sábado, 9 de outubro de 2021

A entrega do Afeganistão e o castigo providencial

 

  • Luis Dufaur

Adesonrosa saída dos Estados Unidos do Afeganistão a 20 anos do atentado contra as Torres Gêmeas e a guerra antiterrorista dela decorrente fincou mais um marco do longo processo de declínio ocidental. Plinio Corrêa de Oliveira vinha alertando havia décadas que o Islã ressuscitava não com o vigor dos míticos Maomé ou Saladino, mas com o fogo satânico da Revolução gnóstica e igualitária, devoradora dos restos da Cristandade. Essa previsão está se cumprindo hoje diante dos olhos de todos, mas a atualidade do caso afegão convida-nos a aprofundar a esclarecedora percepção do fundador da TFP brasileira.

      Em dezembro de 1979, analisando o processo comunista mundial, Dr. Plinio deduziu racionalmente que na Ásia “o bloco chinês precisará constituir um todo que tenha homogeneidade e fazer no Oriente uma aliança asiática à maneira da União que existe na Europa”. E acrescentou, talvez para surpresa de muitos, que “os ocidentais vão ser levados a apoiar a China, e haverá uma aliança do Ocidente com a China”.

      O presidente Nixon já tinha viajado a Pequim entre 21 e 28 de fevereiro de 1972, abrindo a transferência maciça de capitais e fábricas que tiraria o império maoísta da miséria, construindo seu presente gigantismo. Em 1º de março de 1979 os dois países formalizaram o reconhecimento diplomático mútuo, arguindo temores pela invasão soviética do Afeganistão. Os EUA foram imitados pelos países europeus e asiáticos inseridos na economia de propriedade privada e livre iniciativa.

      O Ocidente em nada precisava da China, pelo contrário, era esta que necessitava em tudo dos ocidentais para se tornar a potência comunista hegemônica universal com a qual Mao Tsé-Tung sonhou, mas não realizou nem na mais mínima medida. “No meu ponto de vista — pregou Mao — seria preciso unificar o mundo […]. A China então poderia se apresentar como ‘centro da revolução mundial’”[1]. Na ótica chinesa, o rival imediato era asiático, ou seja, a Rússia, embora essa rivalidade fosse suspeita, pois a China pregava o comunismo como os soviéticos. O Ocidente fechou os olhos e enriqueceu Pequim, pensando em desequilibrar em seu favor a falsa disputa.

Motivo da debilidade do Ocidente

O vice-chefe do governo provisório talibã, Mawlawi Abdul Salam Hanifi, tão logo tomou posse, visitou o embaixador da China, Wang Yu

      Plinio Corrêa de Oliveira não teve ilusões e anunciou que esse jogo daria “na maior chantagem da História”, pela qual a América do Norte e a Europa, com o apoio da América do Sul, tendo de sobejo os meios para derrubar o monstro comunista, por espírito de diálogo “se posicionariam como cada vez menores e mais amedrontáveis diante do colosso chinês”.

      Acrescentava que o Ocidente carecia do petróleo da região islâmica — considerada também o quintal dos imperialismos chinês e russo, como observou a Associated Press,[2] sobre a qual iam estendendo seus tentáculos. Por isso, Dr. Plinio em 1979 previu que “se tornará indispensável os EUA desembarcarem no Golfo Pérsico e tomarem conta dos poços de petróleo […] porque, do contrário, a navalha do adversário estará na nossa carótida”.

      Acrescentou ainda que “toda essa montagem parte de uma grande mentira na qual o Ocidente ex-cristão afunda há séculos: ele some na noite da debilidade porque não quis aceitar a força da luz que vem de Nosso Senhor Jesus Cristo e de Nossa Senhora”.

      Então, ele anunciava a tragédia de dimensão apocalíptica pela qual o Ocidente afundava diante de imensos Molochs diabólicos — russo ou chinês —, acreditando na mentira da inferioridade da (ex-) civilização cristã em face da grandeza enganosa dos colossos da iniquidade.

      Preparava-se assim — dizia Dr. Plinio — “o castigo mais espetacular da História. A queda da Atlântida numa noite de tempestade ou o próprio Dilúvio não são nada em comparação com isso. Porque no Dilúvio as pessoas morreram, mas não queriam morrer. Hoje há um desejo de acreditar na própria ruína e de correr com as próprias pernas rumo ao caos. A área de civilização que foi o doce Reinado de Jesus Cristo, conduzida pelo demônio, irá praticar, completamente desvairada, o suicídio numa morte histórica”.

