sábado, 29 de dezembro de 2018

Manhã de sábado: 2019: O fim da geringonça e o que falta resolver /premium

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Manhã de sábado

As principais notícias do dia
Bom dia!
Vêm aí 9 meses de campanha eleitoral contínua. E, pelo meio, pontos delicados para António Costa que quer voltar a ocupar o cargo de primeiro-ministro. Que pedras terá de sacudir do sapato até lá?
São três desejos – e três avisos – do Presidente da República para o ano que aí vem: "Bom senso no que é essencial, não desregrar as contas públicas e que não se assumam compromissos impossíveis"
A líder do Bloco de Esquerda utilizou a mensagem de ano novo para prestar as contas de uma legislatura. Catarina Martins anteviu ainda um ano de 2019 marcado por escolhas e combates políticos.
O inquérito interno da Carris ao acidente com o elétrico que descarrilou este mês na Lapa, em Lisboa, concluiu que o descarrilamento "ocorreu por erro humano" e nega "anomalias no veículo".
Renda da casa, portagens, tabaco, refrigerantes, o pão e o leite vão subir de preço em 2019. Mas também há boas surpresas: a eletricidade e a gasolina baixam, pelo menos para já.
Carros mais altos como SUV e monovolumes vão pagar menos portagens a partir de 1 de janeiro. Têm de ter entre 2,3 e 3,5 toneladas e utilizar o sistema de pagamento automático.
Rui Vitória não desmentiu a proposta do Al Nassr mas garantiu que vai "ficar no Benfica" porque está "muito bem". "Deixem-nos trabalhar!", atirou o treinador, que sublinhou a importância de objetivos.
O Benfica foi à Vila das Aves sabendo que só precisava de empatar e não conseguiu tirar esse facto da cabeça. Esteve a perder, empatou e passou: mas o "período de retoma" ainda não terminou.
Faz este sábado 5 anos que um acidente de ski deixou Michael Schumacher às portas da morte. As últimas novidades oficiais sobre o estado de saúde do piloto de F1 são de 2014. Desde aí, só rumores.
Xutos & Pontapés, Salvador Sobral, Mão Morta, Capitão Fausto, First Breath After Coma e Branko estão entre os artistas portugueses com regresso aos discos em 2019.
Coloque-se por momentos na pele de Cristiano Ronaldo e goze a velocidade do mais possante dos seus brinquedos. O Chiron atinge 420 km/h e, entre o ruído e as vibrações, a experiência é brutal. 

Opinião

Luís Reis
Sou um utente frequente do SNS onde sou submetido mensalmente a uma intervenção que implica a utilização de uma pequena peça que custará 10 a 15 cêntimos. Mas já aconteceu as peças estarem "esgotadas"
Sebastião Bugalho
Ninguém pergunta até onde é normal o MNE russo ser recebido em Lisboa oito meses depois de o governo subscrever as conclusões do Conselho Europeu que culparam a Rússia pelo atentado em Inglaterra?
José Manuel Fernandes
De repente Costa omitiu a palavra-fetiche: austeridade. E até descobriu que passámos "anos difíceis". É um sinal de que o blá-blá da "reposição de rendimentos" se tornou a bomba-relógio da geringonça.
José Milhazes
Quase todos os dirigentes da Igreja Ortodoxa Russa colaboraram com os serviços secretos soviéticos, incluindo Alexis II, o antigo Patriarca, e Kirill, o actual, que tinha o pseudónimo de “Mikhailov”.
Fernando Leal da Costa
No caso do ex-ministro da Saúde louva-se a passagem de “somos todos Centeno” para “falta investimento” na Saúde. Todos os que passámos pela governação ficámos mais lúcidos depois de abandonar funções.
MAGG

Marta Cerqueira
O voo entre Portugal e o Brasil foi o primeiro de quatro sem descartáveis a bordo. No total, foram evitados 350 kg de plástico.

