domingo, 11 de julho de 2021

NASA aprova projeto da Universidade de Évora para mapear combustíveis florestais por meio de satélite

 A Agência Espacial Norte Americana (NASA) aprovou recentemente o projeto “Assessing the usefulness of ICESat-2 data for wildland fuel mapping”, liderado por Sérgio Godinho, investigador do Laboratório de Deteção Remota (EarsLab) do Instituto de Ciências da Terra (ICT) da Universidade de Évora (UÉ), que pretende, com recurso a deteção remota, desenvolver métodos inovadores para mapear os combustíveis florestais e obter cartografia essencial para apoiar o planeamento e a gestão das atividades de prevenção e supressão dos incêndios florestais.

Testar e combinar um conjunto de metodologias que permitam traduzir o sinal laser emitido e registado pelo satélite ICESat-2 em informação quantitativa, obtendo dados precisos sobre a estrutura e quantidade da vegetação existente na superfície da Terra é o objetivo do projeto desenvolvido no âmbito do programa “ICESat-2 Applied Users Program” da NASA.

Este satélite da NASA, lançado em 2018, dispõe de tecnologia de ponta que permite criar um retrato global tridimensional do nosso planeta. A orbitar a quase 500 km, o ICESat-2 possibilita o mapeamento com extrema precisão do nosso planeta e das características do território, o que permite aos cientistas, através dos dados obtidos, acompanhar as mudanças no terreno, incluindo o degelo dos glaciares, a subida do nível dos mares ou alterações na vegetação.

É nesta última área que se insere o projeto liderado por Sérgio Godinho, recentemente aprovado pela NASA. O sensor “Advanced Topographic Laser Altimeter System (ATLAS)”, a bordo do satélite ICESat-2, envia pulsos de laser para a superfície da Terra e recolhe, através de um telescópio, os fotões que são refletidos novamente para o espaço. Ao registar o tempo de viagem dos fotões entre a superfície da Terra e o telescópio, o ATLAS converte esse tempo em distância percorrida utilizando a constante da velocidade da luz. Sabendo a posição exata do ICESat-2, através de um GPS de alta precisão incorporado no sistema, a distância percorrida pelos fotões é convertida em altura, ou seja, para cada fotão registado ficará associado a respetiva coordenada e a altitude.

Com base nesta informação os investigadores poderão reconstruir o perfil vertical da vegetação, que permitirá gerar um conjunto de variáveis, como por exemplo a altura das copas ou altura da base da copa, entre outras, e posteriormente estimar a quantidade de biomassa acima do solo.

O coordenador do projeto na UÉ destaca a importância deste projeto que irá permitir, ao longo dos próximos 3 anos, a “colaboração com alguns dos melhores investigadores e cientistas mundiais da tecnologia LiDAR* a partir do espaço, mas que será também uma forma de projetar o nome da UÉ, dando visibilidade à investigação especializada dos incêndios florestais, uma problemática premente da sociedade contemporânea”.

* (abreviatura em inglês para Light Detection and Ranging ou Laser Imaging Detection and Ranging).

Sobre o programa ICESat-2

O programa “ICESat-2 Applied Users Program” pretende avaliar de que forma a missão espacial ICESat-2 pode gerar um benefício direto para a sociedade em diferentes áreas (florestas, agricultura, biodiversidade, atmosfera, etc). Para o efeito, a NASA selecionou um conjunto de projetos de investigação orientados para o teste, calibração e validação dos dados do ICESat-2 para diferentes aplicações científicas, tendo sido o projeto submetido pelo investigador do ICT um dos contemplados.

Universidade de Évora – Divisão de Comunicação

Mais 2323 casos de Covid-19 e oito mortes em Portugal

Nas últimas 24 horas, foram registados 40 novos internamentos. Foram dadas como recuperadas 1019 pessoas.

Foram registadas oito mortes devido à Covid-19 nas últimas 24 horas e 2323 casos de infeção. Desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram em Portugal 17.156 pessoas devido à Covid-19 e foram registados 907.974 contágios.

Nas últimas 24 horas, 40 pessoas deram entrada nos hospitais devido à doença, perfazendo agora 672 pessoas internadas, 153 nos cuidados intensivos. Nestas unidades entraram nove pessoas desde sábado.

Segundo o boletim epidemiológico da DGS, a maioria das novas infeções foi registada na região de Lisboa e Vale do Tejo, com 1058, e o país regista este domingo um total de 45.302 casos ativos.

As oito mortes registadas nas últimas 24 horas ocorreram sobretudo na região de Lisboa e Vale do Tejo, com seis, e as regiões do Algarve e do Alentejo, cada um com um óbito, elevando o número de óbitos atribuídos à pandemia para um total de 17.156, dos quais 9010 relativos a homens e 8146 a mulheres. A faixa etária em que se regista maior número de mortos é a de maiores de 80 anos, seguida dos 70-79.

Desses oito óbitos anunciados este domingo, três enquadram-se na faixa etária entre os 60 e 69 anos, dois na faixa etária dos 70-79, enquanto os restantes três estão no grupo de mais de 80 anos.

O número de contactos em vigilância está nos 73.762, na sequência de 1127 pessoas terem passado, nas últimas 24 horas, a integrar este grupo.

Portugal regista uma taxa de incidência de infeções por cem mil habitantes de 280,5 ao nível do continente e de 271,2 a nível nacional, enquanto o índice de transmissibilidade (Rt) do vírus está a 1,18 a nível nacional (1,19 ao nível do continente).

TSF




Cinco distritos de Portugal continental sob aviso amarelo devido a tempo quente

Os distritos de Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Évora e Beja estão hoje sob alerta amarelo até às 18:00, devido à previsão de tempo quente, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera 

O aviso do IPMA para estes cinco distritos alerta para "persistência de valores elevados da temperatura máxima".

O aviso amarelo é o terceiro mais grave da escala e significa que existem riscos para determinadas atividades.

Para hoje, o IPMA prevê no continente céu geralmente pouco nublado e descida da temperatura máxima, em especial no litoral.

O vento deverá soprar por vezes forte na faixa costeira ocidental e nas terras altas, em especial durante a tarde, e são esperados períodos de chuva fraca no Minho no final do dia.

As temperaturas máximas hoje deverão oscilar entre os 40ºC em Évora e Beja e os 21ºC em Aveiro, ao passo que as temperaturas mínimas vão andar entre os 22ºC em Faro e os 14ºC em Leiria, Coimbra, Guarda, Viseu, Vila Real, Porto e Viana do Castelo.

Lusa

Imagem: Postal do Algarve

Cervejeiras afirmam que se vive contexto de “grande imprevisibilidade”

A Sociedade Central de Cervejas e a Super Bock Group afirmam que "ainda é cedo" para tirar conclusões sobre ano, num "contexto de grande imprevisibilidade", depois de em 2020 o consumo ter estado ao nível de 2014/2015.

Questionada sobre quais são as expectativas para este ano, em que mais uma vez os grandes festivais de música foram cancelados devido à pandemia, fonte oficial da SCC, dona da cerveja Sagres, disse à Lusa que "ainda é cedo" para tirar conclusões.

"O verão está a começar e a imprevisibilidade sobre inúmeros fatores é enorme, muito condicionado pelo enquadramento da situação que estamos a viver", acrescentou.

"A nossa expectativa face à evolução dos programas de vacinação e à entrada em vigor do Certificado Verde Digital é que se verifique uma retoma gradual das atividades económicas e se assista ao regresso do turismo internacional", afirmou, por sua vez, fonte oficial da Super Bock Group.

"Contudo, o contexto é ainda de grande imprevisibilidade, como podemos assistir pelo desconfinamento do país a vários ritmos e com medidas distintas", salientou a mesma fonte, apontando que a Super Bock Group, "embora [com] algum otimismo", está a gerir a operação "com prudência, pois é expectável que o consumo, nomeadamente fora de casa, continue a ser feito em condições muito particulares, o que irá prolongar os efeitos" no setor.

Relativamente ao primeiro semestre, a Super Bock adianta que "o desempenho nas vendas e no consumo de cerveja -- assim como de outras categorias de bebidas refrescantes -- (...) continuam fortemente penalizados pelas medidas necessárias que têm sido impostas para combater a pandemia".

Já a SCC refere que "foi necessário rever todo o planeamento de comunicação face à realidade concreta" em que o país se encontra e aos desafios que existem pela frente.

Em 2020, ano que marcou o início da pandemia, a Sociedade Central de Cervejas vendeu no mercado português "cerca de 212 milhões de litros de cerveja".

Relativamente às exportações, fonte oficial da SCC salientou que no ano passado, tendo em conta a pandemia, assistiu-se a "uma diminuição em cerca de 6%, mantendo-se o rácio de cerca de 5%" do total de negócio.

"Estamos atentos a novas geografias, beneficiando das sinergias da rede de distribuição internacional do grupo Heineken, ao qual pertencemos", referiu.

"O setor cervejeiro, tal como toda a atividade económica nacional, está a ser fortemente impactado pela pandemia", salientou, por sua vez, fonte oficial da Super Bock Group, que cita dados da Cervejeiros de Portugal.

Segundo a associação, "as vendas no [canal] HoReCa [Hotéis, Restaurantes e Cafés], que é o canal mais relevante para o consumo de cerveja, caíram cerca de 27% em 2020 e uma vez que este é o nosso principal negócio e que está ancorado a este canal de vendas, o desenvolvimento normal da nossa atividade foi, naturalmente, afetado", refere a Super Bock.

Já o consumo de vendas no canal alimentar esteve em contraciclo, com um crescimento de 15% que não compensou a queda no canal HoReCa.

"Face a esta realidade, houve uma redução do consumo de cerveja 'per capita' de 53 para 46 litros, em 2020, assemelhando-se a dados de 2014/2015", apontou o grupo Super Bock.

"Em 2000 chegámos a ter um consumo 'per capita' de 65 litros", referiu a SCC.

A Super Bock Group salienta que os dados da Associação de Cervejeiros de Portugal apontam que, na segunda metade de 2020, a reabertura dos mercados possibilitou "ao setor exportar, no ano passado, 194 milhões de litros de cerveja, uma subida de 9% face a 2019".

O desempenho na Europa foi mais positivo, para onde foram exportados 149 milhões de litros de cerveja, "já que houve uma queda noutros mercados, nomeadamente PALOP [Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa] e a China".

Em 2019, Portugal exportou 65 milhões de litros de cerveja para fora da Europa, o que compara com 45 milhões de litros no ano passado.

Lusa

GNR acaba com festa ilegal no concelho de Sintra onde estavam mais de 300 pessoas

A GNR terminou na madrugada de sábado com uma festa ilegal no concelho de Sintra onde estavam mais de 300 pessoas e que desrespeitava as medidas para conter a pandemia de covid-19, anunciou hoje esta força de segurança.

Num comunicado, a GNR informa que a ação foi desencadeada após uma denúncia anónima de que “estaria a decorrer uma ‘rave’ ilegal numa zona pública do concelho de Sintra”, distrito de Lisboa.

Os militares da deslocaram-se ao local pelas 01:20, tendo constatado que no espaço se realizava “uma festa ‘rave’ previamente anunciada pelas redes sociais, com cerca de 300 pessoas, a decorrer em pleno desrespeito pelas normas vigentes”.

A GNR, através do Destacamento Territorial de Sintra, cessou “de imediato a festa ilegal”, tendo identificado “o organizador do evento e respetivo ‘staff’, para, posteriormente, serem levantados os respetivos autos de contraordenação e auto de notícia”, adianta o comunicado.

Segundo a GNR, “foi ainda apreendido todo o material de som”.

Fonte da GNR acrescentou à Lusa que a festa ilegal decorria num pinhal e que a maioria dos participantes era jovem.

Lusa

No Politécnico da Guarda há quem ande com a cabeça na lua para melhorar a qualidade das refeições no espaço

O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) está a desenvolver um projeto para melhorar a qualidade das refeições no Espaço, uma iniciativa que venceu a 1.ª fase do concurso Demola do Link Me Up – 1000 ideias da Guarda.

O projeto, denominado “Space Food Ideation”, irá representar o IPG no concurso nacional do Link Me UP, em setembro.

“A ideia é permitir que os astronautas e turistas espaciais passem a consumir refeições com sabor - ao invés das habituais pastas e alimentos desidratados - através de técnicas como, por exemplo, o cultivo hidropónico, impressão de alimentos sólidos em 3D ou embalagens comestíveis”, adianta o IPG em comunicado hoje enviado à agência Lusa.

Segundo a nota, o “Space Food Ideation” foi desenvolvido por estudantes do IPG (Breno Oliveira, Catarina Arada, João Rodrigues, Leonor Rodrigues, Nuno Craveiro e Raquel Pinho), em parceria com as associações Inovcluster e Centro de Apoio Tecnológico Agro-Alimentar – CATAA.

A equipa de trabalho criou diferentes cenários de experiências gastronómicas que poderão ser desenvolvidos por empresas do setor agroalimentar.

No âmbito do projeto “foram desenvolvidas ideias que vão desde a agricultura no espaço (através do cultivo hidropónico, por exemplo), passando pelas embalagens de alimentos comestíveis e a realização de refeições em grupo através da realidade virtual, até à impressão de alimentos sólidos em 3D”.

O grupo de trabalho criou, ainda, “refeições com recurso a determinadas especiarias para intensificar o seu sabor”, adianta o IPG.

“No Espaço, as refeições são insípidas: o ambiente de microgravidade dificulta o consumo de alimentos e provoca a perda de olfato, o que afeta diretamente o paladar dos visitantes”, afirma na nota Teresa Paiva, docente no IPG e coordenadora do projeto.

Segundo a responsável, através do programa Link Me UP, o IPG lançou o desafio aos estudantes “para investigarem e pensarem em alternativas alimentares nutritivas e saborosas para o setor agroalimentar no Espaço, as quais melhoram a experiência gastronómica dos astronautas em órbita”.

“As empresas parceiras do Politécnico da Guarda, em conjunto com docentes e estudantes, têm tido um papel importante no desenvolvimento de projetos inovadores e nas ideias de negócio com utilidade prática para a comunidade”, afirma Joaquim Brigas, presidente do IPG.

Joaquim Brigas reconhece que “estas iniciativas cumprem também a missão de aproximar os estudantes do tecido empresarial”.

Entre oito projetos desenvolvidos, o “Space Food Ideation” foi o vencedor da fase regional e irá representar o IPG no concurso nacional do Link Me UP, em setembro.

O anúncio foi feito na sexta-feira, durante a cerimónia de celebração das empresas parceiras do IPG nos projetos Link Me Up - 1000 ideias.

A iniciativa contou com a presença de Joana Mendonça, presidente da Agência Nacional de Inovação, que salientou a importância das parcerias entre as empresas e a academia, como uma forma de excelência na introdução da inovação e transferência do conhecimento”.

Lusa

Doentes e profissionais elogiam hospitalização domiciliária de Portimão

Os doentes e profissionais envolvidos na unidade de hospitalização domiciliária de Portimão elogiam o serviço de cuidados médicos alternativo que permite que a assistência possa ser prestada em ambiente familiar.

Ainda não são 09:30 quando o carro da equipa da unidade de hospitalização domiciliária de Portimão do Centro Hospitalar e Universitário do Algarve (CHUA) para junto à escola primária de Alvor (Portimão), para a primeira visita da manhã, numa ação acompanhada pela Lusa.

Arlindo Batista aguarda em casa os cuidados que os profissionais lhe prestam todos os dias, depois do internamento a que teve de ser sujeito no Hospital de Portimão.

“É uma iniciativa mais que boa. É um serviço que nos dá um paz diferente que estar no hospital” revela.

Para o doente, com 61 anos, o apoio familiar é um os pontos positivos e destaca “a comida” e a “companhia” como contributo para uma recuperação “mais ativa”, diferente de “estar deitado no hospital 24 horas à espera que a máquina trabalhe uma hora” para lhe fornecer o antibiótico.

“A nível emocional é mais fácil que a pessoa se sinta melhor, vá buscar mais força e não se deixar abater tão facilmente. Em casa, há sempre um amigo que passa e o apoio familiar que temos acho que ajuda mesmo na recuperação”, confessa.

Terminada a visita e reforçados os votos para o regresso no dia seguinte, a equipa segue viagem para Alcantarilha (Silves), a quase 28 quilómetros de distância. Pelo caminho há uma passagem no Parchal (Lagoa) para dar alta a uma doente e libertar um vaga para outro paciente.

Nuno Vieira é o médico coordenador do serviço de hospitalização domiciliária de Portimão do CHUA e destaca a “prevenção das complicações associadas ao internamento hospitalar” — infeções, quedas, desorientação e sofrimento por separação da família – como as mais-valias do serviço.

“Se conseguirmos garantir a sua segurança no internamento em casa e que todas as necessidades associadas à sua doença estão a ser cumpridas, é um benefício”, assegura o médico.

Para os familiares há também a “mais-valia” de manterem o “contacto diário com o doente”, aponta, com o acréscimo de cuidarem dele “24 sobre 24 horas” aumentando a probabilidade de que todas as suas necessidades “sejam cumpridas”, além da vantagem neste tempo de pandemia de covid-19 onde as visitas hospitalares ”estão condicionadas”.

O profissional defende que este serviço torna o sistema “mais eficiente”, já que o custo do internamento domiciliário é “claramente mais baixo” que o convencional e tem a vantagem de “deixar camas livres”.

Para além de alguns critérios clínicos que tornam os doentes elegíveis para integrar este serviço, há ainda a limitação de a deslocação não ultrapassar os “30 quilómetros ou 30 minutos da sede da unidade”.

O serviço teve início em maio deste ano, mas já se aponta para um “crescimento” a médio prazo, passando dos cinco para os 10 doentes, à semelhança da unidade de Faro que iniciou o serviço “há dois anos”, e a implementação da telemonitorização para um acompanhamento “mais próximo com os doentes”.

Anabela Ferreira é a enfermeira coordenadora do serviço e destaca a importância de se confrontarem com a “realidade da casa e das condições de vida do doente”, que obrigam a um trabalho de equipa e a “encontrar soluções” para cada caso.

“Os doentes mostram a casa, as suas limitações sociais, as dificuldades na alimentação. Nós temos um conjunto de profissionais interdisciplinares que consegue dar esta resposta muito mais adequada”, realça a enfermeira, já com 24 anos de experiência.

É à porta da casa térrea que a mãe de Joaquim Lopes aguarda a equipa que diariamente presta os necessários cuidados médicos ao filho, instalado num pequeno quarto à entrada da habitação, onde uma cama e uma televisão lhe dão o conforto necessário à recuperação.

A equipa é recebida como se de um amigo de longa data se tratasse e a boa disposição e a forma como o enfermeiro Humberto aborda Joaquim deixam o ambiente mais animado. Todos os dias de manhã a equipa administra a medicação intravenosa, deixando apenas uma injeção para a tarde, que o próprio doente administra.

“No hospital tinha um boa assistência, mas aqui em casa fico mais consistente por ter a família ao pé e sinto-me mais à vontade”, revela Joaquim.

Para o enfermeiro Humberto Ferreira, a ligação com a família permite à equipa obter informações que muitas vezes o próprio doente “não consegue dar”, resultando numa adaptação “muito mais eficaz” no regresso ao domicílio.

As condições de cada casa e o modo de vida de cada família obrigam a um trabalho de pedagogia “gradual” por parte da equipa para que sejam garantidas as condições mínimas necessárias à recuperação, mas o resultado final é de reconhecimento.

Somos sempre muito bem recebidos, acarinhados e há pessoas que no dia da alta chegam a chorar e a perguntar se não podemos continuar a ir lá. Muitas vivem isoladas e a companhia e a melhoria contínua do estado de saúde traz-lhes algum confronto e segurança”, revela.

Marta Duarte é uma das cinco médicas que compõem a equipa e destaca como as visitas domiciliárias permitem “contactar com a realidade do doente”, percebendo o “tipo de casa”, que apoio a família “lhe pode dar na alimentação e medicação” ou se é necessário “fazer ajustes”.

Nem sempre a ajuda que os familiares asseguram poder dar é “bem como diziam”, havendo trocas de medicamentos e carências alimentares, releva.

“Ao virmos ter com o doente conseguimos melhorar um bocadinho as condições em que vive, para que depois o acompanhamento a longo prazo seja melhor”, afirma.

As equipas são muitos vezes complementadas com nutricionistas, farmacêuticos, terapeutas ou assistentes sociais que procuram tirar dúvidas à família, adaptar a realidade às necessidades do doente ou informar e acionar apoios sociais que completam as carências do agregado.

A médica sublinha a importância de “conhecer o doente e a família”, num complemento à abordagem da medicina interna que procura olhar para o doente “como um todo”.

“Conseguir integrar isso no ambiente social do doente é fantástico, é um experiência muito boa”, assegura.

Lusa

Argentina bate Brasil e soma 15.º título e primeiro desde 1993


A Argentina conquistou no sábado a Copa América em futebol pela 15.ª vez, acabando com um 'seca' de 28 anos sem títulos, ao bater o Brasil por 1-0, na final disputada no Estádio Maracanã, no Rio de Janeiro.

O ex-benfiquista Ángel Di Maria, assistido por Rodrigo de Paul marcou, aos 22 minutos, o golo da seleção 'albi celeste', que não vencia uma competição desde 1993 e tinha perdido as duas finais com os 'canarinhos', em 2004 e 2007.

Com o 15.º, e primeiro na 'era' Lionel Messi, a Argentina igualou o Uruguai no primeiro lugar do 'ranking' da prova, com o Brasil, que era o detentor do título, a manter-se com nove cetros, no terceiro lugar da tabela.

Lusa

FALÁCIA ESQUERDISTA DO PT


 
Os esquerdistas vêm usando o aumento no preço da carne bovina em sua habitual fúria contra o atual governo, porém há mais dados a se considerar na questão

  • Hélio Brambilla

São fáceis de entender as razões do encarecimento da carne bovina no último ano, pois o preço da arroba do boi se mantivera longamente inalterado, onerando assim o pecuarista, que frequentemente trabalhava com prejuízo.

Como se não bastasse o combate constante para conservar o rebanho imune às doenças, surgiu no horizonte a peste chinesa. Embora descontando o superdimensionamento dela pelas tubas da grande mídia, ela de fato causa prejuízo e pânico em todos os campos da atividade humana. Os estudiosos estão atentos também às consequências surgidas e por surgir, decorrentes do confinamento domiciliar imposto em quase todos os países.

Não surpreende que tudo isso tenha resultado em mudanças de hábitos, levando muitos a consumir mais, estocar víveres e buscar proteínas para se defenderem mais eficazmente da pandemia. Consequentemente, verifica-se consumo mundial de alimentos acima dos padrões habituais, gerando alta acentuada no preço da carne e de outras commodities agrícolas.

Como já apontamos em outras ocasiões, na mídia e nas redes sociais abundam dados sobre o desempenho positivo dos países produtores de alimentos, em especial do Brasil, que conheceu um recorde de produção, exportação e consumo. Cerca de um trilhão de reais é o valor bruto da nossa produção, ultrapassando 100 bilhões de dólares em exportações.

Quanto ao preço da carne para consumo interno, a alta se tornou inevitável devido à valorização do dólar. Deixando de lado a cantilena demagógica espalhada pela esquerda a fim de prejudicar o governo, passemos à análise fria dos fatos, pois contra estes não há argumentos.

Em 2014, o preço da arroba do boi girava em torno de R$ 120,00 (cf. RevistaABCZ, julho/agosto 2014, p. 13), e hoje está um pouco acima de R$ 300,00. Na verdade, houve aumento das exportações e ajuste nos preços, tendo o consumo per capita mundial caído apenas 2,71 kg (de 30 kg por pessoa em 2019, para 27,29 kg, de acordo com a Revista da FAEP, 1-3-21, p. 28), não significando que o povo morreu de fome ou ficou sem proteína animal por causa disso.

Para compensar a falta de carne bovina, o consumo de carne de frango, que era de 42,84 kg por habitante em 2019, passou para 45,40 kg (aumento de 2,56 kg por pessoa – ibidem). Dos 230 ovos consumidos por habitante em 2019, passou-se para 251 (21 ovos a mais – ibidem). Já o consumo de carne suína teve aumento de pouco mais de 1 kg por habitante (O Estado de S. Paulo, 2-5-21, p. B-4).

Por outro lado, os dados mostram que o custo das proteínas para alimentação dos animais subiu muito: soja – 91,04%; milho – 51,36% (Revista da FAEP 22-11-21, p.24). Apenas como referência, um automóvel Gol custava R$ 20 mil em 2014, e agora acima de R$ 40 mil!

Manifestante na Venezuela: “Não há comida”

Nada do que foi dito acima serve de base para política demagógica em torno de uma tragédia terrível como a covid, como fazem certos governantes arrivistas.

Uma feliz coincidência me trouxe a delação do Sr. Ricardo Saud com seu advogado, na Procuradoria Geral da República de Curitiba em 5 de maio de 2017, como parte da operação Lava Jato. O depoente era chefe das relações institucionais da J&F Holding, que controla as empresas de Wesley e Joesley Batista, donos da JBS e Friboi. Ele afirmou que, de 2010 até a data dos inquéritos na Lava Jato, a empresa mantinha uma conta corrente de doações simuladas, com notas fiscais frias e alguma coisa em dinheiro vivo para as campanhas eleitorais.

O depoimento, apoiado em planilhas, emporcalha sete ou oito partidos; e também muitos políticos, como Renan Calheiros, então candidato ao Senado (uma grande quantia, segundo a declaração) e seu filho, candidato a governador. Ricardo Saud afirma que se restringiu apenas à campanha de 2014, que elegeu a dupla Dilma-Temer.

O que mais interessa nessas propinas é terem sido elas conseguidas pelo PT para o custeio dos próprios gastos e a compra de outros partidos, a fim de conseguir a base de sustentação do governo federal. Representaram na época cerca de 368 milhões!

No Brasil: produção de alimentos continua avançando

O Sr. Saud deixou claro que nessa campanha foram disponibilizados 608 milhões para o PSDB e outras agremiações partidárias. Se essa soma fosse transformada em carne para a população, daria 46 milhões de quilos, que necessitariam 1703 carretas (de 27 toneladas) para serem transportadas.

Não estamos afirmando com isto que o povo brasileiro está como Alice no país das maravilhas. Sem os nossos produtos agropecuários, que alimentam mais de 1,6 bilhão de pessoas no mundo, a situação seria muito pior.

É muito grande e muito lamentável o número dos que morreram no mundo em consequência da covid. Mas muito maior seria o número dos que morreriam de fome, se não estivesse em cena o esforço do produtor rural brasileiro. O insuspeito jornal O Estado de São Paulo (4-4-21) afirmou no editorial “O flagelo da fome” que a insegurança alimentar na Venezuela (leia-se fome) atingia 9,3 milhões; a inflação alimentar batia 1.700%; e o Brasil precisa se preparar para apoiar os imigrantes e comunidades na área de fronteira…

Não bastasse essa informação, uma reportagem da BBC concluiu, com base em dados da ONU sobre a fome, que os únicos dois países no mundo onde a fome diminuiu no ciclo da pandemia de covid foram o Brasil (de 5,5 pontos para 1,2) e o Panamá (de 5,6 para 5,4).

         Apesar da tragédia que se abate sobre o mundo, estamos portanto numa muito boa posição. Não seria este o quadro sem o nosso produtor rural, que não parou durante a pandemia; sem os caminhoneiros, que transportaram esses produtos; e sem as políticas de assistência social do governo federal.

Provavelmente estaríamos em situação muito melhor, sem tantos demagogos irresponsáveis; e se todos recorressem à ajuda de Nossa Padroeira, a Virgem Aparecida, sempre ao nosso alcance para livrar o Brasil de peste chinesa, comunista, petista…

ABIM

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Fonte: Revista Catolicismo, Nº 847, Julho/2021

Ciclista Maria Martins medalha de ouro em omnium na Taça das Nações de pista

A ciclista portuguesa Maria Martins, já apurada para Tóquio2020, conquistou hoje a medalha de ouro na prova de omnium da Taça das Nações de pista, enquanto Iuri Leitão e João Matias foram 'prata' em madison, em São Petersburgo.

Um dia depois do 'ouro' na prova de eliminação, a melhor forma de celebrar o seu 22.º aniversário, Maria Martins voltou a subir ao lugar mais alto do pódio, na disciplina em que competirá em Tóquio2020.

Sem muitas das principais candidatas ao pódio nos Jogos Olímpicos em prova, Maria Martins totalizou 131 pontos, com a 'prata' a caber à austríaca Varena Eberhardt, com 117, e o 'bronze' à irlandesa Lara Gillespie, com 110.

Maria Martins ganhou a prova de eliminação, foi segunda em scratch e terceira em tempo e corrida por pontos.

No setor masculino, Iuri Leitão e João Matias terminaram a prova de madison com 76 pontos, a sete da Rússia, que levou o 'ouro'.

No domingo, Portugal encerra de novo no omnium, com a participação de João Matias.

Lusa

Imagem: Sapo Desporto

MEALHADA: HMM lança Visita Domiciliária de Medicina Geral e Familiar e de Enfermagem

Com “o propósito permanente de prestar o melhor e mais cómodo apoio no que se refere aos cuidados de saúde dos nossos utentes e respetivas famílias” e no seguimento das restrições impostas pela pandemia da COVID-19, que obrigou a que muitos utentes, nomeadamente os mais idosos, reduzissem ao mínimo indispensável as saídas, o Hospital Misericórdia da Mealhada (HMM) lança um novo serviço: as visitas domiciliárias de Medicina Geral e Familiar e de Enfermagem, “proporcionando cuidados de excelência, com a toda a segurança exigida e com o máximo de comodidade, aos utentes”.

“A ideia foi criar um serviço que permite dar resposta, em tempo útil e de forma personalizada, aos nossos utentes, no conforto do seu lar, evitando a deslocação ao hospital para obter assistência médica ou de enfermagem”, explica Aloísio Leão, Diretor Clínico do HMM, salientando que “num intervalo máximo de 24 horas depois do contacto, o utente recebe a equipa clínica em casa”.

Este serviço pretende, também, dar resposta a situações clínicas agudas ou de agudização de patologia crónica. “A Visita Domiciliária Médica consiste numa consulta realizada por um clínico de Medicina Geral e Familiar, que irá avaliar o estado clínico do utente e, se necessário, prescrever exames complementares de diagnóstico e/ou medicar”, explica o médico, acrescentando que a Visita Domiciliária de Enfermagem, por sua vez, “está direcionada para a prestação de cuidados especializados de enfermagem ao utente/família, nomeadamente, a monitorização de sinais vitais, o tratamento de feridas, a gestão do regime terapêutico, preparação e administração de injetáveis, colocação/remoção de cateteres urinários, colocação/remoção de sondas nasogástricas, colheita de análises, realização de testes Covid (Trag e PCR), prestação de cuidados de higiene e conforto, alimentação/hidratação, posicionamentos, transferências ou formação de cuidadores”.

Este serviço está disponível para todo o concelho da Mealhada e até um raio de 30km. A Visita Domiciliária de Enfermagem tem um valor de 25 euros (que inclui o valor do ato de enfermagem, consumíveis básicos e deslocação) e a Visita Domiciliária Médica tem um valor de 55 euros (que inclui deslocação e consulta). Não há acordo com subsistemas.

As marcações devem ser feitas por telefone – através do número 231 209 050 ou por email: geral@hmmealhada.com

Programação Neurolinguística ao serviço da formação profissional no CEARTE

 O CEARTE está a promover vários eventos, em videoconferência, no modelo talk, com diferentes temáticas nas áreas do Marketing digital, Audiovisuais, Programação Neurolinguística, Design de moda, entre outras.

Para o desenvolvimento destes eventos, são convidados oradores com experiência profissional de reconhecido mérito.

Os eventos já realizados foram “Fotografia e vídeo - Direitos de autor e direito à imagem na fotografia e nos audiovisuais” e “Como criar negócios online – caso prático”.

O próximo evento será dia 12 de julho, pelas 19h00, via zoom, sob o tema “Programação Neurolinguística (PNL) ao serviço da formação profissional” e terá como oradora a Trainer em PNL e Coach Neurolinguístico Maria Toscano (Doutorada em Sociologia, pelo ISCTE, com experiência de 3 décadas como Docente Universitária e Investigadora em processos de construção da mudança, Trainer em PNL e Coach Neurolinguístico. Performer e Escritora com vários livros publicados).

No dia 15 de setembro, pelas 19h00, via zoom, realizar-se-á outra talk sob o tema “Styling no mercado de luxo e E-Commerce” e terá como orador o Designer de moda e Stylist Tiago de Sá Barreiros.

Para assistir à palestra em direto através de https://www.cearte.pt/article/talk:_Programacao_Neurolinguistica_ao_servico_da_formacao_profissional.html

Todos os eventos a realizar futuramente estarão disponíveis em www.cearte.pt

Luís Filipe Vieira fica em prisão domiciliária

 A medida é aplicada até ser preparada uma caução de três milhões de euros.

Luís Filipe Vieira vai ficar em prisão domiciliária, pelo menos até ser preparada uma caução de três milhões de euros, apurou a TSF.

Magalhães e Silva, advogado de Vieira, considerou que a audição do seu constituinte "correu bem", tendo tido início às 09h15, tendo feito um balanço "positivo" e afirmando que "respondeu a todas as questões, sem nenhuma exceção", com o empresário a afirmar a sua inocência.

"Não gosto de antecipar convicções. Como em termos de decisão já vi de tudo, não gosto de cavalgar nenhuma convicção", afirmou, entendendo que Vieira conseguiu defender-se das questões efetuadas pelo juiz Carlos Alexandre: "As explicações que Luís Filipe Vieira deu, do meu ponto de vista, ilibam-no integralmente."

Quanto ao facto de ter usado paraísos fiscais para passar dinheiro de transferências do clube, o advogado defende que houve um uso legítimo destas empresas, dizendo que "o que há relativamente às 'offshores' são transações imobiliárias sem nenhuma ponta de ilegalidade".

Luís Filipe Vieira não sabe por esta altura o que se passa no Benfica. O advogado fez questão de não lhe contar para não prejudicar o interrogatório.

Vieira e os outros três detidos no processo chegaram ao tribunal às 09h03, depois de pernoitarem pela terceira vez consecutiva nas instalações do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa, em Moscavide.

TSF

Canoísta José Ramalho heptacampeão da Europa em K1 maratonas

O canoísta José Ramalho sagrou-se hoje heptacampeão da Europa de K1 maratonas, enquanto o júnior Rodrigo Santos foi medalha de bronze, também em K1, em Moscovo, onde Portugal já leva seis pódios.

José Ramalho, que na quinta-feira tinha vencido a 'short race' da competição, cumpriu os 29,8 quilómetros em 2:14.59 horas, batendo os franceses Cyrille Carre e Stéphane Boulanger por um e 2,11 segundos, respetivamente.

O atleta vilacondense saiu na frente na última portagem e manteve, firme, a liderança até ao fim, aguentando no 'sprint' os diversos ataques dos seus rivais.

Antes deste sétimo título, que lhe permite aumentar o recorde que já lhe pertencia, o atleta de Vila do Conde já tinha sido campeão da Europa em 2011, 2014, 2015, 2016, 2017 e 2018, além de 'vice' em 2009 e 2013.

Já o júnior Rodrigo Santos concluiu o seu desafio em 1:47.51 horas, a 18,84 segundos do húngaro Csanad Selley, que bateu o compatriota Bruno Kolozsvari por 4,97.

Em C1 juniores destes Europeus menos participados dos últimos anos, devido à pandemia da covid-19, Beatriz Barros foi sexta, com 1:31.52 horas, a sete minutos exatos da campeã, a húngara Zsofia Kisban.

Nestes Europeus, Portugal conta também com o 'ouro' de José Ramalho na 'short race', de Sérgio Maciel em C1 sub-23 e de Adriano Conceição em K1 sub-23, enquanto o júnior Tomas Sousa amealhou o 'bronze' em C1.

Domingo, no último dia, existem novas possibilidades de medalha em K2, por José Ramalho e Ricardo Carvalho, em seniores, e Francisco Santos e Fernando Costa, em juniores, bem como pela C2 sénior de Rui Lacerda e Ricardo Coelho.