quinta-feira, 6 de maio de 2021

Aveiro | Reunião de Câmara – 06 de maio de 2021


Apresentamos por este meio a informação sobre as principais deliberações da Reunião do Executivo da Câmara Municipal de Aveiro, realizada hoje, quinta-feira, dia 06 de maio, nos Paços do Concelho.

  1. Apoios financeiros às Associações Sociais, Culturais, Ambientais e de Cidadania no âmbito do PMAA 2021

O Executivo Municipal deliberou aprovar, no âmbito do Programa Municipal de Apoio às Associações (PMAA), os contratos-programa para o ano de 2021 e os protocolos de cooperação financeira para o investimento e ações pontuais, nas áreas do social, cultural, ambiental e cidadania, num valor total de 1.125.586€ com 95 Associações.

O apoio financeiro da Câmara Municipal de Aveiro (CMA) para o presente ano de 2021, mantém os critérios definidos em 2020 de apoio ao Combate à Pandemia de Coronavírus / Covid-19 e da aposta mais forte das Associações no investimento em projetos, obras e equipamentos.

Além disso, o apoio às Associações é para a CMA uma área de grande importância no desenvolvimento do Município e na dinamização da Comunidade, por força do relevante interesse público de que se reveste boa parte da atividade das Associações.

Com um balanço extremamente positivo relativo aos quatro anos de execução do PMAA, reiteramos a aposta na cooperação e no apoio agora aprovado, que apenas se tornou possível em termos financeiros e legais, por força da conquista de capacidade financeira pela boa gestão da CMA no último mandato autárquico (2013/2017), com continuidade no atual (2017/2021), e pelo cumprimento da Lei dos Compromissos pela CMA desde o final de abril de 2017.

Continuam assim garantidas as condições para dar continuidade à opção política assumida no atual mandato, de apoiar financeiramente as Associações do Município, com o cumprimento em absoluto dos contratos assinados, o que se traduz num relevante passo de fortalecimento sustentado do Movimento Associativo Municipal, que a CMA concretiza pela sua relevante importância social, económica e política.

As Sessões Públicas de Assinatura dos Protocolos vão decorrer durante a próxima semana em três momentos distintos.

  1. Atribuído o topónimo de D. António Francisco dos Santos a nova Avenida da Cidade

Sendo competência Municipal o estabelecimento da denominação das ruas e praças das localidades e das povoações, e após reunião da Comissão Municipal de Toponímia – órgão consultivo da Câmara – no passado mês de abril, o Executivo Municipal deliberou, em conformidade com o parecer da Comissão, aprovar um conjunto de novas atribuições toponímicas, em todo o Município.

Entre as várias atribuições, queremos dar destaque à atribuição do topónimo de D. António Francisco dos Santos, Bispo de Aveiro entre 2006 e 2014, à nova Avenida que liga a Alameda Silva Rocha à Avenida Vasco Branco e seguindo até à futura rotunda do Túnel de Esgueira substituindo num dos troços, o topónimo do Foral de Esgueira, que passa a ser o topónimo da frente da Escola Secundária Dr. Jaime Magalhães Lima. Natural de Tendais, Cinfães, D. António Francisco dos Santos faleceu a 11 de setembro de 2017, no Porto.

Novos topónimos aprovados:

  • Esgueira

    • Rua da Bessadinha (troço entre a Rua do Facho e o Cais da Ribeira de Esgueira).

  • Glória e Vera Cruz

  • Severino dos Anjos Vieira (arruamento a definir);

  • Travessa Dr. Arlindo Vicente (via que se inicia na Rua Dr. Arlindo Vicente e termina na Travessa Comandante Rocha e Cunha).

  • Oliveirinha

    • Rua Acácio Simões Vieira (via que se inicia na Alameda

    • Firmino Queirós e termina na Rua do Serrado, Quintãs).

  • Requeixo, Nª Sª de Fátima e Nariz

    • Travessa da Rua da Gonçala;

    • Rua Rosa Gomes de Oliveira (estrada que liga a Rua do Chão de Baixo à Rua do Serrado, Carregal);

    • Rua Antero Marques dos Santos (via que liga a Rua da Igreja ao Parque de Merendas, Mamodeiro);

    • Largo Padre Artur Tavares de Almeida (largo entre a EN 235 e a Rua da Igreja, Mamodeiro).

  • São Bernardo

    • Alameda Padre José Félix de Almeida (a implementar na via a ser construída entre a Igreja Paroquial e as traseiras da sede da Junta de Freguesia).

  1. Atribuição de Distinções Honoríficas 2021

O Executivo Municipal deliberou aprovar as seguintes propostas de atribuição de Distinções Honoríficas Municipais, que serão entregues na sessão solene do Feriado Municipal de 12 de maio de 2021 (11h00, no Centro de Congressos de Aveiro):

- Carlos Alberto Lacerda Pais - Medalha de Mérito Municipal em Prata;

- Antero Marques dos Santos (a título póstumo) - Medalha de Mérito Municipal em Cobre;

- Carlos Alberto Ventura Magalhães - Medalha de Mérito Municipal em Cobre;

- Fatinha Ramos (Maria de Fátima Ramos) - Medalha de Mérito Municipal em Cobre;

- Isménia Franco - Medalha de Mérito Municipal em Cobre;

- Susana Sargento - Medalha de Mérito Municipal em Cobre.

A Sessão Solene contará com os discursos do Presidente da Assembleia Municipal de Aveiro, Luís Souto Miranda, do Presidente da CMA, José Ribau Esteves e de um representante dos condecorados, em representação das instituições e personalidades distinguidas.

  1. PAAASE 2021: Câmara entrega 32 mil euros de apoios entre janeiro e abril

O Executivo Municipal deliberou aprovar apoios económicos a mais duas famílias residentes em Aveiro correspondendo a mais dois Cidadãos ajudados no valor global de 877,62€, no âmbito dos “Apoios Sociais a Cidadãos e Famílias Carenciadas”, do Fundo de Apoio a Famílias.

Ativação do PAAASE em abril de 2020 fundamental na resposta à crise social

Nos primeiros quatro meses de 2021, a CMA apoiou 61 Famílias e 151 Cidadãos, no valor global de apoio de 32.263,01€, o que significa uma necessidade de apoio de menos 15%, quando comparado com igual período de 2020, sublinhando desta forma a importância e pertinência que teve a opção política de ativação do PAAASE em abril de 2020.

Recordamos assim que, entre janeiro e abril de 2020 a CMA apoiou 70 famílias, 33 das quais foram apoiadas mês de abril e 177 cidadãos, sendo que 95 destes receberam o apoio no mesmo mês de abril de 2020, correspondendo a um apoio financeiro de 41.297,82€, mais 9034,81€ que em 2021.

No entanto, na comparação com o período compreendido entre janeiro e abril de 2019, a necessidade de apoio aumentou, fixando-se este ano em mais 38 Famílias (23 de JAN19 a ABR19) e mais 104 Cidadãos (47 de JAN19 a ABR19) apoiados, o que significou também um aumento do apoio financeiro em 186,1% (11.275,10€ de JAN19 a ABR19).

Para dar resposta a estas situações, a CMA utiliza o Fundo de Apoio a Famílias, que tem para 2021 uma verba total de 150.000€, um valor superior em 50% ao de definido para mesmo Programa em 2020, mas que será dotado do valor que se verificar necessário.

Os apoios do PAAASE 2021, que integram a área social e muitas outras, estão disponíveis em: https://covid19.cm-aveiro.pt/ .

Cabeceiras de Basto recua e quatro concelhos acompanham desconfinamento nacional

O Governo anunciou esta quinta-feira que a grande maioria do país está agora na mesma fase de desconfinamento que arrancou no dia 1 de maio. Em Odemira, mantém-se as cercas sanitárias em São Teotónio e Longueira/Almograve.

Na primeira avaliação semanal desde que o país entrou na quarta (e última) fase de desconfinamento, a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, anunciou que cinco concelhos mantêm-se em fases anteriores do desconfinamento, ao passo que quatro concelhos avançam no desconfinamento e passam a acompanhar o resto do país.

Aljezur, Portimão, Miranda do Douro e Valongo desceram abaixo dos 120 casos por 100 mil habitantes e vão desconfinar com o resto do país. Carregal do Sal, Paredes e Resende ficam na fase de desconfinamento em que estão (Paredes na terceira fase, Resende na segunda e Carregal do Sal ainda na primeira).

Já as duas freguesias do concelho de Odemira que estão sob cerca sanitária mantém-se afetados por essa medida.

Relativamente aos concelhos que se situam em risco de voltar atrás no desconfinamento, há 23 concelhos em alerta, 17 dos quais já estavam em alerta há uma semana e seis passam também à situação de alerta.

Mariana Vieira da Silva informou que há nove concelhos a sair dessa situação de alerta, o que, diz, "simboliza a situação de melhoria geral que temos no país".

Na quinta-feira passada, o primeiro-ministro António Costa anunciou que o Governo passaria a avaliar a incidência dos concelhos semanalmente, afirmando que "é preciso agir o mais rapidamente possível quando estamos em situações de rápido crescimento, de forma a evitar que o crescimento seja excessivo".

Uma das medidas que causou maior impacto foi a decisão de criar uma cerca sanitária em duas freguesias do concelho de Odemira (São Teotónio e Longueira/Almograve), devido aos surtos entre trabalhadores imigrantes no setor agrícola. A medida motivou um avolumar da discussão em torno das condições extremamente precárias em que vivem os trabalhadores, muitas vezes em habitações sobrelotadas.

Essa cerca sanitária vai manter-se pelo menos durante mais uma semana, altura em que o Governo apresentará uma nova avaliação sobre a incidência nos concelhos. Esta quinta-feira, o ministro da Administração Interna considerou que "a cerca sanitária está a produzir efeitos, porque desde a última semana Odemira tem muito menos de 50% dos casos de infeção do que tinha no dia em que a cerca foi instaurada".

Pelos dados do boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS) de 30 de abril, relativamente à incidência por concelho, 12 concelhos passaram a estar em risco de voltar atrás no desconfinamento por terem uma incidência superior a 120 casos por 100 mil habitantes, mas 14 passaram para baixo da linha vermelha traçada pelo Governo.

Até ao anúncio do Governo, a última avaliação fora feita na semana passada. Nesse anúncio, o Governo deixou de fora sete concelhos da última fase de desconfinamento - Miranda do Douro, Paredes e Valongo ficaram na terceira fase, Aljezur e Resende recuaram da terceira para a segunda e Portimão e Carregal do Sal mantiveram-se na primeira fase de desconfinamento.

Hélio Carvalho / RR

Sexta, dia 7 de maio, às 11h30 na Covilhã: GRAVAÇÕES DO TELEFILME “A TRAIÇÃO DO PADRE MARTINHO”

 Encontram-se a decorrer na Covilhã as gravações de “A Traição do Padre Martinho”, o telefilme com realização de Ana Cunha que integra o projeto Contado por Mulheres.

“A Traição do Padre Martinho" é uma adaptação do livro de Bernardo Santareno com argumento de Cláudia Clemente, onde conhecemos a história de um jovem padre que toma o partido da população na luta por melhores condições de vida e trabalho.

 

Assim, vimos por este meio convidar-vos para acompanhar as gravações do telefilme na próxima sexta-feira, dia 7 de maio. Informamos que os atores e a realizadora se encontram disponíveis para entrevistas. Por razões de ordem logística e de acesso ao local de gravações, comunicamos que será necessária a confirmação de presença.

 

Local: Casa do Refugio, Covilhã

Horário: 11h30

Atores presentes: Maria Arrais, Luís Esparteiro, Gonçalo Botelho, Fernando Rodrigues, Amélia Videira e Manuel Marques

 

Famílias desafiadas para um “Taste Room de chocolate”

 Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro

Os fins de semana na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro têm agora ainda mais sabor. O espaço “A Cozinha é um laboratório” passa a estar reservado a apenas uma família por sessão, permitindo que o resultado final da atividade possa ser saboreado com toda a segurança. Este novo formato tem como título “Cozinha em família”, e estreia com a atividade “Taste Room de chocolate”.

Há uma mensagem inicial que lança a família na resolução de desafios incríveis, pela cozinha dentro. Pais, filhos, avós, primos são desafiados a resolver uma sequência de enigmas e de experiências, para alcançar um resultado final muito saboroso. É que sem as respostas certas, não se conseguem os ingredientes e… é pena. O passo final para a vitória tem sabor a chocolate e é irresistível. Será tudo diversão científica à mão de uma única família de “chefs”.

A atividade “Taste Room de chocolate” está disponível nos fins de semana de maio e junho. Tem duração de 60 minutos, com sessões a acontecerem às 10h00, 11h30, 14h30 e 16h00. O bilhete é de 2,5€ por criança e de 3,5€ por adulto. As inscrições podem ser feitas por telefone, através do contacto 234 427 053.


Mais informações estão disponíveis aqui.

Município de Reguengos de Monsaraz lança Call for Artists para criação de instalação artística no Centro Náutico de Monsaraz


O Município de Reguengos de Monsaraz lançou uma Call for Artists para o concurso ARCHI’Nature 2021, que tem como objetivo a criação de uma instalação artística no Centro Náutico de Monsaraz, junto ao Lago Alqueva. Podem candidatar-se arquitetos, arquitetos paisagistas, artistas, profissionais das artes, associações artísticas e estudantes de arquitetura, belas artes, design, artes aplicadas, desenho urbano e paisagismo, sozinhos ou em equipa.
As candidaturas terão de ser efetuadas no site da autarquia (www.cm-reguengos-monsaraz.pt) até 30 de maio, segue-se a análise pelo júri do concurso e a divulgação do projeto vencedor no dia 7 de junho, que receberá um prémio de 1.500 euros. Os projetos vão ser avaliados pelo enquadramento no local, estética e materiais utilizados, estando prevista a inauguração da instalação artística vencedora entre os dias 18 e 22 de agosto.

Este concurso faz parte da iniciativa ARCHI’Nature, integrada no projeto Erasmus +, da Comissão Europeia. Durante dois anos, de março de 2021 a fevereiro de 2023, vão ser criadas obras de arte sobre o Lago Alqueva, promovendo uma dinâmica cultural que vai envolver a comunidade escolar e os cidadãos.
Esta iniciativa tem como objetivo o desenvolvimento conjunto de trabalhos artísticos e instalações temporárias, através de uma aproximação participativa que inclua a valorização da riqueza ambiental. Para além do Lago Alqueva, integram este projeto os lagos Iseo (Itália), Annecy (França), Kerkini (Grécia) e Aiguebelette (França).

Carlos Manuel Barão

Município de Vouzela vai ser premiado com mais de 265 mil euros


Devido à boa execução dos projetos do programa Centro 2020, a Câmara Municipal de Vouzela vai receber um prémio superior a 265 mil euros.
A decisão foi recentemente comunicada pela CCDRC, que atribuiu à autarquia uma avaliação global positiva, tendo sido alvo da sua avaliação os projetos de requalificação urbana da vila de Vouzela e o Pólo Criativo.

Para o presidente da Câmara Municipal de Vouzela, Rui Ladeira, esta decisão vem confirmar a boa execução que está a ser feita pela autarquia relativamente aos fundos a que se candidatou. O município vai proceder a uma avaliação criteriosa relativamente à aplicação destes recursos no âmbito do plano de ação de regeneração urbana.

Novas viagens do Comboio Histórico do Vouga

Dias 8, 9, 15 e 16 de maio

As duas primeiras circulações do Comboio Histórico do Vouga de 2021, realizadas em 24 e 25 de abril, registaram lotação esgotada, repetindo o habitual sucesso da circulação deste comboio, pelo que a CP – Comboios de Portugal decidiu efetuar quatro novas viagens especiais.

Assim, os apreciadores do passeio, a bordo da Composição Histórica, vão ter uma nova oportunidade de efetuar a viagem, entre Aveiro e Macinhata do Vouga, já nos fins de semana de 8, 9, 15 e 16 de maio.

Nos dias 8 e 9 de maio, a composição do comboio histórico tem a particularidade de ser formada pelas três carruagens napolitanas, fabricadas em Nápoles, na década de 30 do século passado, e recentemente recuperadas nas oficinas da CP.

Nos dias 15 e 16 de maio, a composição do Comboio Histórico circula com três carruagens históricas de madeira construídas na Bélgica (1908), Alemanha (1925) e em Portugal (1913), nas oficinas do Porto, pelos então Caminhos de Ferro do Estado. O comboio contará ainda com uma carruagem portuguesa, construída no Barreiro (1908) e uma carruagem napolitana.

A viagem tem início na estação de Aveiro às 13h35, em direção a Águeda, onde efetua uma paragem de 10 minutos, prosseguindo depois até Macinhata do Vouga.

À chegada a esta estação, os participantes são recebidos pela animação de um grupo de cantares, e pela venda de produtos característicos da região, e terão oportunidade de visitar o Museu Ferroviário de Macinhata do Vouga.

No regresso, o comboio parte de Macinhata do Vouga às 16h33, efetuando uma paragem de 40 minutos em Águeda e terminando a viagem em Aveiro, pelas 18h49.

O passeio pode ser comprado nas bilheteiras CP, bilheteira online ou em trânsitopelo preço de 30,00 euros para adulto e 16,50 euros para crianças, dos 4 aos 12 anos.

Imagem: Notícias Sobre Carris

Covid-19: Canadá é o primeiro país a autorizar vacina para crianças a partir dos 12 anos

O Canadá é o primeiro país do mundo a aprovar uma vacina para a Covid-19, da farmacêutica Pfizer/BioNTech, destinada a adolescentes a partir dos 12 anos.

A autoridade de saúde canadiana considera que o fármaco é seguro para ser utilizado em crianças daquela idade.

O Canadá já tinha permitia, anteriormente, a vacinação de adolescentes com mais de 16 anos.

Os ensaios clínicos realizados pela Pfizer/BioNTech mostraram uma eficácia de 100% nas crianças entre os 12 e 15 anos, após a toma da segunda dose.

No grupo dos jovens com mais de 16 anos, a eficácia verificada nos testes chegou aos 95%.

Príncipe do Liechtenstein acusado de matar Arthur, o maior urso da Roménia

Grupos ambientalistas dizem que o Príncipe Emanuel von und zu Liechtenstein abateu um urso, chamado Arthur, numa área protegida. O animal era considerado o maior da Roménia.

Grupos ambientalistas acusaram um príncipe da família real do Liechtenstein de disparar e matar o maior urso da Roménia, conta o The Guardian.

De acordo com as organizações ambientais, o urso — que se chamava Arthur — foi abatido em março numa área protegida dos Cárpatos. O príncipe tinha recebido uma aprovação especial do Ministério do Ambiente romeno para abater um urso fêmea que tinha causado danos a explorações agrícolas em Ojdula. Todavia, não terá sido esse o animal morto.

Na realidade, o príncipe não matou o urso problemático, mas sim um macho que vivia nas profundezas da floresta e que nunca se tinha aproximado das localidades", afirmam as ONG. "O urso chamado Arthur foi observado durante muitos anos pelo guarda-florestal  da região e era conhecido como um espécime selvagem, não acostumado à presença do homem e às fontes de alimento que ele oferecia".

A Associated Press relatou ter visto documentos oficiais de caça que confirmaram que o príncipe Emanuel recebeu uma licença de caça de quatro dias em março, no condado de Covasna, e que a 13 de março "apanhou" um urso castanho de 17 anos, pelo qual alegadamente pagou 7.000 euros.

Esta é a idade atribuída a Arthur, considerado o maior urso observado na Roménia — e provavelmente o maior a viver na União Europeia.

"Pergunto-me como poderá o príncipe confundir um urso fêmea que vem à aldeia com o maior macho que existia nas profundezas da floresta", observou Gabriel Paun, presidente de uma das associações, dizendo que achava "claro que o príncipe não veio para resolver o problema dos habitantes locais, mas para matar o urso e levar para casa o maior troféu para o pendurar na parede".

Na Roménia, a caça para obter troféus está proibida desde 2016 e os ursos pardos são uma espécie protegida. Até ao momento, o príncipe não fez qualquer declaração sobre o sucedido.

Madremedia

Imagem: BBC

Camionista detido por utilizar “cartão tagográfico alheio” no IP3

A GNR de Coimbra, através do Destacamento de Trânsito, ontem, dia 5 de maio, deteve um homem de 52 anos por uso de documento de identificação alheio, no IP3, no concelho de Coimbra.

No âmbito de uma ação de fiscalização rodoviária, os militares da Guarda abordaram um veículo pesado de mercadorias, tendo procedido à sua fiscalização. No decorrer da ação, foi possível apurar que o condutor do veículo se encontrava a utilizar um cartão tacográfico alheio, permitindo-lhe assim exceder os tempos de condução legais e o não cumprimento dos tempos de repouso obrigatórios.

O detido foi constituído arguido, e os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Coimbra.

O tacógrafo é um aparelho de controlo destinado a ser instalado a bordo dos veículos rodoviários para indicação, registo e memorização automática ou semiautomática de dados sobre a marcha desses veículos, assim como sobre tempos de condução e de repouso dos condutores. O tacógrafo pode ser analógico ou digital, equipando, em regra, os veículos pesados de mercadorias e de passageiros em circulação, não só em território nacional, mas também em todo o território regulado por acordos multilaterais do Espaço Económico Europeu.

A Guarda Nacional Republicana relembra que, para além da gravidade criminal e contraordenacional destes ilícitos, a manipulação e viciação dos tacógrafos constitui uma prática de risco no ambiente rodoviário, introduzindo um elemento em violação das regras de segurança estabelecidas a nível europeu no que se refere aos limites de tempo de condução e períodos mínimos de repouso estabelecidos para os condutores e cumprimento dos limites de velocidade estabelecidos para os veículos.

Conto "Assim como tu" de Raquel Salgueiro venceu Prémio de Literatura Infantil Pingo Doce 2021

 A livreira e autora Raquel Salgueiro venceu a oitava edição do Prémio de Literatura Infantil Pingo Doce, na categoria de texto, com o conto "Assim como tu". A história "aborda temas do quotidiano da criança e da construção da identidade e foi selecionada entre mais de dois mil texto submetidos ao certame.


Raquel Salgueiro, autora de "Assim como tu", tem 48 anos, vive em Castelo de Vide e é livreira e programadora do projeto cultural de promoção do livro e da leitura promovido pela Cabeçudos, sediada na Rua de S. José. Na nota de imprensa sobre o prémio, Raquel Salgueiro explica se inspirou na natureza da paisagem alentejana para escrever este conto para os mais novos.
"Quis escrever uma história simples, sobre pessoas, que fosse transversal e na qual todos pudessem rever-se. Enquanto seres humanos, temos características e passamos por experiências comuns, por isso, encontramos pontos de contacto com a vida de Antónia, a personagem principal", afirmou.

Segundo o escritor Afonso Cruz, “o texto prima pela elegância da linguagem e apresenta uma estrutura adequada à história", afirmou o escritor Afonso Cruz citado em representação do júri do prémio.

Prémio de 50 mil euros para texto e ilustração

O Prémio de Literatura Infantil, criado em 2014 por aquela empresa de retalho, tem um valor monetário de 50 mil euros, a repartir em partes iguais pelos autores do texto e da ilustração. É considerado o prémio literário com o valor mais elevado em Portugal, na área do livro para a infância.

Apurado o vencedor do texto, inicia-se agora a fase do concurso na categoria de ilustração (até 31 de Julho), para escolher quem irá ilustrar este conto infantil. O livro ilustrado, que resulta do trabalho entre os dois vencedores - texto e ilustração - é editado habitualmente no Outono.

O prémio destina-se a obras inéditas em língua portuguesa, dirigidas a leitores entre os 6 e os 12 anos.

NCV

ANADIA: Município aliena lotes da Quinta do Rangel em Ancas

 O Município de Anadia vai alienar, em hasta pública, 17 lotes que incluem o respetivo projeto, devidamente aprovado, destinados à construção de habitação unifamiliar, localizados na Quinta do Rangel, na localidade de Ancas, União de Freguesias de Amoreira da Gândara, Paredes do Bairro e Ancas.

A praça de arrematação está agendada para o próximo dia 20 de maio, às 10h00, no Edifício dos Paços do Concelho, em Anadia. As áreas dos lotes variam entre os 257 e os 399m². Os valores base de licitação andam entre os 8 mil e os 12 mil euros, sendo que os lances não podem ser inferiores a 250,00€.

A implantação e construção das moradias unifamiliares terão de cumprir os respetivos projetos de arquitetura e de especialidades, referidos no respetivo Caderno de Encargos. Este documento e outros associados ao processo podem ser consultados na Divisão de Planeamento e Gestão Urbanística da Câmara Municipal de Anadia, de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 12h00 e das 14h00 às 16h00, até ao dia anterior ao da realização da praça, e/ou no site do Município de Anadia.

Município de Silves apoia clubes e coletividades no regresso à atividade desportiva


No âmbito da retoma da atividade desportiva, o Município de Silves adquiriu cerca de seis centenas de testes à SARS-CoV 2 destinados à testagem de todos os atletas e funcionários de instituições de âmbito desportivo, sediadas no concelho, com modalidades consideradas de risco médio ou de risco alto. A testagem, que decorrerá até ao final desta semana, será efetuada por um laboratório algarvio credenciado e contratado pela autarquia para o efeito.
Face às dificuldades financeiras que muitos clubes e associações desportivas atravessam, extensivas a muitos agregados familiares, este apoio extraordinário permitirá efetuar a testagem à COVID-19 a todos os atletas e funcionários das instituições de âmbito desportivo do concelho, que promovam a prática das modalidades anteriormente referidas, por forma a ir ao encontro da orientação 36/2020 da DGS, que obriga a apresentação de um teste negativo para a retoma da atividade desportiva.

“Este apoio municipal é fundamental, nesta fase de retoma, indo ao encontro das pretensões dos clubes, associações desportivas e seus atletas, para que a atividade física no concelho de Silves possa regressar à sua normalidade, atendendo a que diversas Federações não avançaram com a comparticipação dos testes COVID-19”, refere Rosa Palma, Presidente da Câmara Municipal de Silves.

UCCLA e CML anunciam vencedor da 6.ª edição do Prémio Literário UCCLA

Leonardo Costa de Oliveira vence a 6.ª edição do Prémio Literário UCCLA-CML

A UCCLA – União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa, anunciou esta quarta-feira, dia 5 de Maio, por ocasião do Dia Mundial da Língua Portuguesa, o vencedor da 6.ª edição do Prémio Literário Novos Talentos, Nova Obras em Língua Portuguesa, agora em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa. A obra vencedora é O Sonho de Amadeo da autoria de Leonardo Costa de Oliveira, um geólogo brasileiro de 38 anos, natural de Paracambi, no interior do Rio de Janeiro. A obra será publicada no próximo mês de Agosto, na Feira do Livro de Lisboa, pela Guerra e Paz, editora oficial do prémio desde a 5.ª edição.

A apresentação do vencedor foi feita no âmbito das celebrações do Dia Mundial da Língua Portuguesa, que ocorreram hoje, dia 5 de Maio, na sede da CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e na sessão de apresentação do Festival Literário 5G, apoiado pela Câmara Municipal de Lisboa.

Intervindo nesses eventos, o autor, mestre em análise de bacias sedimentares e doutor em geociências – e que até já foi músico de rock–, manifestou a sua surpresa, quase incredulidade, com esta distinção que, diz, dar-lhe uma nova motivação para escrever e manter a sua actividade profissional. «Esse sempre foi meu conflito. Será que eu também poderia escrever um livro? Criar uma história que pudesse interessar outras pessoas? Machado de Assis e Carlos Drummond de Andrade trabalhavam como funcionários públicos. Graciliano Ramos era político, Cecília Meireles era professora, Clarice Lispector, jornalista...Talvez, a partir de hoje, eu possa ser geólogo e também escrever... Por que não?»

O Sonho de Amadeo, é, de acordo com a nota oficial do júri, uma «prosa trabalhada, frase curta, paisagens urbanas. No prólogo que é já um trabalho de ficção, ou o início do fingimento, o autor fala depois da morte, como se a narrativa viesse dum além-túmulo sobressaltar-nos. Diálogos entre vozes, fantasmagorias, a cadência que os anima faz com que estejamos perante um narrador clássico e neste livro as vozes são nome, figuras da escrita: Zeca, Espeto, Dona Vera, num universo convulsivo, inquietante que sempre coloca a questão de saber - de o leitor saber - quem é Amadeo». A obra, sobre um alucinante sonho premonitório de um homicídio, será publicada pela Guerra e Paz Editores no próximo mês de Agosto, mesmo a tempo da 91.ª Feira do Livro de Lisboa.

Numa edição dominada pelo talento literário oriundo do Brasil, foram ainda atribuídas pelo júri três menções honrosas. Em prosa, Entre Lobo e Cão, de Artur Siqueira Brahm, (natural de Rio Grande) e Aqueronte, de Paulo Cesar Ricci Romão, (natural de S. Paulo). Em poesia, Lemas, de José Pessoa, (natural de Belo Horizonte).

Este ano concorreram quase 700 autores de 21 países, entre os quais os países de língua portuguesa. Dos candidatos mais de 33% são do sexo feminino, num arco etário dos 16 aos 90 anos. Uma participação massiva que inspira confiança no futuro e que faz deste o maior prémio de revelação literária em todo o mundo lusófono. Leia a informação completa do júri da 6.ª edição do Prémio Literário UCCLA-CML.

O Prémio Literário, lançado em 2015, tem como objetivo estimular a produção de obras literárias, nos domínios da prosa de ficção (romance, novela e conto) e da poesia, em língua portuguesa, por novos escritores.

Anteriores vencedores do prémio:
2016 - Era Uma Vez Um Homem, de João Nuno Azambuja, de nacionalidade portuguesa;

2017 - Diário de Cão, de Thiago Rodrigues Braga, de nacionalidade brasileira, natural de Corumbá, Goiás, Brasil;

2018 - Equilíbrio Distante, de Óscar Maldonado, de nacionalidade paraguaia, a residir em São Paulo, no Brasil;

2019 - Praças, de A. Pedro Correia, de nacionalidade portuguesa e natural de Angola;

2020 – O Heterónimo de Pedra, de Henrique Reinaldo Castanheira, de nacionalidade portuguesa.

Em reunião Pública de 5 de Maio de 2021: Câmara de Évora vai alargar os apoios sociais com “Cartão Município Solidário”

Nesta reunião foi aprovado por unanimidade para consulta pública o Projecto de Regulamento do Cartão Município Solidário. Este Cartão visa unificar o Cartão Social do Munícipe e Évora Solidária, reenquadrando e regulamentando a atribuição dos benefícios sociais e alargá-los aos agregados familiares, residentes no Concelho de Évora, que se encontrem em situação de vulnerabilidade económica e social.
A Câmara Municipal de Évora tem procurado melhorar as condições de vida dos mais fragilizados economicamente, sobretudo pensionistas, idosos e desempregados. Verificando que existem também munícipes que não estão nas situações acima referidas, mas que vivem com graves carências económicas, a autarquia decidiu alargar os apoios sociais a estes cidadãos. O Cartão quer abranger não só o cidadão requerente mas também todo o agregado familiar.
O novo Cartão quer dar acesso a benefícios no consumo de água, resíduos sólidos urbanos, saneamento e passes sociais nos transportes públicos urbanos bem como comparticipação nos medicamentos prescritos pelo médico (parte não suportada pelo Estado) e outras despesas de saúde e de educação. Dá igualmente benefícios no acesso a actividades culturais e desportivas promovidas pelo Município, vantagens e serviços de entidades que tenham acordos com o Município, descontos no comércio local de proximidade, no mercado de produtores e nas taxas de acesso a equipamentos municipais.
A Câmara Municipal deu parecer favorável, por unanimidade, à atribuição do estatuto de utilidade pública à Associação Académica da Universidade de Évora.
O Projecto de Requalificação de Espaços Exteriores da EB1 Heróis do Ultramar também obteve aprovação unânime. Pretende-se essencialmente a requalificação do campo de jogos ao nível de pavimentos e instalação de rede de proteção nos topos; reabilitação da área de equipamentos de recreio ao nível do pavimento de amortecimento e substituição de equipamento; e pavimentação da zona de ligação entre o edifício escolar, o refeitório e a zona de equipamentos de recreio.
Foi aprovada por unanimidade a atribuição de lote do Parque de Indústria Aeronáutica de Évora, com área de 10.459m2 à empresa Metalora, Lda. para instalação de uma Unidade Industrial com uma componente de fabricação de estruturas metálicas, componentes, máquinas e equipamentos e outra de reparação de máquinas e equipamentos, dirigida à indústria aeronáutica.
A Metalora iniciou a sua actividade em 2018 e surgiu da necessidade das empresas sedeadas no PIAE de contratar serviços de assistência técnica especializada e desenvolvimento de soluções e equipamentos para melhorar o seu processo de fabrico. Presentemente a empresa está sedeada na Zona Industrial de Almeirim Norte. A Metalora presta apoio a empresas nacionais e estrangeiras e tem projectado, fabricado e fornecido equipamentos às principais empresas do PIAE, nomeadamente Mecachrome e ao Grupo Embraer e ouras como a Tyco Eletronics, Kemet e Fundição Évora.

Cúpula da torre dos Paços do Concelho de Cantanhede foi substituída

Está praticamente concluída a obra de reabilitação da torre dos Paços do Concelho de Cantanhede, processo que incluiu a substituição da cúpula, cujas características implicaram uma operação preparatória dos trabalhos relativamente exigente.

Adjudicada pela Câmara Municipal por cerca de 35 mil euros, para a resolver os problemas estruturais do telhado, que ameaçava degradar-se ainda mais a curto prazo devido às infiltrações identificadas, a empreitada incidiu sobretudo na renovação da estrutura de suporte desse componente do edifício, sob o qual foi aplicado um forro com características de isolamento e impermeabilização adequadas. O novo ripado é de PVC e a telha utilizada, idêntica à anteriormente existente, foi sujeita a um tratamento de impermeabilizante.

A requalificação da torre dos Paços do Concelho de Cantanhede contemplou ainda a limpeza mecânica de cantarias de pedra dos pináculos da cobertura, através da projeção a seco de jato abrasivo de pó de sílica a alta pressão, bem como a aplicação de solução desinfetante para tratamento preventivo do aparecimento de microrganismos como fungos.

Há alguns anos, o antigo Palácio dos Meneses, foi sujeito obras de requalificação de fundo, processo que resultou na modernização dos espaços e adequação da sua funcionalidade às exigências dos serviços da autarquia, mas preservando e valorizando os elementos patrimoniais que o caracterizam, nomeadamente alguns elementos quinhentistas que remontam ao período em que foi habitado pelos senhores de Cantanhede e que fazem dele um verdadeiro ex-libris da cidade.

Recentemente, também o antigo relógio da torre foi restaurado por Luís Cousinha, neto do relojoeiro que o instalou, presumivelmente em 1958. A operação passou pela retificação dos mecanismos que puderam ser aproveitados e na substituição de outros por novos, mas estes feitos em materiais mais resistentes, em bronze, aço e outras ligas metálicas. Depois, o sistema foi todo polido, tendo sido colocados novos mostradores, em acrílico, e também novos ponteiros, estes em alumínio.


França abre vacinação a toda a população a partir de 12 de maio


O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou hoje que a vacinação contra a covid-19 em França vai ser aberta a todas as pessoas que se queiram vacinar a partir de 12 de maio, sempre que haja doses disponíveis.

"A partir de 12 de maio, podem consultar na véspera as marcações para ver se há doses disponíveis. Caso haja marcações disponíveis perto das vossas casas, elas vão ser abertas a todos, sem limite de idade", disse hoje Emmanuel Macron aos jornalistas durante uma visita a um novo centro de vacinação em Paris.

A idade de acesso prioritário à vacina anti covid-19 passa agora a 50 anos. Para as pessoas com menos de 50 anos ficam as marcações que sobrarem, de forma a utilizar todas as doses já disponíveis.

O Presidente francês mostrou-se ainda favorável à abertura das patentes sobre as vacinas contra a covid-19.

"Devemos fazer da vacina um bem público mundial", disse o chefe de Estado para que, a curto termo, a prioridade é "doar doses" e "produzir mais doses" em parceria com os países mais pobres.

As autoridades francesas divulgaram hoje que a vacinação está também aberta a jovens de 16 e 17 anos com doenças graves e que a vacina que lhes será administrada será a da farmacêutica Pfizer.

Até agora, já foram vacinadas em França quase 17 milhões de pessoas com a primeira dose, o que corresponde a mais de um quarto da população.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.244.598 mortos no mundo, resultantes de mais de 155,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Lusa

Papa critica “nacionalismos fechados e agressivos” contra estrangeiros e migrantes


O Papa criticou, numa mensagem hoje divulgada, os "nacionalismos fechados e agressivos e o individualismo radical", considerando que só dividem e que quem paga o preço mais alto são os estrangeiros, migrantes e marginalizados.
Na mensagem publicada hoje para a Jornada Mundial do Migrante e do Refugiado, o Papa Francisco considerou que os nacionalismos e individualismos "dividem o Nós, tanto no mundo quanto dentro da Igreja", acrescentando que o preço mais alto é pago pelos estrangeiros, migrantes: "Os marginalizados, que habitam as periferias existenciais".

"Estamos todos no mesmo barco e somos chamados a comprometer-nos para que não haja mais paredes que nos separem, que não haja mais Outros, mas apenas um Nós, grande como toda a humanidade", observou.

Na mensagem, o Papa fez um duplo apelo aos católicos e a todos os homens e mulheres do mundo para se poder alcançar "um Nós cada vez maior".

Pediu aos fiéis e à Igreja "que saiam às ruas das periferias existenciais para curar os feridos e procurem os que estão perdidos, sem preconceitos nem medos, sem proselitismo, mas dispostos a expandir o espaço da sua loja para acolher a todos".

"Entre os habitantes das periferias encontraremos muitos migrantes e refugiados, deslocados e vítimas do tráfico, aos quais o Senhor deseja que o seu amor se manifeste e que a sua salvação seja anunciada", acrescentou.

Para o Papa Francisco, os fluxos migratórios contemporâneos constituem uma nova "fronteira missionária", uma "ocasião privilegiada para anunciar Jesus Cristo e o seu Evangelho sem sair do próprio ambiente, para dar um testemunho concreto da fé cristã na caridade e no respeito profundo por outras expressões religiosas".

Ao mesmo tempo, exortou todos os homens e mulheres do mundo a "caminharem juntos para um Nós cada vez maior, para reconstruir a família humana, para construir juntos um futuro de justiça e paz, garantindo que ninguém seja excluído".

E para concretizar este ideal, sublinhou: "Todos devemos esforçar-nos por derrubar os muros que nos separam e construir pontes que promovam a cultura do encontro, conscientes da íntima ligação que existe entre nós".

Acrescentou que as migrações contemporâneas dão a oportunidade de superar os medos "para nos deixarmos enriquecer pela diversidade do dom de cada um".

Francisco lembrou que é preciso também garantir um "cuidado adequado" do planeta e, para isso, é preciso "constituir um Nós cada vez maior, cada vez mais corresponsável, com a firme convicção de que o bem que se fizer ao mundo será para "as gerações presentes e futuras".

"Trata-se de um compromisso pessoal e coletivo, que cuida de todos os irmãos e irmãs que continuarão sofrendo enquanto buscamos um desenvolvimento mais sustentável, equilibrado e inclusivo", acrescentou.

O Papa Francisco concluiu convidando as pessoas a "não terem medo de sonhar" e a fazê-lo "juntos como uma só humanidade, como companheiros de caminho, como filhos e filhas desta mesma terra que é nossa casa comum".

Lusa

Imagem: TVI24

A demolição despercebida dos simplificadores

 

Jackson de Figueiredo (1891-1928)

  • Péricles Capanema

Plateau de fromages. Este artigo vai ser um “plateau de fromages”, prato de variados queijos, espero que aproveite a alguns dos eventuais leitores. Foco em particular tipo humano comum entre nós (explico a seguir a razão), o simplificador. Tantas vezes simplórios, os simplificadores fogem dos contrafortes do pensamento, das nuanças nascidas da observação de quem não tem medo do esforço de enxergar com cuidado. Após reflexões superficiais, saltam de suas cacholas soluções toscas e definitivas, não raro enfáticas. Tortas, atalhos para desastres. Enfim, o simplista em suas reflexões amputa parte substancial da realidade, julga com base em quadro sem elementos fundamentais. Vício entranhado, em parte enraizado na ignorância pretensiosa, difícil de extirpar na maioria das vezes. No longo prazo, é um demolidor das causas que até pode julgar defender. Demolições em geral despercebidas. Se quisermos, um autodemolidor, mesmo que inconsciente e até de boa-fé.

Têm audiência tais pregoeiros de atalhos para fracassos inevitáveis? Têm; e muita. “Stultorum numerus infinitus est” (Ecl 1, 15), infinito é o número de imbecis, constatou Salomão milênios atrás; continua palpitante a desabusada sentença do sábio rei judeu. Também por isso é necessário ter o olho posto nos obstinados amputadores da realidade inteira.

Além da audiência que conseguem, podem ser atraentes? Sem dúvida. Com efeito, para as emaranhadas questões debatidas na esfera pública, os simplificadores indicam soluções fáceis para problemas difíceis; de outro modo, analgésicos para dores lancinantes, até mesmo poções mágicas — na vida privada acontece o mesmo. Sempre é simpático, para quem se sente no pântano, ver gente mostrando trilhos de saída. O problema é que, via de regra, não são carreiros que irão dar na terra firme.

Mais observação, mais pensamento, menos palpites. Por que entrei em tal vereda? Porque pretendia futurar sobre a intricada situação nacional. Mas trombei logo com pilhas de irritantes declarações simplificadoras — o que mais encontrei, aliás, de alto a baixo, em todos os quadrantes. E veio a certeza entristecida, em ambiente dominado por simplificadores, não vai aparecer solução que preste. O debate então pressupõe saneamento prévio, profundidades translúcidas nas concepções, gente menos pitaqueira, que saiba observar bem.

Tirar a pedra do caminho. Por associação de ideias, veio-me incontível ao espírito Jackson de Figueiredo (1891-1928) [foto no topo]. Lá atrás, década de 20, com profundidade translúcida ele já havia realçado o perigo das simplificações para a política brasileira. Valeria a pena divulgar tais opiniões, mas havia uma pedra no caminho (lembrando Carlos Drummond de Andrade), obstáculo que era necessário afastar: o desconhecimento de quem foi Jackson de Figueiredo. Poucos sabem do polemista corajoso, menos ainda, têm noção do seu magnetismo notável — carisma, em qualificação hoje muito empregada — e do seu impacto no Brasil de então. Lembro, ambiente de República Velha, população do Rio de Janeiro naqueles anos a maior cidade do Brasil, pouco mais de um milhão de habitantes; São Paulo, a segunda, em torno de 600 mil. leia-se “Veni, vidit, vincit”, frase atribuída a Júlio César sobre trabalhos seus. Deste sergipano mirrado se poderia dizer o mesmo; chegou cedo à antiga capital federal, participou da vida pública com força e logo triunfou com brilho no meio das escaramuças. Lembrar por alto traços da presença de Jackson de Figueiredo no Brasil, além de tornar mais assimiláveis eventuais citações, é providência útil para elevar os debates em nossos dias.

Meteoro brilhante. Jackson de Figueiredo nasceu em Aracaju, formou-se em Direito na Bahia, teve vida pública no Rio de Janeiro até a morte trágica e inesperada por afogamento na Barra da Tijuca. Jornalista e escritor, publicou seu primeiro livro em 1908 aos 17 anos. Destacou-se como polemista, marcou a cena pública em especial como líder católico de grupos de intelectuais. Estadeou com desassombro suas convicções, embora tenha começado a vida pública como anticlerical raivoso — converteu-se ao Catolicismo em 1918. A partir daí, ascensão segura no meio de certames acirrados. Organizou o movimento de leigos católicos. Fundou o Centro Dom Vital, núcleo de pessoas de valor, criou a revista “A Ordem”, que marcou a vida da inteligência nacional. Jackson sentia-se bem na luta, combateu pela pluma e palavra o liberalismo e o comunismo. “Troquei toda a veleidade de construir por mim só ou com a ajuda deste ou daquele grande espírito uma filosofia da ação. Preferi ser o humilde soldado que sou da Igreja Católica, e me sinto tão orgulhoso disso como se fora um rei”. E assim lutou com denodo para colocar os católicos e os temas católicos nos galarins, enfim retirar a Igreja da situação melancólica sinalada por dom Sebastião Leme em sua carta pastoral de 1918: “Somos uma maioria que não atua; somos uma maioria asfixiada. O Brasil que aparece, o Brasil nação, esse não é o nosso. É da minoria. A nós, católicos, apenas dão licença de vivermos”. Apaixonado, controverso, homem de seu tempo, parte de sua ação seria vista hoje com justas reservas, mas não é o que pretendo realçar. Meu assunto é outro, simplificadores, ou simplistas, vou voltar a ele. Estou apenas aproveitando a ocasião para lembrar em traços rápidos uma personalidade, cujos reflexos no Brasil contemporâneo enriqueceriam o debate, tantas vezes amputado de aspectos importantes, e assim, côngruo lembrá-lo aqui, entre outros efeitos, diminuiria a importância deletéria dos simplificadores.

Morto Jackson, o Brasil ficou mais pobre. Logo após o falecimento de Jackson de Figueiredo, a 4 de novembro de 1928, Carlos Drummond de Andrade, então poeta de pouca nomeada, vivendo na pequena Belo Horizonte, na época com pouco mais de 100 mil habitantes, homem de esquerda, “rigorosamente agnóstico” (palavras suas), publicou uma “Ode a Jackson de Figueiredo” (texto integral estampado em “A Ordem”, dezembro de 1929), que ecoou Brasil afora:

“Jackson, nem amigo, nem inimigo […] espiando teus gestos, tuas palavras e obras, mas distante, extraordinariamente distante daquilo que foi a tua vida, mais distante ainda dos mundos que exploraste […] aqui estou, testemunha, depondo. Jackson, os que te conheceram e te amaram, os que te conheceram e não te amaram, os que não tiveram tempo de te amar, os que não cruzaram no teu destino, os que ignoram o teu nome, os que jamais saberão que exististe, estão todos um pouco mais pobres do que eram antes. Uns perderam o amigo. Outros, o inimigo, o grande e belo inimigo que orgulha. Outros nada perderam, e é tão triste, tão doloroso não perder nada. Como estes, eu me sinto pobre da pobreza de não ter sido dos teus, Jackson, e eu sinto verdadeiramente por todos aqueles que jamais suspeitarão disso. Voltou o tempo dos prodígios. Ainda há pescas maravilhosas, eu sei. E os peixes que arrebataste a um mar mais crespo que o de Tiberíades, estão cantando a glória do Senhor. Milhares de […] almas elevam um cântico tão puro que a terra se mistura com o céu […] E nem se percebe o pescador que as ondas arrebatam, que as ondas arrebatam violentamente, […] enquanto o corpo mergulha. [… ] Muitas coisas nos ensinou a tua morte, que a tua boca não soubera exprimir”.

O prodígio havia se calado. Permaneceu o eco. Até hoje.

O maior paladino suscitado pela Providência. Anos mais tarde, outubro de 1941, em artigo comemorativo do cinquentenário de seu nascimento, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, no “Legionário”, afirmou de Jackson de Figueiredo:

“Invulgar figura, o maior paladino suscitado pela Providência nas fileiras do laicato católico, dele se pode afirmar que não foi dos tíbios que causam asco ao Senhor. Alma forte e inteiriça, atingiu rapidamente em suas obras as culminâncias do senso católico, ao menos sob vários pontos de vista. Batalhador audaz, inteiriço e leal; abominava os silêncios covardes, os disfarces indignos; impávido, pronto para atacar, para discutir e para censurar”.

Na conclusão, a nota do serviço único: “Jackson prestou ao Brasil um serviço incomparável”.

Embates duros no Brasil da República Velha. Desembarco enfim na simplificação. Artur Bernardes (1875-1955) governou o Brasil de 1922 a 1926 sob oposição do tenentismo, de correntes liberais, de setores que hoje seriam apodados de progressistas. Duro, seco, de algum modo representava a reação. Jackson apoiou-o desde o início, via retrocessos preocupantes nas forças que procuravam abatê-lo, estuário de posições revolucionárias por ele guerreadas. Dessa forma, em 1921 se aliou à candidatura Bernardes, considerando-a garantia da ordem e favorecedora da religião. Por ricochete, ficava claro, dava apoio aos grupos políticos que dominavam a política brasileira desde vários lustros. Entre 1922 e 1924, já no governo Bernardes, Jackson agiu contra o tenentismo, movimento perpassado por diagnósticos simplificadores, arroubos autoritários e crença ingênua no poder redentor do Estado. Nesse contexto devem ser analisadas as observações de Jackson:

“Como católico, devo declarar que o que mais admiro em quem quer que seja é a firmeza, a coragem das convicções. […] Criado entre militares, que abundam em minha família, sempre mantive relações de amizade com muitos oficiais. […] Confesso que, se comparo essa gente com as de outras classes com que tenho convivido, acho que a porcentagem de homens de caráter, de vergonha, é maior entre militares. […] O militar é, como o sacerdote, um homem a quem, no início da juventude […] foram impostos hábitos de ordem, método, disciplina e vivamente incutidas as mais nobilitantes virtudes de ordem prática, sobre o valor moral da obediência, do sacrifício de si mesmo”.

Depois de mostrar um lado da moeda, expõe o reverso:

“A vida do quartel e o estudo de suas especialidades, isolando-o, até certo ponto, nesse agitado meio social fazem com que o militar seja, quase sempre, um simplista”. Continua dizendo, um homem mais de imaginação que de experiência. Vale para a profissão das armas, vale para qualquer profissão. Sem cuidados próprios, a maioria das profissões tende a formar profissionais simplificadores. Prossegue Jackson de Figueiredo: “O nosso político, o nosso tão malsinado político tem, em relação ao bom militar, esta indiscutível superioridade; está muito mais a par de nossas necessidades sociais de cada momento, sabe que administrar não é somente mandar e ser obedecido, tem muito mais complexidade intelectual”. Lamenta a inexistência entre muitos homens de uniforme “dessa finura de tato que se requer de um verdadeiro político”.

Planar como o açor. Longo o texto, brado contra simplificações deletérias, curto o espaço meu, vou parar. O que Jackson de Figueiredo lamentava, a análise parcial e geométrica da realidade, amputada de facetas essenciais, persiste ovante, satisfeita, entulha jornais, de modo especial as redes sociais. Sem o hábito de se elevar muito alto, como o açor em caça, e de lá perceber os problemas em toda sua extensão, o debate nacional necessariamente terá premissas pobres e deformadas. E soluções pecas que farão o País deslizar despercebidamente para abismos. Aqui está ponto prévio, indispensável a qualquer discussão proveitosa, cujo destaque é mais uma das benemerências de Jackson de Figueiredo.

ABIM