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Apelo à dádiva de Sangue nos Bombeiros de Agualva-Cacém



Este sábado, dia 29 de dezembro, entre as 9 e as 13 horas, colheita de sangue, nos Bombeiros de Agualva-Cacém

O Instituto Português do Sangue e Transplantação (IPST) alerta toda a população para a necessidade urgente de dádivas de sangue, especialmente dos grupos A e O.

Devido ao elevado número de acidentes registados nesta quadra o IPST, apela aos dadores para que se dirijam aos centros de recolha das áreas de residência.

Assim, nas instalações da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Agualva-Cacém (AHBVAC) vai decorrer este sábado, dia 29 de dezembro, entre as 9 e as 13 horas, mais uma colheita de sangue.

Fonte:sintranoticias


Hoje começa o fim do ano em Mira!

Pode parecer um contra-senso, mas é verdade: a Passagem de Ano dura 4 dias, pelos lados de Mira!
Entre 29 de Dezembro e o dobrar de 2018 para 2019 muita coisa há por fazer em Mira, muitos lugares por descobrir e muita vida por viver. Exemplo disso é a reportagem que pode ver no link abaixo, onde a conceituada publicação Vida Ativa coloca Mira dentre os locais mais in para se passar o Revellion deste ano:
Mas, a reportagem do Jornal Mira Online esteve à conversa com dois dos nomes principais da imensa organização que está por detrás do Revéillon RFM, para podermos perceber, sob a ótica do Presidente da CM de Mira, Raul Almeida e do Vereador Fernando Madeira, o que significam estes dias e estas noites para o Concelho, para as suas gentes e, claro está, para os muitos visitantes que já se encontram por todo o lado, na convicção de que assistirão a um grande evento - não somente em tamanho como, principalmente, em qualidade!
"Na verdade, já se sente que este é um fim de semana diferente e especial por estes lados" afirma o orgulhoso autarca que garante ter a "percepção de que muito se pode fazer pelo turismo no Concelho e este evento é a prova de que estamos atentos e a procurar trazer um público diversificado a cada ação, sempre na expectativa de que voltem mais vezes". 
O facto de haver casas arrendadas fora da localidade da Praia de Mira para alojar as pessoas que estarão presentes é, segundo Raul Almeida e Fernando Madeira, prova inequívoca de que "a hotelaria num raio de 15 quilómetros, mais ou menos, encontra-se com a sua ocupação completa, e este é o primeiro benefício que este evento trás não somente para Mira, mas também para a região". 
Raul Almeida afirma que "são esperadas cerca de 40.000 pessoas" neste fim de semana prolongado, que acabarão por atrair também excelentes oportunidades de negócio para o comércio local. "Não são somente os hotéis que já estão a sentir o reflexo deste período... os restaurantes e bares também têm expectativas elevadas para aproveitarem o boom deste momento".
Quando questionado pela reportagem se o cidadão Raul Almeida estaria em Mira para as Festas de Fim de Ano, caso não fosse autarca, a resposta é pronta: "Claro! Deixe-me que lhe diga que o Revéillon vai muito para além da presença do C4Pedro, na noite de 31 de Dezembro. Logo neste sábado, o Mira Fashion Night trará uma abordagem diferente para o que é tradicional nesta altura do ano. No Domingo, acontecerá a Glow Run to 2019, uma corrida cheia de luz, que conta com 300 participantes e que acabará por dar um brilho ainda maior à Festa e, nessa noite também haverá um excelente Concerto dos "Quatro e Meia", que são o garante de uma animação musical variada que procura agradar aos diferentes gostos musicais. Mas, há mais: São Pedro foi bastante generoso e contribuirá decisivamente para que todos possam usufruir destas mini-férias de uma forma tranquila, onde as pessoas acabarão por almoçar e jantar em locais convidativos e usufruir da hospitalidade gandaresa... sem chuva!"
Raul Almeida e Fernando Madeira deixaram no ar, ainda, uma constatação, no mínimo, curiosa"há 15, 20 anos atrás havia a Festa de Fim de Ano na Praia de Mira, mas era algo muito disperso, não havia um programa - e muito menos, um tão intenso como o de agora - e isso é um grande passo que se dá na busca de oferecer-se sempre algo de inovador ao público que nos visita e aos comerciantes locais que acabam por beneficiar desta abordagem...".
Fica, desta forma, lançado o repto para que todos os que queiram ter um fim de semana em grande compareçam à Praia de Mira. Ela não será, certamente, o centro do mundo por estes dias, mas será o local de eleição de vários milhares de pessoas que, de norte a sul, para ali se deslocarão. Com uma agenda cultural abrangente e uma oferta gastronómica variada, a Praia de Mira e o Concelho no seu todo, estarão à altura daquilo que os visitantes possam esperar.
Se já escolheu a Praia de Mira para entrar bem em 2019, excelente. Se ainda está em dúvidas quanto ao local que irá visitar... fica o convite. Caso o aceite, terá feito uma excelente escolha!
COMO IR ATÉ A PRAIA DE MIRA NA ÚLTIMA NOITE DO ANO:
  • No dia 31 de Dezembro, o Município de Mira disponibiliza novamente, um Autocarro Gratuito de acesso ao Réveillon RFM na Praia de Mira:
    • Autocarro de 50 Lugares
    • 7 locais de Paragem
      • (1) Alpendre Tapas & Bar – Mira
      • (2) Residencial Canhota (N109) – Mira
      • (3) Casa da Lagoa – Lagoa
      • (4) Parque de Campismo Vila Caia - Lagoa
      • (5) Real Restaurante Bar - Seixo de Mira
      • (6) Aldeamento Miravillas e Aldeamento Miroasis – Praia de Mira
      • (7) Junto ao Posto da GNR - Praia de Mira
    • 3 viagens de ida (22h00 / 22h45 / 23h30) e 3 de regresso (2h00 / 3h00 / 4h00)