Novos tentáculos da China no Afeganistão

Dez dias antes da retirada americana, tropas russas fazem exercícios militares com o Tajiquistão e o Uzbequistão, a 20 quilômetros da fronteira com o Afeganistão

      O atual caso afegão é ilustrativo dessa autodemolição: o vice-chefe do governo provisório talibã, Mawlawi Abdul Salam Hanifi, tão logo tomou posse, visitou o embaixador da China, Wang Yu, e Pequim lhe reiterou o apoio. Quando o último soldado americano partiu, o Partido Comunista Chinês (PCCh) desatou em impropérios contra a democracia americana. O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, Hua Chunying, atacou o estilo de vida americano e objetou sua ação no Afeganistão.[3] Elogiou o regime talibã, que agora estaria “mais sóbrio e racional […] com práticas boas, positivas e pragmáticas”. Em troca, o porta-voz talibã disse à TV chinesa que Pequim cooperará com o novo regime.[4] Em ruas e casas, os fanáticos torturavam e assassinavam opositores.

      O governo talibã se associou ao bloco chinês enquanto ainda se espalhava o vírus proveniente de Wuhan com suspeitas de guerra bacteriológica; Pequim multiplicava provocações militares na fronteira com a Índia, criava bases aeronavais no Mar do Sul da China usurpando ilhas de vizinhos, hostilizando naves de guerra americanas, australianas, filipinas e de outros países, enquanto seus caças violavam o espaço aéreo de Taiwan.

      O Afeganistão é para a China o que os Sudetos anexados foram para Hitler no preâmbulo da II Guerra Mundial, observou um jornal chinês sediado em New York.[5] A ambição hegemônica não se satisfaz com a humilhação americana em território afegão e quer mais. Thomas L. Friedman chegou a supor no The New York Times[6] que a próxima guerra enfrentará os EUA amolecidos, mas ainda poderosos, e a China astuciosa e agressiva. “Não se pode achar que a era da guerra contra o mal terminou em Cabul — escreveu o vice-presidente da TFP americana, John Horvat, autor do best-seller Return to Order —, pelo contrário, ingressamos num período muito mais perigoso da decadência interna moral e religiosa do Ocidente, de seus costumes e de suas instituições”.

Tentáculos russos no Afeganistão

Zamir Kabulov (círculo), representante especial do presidente Putin no Afeganistão, reunido com líderes talibãs na embaixada russa, enquanto estes tomavam a capital

      O tentáculo chinês não foi o único a agir.Sob a administração Trump, os serviços de inteligência americanos constataram que o corpo especial russo Unidade 29155 pagava prêmios aos talibãs ou a criminosos associados para matar soldados ocidentais.[7]O então presidente foi informado e o Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca debateu o problema, mas faltou coragem para uma reclamação diplomática. A mesma informação foi posta na mesa do novo presidente, mas Biden nada fez. A agência Reuters registrou a amigável relação dos talibãs com a embaixada russa em Cabul.[8] Zamir Kabulov, representante especial do presidente Putin no Afeganistão, estava “conversando” com os talibãs enquanto estes tomavam a capital. E se disse satisfeito porque a embaixada se sentiu bem protegida pelos fanáticos com os quais “vai elaborar um mecanismo permanente de segurança” tendo em vista sua conduta favorável.

*   *   *

      A patética queda de Cabul nos leva mais uma vez à previsão feita por Plinio Corrêa de Oliveira em 1979 sobre a defecção do Ocidente, a qual ele via agigantar-se como um “acontecimento terrível e, ao mesmo tempo, de grandiosas conotações trágicas em que resplandece o castigo de Deus. Não quiseram ouvir Fátima e tantas outras misericordiosíssimas advertências. A História dirá que [os moles embebidos do relativismo da Revolução anticristã] se deixaram derrotar pelos gnomos que os mataram, e que capitularam porque queriam ser derrotados, pois acreditaram na mentira anticristã que os levou à extinção”.

      Não há então esperança? Sim, contamos com Nossa Senhora, Medianeira de todas as graças. Mas arguir-se-á: “As pessoas não veem em que estado foi posta a Igreja Católica?” E a resposta brota nos lábios: “Sim, como o Sagrado Corpo de Cristo após os atrozes ferimentos de sua Crucifixão e Morte. Entretanto, Ele ressuscitou, reina nos Céus em pompa e majestade, de onde prepara o reerguimento de Seu Corpo Místico que resplandecerá no Reino de Maria. É hora de apelarmos à Mãe de Deus num gesto supremo de amor e confiança”.

ABIM


Notas:

[1]) Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p., págs. 500-501 e 609.

[2]) https://apnews.com/article/34ccb6eaba88a5035d657d8ec58640f7.

[3]) https://www.theepochtimes.com/china-claims-to-offer-real-democracy-in-wake-of-us-defeat-in-afghanistan_3984765.html

[4]) https://www.youtube.com/watch?v=NxQK-TfDBbM

[5]) https://www.theepochtimes.com/afghanistan-in-context-xi-jinping-has-occupied-the-sudetenstan_3979113.html

[6])https://www.nytimes.com/2021/09/07/opinion/china-us-xi-biden.html?action=click&module=Well&pgtype=Homepage&section=OpEd%20Columnists

[7])https://www.nytimes.com/2020/06/26/us/politics/russia-afghanistan-bounties.html

[8]) https://www.reuters.com/world/asia-pacific/russia-will-evacuate-some-embassy-staff-afghanistan-official-2021-08-16/

“Deixai vir a Mim as criancinhas”

 


  • Plinio Maria Solimeo

Uma das mais admiráveis virtudes que atraem o coração reto é a inocência infantil. Não há pessoa que, por mais corrompida que seja, que não se comova ao contemplar uma criancinha nos seus verdes anos.

Por isso, não há nada que encante mais que o sorriso de uma criança no esplendor de sua inocência batismal! Ele reflete a louçania e a candura da alma infantil, ainda não conspurcada pelas mazelas da vida. Para ela, tudo é belo, tudo é encanto, tudo é alegria, como canta com tanta poesia Casimiro de Abreu:

Como são belos os dias
Do despontar da existência!
– Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é – lago sereno,
O céu – um manto azulado,
O mundo – um sonho dourado,
A vida – um hino d’amor!

A recordação dos dias felizes da infância perdura a vida toda, e provoca um sentimento de suave nostalgia dos tempos passados, que leva o mesmo poeta a suspirar:

Oh! Que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!

No sacrário religioso da família bem unida, a criança mantém esse frescor de alma infância adentro, deleitando-se com os prazeres miúdos que a vida despreocupada e alegre lhe proporciona, como afirma ainda Casimiro:

Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo,
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!

Outra singela poesia que demonstra o empenho consciencioso de um pai de família em que a filha conserve pura e virtuosa essa inocência até a adolescência, foi escrita por um homem famoso no tempo do Brasil Império, e diz:

Põe na virtude, filha querida,

de tua vida todo o primor.

Não dês à sorte, que tanto ilude

Sem a virtude, algum valor.

Tudo perece: murcha a beleza,

Foge a riqueza, esfria o amor;

Mas a virtude, zomba da sorte,

Até da morte, disfarça o horror.

Brilha a virtude na vida pura

Qual na espessura do lírio a cor.

Cultiva atenta, Filha mimosa,

Sempre viçosa tão linda flor.

O autor dessa bonita peça que transuda espírito religioso, foi o primeiro e único Barão e Visconde de Pedra Branca, Domingos Borges de Barros, nascido na Bahia em 1780 e nela falecido em 1855. Conhecido advogado, escritor, diplomata, político, e sobretudo senhor de engenho, formado em Direito pela famosa Universidade de Coimbra, deputado às Cortes de Lisboa, senador do Brasil Império, e pai da famosa Condessa de Barral, preceptora da Princesa Isabel. Foi à essa filha única, Luíza, que ele escreveu esse belo poema no qual transpira todo o amor paterno.

*   *   *

Nessa época feliz que retratamos, a criança se deleita com as menores coisas da vida, seja uma bola de meia, ou uma boneca de palha de milho. É ávida dos contos infantis, que a transportam para um mundo maravilhoso pontilhado de anjos e fadas. “Daí — diz o grande pensador católico e homem de ação, Prof. Plínio Corrêa de Oliveira — a importância capital para uma civilização católica, o fato de proporcionar às crianças uma literatura profunda e sadiamente formativa, que as ajude a manter-se fiéis à inocência, e a empreender o caminho da admiração pelo maravilhoso, que poderá constituir o verdadeiro timão de suas vidas”.

O contrário disso é o que tem feito a revolução gnóstica e satânica que domina o mundo, e que tanto tem feito para corromper a infância. Todos os meios são empregados por ela para pôr ao seu alcance a erotização mais crua dos programas de televisão e da Internet, a avassaladora propaganda do homossexualismo, teoria de gênero e de toda forma de perversão, com profusão de palavras chulas e de baixo calão. Tudo o oposto do mundo maravilhoso dos contos de fada.

Essa investida contra a inocência das crianças chega a um paroxismo ao apresentar a elas, como opção, o culto ao demônio. Pois é o que está sucedendo. Segundo a Associação Internacional de Exorcistas foi publicado nos Estados Unidos um novo livro (quer dizer, portanto já há vários) sobre demônios para crianças, com o título Livro infantil de demônios [foto ao lado] escrito por Aaron Leighton visando atingir crianças entre as idades de 5 a 10 anos! Ou seja, como afirma dita Associação, “um público particularmente desamparado e condicionável” a quem eles desejam apresentar “o Satanismo como uma alternativa normal entre outros cultos”.

Além disso, o livro “é mais uma contribuição para o nefasto projeto de normalizar o contato com o diabo, e apresentar a prática do satanismo como algo bom e positivo”.

Se isso fosse um caso isolado e raro, já seria condenável. Pelo contrário, insere-se num contexto em que o satanismo está encontrando cada vez mais adeptos, inclusive entre as crianças conforme escrevemos há pouco nesta coluna. Citamos então o caso de duas meninas adeptas do culto ao demônio, uma de 11 e outra de 12 anos, que planejaram um atentado em sua escola, visando matar pelo menos 15 coleguinhas, num ritual satânico.

Ora, escandalizar os pequeninos mereceu de nosso divino Mestre a mais severa censura.

Conta-nos a Sagrada Escritura que um dia pais pressurosos trouxeram seus filhinhos para que o Divino Salvador os abençoasse. Os discípulos, julgando que isso molestaria o Salvador, tentaram afastá-las. “Vendo isso, indignou-se Jesus, e chamando as crianças, disse aos seus discípulos: ‘Deixai vir a mim as crianças e não as embaraceis, porque o reino dos céus é dos que são semelhantes. Em verdade vos digo, quem não receber o reino de Deus como uma criança, não entrará nele’”. E acrescentou: “Qualquer um que escandalizar um destes pequeninos que creem em Mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha (uma grande pedra), e se submergisse na profundeza do mar.” (São Mateus 18, 6)

Quantas “mós de azenha” seriam necessárias hoje em dia para pendurar ao pescoço das inúmeras pessoas que trabalham sistematicamente para perverter os pequeninos!

ABIM

Vem aí o 4º RF Vagos Open

O Pavilhão Municipal Dr. João Rocha, em Vagos, recebe, nos dias 16 e 17 de outubro de 2021, a 4.ª edição do “RF Vagos Open”.

Este evento, organizado pela escola de dança Ritmo das Formas, em parceria com a Câmara Municipal de Vagos, volta a receber atletas, júris, treinadores, público nacional e público de toda a parte do mundo, para participar e acompanhar esta grande Competição Desportiva.

A essência do “RF Vagos Open” assenta na promoção e divulgação da Dança Desportiva e incentivar os atletas à participação em provas de cariz nacional e internacional.

Estarão cerca de 800 atletas, de diversas idades, de países como Portugal, Espanha, França, Itália, Alemanha, Suíça, Bélgica, Ucrânia, Lituânia, Roménia, EUA, Azerbaijão, Austrália, Malta, Polónia, Áustria, Noruega e Grécia, entre outros.

Estão garantidos dois dias intensos de dança, de música e glamour, com muito ritmo e muita cor, que trarão a Vagos alegria, dinamismo e emoção!

Para mais informações e aquisição de bilhetes consulte o site oficial do evento em: www.rf-vagosopen.com. De referir que os bilhetes podem, ainda, ser adquiridos no próprio local do evento.

Venha assistir e apoiar este evento tão importante para todos os que amam a Dança Desportiva!

 

“O génio sobrevive. Todo o resto é mortal.” Doar o corpo à ciência é fundamental para o ensino e altruísmo para quem doa

Em 2020, a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto recebeu 28 cadáveres para serem estudados por alunos e professores, algo "imprescindível" para a coordenadora da Unidade de Anatomia e um "ato de solidariedade" para quem doa.

Estes 28 corpos contrastam com apenas um recebido em 2001. Entre 2001 e 2010, as entradas de cadáveres não chegaram às 10. Contudo, nos anos seguintes e até hoje, os números foram sempre subindo e nunca mais ficaram abaixo da dezena, nem mesmo durante o período da pandemia de covid-19.

A subida de doações poderá ser explicada pelo facto de as pessoas terem cada vez mais perceção da importância do estudo do corpo humano, porque nada substitui a aprendizagem e investigação em cadáveres humanos, nem mesmo a evolução tecnológica, contou à Lusa a responsável pelo departamento, Dulce Madeira.

Além de potenciar o avanço da investigação e da medicina, dá, também aos alunos, a noção da relação entre a vida e morte e tem reflexo na qualidade dos atos médicos e cirúrgicos, sublinhou.

Quem entra no Departamento de Anatomia, rapidamente se confronta com essa realidade visto que, em cada uma das salas, há um esqueleto humano, assim como algumas peças anatómicas (partes de corpos), devidamente preservadas e colocadas em armários. Contudo, ao contrário do que se possa imaginar, não há qualquer cheiro.

Já os cadáveres não estão à vista, estando num local do qual só são de lá retirados aquando das aulas e exames e, no final, voltam a ser lá colocados.

Ao contrário dos corpos, as partes anatómicas que já foram dissecadas e que estão devidamente divididas estão colocadas em caixas para, a qualquer momento, poderem ser utilizadas.

Anatomia significa “cortar” e é pelo corte metódico do corpo, ou seja, pela sua dissecção, que se estuda a estrutura e a constituição do ser humano.

Numa das paredes a inscrição em latim ‘Vivitur Ingenio. Caetera Mortis Erunt’ (O génio sobrevive. Todo o resto é mortal) remete para a morte e vulnerabilidade do corpo humano.

Recuando ao seu tempo de estudante de Medicina, onde se contam algumas décadas, disse em tom de brincadeira, a também professora de anatomia revelou que, ainda hoje, existe naquela unidade uma peça anatómica dessa altura, o que demonstra o “respeito e cuidado” com que são tratados os cadáveres, vincou.

Um corpo doado, que Dulce Madeira classifica como um “bem precioso”, depois de conservado com substâncias químicas, dura anos e tem várias utilizações.

Doar é um ato voluntário e não envolve custos para o dador, recordou a professora, acrescentando que muitas das intenções de doação acabam, na sua maioria, por não se concretizarem.

E é precisamente para que as famílias respeitem a vontade dos dadores que Clotilde Fernandes, de 43 anos, defende a criação de uma lei nesse sentido.

Agente da PSP em Gondomar, no distrito do Porto, Clotilde Fernandes está habituada a lidar com “muitas coisas más”, mas foi a morte do comediante Badaró, em 2008, que a despertou para a doação cadavérica, algo que não sabia que era possível.

Clotilde Fernandes foi amadurecendo a ideia que acabou por concretizar após a morte precoce de colegas de trabalho e dos pais, comentou.

Mãe de três filhos, a agente da PSP confidenciou que estes não ficaram surpreendidos com a decisão, tal como o marido.

“Eu penso que, apesar de estar morta, posso ser uma semente para o futuro e essa semente pode vir a dar frutos”, entendeu.

Surpresos e inconformados com a decisão de Ana Cristina, de 39 anos e residente em Vila do Conde, igualmente no distrito do Porto, ficaram os seus filhos e pais porque são “muito tradicionais” e defendem que após a morte o caminho deve ser o cemitério, notou.

Contudo, Ana Cristina, proprietária de uma padaria, não está sozinha nesta decisão. Também o seu marido decidiu fazer o mesmo e, entretanto, uma amiga.

“Devemos ajudar sempre o próximo, é essa a mensagem que quero passar, até porque, se podemos ser úteis depois da morte, porquê não sê-lo”, questionou, ressalvando que a doação é “um passo” para o progresso e para um futuro mais esclarecido.

Muitas vezes, a família teme concretizar a doação por receio de não poder realizar cerimónias fúnebres, algo que é permitido antes do corpo ser transportado para a faculdade, clarificou a diretora da Unidade de Anatomia.

A partir do momento em que entra nas instalações, o cadáver perde a sua identidade não tendo, quer alunos, quer médicos que o estudem, acesso à sua identificação, historial médico ou causa da morte, porque o princípio é o da “descoberta”, reforçou.

Por isso, avançou, qualquer pessoa pode ser dadora, independentemente do sexo, idade ou doenças associados. Porém, as mulheres entre os 50 e 60 anos são quem lideram as doações.

E depois de estudado e dissecado o que é feito do cadáver? Na maioria dos casos é cremado e entregue à família, na eventualidade desta não querer as cinzas são depositadas no cemitério de Agramonte, no Porto, onde anualmente é realizada uma cerimónia de agradecimento pelo “enorme gesto” de altruísmo e bondade, revelou Dulce Madeira.

Ser dador é simples. Basta apenas preencher um formulário na página da Unidade de Anatomia da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e esperar que, na morte, a sua vontade seja cumprida.

Madremedia/Lusa

Dois mortos e um ferido em incêndio numa habitação da Maia

Duas pessoas morreram e outra sofreu queimaduras graves na sequência de um incêndio ocorrido hoje numa habitação de Castêlo da Maia, distrito de Porto, por causas que a Polícia Judiciária está a investigar, informaram os bombeiros.

O alerta para o incêndio num edifício de rés-do-chão e primeiro andar foi dado cerca das 05:00 e quando os meios de socorro chegaram ao local encontraram uma das pessoas já sem vida e uma segunda em paragem cardiorrespiratória, que acabou por morrer no local, apesar das manobras de reanimação empreendidas.

A terceira pessoa foi levada ao Hospital de São João, no Porto, em estado descrito como grave.

Os bombeiros de Moreira da Maia disseram à agência Lusa que todas as vítimas pertencem ao mesmo núcleo familiar, mas não souberam indicar as idades e o parentesco concreto.

A GNR foi a primeira autoridade policial ao local, sendo chamados depois inspetores a Polícia Judiciária.

Madremedia

Covid-19: estudo revela que as pessoas perfecionistas sofreram mais durante a pandemia

Um estudo pioneiro conduzido por uma equipa de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) concluiu que as pessoas perfecionistas sofreram mais durante a pandemia de Covid-19.

Este estudo, o primeiro a nível internacional a avaliar o papel do perfecionismo no sofrimento psicológico durante a pandemia de Covid-19, foi realizado por investigadores do Instituto de Psicologia Médica da FMUC, dirigido pelo professor catedrático António Macedo, em colaboração com a Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (ESTeSC).

Segundo os resultados da investigação, publicada na revista científica Personality and Individual Differencescom o título “COVID-19 psychological impact: The role of perfectionism”, as pessoas mais perfecionistas «tiveram mais medo da COVID-19, pensaram mais repetida e negativamente sobre a pandemia e as suas consequências e isso levou a que tivessem mais sintomas de depressão, ansiedade e stress», explica Ana Telma Pereira, docente da FMUC e coordenadora do estudo.

O perfecionismo é um traço de personalidade caracterizado pela tendência para estabelecer padrões de desempenho excessivamente elevados, «acompanhada de (auto)avaliação demasiado crítica e evitamento de falhas. As pessoas perfecionistas têm risco elevado de sofrer de ansiedade, depressão e stress», esclarece.

A amostra do estudo foi constituída por 413 adultos, homens e mulheres, da população portuguesa, recrutados entre setembro e dezembro de 2020. Embora as mulheres tenham demonstrando níveis mais elevados de «perfecionismo (na sua dimensão autocrítica), pensamento repetitivo negativo (preocupação e ruminação) e perturbação psicológica do que os homens, as três facetas do perfecionismo que avaliámos, e que são atualmente as consideradas mais relevantes (perfecionismo rígido, autocrítico e narcísico), tiveram este efeito de aumentar a perturbação psicológica, independentemente do género», realça Ana Telma Pereira.

A investigadora e docente explica que as reações psicológicas a pandemias dependem muito da personalidade da pessoa, uma vez que «são influenciadas pelos traços de personalidade, pois estes determinam a forma como interpretamos as situações e, portanto, as emoções e comportamentos que geram».

«Este foi o primeiro estudo publicado na literatura científica internacional a comprovar empiricamente o impacto negativo do traço de personalidade nas reações psicológicas à pandemia de COVID-19. Mais concretamente, verificámos que as diversas componentes do perfecionismo, quer intrapessoais (o próprio exigir-se a excelência), quer interpessoais (entender que os outros lhe exigem perfeição e, também, exigi-la aos outros), geraram mais ansiedade, depressão e stress face à pandemia», especifica.

Tendo em conta que o perfecionismo tem vindo a aumentar significativamente «nas duas últimas décadas, principalmente entre os jovens, falando-se mesmo de uma “epidemia de perfecionismo”», Ana Telma Pereira nota que os resultados deste estudo evidenciam que «o perfecionismo deve ser tido em conta na avaliação, prevenção e tratamento do impacto psicológico da(s) pandemia(s). É difícil alterar a personalidade, mas é possível ajudar as pessoas a reconhecer os seus traços e a desenvolver formas de lidar com os acontecimentos de vida que sejam menos negativamente influenciadas por eles».

Além de Ana Telma Pereira e António Macedo, a equipa integra Carolina Cabaços, Ana Araújo, Ana Paula Amaral e Frederica Carvalho.

 

Ano letivo arranca na Universidade Sénior da Curia

O ano letivo 2021/2022 da Universidade Sénior da Curia arrancou no dia 7 de outubro, nas instalações do Curia Tecnoparque, em Tamengos, com cerca de 60 alunos inscritos e uma vasta oferta curricular.

A cerimónia de abertura decorreu na quarta-feira, 6 de outubro, no auditório do Curia Tecnoparque, com a presença de alunos e docentes, tendo a mesma sido presidida pela presidente da Câmara Municipal de Anadia, Maria Teresa Cardoso, acompanhada pelos vereadores Jennifer Pereira e Ricardo Manão.

Maria Teresa Cardoso deu as boas vindas aos alunos e docentes presentes, deixando uma mensagem de esperança e de confiança. Destacou a mais-valia da USC que, neste processo de aprendizagem ao longo da vida, permite a partilha de conhecimento e de experiências de vida, bem como a sociabilização.

A autarca espera que “tudo corra pelo melhor”, com o sentido de responsabilidade que cabe a cada um, e que os alunos encontrem neste espaço “a satisfação e a alegria” para poderem usufruir do conhecimento e das relações de amizade. Apelou ainda à participação de todos os alunos nas aulas, nas atividades e na partilha de informação, por forma, “a enriquecer ainda mais este ano letivo que agora começa”.

De salientar que as aulas irão decorrer, respeitando todas as regras de segurança, nomeadamente o uso de máscara, a higienização das mãos e mantendo a distância física.

A sessão encerrou com um momento musical protagonizado por dois elementos do grupo Groov’Art – Academia de Artes, de São Lourenço do Bairro. No final, os presentes tiveram ainda a oportunidade de apreciar uma mostra coletiva de trabalhos realizada pelos alunos das unidades curriculares de Artes do Vidro e do Mosaico, no ano letivo transato.

A USC está localizada nas instalações do Curia Tecnoparque, em Tamengos, Anadia, funcionando, de 2ª feira a 6ª feira, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h30. Centra-se na promoção do ensino não formal, através da atualização de conhecimentos num contexto de formação ao longo da vida. Disponibiliza unidades curriculares em diversas áreas formativas, nomeadamente “Sociedade, Línguas e Culturas”, “Saúde, Motricidade e Bem-Estar”, “Expressões”, “Projetos”, “Oficinas” e “Atividades Extracurriculares”.

Fuga de óleo contida em central termoelétrica de Gondomar

Os Bombeiros de Melres deram ontem à noite como concluída a contenção da fuga de óleo na Central Termoelétrica da Tapada do Outeiro, em Gondomar (Porto), que pelas 19:30 corria risco de incêndio médio ou baixo.

Em declarações à agência Lusa, cerca das 21:50, fonte dos bombeiros revelou que já não havia nenhum risco de incêndio e que a “ocorrência estava concluída”.

Entretanto, a empresa responsável pela central, Turbogás, informou que “está a apurar as causas do sucedido e prestará todos os esclarecimentos necessários às entidades oficiais”.

“Foram de imediato tomadas todas as medidas necessárias ao controlo da ocorrência, não existindo quaisquer riscos de incêndio, nem de contaminação ambiental, podendo o incidente considerar-se desde já ultrapassado”, lê-se numa nota enviada às redações.

De acordo com a Turbogás, foram mantidos contactos com as entidades oficiais.

O risco de incêndio na Central Termoelétrica da Tapada do Outeiro era, pelas 19:30, médio/baixo depois de conseguida a contenção da fuga de óleo, disse à Lusa o presidente da câmara, Marco Martins, na ocasião.

Segundo o autarca, “houve uma fuga de óleo do sistema de lubrificação”, óleo que estava “a mais de 300 graus de temperatura”, situação que podia gerar um incêndio na “central responsável pela produção de 12% da eletricidade consumida em Portugal”.

“Primeiro foi ativado o plano de emergência interno e todos os meios de acordo com o previsto no sentido de conter a fuga e depois arrefecer as exposições, ou seja, as proximidades para evitar que o calor do óleo se pudesse propagar e provocar alguma ignição”, continuou.

E prosseguiu: “neste momento [19:30] o óleo está contido, a temperatura está muito mais baixa e o risco de incêndio, que há uma hora atrás era muito elevado, neste momento é médio/baixo. A situação tende a ficar controlada”.

Admitindo que a normalização da situação “pode demorar duas ou três horas”, o autarca informou que devido ao acidente “teve de se parar a produção numa das turbinas” o que faz com que a central “esteja agora com dois terços da produção”.

Marco Martins disse ainda que “em princípio não haverá quebra de fornecimento de energia” dado ser sexta-feira e a maioria das “empresas fecharem para gozo do fim de semana”.

O autarca socialista acrescentou sobre o “eventual derrame de óleo para o rio [Douro]” que a situação “está calculada” e que a central dispõe de “tanques de retenção para todo o óleo que se perdeu”.

Questionado pela Lusa sobre o volume do derrame, Marco Martins disse tratar-se “de muitos milhares de litros de óleo”.

No local estiveram os Bombeiros de Melres, Gondomar, Valbom, São Pedro da Cova, Areosa/Rio Tinto e de Crestuma, num total de 28 operacionais apoiados por oito viaturas.

Segundo o Centro Distrital de Operações de Socorro do Porto não se registaram feridos nem houve necessidade de evacuar ninguém das casas, as mais próximas situadas a cerca de 300 metros de distância.

Madremedia/Lusa

Covid-19: Brasil atinge 600 mil mortes com indicadores da pandemia em queda

O Brasil ultrapassou a marca de 600 mil mortes devido à covid-19 (600.425), cerca de 19 meses após o primeiro óbito no país e num momento em que a pandemia está em queda em solo brasileiro.

Nas últimas 24 horas, o país sul-americano, com 213 milhões de habitantes, registou 615 vítimas mortais, segundo dados do Governo, sendo que a média de mortes diárias está em 453, o menor número desde novembro do ano passado e bem abaixo das médias superiores a 3.000 mortes registadas em abril último, no auge da segunda vaga da pandemia.

Apesar de o número de vítimas mortais ter diminuído significativamente nos últimos meses, o Brasil ainda é o terceiro país com a maior média diária de novas mortes, atrás apenas de Estados Unidos e da Rússia, e o segundo com mais óbitos em números absolutos, antecipado pelos norte-americanos e pela Índia.

Um dos grandes motivos para o enfraquecimento da pandemia no país sul-americano foi o avanço da vacinação contra a covid-19. Segundo o Ministério da Saúde brasileiro, 149,2 milhões de cidadãos receberam a primeira dose de alguma das vacinas contra a doença e 97,6 milhões completaram o esquema vacinal.

Em relação ao número de infeções, o Brasil contabilizou 18.172 novos casos entre quinta-feira e hoje e totaliza agora 21.550.730 diagnósticos de Sars-CoV-2 desde o início da pandemia, registada oficialmente no país no final de fevereiro de 2020.

Para assinalar a marca trágica de 600 mil mortos, a organização não-governamental Rio de Paz estendeu 600 lenços brancos no areal da Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.

Madremedia/Lusa

Homem morre atropelado por trator no concelho da Covilhã

Um homem de 45 anos morreu ontem depois de ter sido atropelado por um trator agrícola, numa propriedade da freguesia de Peraboa, concelho da Covilhã, distrito de Castelo Branco, confirmou à agência Lusa fonte oficial da GNR.

De acordo com o comandante do Destacamento Territorial da GNR da Covilhã, capitão David Canarias, o alerta foi dado cerca das 18:00.

Segundo explicou, o acidente terá ocorrido quando estavam a ser realizados agrícolas na referida propriedade, tendo o óbito sido confirmado pela equipa da viatura médica de emergência e reanimação (VMER) da Covilhã.

A PJ ainda foi chamada ao local, mas tudo aponta para que a situação tenha sido acidental.

A vítima foi transportada para Instituto de Medicina Legal da Covilhã.

Madremedia/Lusa

Cantanhede | Agrupamentos de Escolas Gândara-Mar, Lima-de-Faria e Marquês de Marialva

 

Alunos participam em atividade com o escritor e ilustrador 

Pedro Seromenho

O escritor e ilustrador Pedro Seromenho participou em mais três sessões para cerca de 200 alunos do 1º Ciclo Básico, do concelho de Cantanhede.

As iniciativas que se realizaram no passado dia 4 de outubro, decorreram em formato virtual e contaram com a participação de alunos das EB1 da Sanguinheira e Tocha, do Agrupamento de Escolas Gândara Mar. Já na sessão, realizada no dia 7 de outubro, participaram 2 turmas das EB1 de Cantanhede e do Corticeiro de Cima, dos Agrupamentos de Escolas Lima-de-Faria e Marquês de Marialva, respetivamente.

Presente na sessão de abertura esteve Pedro Cardoso, vice-presidente da Câmara Municipal que aproveitou a ocasião para saudar a realização da iniciativa, salientando a “importância da atividade para promover e reafirmar hábitos de leitura nos mais jovens e cimentar o importante papel do livro, como fator de desenvolvimento cultural humano, sobretudo do público infantil.” Pedro Cardoso felicitou o escritor Pedro Seromenho, os alunos e docentes envolvidos na iniciativa e a Biblioteca Municipal, “pelos conteúdos imaginativos e lúdicos, tão adequados à faixa etária à qual se dirige.

Durante as sessões, Pedro Seromenho partilhou aspetos relacionados com a sua vasta experiência enquanto escritor e ilustrador, em particular sobre a sua mais recente obra “Inês, a inventora de profissões” e interpretou textos literários desta publicação.

O livro “Inês, a inventora de profissões” foi apresentada pela Comunidade Intermunicipal Região de Coimbra (CIM-RC), numa sessão pública online, que decorreu em novembro de 2020, e que contou com a presença do escritor Pedro Seromenho e da ilustradora, Zita Pinto. Esta obra foi selecionada para os alunos do 1.º ciclo no âmbito da fase intermunicipal do Concurso Nacional de Leitura 2021.

Esta é a segunda vez que Pedro Seromenho participa em atividades com alunos dos agrupamentos de Cantanhede, já no mês de abril o escritor e ilustrador infantojuvenil Pedro Seromenho já tinha realizado três sessões, igualmente à distância, para alunos dos Agrupamentos de Escolas Lima-de-Faria e Marquês de Marialva.

Pedro Seromenho Rocha nasceu em 1975, na República do Zimbabué. Com apenas dois anos de idade fixou-se em Tavira e mais tarde em Braga, onde reside atualmente. Licenciado em Economia, desde muito cedo demonstrou excecionais apetências pelo universo da escrita e da pintura, colaborando em inúmeras publicações e exposições como escritor e ilustrador

A Inês é a jovem mascote do projeto de educação promovido pela CIM Região de Coimbra – o Realiza.te – e que desafia, desde 2016, os pequenos empreendedores do 1.º ciclo da nossa região a criar histórias e jogos didáticos, dando a conhecer o nosso território na companhia de amigos que a visitam, ganhando assim nova roupagem e novos desafios, procurando-se adaptar ao perfil dos alunos do século XXI.

O livro nasceu da vontade e desejo de várias bibliotecas públicas, promotores de excelência da leitura no território que desenvolvem o potencial das crianças da Região de Coimbra, dando a oportunidade de explorarem as suas vocações, promovendo o seu desenvolvimento pessoal e preparando-os para os desafios de uma sociedade em constante mudança.

Realiza.te é o programa de ação territorial que visa promover o sucesso escolar, a equidade social, o emprego e a igualdade de oportunidades nos seus jovens. O projeto, cofinanciado pelo Centro 2020, Portugal 2020 e Fundo Social Europeu, destina-se a todas Escolas da Rede Pública dos 19 municípios da Região de Coimbra, desde alunos, professores, pais, pessoal não docente, entre outros e tem como meta diminuir o insucesso e o abandono escolar precoce em 10% no território da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra.