. Os bispos, os líderes dos sindicatos, os políticos, pouco ou nada dizem sobre isso. E devido a esse silêncio, as chamas se espalham e o perigo apenas aumenta.

Colômbia! Acorde! Esta é a paz mentirosa que nos prometeram! Votamos contra isto no referendo, elegemos Duque presidente para nos salvar dessa tragédia e, apesar de tudo isso, contra a nossa vontade, arrastam-nos para o cadafalso do socialismo. É para lá que eles estão nos levando!

ABIM
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(*) O autor é diretor da Sociedad Colombiana de Tradición y Acción. Matéria traduzida do original castelhano por Paulo Henrique Chaves.