Alerta | Dezembro de 2017, 59 mortos na estrada. Nunca chegaram a abrir o seu presente

Quem vos alerta bem vos quer! O Litoral Centro associa-se a esta campanha de alerta rodoviária.
Aos dadores de sangue aconselhamos que o Cartão Nacional de Dador de Sangue seja colocado junto da Carta de Condução ou do Cartão de Cidadão. É meio caminho para salvar a sua vida!
Próspero Ano 2019.

J. Carlos
Direcrtor 

Colheita de sangue dia 29 de Dezembro das 9 horas às 13 horas no Posto Fixo da ADASCA em Aveiro




Sessão de colheitas de sangue a realizar no mês Dezembro e Janeiro de 2019

O Posto Fixo fica localizado no Mercado Municipal de Santiago, 1º. Piso em Aveiro, Rua de Ovar, Coordenadas GPS: N 40.62659 - W -8.65133.


Sara Carvalho escreveu: "Doar sangue é mais do que ajudar, é simplesmente doar uma vida a uma pessoa que precisa. Eu já fiz a minha parte mais uma vez"VOCÊ PODE FAZER TODA A DIFERENÇA!
Os interessados em aderir à dádiva devem fazer-se acompanhar do Cartão de Cidadão para facilitar a inscrição ou do Cartão de Nacional de Dador de sangue.
Não se deve dar sangue em jejum, convém tomar o pequeno-almoço normalmente, com exclusão de bebidas alcoólicas.
Atenção: Após tomar o almoço convém ter em conta o período de tempo para digestão, nunca inferior a 2:30 Horas. Na região de Aveiro só não adere à dádiva de sangue quem não pode ou não quer…
Lembramos que o Mercado Municipal de Santiago dispõe de excelentes para estacionamento das viaturas, como ainda um Parque de Estacionamento Subterrâneo onde podem deixar as viaturas.Ali os dadores não correm o risco de serem multados. Estão reunidas as melhores condições para trazerem os carros.
“Solidários, seremos união. Separados seremos pontos de vista. Juntos, alcançaremos a realização de nossos propósitos” como escreveu Bezerra de Menezes. Mais, entendam que juntos somos mais fortes!

