sábado, 21 de maio de 2022

Ausência de três médicos infetados por Covid-19 condiciona Obstetrícia de Leiria

O Serviço de Obstetrícia da unidade hospitalar não recebe doentes "no período entre as 09h00 de dia 21 de maio e as 09h00 do dia 23 de maio".
A ausência de três médicos especialistas, devido a infeção pelo vírus que provoca a Covid-19, está a condicionar o Serviço de Obstetrícia do hospital de Leiria, levando o CODU do Sul a reencaminhar doentes para outras unidades.
Segundo uma informação a que a agência Lusa teve acesso, o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Sul informou os corpos de bombeiros e o Instituto Nacional de Emergência Médica de que "o hospital de Leiria se encontra com constrangimentos no Serviço de Obstetrícia, não sendo possível receber doentes no período entre as 09h00 de dia 21 de maio e as 09h00 do dia 23 de maio".
Em resposta à Lusa, o Centro Hospitalar de Leiria (CHL), que integra o Hospital de Santo André, em Leiria, esclarece que, "na Urgência Ginecológica/Obstétrica está assegurada a escala médica e a resposta completa até às 09h00 de amanhã [domingo], dia 22 de maio".
O CHL explicou que o "constrangimento verificado prende-se com o facto de três médicos especialistas do Serviço de Ginecologia/Obstetrícia terem testado positivo à Covid-19, o que resultou numa falha imprevista na escala médica, que está a ser ajustada".
"Estão a ser efetuados todos os esforços no sentido de reformular e completar a escala médica das 09h00 de amanhã até às 09h00 do dia 23 de maio, faltando apenas garantir um médico em três necessários, contando que esta situação fique resolvida até ao final do dia de hoje", informou.
Direção-Geral da Saúde e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) referiram esta sexta-feira que a percentagem de testes positivos, entre 10 e 16 de maio, foi de 50,4%, com tendência crescente, tendo-se registado um aumento do número de despistes do coronavírus SARS-CoV-2 que passou de cerca de 265 mil para mais de 355 mil.
"Observou-se uma tendência crescente da incidência cumulativa a sete dias por 100 mil habitantes em todos os grupos etários", refere o documento, que adianta que a faixa entre os 10 aos 19 anos de idade foi a que apresentou este indicador mais elevado, com 1992 casos.
Para este aumento da incidência "poderão ter contribuído fatores que incluem a redução da adesão a medidas não farmacológicas, o período de festividades e o considerável aumento de circulação de variantes com maior potencial de transmissão", considera o relatório.
Quanto às linhagens da variante Ómicron, o INSA e a DGS estimam que a BA.5, que tem mutações adicionais com impacto na entrada do vírus nas células humanas e ou na sua capacidade de evadir a resposta imunitária, seja dominante em Portugal, sendo responsável por 63,6% das infeções, devendo atingir uma frequência de cerca de 80% já no domingo.
"O aumento da incidência pode continuar a contribuir para uma maior procura de cuidados de saúde e o aumento da mortalidade, em especial nos grupos mais vulneráveis", alertam a DGS e a INSA, que aconselham a ser mantida a vigilância da situação epidemiológica da Covid-19 e recomendam "fortemente o reforço das medidas de proteção individual e a vacinação de reforço".

Portugal vai dar apoio financeiro de 250 milhões de euros à Ucrânia

Perante os jornalistas portugueses, o primeiro-ministro disse que, desses 250 milhões de euros, 100 milhões serão transferidos ao longo deste ano através de uma conta da Ucrânia no Fundo Monetário Internacional ou por via de outros canais que a União Europeia venha a abrir para financiamento direto.
O primeiro-ministro, António Costa, assinou este sábado um acordo para a concessão de um apoio financeiro de 250 milhões euros à Ucrânia.
No encontro com o homólogo ucraniano, Denys Shmyhal, Portugal anunciou que irá responder ao pedido do governo ucraniano. Fica assim formalizada a assinatura de um Acordo de Cooperação Financeira.
Formalizámos este importante compromisso através da assinatura de um acordo de cooperação financeira", referiu o primeiro-ministro.
Portugal volta a ter um embaixador presente em Kiev. A representação diplomática nunca esteve de portas fechadas durante a guerra, mas foi reduzida ao mínimo.
Durante estes quase três meses, o embaixador esteve em Varsóvia na Polónia.
António Costa entregou ainda a condecoração atribuída pelo PR Marcelo Rebelo de Sousa ao funcionário diplomático André Putilovski pelo apoio prestado na retirada de portugueses e luso ucranianos da Ucrânia.

JOsé Pedro Frazão/RR

Manto de neve cobre parte do sul do Brasil

 Um manto de neve cobriu partes do estado de Santa Catarina no sul do Brasil que desde há alguns dias enfrenta uma invulgar vaga de frio.
Os termómetros desceram até aos menos cinco graus Celsius o que levou as autoridades a encerrarem edifícios públicos e a cancelarem eventos como partidas de futebol.

No estado de Rio Grande do Sul as temperaturas baixas e o mau tempo deixaram quase 182 mil casas sem eletricidade.
No Rio de Janeiro, as autoridades desaconselharam o público em geral de mergulhar nas águas do mar.
Segundo os serviços de previsão de tempo, a vaga de frio vai prolongar-se pelo menos até terça-feira da próxima semana.

Euronews

Imagem: Yahoo Noticias

Fenómeno da “reduflação”: Deco pede atenção redobrada nas idas ao supermercado

A ‘reduflação’ não é ilegal, mas muitas vezes o consumidor sente-se enganado.
Os consumidores devem redobrar a atenção sobre a quantidade e tamanho dos produtos que estão acostumados a comprar, verificando se compram menos pelo mesmo preço, alerta a associação Deco, que tem recebido denúncias especialmente sobre alimentos congelados.
Em causa está o fenómeno denominado de ‘reduflação’ (tradução literal do neologismo inglês ‘shrinkflation’), que consiste na diminuição da quantidade de produto, mantendo — ou mesmo aumentando – o preço.
Denúncias não no sentido de que há aqui uma ilegalidade, mas no sentido de os consumidores notarem que há uma alteração” no produto, tornando-o mais caro, explicou à Lusa o coordenador do departamento jurídico da associação de defesa dos consumidores Deco, Paulo Fonseca.
A ‘reduflação’ não é ilegal desde que a informação no rótulo esteja correta, mas muitas vezes o consumidor sente-se enganado com estas subidas de preço que acha serem disfarçadas.
A maioria das denúncias que têm chegado à associação Deco referem-se a compras no setor retalhista e na área de alimentação, sobretudo compras de produtos congelados.
Os consumidores relatam que, por exemplo, por 15 euros compravam sete postas de pescada e agora, pelo mesmo preço, só compram cinco postas. Ou seja, há duas postas que já não constam da embalagem”, afirmou.
O jurista defende que, das duas uma: ou a informação de que são cinco postas em vez de sete consta do produto, porque é obrigatório constar a indicação de todos os componentes, não sendo uma prática proibida, ou está-se perante uma situação em que “a informação é enganosa”, tratando-se de uma prática comercial desleal cuja fiscalização compete à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).
Paulo Fonseca destaca que “o problema que preocupa” a Deco são os consumidores que compram de forma rotineira e não reparam na mudança de rotulagem do produto, cuja leitura diz ser às vezes difícil, considerando que “muitas vezes só um consumidor extremamente atento é que consegue” detetar a mudança.
O jurista lembra que a Deco alertou a Secretaria de Estado da Defesa do Consumidor, ausente no atual Governo, para a necessidade de regulamentar estas práticas de ‘reduflação’ e de reforçar a informação ao consumidor nestas situações.
Deveria existir aqui uma obrigatoriedade acrescida de reforçar esta informação, de tornar mais transparente para o consumidor, para se tornar percetível” a alteração nos componentes do produto mantendo o preço, concluiu.

SIC Notícias

António Costa anuncia que Zelensky convidou Marcelo para visitar Kiev

Uma visita à Ucrânia em data ainda a acertar.
O primeiro-ministro, António Costa, afirmou, este sábado, que o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zlensky, convidou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para realizar uma visita à Ucrânia em data ainda a acertar.
António Costa deu conta deste convite de Volodymyr Zelensky a Marcelo Rebelo de Sousa em declarações aos jornalistas, após ter visitado a embaixada de Portugal em Kiev.
Sou portador de um convite que o Presidente Zelensky fez a sua excelência o Presidente da República [Marcelo Rebelo de Sousa] para visitar a Ucrânia em data oportuna. E esse é o convite que transmitirei”, declarou o primeiro-ministro.

SIC Notícias/Lusa

Jovem de 16 anos morreu colhido por um touro nas largadas da Feira Regional de Maio da Moita

A Câmara da Moita, distrito de Setúbal, lamentou hoje a morte de um jovem, de 16 anos, nesta madrugada, após ser colhido por um touro durante a Feira Regional de Maio, acrescentando estar a acompanhar as “averiguações”.

Na sequência do trágico incidente desta madrugada, do qual resultou a morte de um jovem, a Câmara Municipal da Moita lamenta o sucedido e apresenta as mais sentidas condolências à família, estando disponível para prestar todo o apoio necessário”, refere o município, em nota enviada à agência Lusa.
A autarquia acrescenta que “está a acompanhar as averiguações às causas deste incidente, em estreita colaboração com as autoridades competentes”.
Fonte da GNR explicou à Lusa que o jovem foi colhido mortalmente cerca das 02:00 de hoje, durante as tradicionais largadas de touros, inseridas na Feira Regional de Maio, que decorre entre 19 e 22 de maio, naquela vila do distrito de Setúbal.

Madremedia/Lusa

PSP, bombeiros e proteção civil procuram jovem desaparecida em Abrantes

Elementos e meios da PSP, dos bombeiros e da proteção civil estão junto ao rio Tejo, em Abrantes, à procura de uma jovem de 16 anos desaparecida esta sexta-feira, disse à Lusa fonte policial.
“Encontram-se neste momento 25 operacionais no terreno, com vários meios e drones da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil. Estão a esvaziar o leito do rio, para que fique com um caudal idêntico ao que estaria na tarde/noite aquando do alegado desaparecimento”, adiantou fonte da PSP de Abrantes, no distrito de Santarém.
Segundo a mesma fonte, duas jovens “não tiveram aulas, devido à greve da função pública [na sexta-feira], e ter-se-ão ido banhar para o rio Tejo, na zona do Aquapolis, no rossio sul do Tejo, em Abrantes”.
O alerta foi dado pelas 22:17 pela amiga, mas o “alegado desaparecimento terá acontecido durante a tarde”.
“Talvez por medo ou outra razão, a rapariga só mais tarde alertou os pais. As buscas iniciaram-se pelas 22:30”, explicou ainda a PSP de Abrantes.
As buscas no local foram retomadas esta manhã e vão prosseguir ao longo do dia.

Madremedia/Lusa

Atividade semanal da GNR

Entre os dias 13 a 19 de maio

Detenções

  • 517 detidos em flagrante delito, destacando-se:
  • 114 por condução sem habilitação legal;
  • 239 por condução sob o efeito do álcool;
  • 22 por furto e roubo;
  • 53 por tráfico de estupefacientes;
  • Sete por posse ilegal de armas e arma proibida;
  • Dois por incêndio florestal.

Apreensões:

  •  3 018,74 doses de haxixe;
  • 876 doses de heroína;
  • 481,195 doses de cocaína;
  • 115 anfetaminas;
  • 115 comprimidos de MDMA;
  • 40 pés de canábis;
  • 12 armas brancas ou proibidas;
  • Dez viaturas;
  • 29 955 euros em numerário.


Trânsito:
Fiscalização

  • 8 925 infrações detetadas, destacando-se:
  • 1 621 excessos de velocidade;
  • 775  por falta de inspeção periódica obrigatória;
  • 405 por falta ou incorreta utilização do cinto de segurança e/ou sistema de retenção para crianças;
  • 382 por condução com taxa de álcool no sangue superior ao permitido por lei;
  • 305 por uso indevido do telemóvel no exercício da condução;
  • 265 relacionadas com tacógrafos;
  • 262 por falta de seguro de responsabilidade civil;
  • 55 relacionadas com anomalias nos sistemas de iluminação e sinalização.

Autocarro despista-se na A1 perto da Mealhada. Há seis feridos em estado grave

Acidente ocorreu ao quilómetro 212
Um autocarro despistou-se na A1, no sentido sul-norte, perto da área de serviço da Mealhada e terá provocado pelo menos seis feridos graves. Há vítimas a ser desencarceradas.
Ao que a CNN Portugal conseguiu apurar, o pesado de passageiros passou de uma faixa de rodagem para a outra e caiu numa ribanceira. O trânsito está condicionado no sentido norte-sul.
O acidente ocorreu ao quilómetro 212.
No local, estão mais de 50 operacionais e cerca de 20 viaturas entre bombeiros, GNR e INEM.

CNN

Caso Cashball: três arguidos vão a julgamento por corrupção ativa

Arguidos engendraram um plano segundo o qual intercederiam junto de juízes árbitros designados para os jogos do campeonato de andebol em que o Sporting fosse competidor.

Os arguidos Paulo Silva, João Gonçalves e Gonçalo Rodrigues vão ser julgados por crimes de corrupção ativa no caso Cashball, decidiu o Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto.
Segundo a decisão instrutória, a que a agência Lusa teve esta sexta-feira acesso, Paulo Silva vai responder por três crimes de corrupção ativa, dois na forma agravada, com João Gonçalves e Gonçalo Rodrigues a responderem por um, também na forma agravada.
Em causa está um caso em torno do andebol do Sporting, com João Gonçalves, empresário desportivo, Gonçalo Rodrigues, antigo funcionário dos ‘leões’, e Paulo Silva chamados a julgamento.
Entre janeiro de 2017 e setembro de 2017, os arguidos engendraram um plano segundo o qual intercederiam junto de juízes árbitros designados para os jogos do campeonato de andebol supra referido, em que o Sporting fosse competidor, para que este fosse indevidamente beneficiado nos juízos de aplicação de regras técnicas e disciplinares”, pode ler-se na decisão instrutória.
A troco de dinheiro, também João Gonçalves e Paulo Silva teriam outro plano para agir junto de jogadores de futebol, da I Liga e da Taça de Portugal, para o mesmo favorecimento.
A decisão instrutória descreve várias ocorrências que indiciam tentativas de corrupção de jogadores e árbitros, que agora serão julgadas, num caso que remonta a 2018 e a buscas na SAD leonina.
Do processo chegaram a constar outros arguidos, incluindo André Geraldes, então diretor desportivo do Sporting, mas nem este empresário, até ao final desta época à frente do Estrela da Amadora, nem o clube foram acusados.
Além do quadro penal aplicável, João Gonçalves pode ver ser-lhe aplicada a pena acessória de proibição de exercício de atividade enquanto empresário desportivo, com os três a poderem perder “vantagens relacionadas com os crimes”.
Os arguidos foram acusados pelo Ministério Público (MP), mas requereram a abertura de instrução, fase facultativa que visa decidir por um juiz de instrução criminal se o processo segue e em que moldes para julgamento.

SIC Notícias/Lusa

Santo André Bobola — Vítima do ódio à Religião católica

Martirizado pelos cismáticos com crueldade inaudita, seu corpo permaneceu incorrupto por 45 anos, trazendo as marcas das sevícias sofridas

  • Plinio Maria Solimeo

André Bobola nasceu no ano de 1592 no Palatinado de Sandomir, na Polônia, de família ilustre e religiosa. Desde pequeno notaram-se no menino os dons extraordinários com que Deus tinha cumulado sua alma.

         Fez seus estudos no colégio jesuíta de sua cidade natal, e já era apontado pelos mestres como modelo para os outros estudantes.

         Com a idade de 21 anos, entrou para a Companhia de Jesus em Wilna. Fez profissão religiosa, sendo depois encarregado da educação da juventude em vários colégios jesuítas, conquistando os alunos por sua amabilidade e bondade.

         Era corpulento, mas de baixa estatura. Seu ar nobre, afável e piedoso atraía as pessoas. Com longa barba, excelente espírito, memória feliz e expressão acolhedora, ia direto aos corações. Era entretanto sua profunda convicção o que mais atraía.

“Ai de mim se não evangelizar”

         No dia 2 de junho de 1630, fez sua profissão solene e tornou-se superior da residência dos jesuítas em Bobruisk. Nesse tempo pôde revelar sua ardente caridade durante uma epidemia que dizimou a Lituânia. E só não foi vítima dela porque Deus Nosso Senhor o reservava para outro martírio mais heróico.

Demitiu-se em 1636 do cargo de superior, para dedicar-se exclusivamente às missões. Seu campo de ação foi sobretudo o reino da Lituânia, que ele percorreu por inteiro em suas caminhadas apostólicas.

         Por esse tempo os cossacos da Ucrânia, os russos e os tártaros devastavam a Polônia, e a fé católica era objeto dos ataques simultâneos de protestantes e cismáticos. Os jesuítas, em particular, eram os mais odiados. Muitos foram expulsos de suas casas e levados em cativeiro. Era uma época muito difícil para o apostolado, entretanto o intrépido Pe. Bobola não se detinha diante dessas dificuldades. Ele podia dizer como São Paulo: “Ai de mim se não evangelizar”.

Seu apostolado era fecundo. Janow, uma das cidades mais cultas da Lituânia, contava com apenas dois católicos quando ele começou a evangelizá-la. Seu trabalho foi tão abençoado que, à sua morte, praticamente toda a cidade tinha voltado à verdadeira fé. Mesmo os fiéis da Igreja Ortodoxa russa, cismática, não podiam resistir à sua pregação, e se convertiam em grande número à verdadeira Igreja.

“Cão jesuíta! Cão papista! Feiticeiro!”

         Os sacerdotes cismáticos, não podendo segurar esses fiéis em suas fileiras, voltavam contra o missionário todo seu ódio. E davam dinheiro a desclassificados para atacarem-no com injúrias e maus tratos. Como isso não adiantasse, idealizaram outro método ainda mais grosseiro de prejudicar o Pe. Bobola: arrebanharam meninos de rua e os industriaram tão bem, que eles esperavam o missionário sair de sua residência e o acompanhavam depois, atirando-lhe os objetos mais vis, em meio a tremenda algazarra. Se o santo ia visitar um enfermo, esperavam-no do lado de fora, gritando contra ele os mais injuriosos epítetos. O mesmo faziam quando ele ia pregar. E assim procuravam tornar sua vida impossível.

         Mas o Santo permanecia impassível diante de tanta injúria, mostrando mesmo para com esses moleques uma bondade, uma paz de coração, um desejo de fazer-lhes bem, que teria convertido pedras em filhos de Abraão. Mas os sacerdotes cismáticos o tinham previsto, e acautelavam os meninos contra esse “feitiço”. Assim, quando o sacerdote procurava dirigir-lhes a palavra, afastavam-se gritando: “Cão jesuíta! Cão papista! Ladrão de almas! Feiticeiro! Feiticeiro!”.

         Entretanto, vendo que nada disso conseguia impedi-lo de continuar seu apostolado avassalador, determinaram tirar-lhe a vida. Para isso chamaram em seu auxílio os cossacos, que haviam invadido a Polônia.

         Foi então que os jesuítas, e entre eles o Pe. Bobola, retiraram-se para Janow, onde poderiam ser mais úteis aos católicos perseguidos. Mas não tardou a aparecer nessa cidade um destacamento de cossacos, a quem os cismáticos tinham informado o paradeiro do missionário.

Martírio movido pelo ódio à Religião católica

Representação do martírio do santo

No dia 16 de maio de 1657, véspera da Ascensão de Nosso Senhor, Santo André Bobola estava na pequena cidade de Perezdyle, onde fora pregar em preparação para a festa do dia seguinte. À notícia da aproximação dos cossacos, os fiéis pressionaram o santo para que fugisse. Dois dos cossacos alcançaram-no, despiram-no, amarraram-no a uma árvore e o moeram de golpes. Era o começo de uma série inaudita de tormentos, que só o ódio religioso pode suscitar. Sobre esse tremendo martírio, a Sagrada Congregação dos Ritos afirmou ser “talvez o martírio mais cruel que jamais se submeteu ao exame desta Sagrada Congregação”.

         Levado para os chefes, estes quiseram de todos os modos obter a apostasia do campeão de Jesus Cristo. Como nada conseguissem, ataram-no a um poste e o flagelaram impiedosamente durante largo tempo. Em seguida aplicaram-lhe em redor da cabeça dois galhos de um arbusto e os apertaram por meio de torções e contorções, provocando-lhe dores atrozes. Arrancaram-lhe então a pele das mãos, deixando-as em carne viva.

         Mas não pararam aí. Ligaram-no às selas de dois cavaleiros e o obrigaram a segui-los até Janow. Como ele não andava com a velocidade desejada pelos cossacos, estes lhe deram vários golpes, recebendo ele nesta ocasião duas profundas feridas nos braços.

Cerimônia da canonização de Santo André Bobola

         À entrada de Janow havia uma pequena casa destinada ao matadouro público. Ali levaram o santo, amarraram-no a um banco, e com tochas foram-lhe queimando a fogo lento os lados e o peito. Lembrando-se de que a vítima era sacerdote católico, cortaram-lhe a pele da cabeça no local da tonsura eclesiástica, deixando os ossos do crânio a descoberto. As mãos que tinham recebido a unção sagrada, e às quais já haviam arrancado a pele, foram ainda mais mutiladas. Cortaram-lhe as falanges de ambos os polegares, que serviam para a Consagração, e também o indicador da mão direita, desligando os músculos da mão esquerda para arrancarem os dedos juntamente com a pele. Virando-lhe o corpo, tiraram a pele das costas e de uma parte dos braços e lançaram palha de cevada moída sobre a carne viva. Afiaram depois estiletes de madeira e meteram-nos debaixo das unhas dos artelhos e dos dedos. A exemplo de Nosso Senhor em sua Paixão, tudo isso era entremeado com pancadas e bofetadas tão fortes, que fizeram saltar vários dentes, inchando-lhe enormemente a face.

         Um requinte ainda era necessário: a língua, que tanto pregara, necessitava ser arrancada. Por isso, depois de lhe vazarem um olho, de cortar-lhe o nariz e de lhe rasgarem os lábios, abriram a garganta e arrancaram-lhe toda a língua. Depois tomaram um estilete e o espetaram no coração. Como o corpo martirizado ainda se contorcia, diziam rindo: “Como dança esse polaco!”. Finalmente deram-lhe dois golpes de misericórdia.

Em 17 de junho de 1938 os restos mortais de Santo André foram levados solenemente pelas ruas de Cracóvia

Ódio anti-católico renovado pelos comunistas

Relíquia de Santo André Bobola

         Diz-se que nesse momento uma luz sobrenatural apareceu sobre Janow, e os cossacos fugiram a toda brida. Os católicos o enterraram no colégio dos jesuítas de Pinsk.

         Anos mais tarde os cossacos da Ucrânia voltaram a invadir a Lituânia meridional. No colégio de Pinsk, os jesuítas temeram por sua sorte. O superior se perguntava a qual santo recorrer nessa emergência, e na noite de 19 de abril de 1702 apareceu-lhe um religioso com o hábito jesuíta, que lhe disse: “Tendes necessidade de um protetor junto a Deus. Por que não vos dirigis a mim? Sou André Bobola, morto em ódio à fé pelos cossacos. Procurai meu corpo, eu serei o defensor do colégio”.

         Encontraram então o túmulo do mártir num canto da igreja do colégio, onde permanecia no esquecimento. Após 45 anos da morte, seu corpo estava incorrupto, coberto com os mil ferimentos do martírio, nos quais se via ainda o sangue fresco. A carne permanecia branda e flexível. Foi assim, por esse milagre estupendo, que a Providência quis tornar conhecidos muitos dos detalhes do martírio desse grande defensor da fé. Em seu processo de beatificação, é dito que foi ele mesmo o verdadeiro postulador de sua causa.

         Santo André Bobola foi beatificado pelo Bem-aventurado Pio IX. Mas seu “martírio” post-mortem não cessara ainda. Quando os bolchevistas dominaram a Polônia, arrebataram violentamente as suas relíquias e as levaram para Moscou. Foi só depois de muitas e demoradas negociações que a Santa Sé conseguiu-as de volta, em 2 de novembro de 1923. Pio XI o canonizou solenemente em 1938, e mais tarde ele se tornou protetor da nobre nação polonesa.

ABIM

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Notas:

Obras consultadas:

  • F.M. Rudge, St. Andrew Bobola, in The Catholic Encyclopedia, Online Edition Copyright © 2003 by Kevin Knight, www.NewAdvent.org.
  • Les Petits Bollandistes, Saint André BobolaMartyr, in Vies des Saints, Bloud et Barral, Libraires-Éditeurs, Paris, 1882, tomo V, pp. 602 e ss.
  • Pe. José Leite, S.J., Santo André BobolaMártir, in Santos de Cada Dia, Editorial A.O., Braga, 1987, tomo II, pp. 82 e ss.

O Armagedon cibernético acontecerá?

Beiramos um Armagedon cibernético semelhante ao fim do mundo?

Usufruía-se desprevenidamente da tecnologia até que Putin atacou a Ucrânia e a mídia trocou o otimismo pela técnica, pela ideia de “espere o pior”.

Em todos os casos, com a China invadindo Taiwan — como muitos preveem —, os agressores tentam jogar o adversário numa Idade da Pedra.

Biden enviou guerreiros cibernéticos para a Europa e Putin disse na TV que pode “forçar uma guerra cibernética total, com apagões forçados em todo os EUA.”

O especialista em guerra cibernética Edward Roche advertiu que uma guerra dessas seria “pior que uma [guerra] nuclear”. — O que seria de milhões de pessoas sem energia elétrica, sem água, sem remédios, sem alimento, sem comunicação?

ABIM

Até que ponto sofrimentos decorrentes da guerra são permitidos por Deus?

Padre David FrancisquiniFonte:

Revista Catolicismo, Nº 857, Maio/2022

Pergunta — Desde o começo da invasão da Ucrânia pela Rússia, vejo todos os dias nos noticiários imagens terríveis das devastações da guerra e me pergunto: “Será que Deus vê tudo isso? Onde Ele está? Onde está o seu amor, do qual tanto falam os pregadores nos sermões?” Agradeço sua resposta para uma alma angustiada.

Resposta — Em várias ocasiões esta coluna tem tratado da questão da compatibilidade entre o sofrimento, a morte, a tragédia e a Divina Providência. Mas é compreensível que, em meio a uma guerra sangrenta, além da perspectiva de uma escalada que chegue a uma conflagração mundial, voltemos ao tema para confirmar na fé e na esperança os nossos leitores.

Não vamos nos ocupar aqui da possibilidade teórica de a Divina Providência atuar na vida dos homens, apesar de vivermos num mundo sob o domínio das leis naturais onde as coisas acontecem uniformemente. É verdade que com o desenvolvimento da ciência, hoje conhecemos uma explicação natural para muitos fenômenos nos quais nossos antepassados ​​viam a mão de Deus. O que leva muito ateu prático a achar que as leis da natureza são tão rígidas que não deixam espaço para Deus intervir no funcionamento do Universo.

Nós, que temos fé, sabemos pelo contrário que é inteiramente lógico supor que Deus todo-poderoso pode continuar a agir na sua criação. Não somente por meio dessas mesmas leis naturais que regem o mundo, mas até por vezes suspendendo-as temporariamente. É o que chamamos de milagre. Por essas duas vias, uma ordinária e outra extraordinária, Ele exerce de fato uma Providência sábia e amorosa sobre a vida dos homens.

O que entender por “obra da Providência”

Assim como um bom lavrador, Deus se utiliza de tempos em tempos de sua tesoura de poda.

Mas essa consideração torna ainda mais agudo o problema: admitindo que Deus tutela a vida dos homens com sua Providência paterna, como podemos reconciliar o aspecto presente do mundo com a crença em um Deus amoroso? Como acreditar na sua misericórdia, quando vemos o inferno solto e multidões de pessoas inocentes atingidas pelo desastre mais terrível, quando ouvimos um grande lamento de agonia trazido em cada notícia que chega dos quatro cantos da terra, com imagens de desolação e morte em inúmeras casas? Como podemos continuar a afirmar o amor de Deus?

Há uma resposta óbvia que até certo ponto nos alivia e diminui esta dificuldade. Essas carnificinas não são obra de Deus, mas dos homens. Além do mais, são males que a astúcia do demônio opera contra nós. O homem pode usar seu livre arbítrio para frustrar a vontade de Deus, e Satanás pode influenciar a livre vontade do homem. E mesmo que tenha fingido dormir por muito tempo, chega uma hora em que ele mostra de novo sua cara criminosa. Não disse Nosso Senhor aos judeus que não creram n’Ele: “Vós tendes como pai o demônio e quereis fazer os desejos de vosso pai. Ele era homicida desde o princípio” (Jo 8, 44)?

Mas essa resposta não resolve tudo, pois nem o demônio nem o homem são seres que se originaram por si mesmos e, portanto, não são absolutamente independentes, já que foram criados por Deus e operam sob o seu domínio. Logo, temos de encontrar a solução para o drama mundial de nossos dias numa explicação ainda mais ampla e satisfatória, ou seja, numa concepção mais profunda do que o termo Providência significa.

Em seu sentido natural, “providenciar” é tomar medidas para a consecução de algo. Por isso, não raramente os ateus práticos, que nos veem dispostos a “confiar na Providência” em nossas dificuldades, nos acusam de confiar “na imprevidência”. Mas trata-se de uma acusação falsa, pois no seu sentido teológico, a Providência significa para nós o próprio Deus revelado nas Sagradas Escrituras. E por “obra da Providência” queremos dizer o operar desse mesmo Deus.

Amor de Deus que disciplina e corrige

“Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados, quantas vezes eu quis juntar teus filhos, como a galinha recolhe debaixo das asas os seus pintos, e tu não quiseste!” (Mat. 23, 37)

O comum das pessoas — cujos pensamentos não são moldados pela lógica e muito menos pela Revelação — cria para si, com base em suas experiências difíceis da vida, uma ideia própria de Deus que não corresponde ao Deus da Bíblia. E é daí que surge esta pergunta a respeito da Divina Providência: “Mas Deus não estaria percebendo todo esse sofrimento?”

A resposta que devemos dar a eles é não pensar na imagem que cada qual faz de Deus, mas nos voltarmos para a Revelação da Providência divina e de seu amor para com os homens como nos foi dada por Nosso Senhor no Evangelho! De fato, no conceito bíblico, o amor de Deus não é apenas um amor que cria, provê, salva e santifica, mas é também um amor que disciplina e corrige.

No atual pontificado fala-se muito de misericórdia. Uma paroquiana me disse há certo tempo que a Igreja estaria enlouquecendo com essa nova doutrina do amor de Deus. Não tirei toda razão dela, pois não se pode omitir que o verdadeiro amor — por exemplo, o amor de uma mãe — é um amor que disciplina, corrige, e, quando necessário, castiga. A vontade de Deus não é que vivamos na segurança, no conforto e numa felicidade sem nuvens nesta terra.

Sua vontade é acima de tudo a nossa santificação, a nossa salvação, para vivermos eternamente unidos a Nosso Senhor Jesus Cristo. Assim como um bom lavrador, Deus se utiliza de tempos em tempos de sua tesoura de poda; como um bom ourives, purifica o ouro de nossa alma com o crisol da dor; e como um bom Pai, chama-nos firmemente, pois Deus pode ser firme na penitência e na esperança.

A própria natureza opera sua retribuição

A cruz, a grande consolação cristã de um habitante de Kiev cujo apartamento foi demolido, de um pai que teve todos os seus filhos mortos num bombardeio aéreo, ou de uma mãe que perdeu seus filhos em tenra idade durante a fuga.

Ao se deparar um ateu com uma reviravolta mundial — com uma guerra, por exemplo —, ele tem a impressão de que uma força misteriosa desatou rude e impiedosamente as amarras do mundo, e que este caminha para o abismo movido pelo acaso. Mas não podemos ver as coisas dessa maneira, pois equivaleria a transferir o nosso modo humano de agir para o campo do operar de Deus, e de imaginar que em sua Providência Ele olha para as tragédias ou para as coisas boas que acontecem exatamente como nós as olhamos, achando que acontecem “por acaso”.

Pelo contrário, Jesus nos ensinou: “Olhai as aves do céu: não semeiam nem ceifam, nem recolhem nos celeiros e vosso Pai Celeste as alimenta. Não valeis vós muito mais que elas?” (Mt 6, 26).

É precisamente esse carinhoso amor que leva Deus a permitir, ou até mesmo enviar, o sofrimento. Pois o que O comove supremamente é o pecado, não o sofrimento; inversamente, o que comove supremamente o homem é o sofrimento, não o pecado. O profeta Isaías exprime claramente essa diferença de critérios e de vias: “Renuncie o malvado a seu comportamento, e o pecador a seus projetos; volte ao Senhor, que dele terá piedade, e a nosso Deus que perdoa generosamente. Pois meus pensamentos não são os vossos, e vosso modo de agir não é o meu, diz o Senhor” (Is 55, 7-8).

Isso não significa que todo sofrimento seja o resultado direto do pecado. É verdade que muitas vezes Deus nos castiga pelas consequências de nossos próprios pecados, como as doenças para a bêbado, a miséria para o drogado, o remorso da mãe que aborta etc. A própria natureza opera sua retribuição, dura como a morte, impiedosa como a sepultura.

A felicidade em suportar a própria cruz

Mas há também muito sofrimento resultante de nossa entrega a Deus, que deseja ver nossos nomes inscritos no rol de honra imortal daqueles que associaram seu sangue e suas lágrimas aos de Cristo, que combateram como São Paulo o bom combate, e que cobertos de feridas — outros tantos troféus de uma luta bem travada — receberam a palma da vitória.

Se não podemos afirmar que o sofrimento é sempre consequência do pecado, podemos com certeza dizer que muitas vezes pecamos porque não sofremos! Pois na vida cotidiana rejeitamos o espírito de disciplina, esquivamo-nos de suportar a nossa cruz, saímos do caminho no qual os desígnios de Deus a nosso respeito resplandecem mais porque iluminados pela luz de Cristo, como a coluna de fogo que guiava os judeus pelo deserto rumo à Terra Prometida. A Cruz foi de fato a maior manifestação do amor de nosso Divino Redentor por nós. Esta é a grande consolação cristã de um habitante de Kiev cujo apartamento foi demolido, de um pai que teve todos os seus filhos mortos num bombardeio aéreo, ou de uma mãe que perdeu seus filhos em tenra idade durante a fuga.

Dois pensamentos devem, portanto, nos dar alento em meio às tragédias individuais ou coletivas.

O primeiro é o de que esses sofrimentos não são apanágio da nossa geração. Há muitos séculos, 50 ou 60 anos antes de desaparecer, um jovem virgem viu não apenas um soldado massacrado ou um prédio bombardeado, mas o próprio Deus crucificado, em cujos divinos lábios os Salmos colocaram esta queixa: “Eu, porém, sou um verme e não um homem, o opróbrio dos homens e a abjeção da plebe” (Salmos, 21,7). São João continuou entretanto a crer na Providência de Deus e, na velhice, a confortar seus discípulos com a firme convicção de que “Deus é Amor” (1Jo 4,8). Na memória do velho apóstolo, a maior garantia desse amor estava precisamente na Cruz de Cristo. Depois dele, outros sofrimentos ainda puseram à prova a fé de legiões de cristãos, mas a sua fé reivindicou sempre a vitória.

O segundo pensamento é o de que as pessoas em situações dramáticas recebem uma graça especial de Deus proporcionada à provação especial por que passam. Como nos dias da Igreja primitiva, em que cada cristão era um missionário e todo missionário um potencial mártir no Coliseu, mas que eram sustentados pela graça divina para enfrentar o gládio, o fogo ou as feras.

Essa crença na Providência de Deus e na onipotência da graça divina tem sido sempre o suporte e o consolo daqueles que têm passado por toda sorte de sofrimento. Os caminhos da humanidade até o altar do amor de Deus estão gastos ​​como os pés de muitos peregrinos sofredores que encontraram luz e refrigério na Cruz meditando nestas palavras de São Paulo sobre Nosso Senhor: “Humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso também Deus o exaltou e lhe deu um nome que está acima de todo o nome” (Fil. 2, 8-9). E cuja Mãe é Nossa Senhora das Dores, a Quem a liturgia aplica as palavras de Jeremias:

“Ó vós todos os que passais pelo caminho, parai e vede se há dor semelhante à minha dor” (Lam. 1, 13).

ABIM

Espanhóis defendem estátua ao herói católico “requeté”

Em Montserrat, monumento ao requeté católico

Na Espanha, a estátua aos combatentes “requetés” (defensores da Igreja e da monarquia legítima contra o comunismo) desapareceu do santuário de Montserrat onde jazem 319 deles.

Segundo os fiéis, o Parlamento catalão e os monges beneditinos da abadia agiram de modo “obscuro e traiçoeiro”.

Centenas deles fizeram uma reparação religiosa, qualificando a remoção de “novo assassinato” e leram ao Prior um manifesto que afirma: “o nosso requeté olhava para a Virgem de Montserrat [quadro ao lado] fazendo sua última oração antes de morrer. Eles queriam descansar aos pés da Mãe celestial esperando o dia da ressurreição da carne e do Juízo Final, quando Cristo os reconhecerá como aqueles que lavaram suas vestes brancas com o sangue do Cordeiro”.

ABIM

CAR SURF DE SÃO JACINTO RECEBE CURSO TREINADORES DE SURFING

 Inscrições abertas

No âmbito da estratégia e opção política da Câmara Municipal de Aveiro, de aumento da relevância e dinâmica do Município de Aveiro no Desporto, o Centro de Alto Rendimento de Surf de São Jacinto - CARSurf, foi escolhido pela Academia Internacional de Treinadores de Surf (ASI), para receber entre os dias 20 e 25 de junho, o Curso de Treinadores de Surfing, grau 1.

Aprovado pelo Instituto Português de Desporto e Juventude e integrado no Programa Nacional de Formação de Treinadores, o curso é dividido em três Componentes de Formação: Componente Geral, Componente Específica e Estágio. A Componente Geral do curso será realizada online já a partir do dia 6 de junho, enquanto a Específica será presencial ao longo de seis dias intensivos de workshop no CARSurf de São Jacinto.

As inscrições para frequentar o curso encontram-se abertas através do seguinte link.

Depois de ter recebido no final do ano de 2021 (18 e 19 de dezembro) o Campeonato Nacional de Bodyboard – Aveiro Bodyboard Invitational 2021, São Jacinto volta a ser o centro das atenções no início da época desportiva 2022.


Aveiro | PROJETO DESCOBRIR E EXPERIENCIAR NOVOS TERRITÓRIOS

Artista Tiago Margaça presente no Ceramic Street Fest -

O projeto Bom dia Cerâmica, que se celebra por toda Europa durante este fim de semana (21 e 22 de maio), ganha vida em Aveiro com a realização do Ceramic Street Fest, uma iniciativa da Câmara Municipal de Aveiro que promove o artesanato e a expressão artística em cerâmica, a par com a investigação e inovação em materiais cerâmicos. A mostra tem lugar na Praça Joaquim Melo Freitas, no sábado, dia 21 de maio, entre as 10h00 e as 18h00.

Neste ambiente de festa recebemos Tiago Margaça, um dos artistas envolvidos no projeto Descobrir e Experienciar Novos Territórios que une os Municípios de Aveiro, Estarreja e Covilhã em torno das artes e da criação artística.

Tiago é o artista em residência na ação a Arte do Azulejo que nos vai mostrar o seu projeto, ainda em curso, intitulado “Olhar o passado”, o qual nas suas palavras é “uma peça em cerâmica, que se liga ao passado refletindo o presente no seu interior.” Criando um sistema de câmara clara que projeta no interior a inversão do exterior que é focado e que é tão importante como a própria peça, o artista aborda a memória das antigas fábricas de cerâmica de Aveiro, em particular de azulejo.

Simultaneamente e no registo de arte partilhada, uma das ações do mesmo projeto, encontra-se patente na Galeria António Lopes, na Covilhã, desde dia 06 de maio, a exposição itinerante “Argila que nos Une. Bienal em Movimento”, uma amostra da coleção de cerâmica artística do Museu da Cidade de Aveiro e da diversidade das obras que, ao longo de mais de 30 anos têm feito parte da Bienal Internacional de Cerâmica Artística de Aveiro.

Águeda | Reunião de Câmara de dia 19 de maio de 2022

 As principais deliberações da Reunião de Executivo da Câmara Municipal de Águeda de dia 19 de maio de 2022 foram as seguintes

  1. Câmara de Águeda cria Incuba Já – Incubadora Juvenil de Águeda

A Câmara Municipal de Águeda vai criar uma Incubadora Juvenil, em parceria com a Psientifica – Associação para a Promoção e Desenvolvimento Social. A nova estrutura, que irá designar-se de Incuba Já – Incubadora Juvenil de Águeda pretende contribuir para o desenvolvimento criativo dos jovens do concelho, apostando nas suas características empreendedoras.

“Acreditamos no potencial dos nossos jovens, no que eles podem oferecer à cidade, concelho e país, com as suas ideias e projetos e por isso mesmo investimos nesta incubadora que propõe uma solução inovadora e disruptiva com os paradigmas da exclusão social e desemprego, através da qual podem surgir projetos diferenciados de resposta aos desafios sociais que ainda não tenham um suporte ao nível concelhio”, disse Marlene Gaio, Vereadora da Ação Social da Câmara de Águeda.

Este projeto, que será desenvolvido durante os próximos 18 meses e que conta com um investimento de cerca de 30 mil euros, apresenta-se como sendo um centro de empreendedorismo e inovação social juvenil, em que através de um trabalho criativo, em dinâmica e em parceria, procura apresentar solução inovadoras para implementar no concelho. Prevê a incubação de 10 projetos sociais, desenvolvidos individualmente ou em grupo e cujos destinatários serão jovens entre 16-18 anos (no ensino secundário), jovens entre 19-30 anos (no ensino superior, em transição para o mercado de trabalho, desempregados e/ou à procura do 1.º emprego) e jovens NEET (que não estudam nem trabalham).

A Câmara de Águeda cria este projeto, que se alia a outros como a Incubadora de Empresas de Águeda, o Centro de Juventude de Águeda ou o Águeda Living Lab (ALL), onde já desenvolve um trabalho ao nível do empreendedorismo e inovação, do ponto de vista geral, juvenil e social.

Encontrar soluções e respostas eficazes para o combate ao problema da exclusão social e desemprego jovem; dinamizar atividades que promovam a capacitação e o desenvolvimento do potencial juvenil; criar oportunidades para a promoção da criatividade; incutir o espírito crítico e de empreendedorismo; preparar os jovens no que respeita à formação em competências chave para o ingresso no mercado de trabalho; capacitar os jovens através do seu envolvimento no processo de desenvolvimento de competências e aprendizagens, tornando-os mais criativos, empreendedores, conscientes, participativos e ativos na busca de soluções para uma transição positiva para o mercado de trabalho; e incutir nos jovens objetivos ligados à filantropia e à responsabilidade social são objetivos da Incuba Já.

Refira-se que este projeto resulta da apresentação de uma candidatura ao Programa de Parcerias para o Impacto, no âmbito do Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (POISE).

  1. Regulamento da campanha “Compre em Águeda” em consulta pública

Depois do sucesso alcançado com a campanha “Compre em Águeda”, que visa incentivar a compra no comércio local e contribuir, assim, para o apoio às famílias e sustentabilidade da economia no concelho e que já contou com duas ações em período pandémico, a Câmara Municipal de Águeda coloca o regulamento que estabelece as regras do seu funcionamento para consulta pública de todos os interessados.

Este projeto teve como principal propósito contribuir com uma resposta à situação económica provocada pela pandemia da COVID-19 e apoiar a população em geral, bem como o comércio local, que viu reduzidos os seus rendimentos e mesmo a perda do próprio emprego. Teve um grande impacto na dinamização da economia local e contribuiu, entre outros aspetos, para o reforço do poder de compra da população em geral.

O documento está disponível na página na Internet do Município em www.cm-agueda.pt, onde os cidadãos poderão saber como podem dar o seu contributo para a elaboração do regulamento final. A consulta pública decorre até dia 18 de junho.