segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Macroscópio – A novela que não acaba: a Caixa Geral de Depósitos ou quanto vale a palavra de um político

Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher
Boa noite!
 
Nos últimos tempos o Macroscópio tem andado mais ocupado com os desenvolvimentos da política internacional, dos Estados Unidos de Trump a esta Europa que caminha trôpega para um conjunto de eleições decisivas, mas hoje tenho de regressar a Portugal. Não que existam muitos temas novos, mas porque alguns temas antigos insistem em voltar à tona de água, ou seja, há crises políticas que teimam em não desaparecer. A mais persistente de todas elas é a que envolve a Caixa Geral de Depósitos e as garantias que o ministro das Finanças deu, ou não deu, a António Domingues, o efémero presidente do banco do Estado.
 
Domingo à noite Marques Mendes relançou o debate com a revelação de que o controverso decreto-lei que libertada os gestores da Caixa dos espartilhos do Estatuto do Gestor Público esteve mais de um mês à espera de ser publicado no Diário da República, só o sendo no preciso dia em que a Assembleia da República entrava de férias. Assim, como notou Pedro Santos Guerreiro do Expresso, em Temos marosca, “Estávamos nós no mentiu-não-mentiu-omitiu-ó-tio-ó-tio de Mário Centeno quando ouvimos que o governo “manipulou” a data de alteração da lei para apanhar o Parlamento a entrar de férias e assim tudo passar despercebido.”
 
O dia acabaria com uma conferência de imprensa de Mário Centeno, onde este revelou que disse a Costa que o seu lugar estava à disposição, logo se seguindo um comunicado do primeiro-ministro a reafirmar a confiança e a divulgação da informação que o ministro fora hoje recebido pelo Presidente da República. Com estes três protagonistas cada vez mais comprometidos uns com os outros, e mais dependentes da “verdade” de cada um deles, e mais necessitados de se ampararem, sobretudo quando ainda há documentos (mais mails e a troca de SMS entre Domingues e Centeno) por revelar.
 
As polémicas dos últimos dias foram “incendiadas” pela revelação, parcial, do conteúdo dos mails trocados durante o processo de constituição da administração liderada por António Domingues. Os documentos foram revelados pelo jornal Eco - CGD: Carta secreta de Domingues compromete Centeno e Caixa: a carta secreta de Domingues para Centeno analisada à lupa. – sendo que na carta enviada a Mário Centeno, António Domingues escrevia taxativamente, por exemplo, que a não entrega das declarações de rendimentos do Tribunal Constitucional "foi uma das condições acordadas para aceitar o desafio de liderar a gestão da CGD e do mandato para convidar os restantes membros dos órgãos sociais, como de resto o Ministério das Finanças publicamente confirmou.” (uma síntese de toda a informação, feita pelo Observador, pode ser lida aqui: E-mails confirmam que houve acordo entre Domingues e Centeno para administradores não declararem rendimentos)
 
António Costa, o director do Eco, não teve dúvidas que, face aos documentos apresentados, estávamos perante A história de uma mentira. Assim, “António Costa [o primeiro-ministro], ontem, no Parlamento, fez uma coisa feia: para proteger Centeno, acusou implicitamente António Domingues de mentir quando escreveu, na carta de dia 15, que tinha um acordo com Centeno. Mas essa afirmação não é suficiente para reescrever esta história.”
 
Esta leitura era naturalmente contrária à de André Macedo, director-adjunto da RTP, que desvalorizara no Diário de Notícias, em As cartas secretas de Centeno, a importância do debate: “Continuemos então a alimentar a discussão à volta da carta secreta - que coisa ridícula e falsa - de Mário Centeno. Vamos longe, vamos.”
 
(Sobre a controvérsia da “mentira de Mário Centeno”, reenvio os leitores para o Fact Check do Observador Fact Check/ Centeno não mentiu sobre acordo com Domingues?, realizado após o debate quinzenal realizado a semana passada na Assembleia da República no qual António Costa saiu em defesa do seu ministro.)
 

As cartas levantaram contudo outros problemas, que vale a pena referir. Por elas se ficou também a saber que um escritório de advogados que trabalhava para António Domingues teve um papel importante na redacção do decreto-lei da polémica. É algo que Paulo Ferreira, escrevendo ainda no Eco, não perdoa em É uma lei, por favor. Mal passada, com molho e sem batatas: “O país que discute as parcerias público-privadas (…) assiste depois tranquilamente à privatização de um processo legislativo documentalmente comprovado e nada acontece. Nem Bloco, nem PCP, nem PSD ou CDS têm nada a dizer sobre isto? Deixem-me ver se entendo. A Carris não pode for concessionada a privados porque é um escândalo. Mas o governo ou o parlamento podem fazer o “outsourcing” da feitura de leis a escritórios de advogados contratados por privados que está tudo bem. É isto?
 
Já no Jornal de Negócios, Armando Esteves Pereira chama a atenção, em A verdade, a mentira e a omissão, para outros detalhes menos normais: “Costuma-se dizer que o diabo está nos detalhes e da divulgação dos e-mails entre António Domingues e a equipa das Finanças há um pormenor que está a passar despercebido. Domingues, gestor do BPI, tratava da mudança da legislação dos gestores da Caixa com o seu escritório privativo de advogados e o mail de contacto era do BPI.”
 
Estávamos nisto quando o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, entendeu entrar em cena para também ele tomar a defesa do ministro, dizendo que acredita em Centeno “até encontrar alguma coisa assinada”. Ana Sá Lopes, logo do dia seguinte, não lhe perdoou no editorial do jorna i: Há um papel escrito, sr. PR. O resto é pós-verdade. Nesse texto recordou que “O momento em que Mário Centeno não mente é em 25 de outubro passado, quando assume com uma clareza infinita que os gestores da CGD não terão que entregar declarações de rendimentos. Isso está escrito: é um comunicado oficial do Ministério das Finanças enviado a várias redações. Se Marcelo quer um papel escrito a defender uma posição que, a seu ver, seria “inaceitável”, já tem este. Não foi um erro dos assessores. Foi assumido dias depois em voz alta pelo próprio ministro.
 
Já Paulo Baldaia, no Diário de Notícias, entendeu oportuno recuperar uma carta aberta que dirigiu a Marcelo Rebelo de Sousa há três meses e que considerou estar mais do que actual: “A nota do Ministério das Finanças dando conta de que não havia lapso nenhum, as declarações de governantes explicando que o escrutínio seria feito pelo Banco de Portugal e a tentativa do PS para reverter a clarificação feita no Parlamento, em final de novembro, para obrigar a entregar a declaração, não deixam a mínima margem para dúvidas. Não é preciso nenhum papel assinado, senhor Presidente, para nos dizer o que todos sabemos.”, escreveu em A CGD a propósito de uma carta escrita a Marcelo.
 
Eu próprio, aqui no Observador e em “House of Cards” na Caixa Geral de Depósitos, tentei recapitular tudo o que já sabemos sobre este processo, mas considerei especialmente grave a forma como as primeiras figuras do Estado português têm vindo a actuar, sublinhando que “O ponto em que hoje se encontra o debate é lamentável. E quem o fez descer a esse nível mais rasteiro foi o Presidente da República, em concubinato com o Governo. Disse o primeiro, corroborou o segundo: uma mentira só é mentira se houver uma assinatura. O que significa que, para os mais altos representantes do Estado português, a palavra dada não tem valor. Só vale a palavra escrita. Falta saber se, no fim do dia, ainda vão exigir reconhecimento presencial num notário.”
 
(Também hoje, e também no Observador, Alexandre Homem Cristo recorda o comportamento de Marcelo Rebelo de Sousa neste processo para, em Saudades de Cavaco Silva, defender que “A monotonia de Cavaco Silva foi uma virtude, porque traduziu previsibilidade institucional. É assim que se faz nas democracias consolidadas: confia-se nas regras que enquadram a acção política para não se depender da arbitrariedade das pessoas que ocupam o poder. Marcelo, inquieto e omnipresente, quis fazer diferente. Sim, é mais popular do que Cavaco. Mas tudo na sua Presidência é menos transparente, previsível, escrutinável, coerente e imparcial.”)
 
Regressando ao comportamento de Mário Centeno, deixo-vos mais três referências, todas reflectindo uma avaliação negativa do comportamento do ministro:
  • CGD: uma comédia de enganos em cinco actos, de João Miguel Tavares no Público: “Não há forma de Centeno sair bem disto – é evidente que ele mentiu. É evidente que ele tinha consciência das condições impostas por Domingues. E tudo isto é evidente ainda antes de chegarem os mails e os SMS – no início do processo, foi o próprio ministro das Finanças que o admitiu.
  • A defesa, de João Vieira Pereira no Expresso: “É obvio que Mário Centeno sabia e concordou com as exigências de António Domingues. O ex-líder da Caixa jamais teria aceitado o cargo sem a certeza de que esse ponto estaria esclarecido. E jamais o ministro das Finanças deixaria de responder a um e-mail onde Domingues colocas essas exigências se as mesmas não tivessem acordadas.”
  • Marcelo, Costa e a CGD: precisa-se de um pouco mais, de Vítor Costa no Público: “Resumir esta coluna de horrores à existência de um documento assinado por Mário Centeno onde este promete a António Domingues e à sua equipa a exclusão da obrigação de entregar a declaração no Constitucional ou à eventual mentira do ministro no Parlamento é muito pequenino. Marcelo e Costa habituaram-nos a ser pouco formais. A informalidade com que lidaram com o dossier CGD é um bocadinho de mais.”
 
Fecho o Macroscópio com duas análises mais políticas. A primeira, de Ricardo Costa no Expresso é uma reflexão sobre o que leva um ministro a demitir-se, já que nem sempre é o mais óbvio. Em Não é a política que faz cair ministros nota que, “Apesar de ser um terreno de geometria muito variável, é hoje claro que as demissões políticas são muito mais certas em questões fiscais, de dinheiros públicos, de linguagem menos própria ou por gerarem indignação social do que por erros políticos graves, incompetência ou desrespeito das instituições.”
 
A reflexão de João Marques de Almeida no Observador, em As ironias do episódio Caixa, é sobre a forma diferente – paradoxalmente diferente – como governos de direita e de esquerda trataram da Caixa Geral de Depósitos: “O governo PSD e do CDS tratou a Caixa de acordo com as ideias da esquerda, recapitalizando-a inteiramente com dinheiro público e nomeando uma administração de acordo com o estatuto dos gestores públicos. Este governo aceitou recapitalizar a Caixa cumprindo as regras e o famoso teste dos mercados e contratando uma equipa de gestão no sector privado. Se um governo de direita o tivesse feito, as esquerdas protestariam com violência.”
 
E por hoje fico-me por aqui, mesmo estando certo que este folhetim, que agora aguarda desenvolvimentos sob a forma de sms, vai continuar. Aos meus leitores, desejo bom descanso e boas leituras. 

 
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Bairro da zona da Forca

A paisagem que observamos neste vídeo é mais conhecida pelo bairro da Forca. Ali existem a loja do Cidadão, Finanças, uma Farmácia, mais um conjunto de serviços públicos.

J. Carlos

UCC de Alter promove o Mês dos Afetos

Decorre de 1 a 20 de Fevereiro, promovido pela  Unidades de Cuidados na Comunidade - UCC Alter, no âmbito da Saúde Escolar o “Mês dos Afetos”.
 
Este é constituído por sessões de educação para a saúde que serão desenvolvidas na Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Alter do Chão (EPDRAC) tendo como público-alvo toda a comunidade escolar.
 
Nas sessões serão debatidos diversos temas no âmbito da Orientação Sexual, Diferença e Inclusão, Gravidez na Adolescência e as suas Implicações, Infeções Sexualmente Transmissíveis e sua Prevenção, e  a Violência no Namoro.
 
Pretende-se com estas sessões alertar a comunidade escolar para estas temáticas e promover desta forma a adoção de comportamentos saudáveis.

ULSNA
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Uma réplica digital e questões de vida e de morte

P

João Pedro Pereira
4.0 Tecnologia, inovação e empreendedorismo   


Na tecnologia, sete anos é muito tempo.
Quando, em 2010, escrevi sobre o problema do legado digital (aquilo que fica online após a morte do utilizador), a inteligência artificial não era um tema da moda, os smartphones eram uma novidade relativamente recente, e a ideia de criar uma réplica de alguém com base naquilo que ela deixa na Internet não estava prestes a chegar às lojas de aplicações.
Agora, a Karla Pequenino conta como uma empreendedora russa radicada nos EUA diz ter replicado num programa de computador um amigo que tinha morrido num acidente. Essa ideia acabou por dar origem a uma aplicação que promete replicar quem quer que a use – e que, em teoria, poderá continuar a falar com amigos e familiares após a morte da pessoa. É um cenário que oscila entre ser uma nova forma de luto e uma nova forma de convivência.
O artigo, que aborda outras questões relacionadas com o legado online, merece ser lido na íntegra. Resumidamente: Eugenia Kuyda usou as mensagens e emails trocados com o amigo para criar uma versão digital com a qual pudesse “falar”. Na sequência disso, prepara-se para lançar uma aplicação capaz de conversar com os utilizadores, de se ligar às respectivas redes sociais e de aprender sobre eles. Pretende ser uma espécie de amigo dentro do telemóvel (para quem queira um amigo que seja um espelho de si próprio). Em caso de morte do utilizador, há algum potencial de substituição da pessoa pela máquina.
As experiências do PÚBLICO a conversar com a aplicação, chamada Replika, não foram extensas, nem conclusivas (ponto importante: não foi claro que a inteligência artificial conseguisse de facto aprender muito a partir das redes sociais). Mas a questão não era saber se a tecnologia desenvolvida pela pequena empresa de Kuyda funciona bem. A Replika é um exemplo de um fenómeno mais vasto: o esforço do optimismo tecno-entusiasta para lidar com um dos grandes limites humanos.




O conceito desperta imediatamente três questões, de entre muitas outras possíveis. Queremos criar réplicas de nós próprios e estaremos confortáveis com o que quer que essas réplicas façam depois de morrermos? Queremos interagir com réplicas digitais de amigos e familiares que tenham morrido? É plausível pensar que uma aplicação vai conseguir aprender o suficiente sobre um utilizador para o replicar, pelo menos ao nível conversacional, de forma fidedigna?
As duas primeiras perguntas terão respostas necessariamente subjectivas. A resposta à terceira questão é, muito provavelmente, sim – haja vontade de quem tem recursos para isso.
A inteligência artificial e a linguagem natural, nas suas múltiplas declinações, estão entre as áreas de eleição das grandes multinacionais tecnológicas (além disso, é conhecida a fixação e alguns magnatas da tecnologia com as questões da vida e da morte). Basta que alguém como Larry Page (que criou uma empresa para resolver as doenças associadas ao envelhecimento) ou Mark Zuckerberg (que quer erradicar todas as doenças até ao fim do século) se queira replicar para tenhamos dezenas de cientistas de topo a trabalhar no problema. Depois, será só uma questão de tempo.

Digno de nota

- O browser Chrome, do Google, passou a integrar uma tecnologia que permite aceder a sites de realidade virtual (funciona apenas com os óculos Daydream View, do próprio Google, que por sua vez são compatíveis com apenas três telemóveis). É um primeiro passo para que os utilizadores possam aceder a conteúdo de realidade virtual com a facilidade com que acedem a uma página na Web. Mas o caminho ainda é longo. (Nota: na newsletter anterior, escrevi que a IDC estimava que os aparelhos de realidade virtual e aumentada iam triplicar até 2020; na verdade, a analista estima que venham a ser dez vezes mais naquele ano.)
- O Twitter apresentou resultados na semana passada e, sem surpresas, continua a dar prejuízos. A rede social, que começou como uma ferramenta de conversa entre amigos e parece viver numa indefinição sobre o produto que quer ser, disse ter encontrado uma identidade: “O sítio melhor e mais rápido para ver o que está a acontecer no mundo e aquilo de que as pessoas estão a falar”.
- Os trolls – os utilizadores de Internet que têm um comportamento tóxico, alimentando discussões, assediando e insultando outros utilizadores – são um problema antigo e de solução difícil. O Google e a Wikipedia estão a unir esforços para criar um sistema de inteligência artificial que consiga filtrar os comentários daqueles utilizadores com a mesma precisão que um ser humano. Entretanto, investigadores americanos publicaram um artigo em que apontam algumas causas para o comportamento dos trolls. Ao que parece, há um efeito circular: comentários negativos levam a mais comentários negativos.
4.0 é uma newsletter semanal dedicada a tecnologia, inovação e empreendedorismo. O conteúdo patrocinado nesta newsletter não é responsabilidade do jornalista. Críticas e sugestões podem ser enviadas para jppereira@publico.pt. Espero que continue a acompanhar.

Os jovens utentes das Casas de Acolhimento da Santa Casa da Misericórdia de Portalegre receberam o convite do Sport Lisboa e Benfica para assistirem ao jogo de futebol entre o Benfica e o Arouca que se realizou no dia 11 de Fevereiro pelas 20h30.
Esta iniciativa decorreu de um pedido que a Instituição endereçou ao Sport Lisboa e Benfica no âmbito do seu plano de atividades que engloba várias vertentes educacionais, culturais e desportivas.
Segundo Filipe Serrote, Diretor das Casas de Acolhimento da Santa Casa da Misericórdia de Portalegre, “Tudo isto foi possível graças ao Sport Lisboa e Benfica que nos ofereceu 23 bilhetes, contribuindo em muito para animar os nossos jovens, o Instituto Superior de Portalegre cedeu o autocarro e tivemos o apoio de um doador anónimo que nos permitiu fazer a viagem a custo zero. Depois de o Sporting Clube de Portugal ter tido a amabilidade de nos oferecer bilhetes para um jogo, foi agora a vez de o Benfica proporcionar, também, momentos inesquecíveis e experiências novas aos nossos miúdos que os marcaram para sempre de forma positiva”

Cláudia Azedo






IRS: Contribuintes têm até quarta-feira para validar despesas no e-fatura

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Os contribuintes têm até quarta-feira para validar e confirmar as faturas de 2016 no portal e-fatura, que vão servir de base às deduções em IRS referentes a esse ano.
Até dia 15 de fevereiro, os contribuintes podem validar, no portal e-faturaas faturas que permanecem pendentes — por não estarem inseridas nas categorias certas -, corrigir valores ou informações de faturas mal inseridas ou acrescentar novas faturas.
Os contribuintes devem verificar se as suas faturas foram devidamente comunicadas pelos agentes económicos e, caso detetem alguma omissão, devem proceder ao registo das faturas em falta (na área ‘complementar informação faturas’).
Podem também verificar se as faturas estão inseridas no setor de despesas adequado, podendo reafectá-las, caso a entidade emitente tenha registado junto da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) o Código de Atividade Económica (CAE) correto.
Estes procedimentos devem ser efetuados por cada titular de despesas do agregado familiar, incluindo os dependentes.
Segundo a AT, entre 1 e 15 de março será possível consultar, no Portal das Finanças, e reclamar das despesas gerais e familiares, bem como das despesas com direito à dedução do IVA pela exigência da fatura, que foram comunicadas ao Fisco, no endereço https://irs.portaldasfinancas.gov.pt.
Este ano, pela primeira vez, os contribuintes com qualquer tipo de rendimento, e caso optem por fazer entrega pela Internet ou por papel, têm entre 1 de abril e 31 de maio para entregar as suas declarações de IRS. Eis algumas das principais áreas onde será possível obter deduções no IRS:
Despesas gerais familiares
A dedução à coleta correspondente a 35% do valor das despesas suportadas pelos membros do agregado familiar com um máximo de 250 euros por sujeito passivo. Aqui entram as contas com o supermercado, por exemplo.
IVA nos bens e serviços
Dedução de 15% do IVA suportado por qualquer membro do agregado familiar em despesas com serviços de reparação e manutenção de veículos e motociclos, alojamento e restauração, cabeleireiros, estética e veterinários. Dedução limitada a 250 euros por agregado, desde que documentado com fatura.
Despesas de educação
Dedução de 30% das despesas com educação e formação por cada elemento do agregado familiar, até 800 euros. Inclui, entre outras, despesas com creches, jardins-de-infância, propinas, livros e manuais escolares.
As despesas de educação só são dedutíveis desde que prestadas por estabelecimentos de ensino integrados no sistema nacional de educação ou reconhecidos pelos ministérios competentes.
De acordo com o Código do IRS, os estabelecimentos públicos de ensino devem comunicar à Autoridade Tributária e Aduaneira o valor das propinas e demais encargos considerados dedutíveis, até ao final do mês de janeiro do ano seguinte àquele em que ocorreu o respetivo pagamento.
Despesas de saúde
Dedução de 15% das despesas de saúde por qualquer membro do agregado familiar até 1.000 euros. Inclui despesas com seguros de saúde, consultas e exames, medicamentos e despesas com produtos médicos e ortopédicos e oftalmológicos, desde que isentos de IVA ou cobrados à taxa mínima (6%).
Inclui também bens e serviços desta natureza sujeitos à taxa normal de IVA (23%), desde que suportados por receita médica.
O e-fatura ainda não inclui o valor das taxas moderadoras, uma vez que os estabelecimentos públicos de saúde comunicam à Autoridade Tributária e Aduaneira o valor das taxas moderadoras pagas pelos sujeitos passivos até ao final do mês de janeiro do ano seguinte àquele em que ocorreu o respetivo pagamento, ficando então essa informação disponível na página pessoal de cada contribuinte no Portal das Finanças no site do IRS.
Despesas com rendas e imóveis 
À coleta do IRS devido pelos sujeitos passivos é dedutível um montante correspondente a 15% do valor suportado por qualquer membro do agregado familiar com as importâncias suportadas com rendas, tituladas com fatura ou recibo de rendas eletrónico ou comunicadas por declaração de modelo acessória.
No entanto, os recibos emitidos mensalmente pelos senhorios (ou anualmente, no caso dos senhorios mais velhos) através do Portal das Finanças não aparecem no e-fatura, sendo conhecido mais tarde o valor da dedução em sede de IRS.
As deduções com juros de dívidas contraídas com a aquisição, construção ou beneficiação de imóveis para habitação própria e permanente, por contratos celebrados até 31 de dezembro de 2011, também só será conhecida mais tarde, uma vez que essa informação também é enviada pelos bancos para o Fisco durante janeiro.
Sapo 24 com Lusa
Imagem; Zap
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Hospital Doutor José Maria Grande recebe exposição de pintura de João Transmontano

Olhares é o título da mais recente exposição de pintura presente no Hospital Dr. José Maria Grande,  do artista plástico João Transmontano, inaugurada no passado dia 10 de Fevereiro.

Médico de profissão, encontra o equilíbrio da vida no seu interesse pelas artes desde a pintura, arquitetura, música clássica, e outros…

A exposição, que pode ser visitada até ao próximo dia 15 de Março está dividida em quatro coleções, Natureza, Natureza Morta, Viagens e Pensamentos, refletindo desta forma as várias orientações estéticas do pintor.
João Transmontano nasceu em Lisboa em 1951, no entanto desde cedo que  as estadias no Alentejo faziam  parte da tradição familiar onde exerceu medicina geral e familiar.

Vive, atualmente, em Póvoa e Meadas, Castelo de Vide.

ULSNA

GNR / Ovar – 4 detidos por detenção de arma proibida e condução sem habilitação legal

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O Comando Territorial de Aveiro deteve hoje, dia 13 de fevereiro, quatro indivíduos por posse de arma proibida e condução sem habilitação legal, em Cortegaça - Ovar.
Pelas 09:00 horas, o Posto Territorial de Esmoriz recebeu o alerta de um cidadão, que nas imediações de uma loja de compra e venda de ouro em Cortegaça, quatro indivíduos suspeitos se encontravam a colocar matrículas falsas numa viatura.
Duas patrulhas do posto de Esmoriz deslocaram-se imediatamente para o local, deparando-se de frente com os suspeitos junto a um veículo, tendo um dos militares, quando se aproximou deste para abordar os ocupantes, sido ameaçado com uma caçadeira. Os indivíduos colocaram-se em fuga tendo direcionado o seu veículo contra os militares. No seguimento da ação, os militares efetuaram um disparo de advertência para o ar e, como o condutor não acatou a ordem de paragem, os militares efetuaram quatro disparos em direção dos pneus do veículo, tendo conseguido imobilizar o mesmo.
Privados do meio de fuga, os suspeitos iniciaram a fuga apeada e, após montagem de um cerco, um dos suspeitos foi detido nas imediações do apeadeiro de Cortegaça, tendo outros dois sido detidos pelas 10:15 horas quando se dirigiam para o apeadeiro de Paramos e o último suspeito foi detido pelas 11:00 horas, quando se dirigia também para o mesmo apeadeiro.
Durante o processo foram apreendidas:
  • Uma caçadeira de canos serrados;
  • Uma viatura ligeira;
  • Duas matrículas falsas.
Os detidos, um de nacionalidade brasileira e três portugueses, com antecedentes criminais por roubo, têm entre os 17 e os 36 anos de idade.
Esta ação contou ainda com a colaboração da Polícia de Segurança Pública.

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Divulgação Semanal CAE Portalegre | Programação do Centro de Artes do Espetáculo de Portalegre

10 anos de CAE Portalegre

Divulgação Semanal
Programação do Centro de Artes do Espetáculo de Portalegre

Mais info em: http://caeportalegre.blogspot.pt/
Facebook : https://www.facebook.com/CAEdePortalegre
18 FEV. SÁB. 21.30H
"Voz da Razão" - Luís Franco-Bastos
Stand-up Comedy | GA | 12€ | M/16 anos


Depois do enorme sucesso da sua anterior digressão, “Roubo de Identidade”, Luís Franco-Bastos regressa à estrada com um novo espetáculo a solo: “Voz da Razão”.
O novo material que Luís Franco-Bastos apresenta baseia-se numa nova perspetiva sobre o mundo, numa nova fase da sua vida, agora que atingiu a maturidade, tanto pessoal como artística.
Os comediantes dão a conhecer a pessoa que são através do seu material e o Luís Franco-Bastos que apresenta este espetáculo, não é a mesma pessoa que apresentou os seus espetáculos anteriores Passou por novas experiências, chegou a novas conclusões e a sua visão da política, do futebol, da sociedade, da música ou das relações entre homens e mulheres, é mais complexa e crítica.
A esquizofrenia vocal e as personagens que sempre o caraterizaram continuam presentes mas, através da voz dos outros, Luís Franco-Bastos exprime a sua própria. De todas as vozes que vivem na sua cabeça, passou a dar ouvidos principalmente a uma: a Voz da Razão.
17 FEV. SEX. 23H
Capitão Capitão
Pop / Rock | CC | 4€ | M/12 anos


Capitão Capitão é o pseudónimo musical de J.P. Mendes. Depois de se estrear com o EP onde se incluía o tema “O Lugar”, este duplo capitão lançou em 2016, pela Blitz Records (parceria entre a Blitz e a Sony Music), o primeiro disco de longa duração, “32”.
Como quem fala com pouco para tentar dizer tudo, a repetição continua a dominar a palavra. Em termos sonoros abre-se um espaço mais rigoroso para os teclados, enquanto as guitarras seguem um espaço já trilhado no segundo EP.
CINEMA CAEP.
Morada: Praça da Republica nº 39, 7300-109 Portalegre

Blog: http://caeportalegre.blogspot.pt/
Facebook: https://www.facebook.com/CAEdePortalegre

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CRIANÇAS DOS AGRUPAMENTOS MARQUÊS DE MARIALVA E LIMA DE FARIA DESENVOLVEM ATIVIDADES ALUSIVAS À ESTAÇÃO DO INVERNO

Decorrente da parceria celebrada pela Direcção Geral da Associação de Solidariedade Social Sociedade Columbófila Cantanhedense, com a Direcção de Serviços da Região Centro da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares e que possibilitou a concretização das Atividades de Enriquecimento Curricular nos Agrupamentos Marquês de Marialva e Lima de Faria, neste ano lectivo no âmbito do acordo formalizado com os referidos Agrupamentos, o grupo de docentes que lecionam as diversas disciplinas tem vindo a desenvolver um conjunto bastante significativo de actividades, mais concretamente na área de Atividades Lúdico-Expressivas, nas EB1 daqueles Agrupamentos de Escolas, realizando ao longo do mês de Janeiro, atividades alusivas à estação do ano Inverno.
Para tal, foram ensinadas canções sobre o tema e elaborados alguns trabalhos manuais recorrendo a várias técnicas de expressão plástica, privilegiando sempre o uso de materiais reciclados: bonecos de neve com meias e caixas de ovos, mandalas de Inverno, painéis de Inverno, pinguim com garrafas, entre outros.
Também na área de Expressão Corporal e Artística deu-se continuidade à abordagem da modalidade de Golf, com os alunos do 3.ºe 4.º anos, no Projeto “Drive Challenge”. Este projecto encontra-se inserido no Projeto Drive da Federação Portuguesa de Golfe e é um circuito desportivo dirigido aos alunos das escolas do 1º ciclo.
O Projeto Drive tem como objetivo promover a prática do golfe, principalmente para os mais jovens, mas ao mesmo tempo cativar os respetivos pais e familiares, para a prática da modalidade. Os respectivos apuramentos escolares já estão a ser realizados, para que no próximo dia 13 de maio, se realizar a fase Municipal, onde serão apurados os alunos que irão representar o Município de Cantanhede na fase Regional.
Mais uma vez, o empenho e dedicação de todos os envolvidos foram notórios, contribuindo assim para o enriquecimento dos alunos, de uma forma global.

MEALHADA: “(Re) aprender a ensinar” é o tema Do 8º Encontro com a Educação

A Mealhada volta a receber, dia 25 de Março, a comunidade educativa de todo o país para pensar políticas e estratégias, debater ideias e procurar soluções para melhorar a Educação e a Aprendizagem.

Esta 8ª edição, cujo tema é “(Re)aprender a ensinar”, centra a discussão na relação da tecnologia com a Educação, na invasão da tecnologia na vida quotidiana e na sua influência no ensino. Computadores e tablets misturam-se hoje com livros e é imperativo pensar na forma de aproveitar a tecnologia na Educação e na resposta aos apelos desta, enquanto educador.
O programa conta com a presença de João Costa, secretário de Estado da Educação, e de prestigiados especialistas académicos, como Vítor Duarte Teodoro, docente na Universidade Nova de Lisboa, no Departamento de Ciências Sociais e Educação, Joaquim Azevedo, investigador no Centro de Estudos do Desenvolvimento Humano e professor catedrático na Universidade Católica, e José Miguel Sousa, do Centro de Formação EduFor.
“Os oradores convidados para este Encontro com a Educação são especialistas de elevado prestígio e reconhecido mérito académico e profissional. Razão pela qual podemos assegurar que esta iniciativa será inspiradora para todos os presentes e os dotará de ferramentas que poderão colocar em prática nas suas salas de aula. No Município da Mealhada, continuamos a acreditar que o maior investimento que se pode fazer na sociedade é, sem margem para dúvidas, na Educação”, refere Rui Marqueiro, presidente da Câmara Municipal da Mealhada.
O Encontro com a Educação, organizado anualmente pelo Setor de Educação e Desporto da Câmara Municipal da Mealhada, é um espaço de debate de ideias de temas relacionados com a docência, as escolas e os alunos. É um fórum de discussão que pretende contribuir para a melhoria do ensino, a partilha de ideias e saberes, de boas práticas e de políticas de sucesso. “Ensinar, no presente, é um desafio que implica a conjugação do exercício da autoridade e do respeito com a criatividade e a crucial tarefa de criar experiências inovadoras que captem a atenção dos alunos e os preparem para os desafios de um mundo em constante mudança”, sublinha o autarca.
As inscrições podem ser feitas para o e-mail educacao@cm-mealhada.pt. A inscrição custa 10 euros e inclui almoço. Mais informações poderão ser obtidas através do telefone 231 200 980 ext. 354.

Programa
l 25 de março l Cineteatro Messias l Escola Profissional Vasconcelos Lebre
09h - Abertura do secretariado
09h30 - Sessão de abertura
10h – “Conferência de abertura”
 João Costa - Secretário de Estado da Educação
10h30 – Pausa para café
11h00 – “O Educador, no século XXI, no tempo em que os “meninos” não querem aprender””
Joaquim Azevedo - Universidade Católica Portuguesa
Almoço l (Escola Profissional Vasconcellos Lebre)
14h30 -  “A Escola Atual, as Competências do Séc. XXI e o “EduFor Innov@tive Classroom Lab”
José Miguel Sousa – Centro de Formação EduFor
16h00 -  “(Re) Aprender a Ensinar”: Ensinamos: “o que somos e o que fazemos”
Vítor Duarte Teodoro – Universidade Nova de Lisboa
17h – Sessão de encerramento

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Heróis da Fruta: 42 escolas do distrito de Coimbra precisam do seu voto!

A competição decorre no site www.heroisdafruta.com até 10 de Março e vai eleger 80 finalistas: quatro por região
Resultado de imagem para Heróis da Fruta
Alunos gravam "telediscos" para incentivar adultos a comer saudável
A votação aberta a todo o público decorre até às 23:59 do dia 10 de Março no site http://www.heroisdafruta.com e vai apurar 80 hinos finalistas: os 3 mais votados, bem como o mais partilhado de cada distrito ou região autónoma.
Lista dos 42 vídeos das escolas participantes do distrito de COIMBRA:
Coimbra

Condeixa-a-Nova


Figueira da Foz


Lousã

Mira


Montemor-o-Velho


Oliveira do Hospital


Pampilhosa da Serra


Penacova


Soure


Tábua


Sobre o Projeto «Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável»
Depois do sucesso das edições anteriores que envolveram no total 236.227 alunos, no ano letivo 2016/2017 participam no projeto «Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável», 53.399 alunos, de 2.665 turmas, de 900 jardins de infância e escolas básicas do 1º ciclo de todos os distritos do país, incluindo as regiões autónomas da Madeira e dos Açores. «Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável» é atualmente o maior programa gratuito de educação para a saúde de âmbito nacional, com uma das maiores taxas de sucesso de sempre em reeducação alimentar infantil em Portugal: está estatísticamente comprovado que a aplicação do modelo pedagógico dos «Heróis da Fruta» aumenta em pelo menos 42% o consumo de fruta diário das crianças que nele participam. Além do incentivo ao consumo de fruta nas quantidades recomendadas pela OMS (Organização Mundial de Saúde), o projeto «Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável» leva também às crianças lições importantes sobre alimentação saudável, higiene oral, atividade física, economia e poupança, respeito pelo ambiente e bem-estar emocional, que as ajudam a crescer saudáveis, ativas e felizes. Site oficial do projeto «Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável»: www.heroisdafruta.com
Sobre a APCOI
A Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (APCOI) é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, fundada em 2010, cuja missão é ajudar a criar um mundo melhor para as futuras gerações, através de iniciativas que valorizem a saúde das crianças, promovam o combate ao sedentarismo ou à má nutrição e previnam a obesidade infantil e todas as doenças associadas. Desde Dezembro de 2010, a APCOI já beneficiou 255.363 crianças através das suas iniciativas. Saiba mais em www.apcoi.pt

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