O propósito da ADASCA é fazer tudo o que está ao seu alcance para que a adesão à dádiva de sangue em Aveiro aumente, nunca somos de mais para fazer face às necessidades de sangue nos hospitais.


Estatuto do Dador de Sangue
Diário da República, 1.ª série — N.º 165 — 27 de agosto de 2012, Lei n.º 37/2012 de 27 de Agosto, Estatuto do Dador de Sangue.
Artigo 7.º
Ausência das atividades profissionais
1 — O dador está autorizado a ausentar -se da sua atividade profissional pelo tempo necessário à dádiva de sangue.
2 — Para efeitos do número anterior, a ausência do dador é justificada pelo organismo público responsável.
3 — O dador considera -se convocado desde que decorrido o intervalo mínimo fixado entre as dádivas.
4 — O médico pode determinar, em cada dádiva, o alargamento do período até à retoma da atividade normal, quando a situação clínica assim o exija, desde que devidamente justificado.
5 — O disposto no presente artigo não implica a perda de quaisquer direitos ou regalias do dador.


Mapa para 2019 pode ser consultado no Site: www.adasca.pt

Joaquim Carlos
Presidente da Direcção da ADASCA

COIMBRA · LAZER | Saiba quais as ruas encerradas e os parques de estacionamento abertos na noite de Fim de Ano em Coimbra

O Fim de Ano em Coimbra promete voltar a ser muito animado e com a afluência de vários milhares de pessoas à Baixa da cidade.

A festa começa a partir das 19h30 e a animação prolonga-se noite dentro, com o tradicional fogo-de-artifício sobre o Rio Mondego à meia noite.
A Câmara Municipal (CMC) irá manter o parque de estacionamento subterrâneo do Convento São Francisco aberto e gratuito durante toda a noite.
Coimbra vai entrar no ano novo com muita animação e um cartaz diversificado para toda a família. Na Baixa da cidade vão ser instalados quatro palcos, nos quais atuarão os UHF, Diogo Piçarra e Insert Coin (no Largo da Portagem); Francisco Cunha e Bandit’z Live (na Praça do Comércio); DJ Rui Tomé (na Praça 8 de Maio); e a Banda ICE (no Terreiro da Erva). O Grupo Bossa a Meias dá o arranque das celebrações, a partir das 19h30, na Rua Ferreira Borges.
Numa noite em que são esperados vários milhares de pessoas, a CMC irá manter aberto e gratuito, durante toda a noite, o estacionamento subterrâneo do Convento São Francisco. Será ainda permitido estacionar no parque na Ínsua dos Bentos (ao fundo do Parque Dr. Manuel Braga).
Por forma a garantir que a festa decorre em segurança, assegurando que a população e os visitantes da cidade possam viver os festejos em conforto, para além dos habituais procedimentos levados a cabo em eventos de grande dimensão, o dispositivo logístico de meios de socorro e de segurança será reforçado.
A Ponte de Santa Clara, Av. Emídio Navarro, Rua da Sota, Rua do Carmo e a Rua Adelino Veiga serão encerradas temporariamente ao trânsito a partir das 21h00 do dia 31 de dezembro. O trânsito será igualmente encerrado a partir das 17h00 no Terreiro da Erva. Após a indispensável limpeza das vias estas restrições serão levantadas a partir das 05h00 do dia 1 de janeiro. O acesso pelas pontes Rainha Santa Isabel e Açude continuará a processar-se com normalidade.
Deste modo, pretende-se garantir maior e melhor acessibilidade aos espaços onde decorrem os espetáculos, proporcionando-se, ao mesmo tempo, a Ponte de Santa Clara como plataforma para se poder assistir ao fogo-de-artifício sobre o Rio Mondego, com maior comodidade e segurança.
Todos os momentos desta festa de Fim de Ano terão entradas gratuitas, sendo este um investimento que a CMC  tem realizado para oferecer à cidade um evento de referência nacional.
O objetivo passa, também, por fortalecer a projeção, o posicionamento e a notoriedade de Coimbra, estimulando também a economia local, e contribuir ativamente para a revivificação do coração da cidade.
Fonte: NDC


Colisão de três veículos causa um morto no concelho de Alcobaça

Colisão de três veículos causa um morto no concelho de Alcobaça
Uma colisão entre três veículos ligeiros, na localidade de Vale Maceira, no concelho de Alcobaça, causou hoje uma vítima mortal, informou o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria.

O acidente ocorreu "quando dois dos veículos se encontravam parados num semáforo de controlo de velocidade e um terceiro embateu por trás causando a morte de um homem de 47 anos", disse à agência Lusa o comandante dos Bombeiros de S. Martinho do Porto, João Bonifácio.

De acordo com o comandante, "a equipa da VMER (Viatura Médica de Emergência e Reanimação) do Hospital das Caldas da Rainha "ainda efetuou manobras de reanimação, mas sem sucesso, acabando por declarar o óbito no local".

O acidente ocorreu às 20:06 e no local estiveram 21 operacionais apoiados por nove viatura.



“Que a riqueza vá para as mãos dos moçambicanos” Agostinho Mondlane sobre legislação que limita direito de pesca aos estrangeiros

Armadores semi-industriais e industriais estrangeiros estão a ser notificados a arranjarem “sócio moçambicano” como forma de obterem o direito de pescar nas águas de Moçambique. “Qual é o problema que os moçambicanos detenham a maioria” reagiu o ministro Agostinho Mondlane quando questionado pelo @Verdade acrescentando que “o Chefe de Estado estava a falar (no Estado da Nação) do problema de combate a pobreza e que a riqueza vá para as mãos dos moçambicanos”.
Ao abrigo do Regulamento de Concessão de Direitos de Pesca e Licenciamento da Pesca, aprovado em Dezembro de 2017 e revisto em Outubro passado, o Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas está a notificar as empresas que exercem a actividade pesqueira em Moçambique que têm 30 dias, contados desde o início deste mês, para conformarem-se com a nova legislação que impõe a necessidade da aquisição do “Direito de Pesca” para as actividades industriais e semi-industriais.
Junto a um requerimento, que deve ser submetido ao Conselho de Ministros tratando-se de armadores industriais ou ao ministro de tutela para os semi-industriais, a nova legislação impõe critérios rígidos e custos monetários elevados.

Além da posse de embarcação com bandeira nacional os armadores devem empregar pelo menos 92 por cento de mão-de-obra moçambicana, “apresentar Garantia Bancária correspondente à 10 por cento do valor da Taxa do direito de pesca referente a cada pescaria para a qual concorre”, plano de investimentos que totalizem “20 por cento do valor no mercado internacional das projecções anuais de capturas” dentre outras exigências que variam em função do tipo de recurso pesqueiro que o armador pretende obter o respectivo Direito de Pesca.
No entanto o @Verdade apurou que para a pesca do camarão, da kapenta, e da garoupa, mareco, robalo e cachucho o Governo de Filipe Nyusi impôs um critério adicional: “O proprietário da embarcação deve ser uma pessoa singular ou colectiva nacional” e ainda todos trabalhadores devem ser moçambicanos.
Por outras palavras o Governo está a limitar a pesca dessas espécies apenas a empresas maioritariamente detidas por moçambicanos.
“Qual é o problema que os moçambicanos detenham a maioria?”
Em ofícios que estão a ser enviados desde o passado dia 3 de Dezembro aos armadores o Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas deixa claro que: “No caso de V.Exmas serem pessoa Singular ou Colectiva com capitais maioritariamente detidos por estrangeiros, para efeitos de obtenção dos direitos de pesca, deverá o requerer, anexando obrigatoriamente o Acordo Parassocial celebrado com sócio moçambicano, com declaração expressa da transmissão das acções, incluindo as respectivas contrapartidas financeiras a serem efectuadas pelo Transmissionário”.
O @Verdade questionou ao ministro da tutela, Agostinho Mondlane, se estes critérios da nova legislação não são um contrassenso aos esforços de Moçambique melhorar o seu “Doing Business” afinal no nosso país há décadas que deixaram de existir requisitos de detenção do capital social por parte de nacionais moçambicanos ou sociedades com sede em Moçambique, salvo em sectores regulados como o da segurança privada ou imprensa.
“Estou a aplicar a Lei das Pescas que foi aprovada em 2013” começou por afirmar o ministro do Mar, Águas Interiores e Pescas à margem do Estado da Nação.
“Qual é o problema que os moçambicanos detenham a maioria? Vai a qualquer um desses países costeiros a ver se há estrangeiros a pescarem nas águas deles”, acrescentou Agostinho Mondlane sobre a obrigatoriedade das empresas de pesca serem detidas por cidadãos nacionais.
“Que a riqueza vá para as mãos dos moçambicanos”
O @Verdade perguntou ainda ao governante se a obrigatoriedade da aquisição dos direitos de pesca é somente para empresas cujos projectos foram aprovados após a entrada da nova legislação ou é para todas existentes. “Nós estamos a aplicar daqui para frente, todos têm que ter o Direito de Pesca. Esta lei foi feita com base no direito comparado, foi se inclusivamente buscar as práticas europeias e adaptamos à nossa realidade”, declarou Mondlane.
Inquirido se o Estado moçambicano está preparado para compensar aos armadores pelos seus direitos adquiridos mas que o perdem ao abrigo da nova legislação o titular do Mar, Águas Interiores e Pescas foi disse que: “Não há necessidade de ressarcimento porque os investimentos são feitos por determinado tempo, recuperaram, nós temos inclusive embarcações que têm mais de 30 a 40 anos que já deveriam ter sido descontinuadas, recuperaram os investimentos ao longo do tempo. O que nós estamos a dizer é que os moçambicanos e os investidores(estrangeiros) entrem em acordo para ver como é que fazem essa parceria na área das pescas”.

“Nós estamos a falar de industria, nós calculamos que 92 por cento das 390 mil toneladas que deverão serão pescadas este ano são pescados por moçambicanos de pequena escala. Estamos neste barulho todo a falar de 8 por cento da pesca nacional. E esses 92 por cento de moçambicanos pobres estão relegados ao esquecimento, o Chefe de Estado estava a falar do problema de combate a pobreza (em alusão ao discurso sobre o Estado da Nação) e que a riqueza vá para as mãos dos moçambicanos, nós estamos a fazer batalha à favor disso” concluiu Agostinho Mondlane.
Armadores mais experientes recordaram ao @Verdade que há pouco mais de uma década decisão idêntica foi imposta, de obrigar as empresas estrangeiras a admitirem sócios moçambicanos, “nessa altura vinha uma lista de notáveis membros do partido nomeava quem deveriam ser os sócios”.

Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique

PM socorre Augusta Maíta a manter “tacho” no INGC

Foto de Adérito Caldeira
A declaração de um Alerta Laranja, devido ao pico da época chuvosa em Moçambique, foi o mote para o primeiro-ministro socorrer da nova directora-geral do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) que está a enfrentar dificuldades no novo “tacho”. O défice de 900 milhões de meticais para executar o Plano de Contingências parece ser o menor dos problemas de Augusta Maíta que reuniu à porta fechada com Carlos Agostinho do Rosário nesta quinta-feira(27).
Com o registo de chuvas intensas na Região Norte e pouca precipitação no Centro e no Sul, tal como o Instituto Nacional de Meteorologia previu, Moçambique está em plena época chuvosa, desde Outubro, que deverá atingir o seu pico nos próximos meses de Janeiro e Fevereiro.
Pese o facto dos terramotos não serem previsíveis mas o sismo de 5,5 graus na escala de Richter registado no passado dia 22 no Posto Administrativo de Chiurairue, no distrito de Mossurize, na Província de Manica, e outros que podem ocorrer estão arrolados no Plano de Contingências 2018/2019 que vai custar mais de 1,1 bilião de meticais dos quais Governo apenas vai disponibilizar, através do Orçamento do Estado, apenas 206 milhões.
A conjugação destes factores culminou com a declaração, nesta quinta-feira(27) de um Alerta Laranja que permite ao INGC iniciar a assistência pontual aos moçambicanos que têm estado a ser vitimados pelas variadas calamidades naturais, diga-se habituais neste período.
“Neste momento estamos preocupados com a zona Sul, por causa da seca, mas há eventos extremos um pouco por toda a parte, houve o sismo em Manica que deixou mais de 600 infraestruturas destruídas” explicou a jornalistas a recém empossada directora-geral do INGC.
No entanto, e após pouco mais de 2 horas que durou o Conselho Coordenador de Gestão de Calamidades, o primeiro-ministro reuniu à porta fechada com Augusta Maíta e o ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, quiçá para articularem formas de ir buscar aos Parceiros de Cooperação os cerca de 900 milhões de meticais de défice existente para suprir o Plano de Contingências até Março de 2019.
Recorde-se que o @Verdade revelou que a época chuvosa 2017/2018, que iniciou com um défice inicial de 954 milhões de meticais, terminou com o INGC ainda a precisar de financiar 636.946.464 meticais.
Após o encontro à três, enquanto oito ministros, vices-ministros e outros quadros seniores do Governo aguardavam sob o sol ardente no exterior do Centro Nacional Operativo de Emergência, Carlos Agostinho do Rosário liberou o ministro Adriano Maleiane e continuou reunido com Augusta Maíta durante mais de um quarto de hora.
O primeiro-ministro furtou-se aos jornalista no final dos encontros restritos mas o @Verdade apurou que a candidata derrotada à presidência do Concelho Municipal da Beira está a enfrentar muitas resistência no cargo para o qual foi nomeada sem competências técnicas nem o capital político necessário para articular com os vários ministérios e instituições que devem trabalhar conjuntamente para que as actividades de emergência decorram com sucesso.

Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique

Partiu para o eterno descanso o maior velocista moçambicano de todos os tempos: José Magalhães (1938 – 2018)

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Partiu para o eterno descanso José Filipe Magalhães: o maior velocista moçambicano de todos os tempos! “Magatsutsa”, como lhe chamavam os amigos, nasceu a 16 de Janeiro de 1938 na cidade de Lourenço Marques e faleceu na passada terça-feira(25), Dia da Família, na cidade de Nampula onde vivia incógnito. Recordamos a sua carreira num artigo que o @Verdade publicou há alguns anos.
Recebeu o testemunho com atraso, saiu disparado como uma bala e apitou! “Pipiii…”! Uma, duas, três vezes. Abram alas, porque vai passar o bólide, José Magalhães, o maior velocista moçambicano de todos os tempos!  Os adversários ficavam avisados, puxavam ao máximo pelas suas pernas, mas nada podiam fazer, para contrariar a velocidade do “filho do vento”.
A partir do dia em que se decidiu pela velocidade a sério, nunca mais perdeu, em 16 anos de carreira, frente a um compatriota. As suas marcas, obtidas em pista de cinza, hoje em dia valeriam milhões. Com outro nível de preparação, sem favor, seria o “Carl Lewis” africano.
Corria mais do que a bola e por isso ruiu o sonho de vir a ser ponta-de-lança no futebol. Sugeriram-lhe o atletismo, onde optou pelas corridas de velocidade. Os seus recordes dos 200 (21,2) e 400 (47,6), quase 35 anos depois, mantêm-se imbatíveis. Nos 100 metros, detém um excelente tempo: 10,7.
Acendeu a Pira Olímpica pela primeira vez
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Estava em Portugal com a família, em gozo de férias, nas vésperas da inauguração do Estádio Salazar, hojem Estádio da Machava. O director dos Caminhos de Ferro de Moçambique(CFM) na altura, achou que o melhor atleta do clube teria que marcar presença na inauguração daquele que era o maior recinto desportivo do Ultramar.

Assim sendo, foi chamado de emergência, veio sem se preparar devidamente, correu e ficou em segundo lugar, atrás de um atleta estrangeiro. Depois, jogou-se o Portugal-Brasil, em futebol. Houve a maior enchente de todos os tempos. Mas teve uma grande honraria…
"É verdade. Fui eu quem transportou a tocha, para acender pela primeira vez a Pira Olímpica, depois de uma cerimónia importante e após uma volta de honra. É algo de que não me esqueço, mas que as pessoas já se esqueceram".
Fiz tempos fabulosos, mas… nunca corri em tartan!
Comparam-se os tempos, a maior parte deles obtidos no estrangeiro e veja-se a classe deste “sprinter”. Em 16 anos de carreira, nunca correu no “tartan”. E se corresse? O Mundo poderia estar a seus pés. Contentou-se com as pistas de cinza, em cujas curvas os atletas tinham que se “segurar” para não resvalar. Sobre as suas marcas… "Nos 200 metros, tenho o registo de 21,2, marca obtida há quase 40 anos e até hoje não batida".
Nos 400 metros, o registo de 47,6. Só nos 100 metros eu era fraquinho e não passava dos 10,8/10../7!

Fraquinho? – perguntámos nós! Tomara a geração actual correr o hectómetro a essa velocidade, mesmo com o tartan e os mais modernos sapatos de pregos! Magalhães, nas estafetas, era o garante das vitórias, devido à sua propensão para as curvas. Ocupava normalmente a segunda ou terceira posição nas partidas, para pegar no testemunho e quebrar o ritmo dos adversários. Correu pela selecção de Portugal e espalhou a sua classe pelo mundo. Uma revelação sobre as estafetas, em que entrava nos 4x200 e 4x400: "Os adversários chegavam a chorar. Choravam mesmo, porque por vezes iam na dianteira e eu tirava-lhes o pão da boca. Ficavam complexados quando me viam. a estafeta era o meu forte, pois recebia o testemunho em corrida e “comia-os” a todos".
Era nessas ultrapassagens que por vezes buzinava à sua passagem. Os adversários só se apercebiam da deslocação do ar, para logo a seguir lhe verem “a matrícula”. O seu forte, eram as curvas. Mas, em regra, investia no arranque. Os primeiros 50 metros, em qualquer prova, tinham que ser seus.
Abandonado!
Tem conhecimentos acumulados mas nunca foi chamado a transmiti-los. É uma mágoa que sente, pois a partir da altura em que se retirou, nunca mais lhe deram qualquer oportunidade. Foi pura e simplesmente esquecido.
Sentia-se abandonado pelo único clube em que militou toda a vida, o Ferroviário e que nem o recebeu quando lhe foi conferido o troféu de Atleta do Século(Nota do Editor em 2013): “vivia em Nampula nessa altura. Quem se lembrou de mim foi a Federação. O meu clube, nem uma festa de homenagem pela distinção que um seu atleta teve, nem nada. Também acho que o Estado moçambicano se deveria recordar que eu existo, há acções em que deveria participar porque estou vivo”.
Bonga: rival e amigo
Portugal, Espanha, França, Grécia! Por aí passou um senhor chamado José Magalhães, oriundo do remoto Moçambique. Em terras lusas, tinha um rival: Barceló de Carvalho. E quem é ele?
"É o Bonga, antes de ser cantor. Conhecíamo-lo pelo verdadeiro nome: Barceló de Carvalho. Era o meu grande rival nos 200 e 400 metros, colega nas selecções. Nem imaginava que tinha boa voz. Nessa altura, 64/65/66/67, não cantava. Mas era um grande atleta. Depois da rivalidade nas pistas éramos grandes amigos".

Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique