domingo, 11 de maio de 2025

Adota + iniciou em maio do ano passado. Programa do Município de Cantanhede promoveu a adoção de 78 animais no último ano


A Câmara Municipal de Cantanhede iniciou o programa Adota+ uma iniciativa que permitiu a adoção, no último ano, de 78 animais de companhia, que estavam alojados no Centro de Recolha Animal de Cantanhede (CRAC).
Trata-se de um programa de colaboração com empresas que operam no setor de produtos para animais e serviços veterinários.

A divulgação dos animais disponíveis para adoção é feita através do Facebook do CRAC, de visitas a este Centro pelos adotantes, ou pela sua abertura em períodos fora do horário normal, por exemplo ‘open days’ e algumas visitas agendadas.

Os titulares de animais adotados têm um conjunto de vantagens, nomeadamente descontos e ofertas, mediante a apresentação do documento comprovativo no momento da compra.
Os interessados em adotar têm de preencher um questionário informal sobre o alojamento do animal e ainda assinar um termo de responsabilidade.

Estas etapas visam garantir que os animais sejam entregues a famílias preparadas e conscientes, reforçando o compromisso com uma adoção responsável e duradoura.
O programa Adota + assenta numa estrutura entre o Município de Cantanhede, o Centro de Recolha Animal de Cantanhede (CRAC) e os operadores aderentes. Cabe ao Município a elaboração do documento que formaliza o acordo de parceria com os operadores do setor animal, enquanto o CRAC assume a responsabilidade de verificar os dados das empresas envolvidas, nomeadamente o licenciamento, localização e tipo de oferta apresentada. O CRAC é ainda responsável pela emissão e renovação anual do comprovativo de beneficiário do programa.

O Adota + permite um acompanhamento contínuo dos animais adotados, facilitando a atualização de dados no sistema de identificação eletrónica (SIAC) e incentivando a adoção responsável e duradoura.

Neste sentido, estão atualmente estão a ser desenvolvidos esforços para alargar o número de parcerias, além de outras medidas dirigidas aos adotantes e à promoção da adoção.

O Céu da Língua, a peça fenómeno de 2024 de Gregório Duvivier, dia 26 de junho, no Centro de Artes de Águeda

Gregório Duvivier celebra a sua ODE à Língua Portuguesa com uma digressão em Portugal que passa por 12 cidades

Considerada pelo Observador e pelo Expresso uma das melhores peças de teatro de 2024, o Céu Da Língua estreou com estrondo no Teatro Aberto, em Lisboa, onde realizou uma temporada esgotada atingindo o número impressionante de 7000 espectadores em apenas três semanas. Após o sucesso em Portugal, a peça estreou no Brasil e regressa ao país para uma digressão com as seguintes datas. 17 de junho no Teatro das Figuras em Faro, 18 de junho no Convento São Francisco em Coimbra, 19 de junho no Centro Cultural e de Congressos nas Caldas da Rainha, 20 de junho no Teatro Pax Julia em Beja, 21 de junho no Theatro Circo em Braga, 22 de junho no Coliseu Ageas no Porto, 24 e 25 de junho no CCB em Lisboa, 26 de junho no CA Águeda, 27 de junho no Teatro Municipal de Vila Real, 28 de junho no Centro Cultural de Paredes, 29 de junho no Fórum Luisa Todi em Setúbal e dia 01 de Julho no Teatro José Lúcio da Silva em Leiria.

Gregorio Duvivier tem na língua portuguesa não somente uma pátria mas uma obsessão. Ou, como dizem os jovens, um hiperfoco. Afinal a palavra é uma fonte inesgotável de humor, desde os primórdios. No Princípio era o Verbo, disse Deus. E logo em seguida vieram os erros de concordância. O mesmo Deus disse: Faça-se a Luz. Mas disse para quem? E porquê?

O espetáculo mistura Stand Up Comedy com poesia falada e uma dramaturgia que costura tudo. Stand up poetry? Linguistic comedy? Como preferir. Gregorio prefere na nossa língua: Comédia Poética. Dirigido pela atriz Luciana Paes, Gregorio descobre o poder da fala e lembra-nos que o homem nada mais é do que um macaco que fala - e todas as outras diferenças derivam disso.

“Todo texto é um pretexto. Escrevi essa peça pra voltar a Portugal. Sim, nesse caso o palco veio antes da peça: “o teatro Aberto tem três semanas em Novembro”, me diz o Hugo Nóbrega (produtor executivo da peça). “Mas tem que ser uma peça nova”. Ah, que alívio. Ah, que desespero. Faz tempo que queria escrever essa tal peça novinha em folha. Já tinha o pretexto, só faltava o texto. Chamei Luciana Paes, minha atriz preferida no Brasil e no mundo, pra dirigir a peça, e pensar nela junto comigo. Luciana compartilha comigo a obsessão pelo nome das coisas. Seu olhar fez nascer uma linguagem nova, uma maneira nova de contar histórias e dizer coisas que penso. Parimos juntos esse anfíbio do qual muito me orgulho: um filho do stand up comedy com o circo pobre. Adicionamos pitadas de Ted Talk e meia-xícara de teatro musical.” relata Duvivier.

Texto e Interpretação: Gregório Duvivier
Direção: Luciana Paes
Assistencia de Direção: Theodora Duvivier
Direcção Musical e Execução da Trilha: Pedro Aune
Criação Visual e Projeções: Theodora Duvivier
Figurino: Elisa Fauhaber & Brunella Provvidente
Iluminação: Ana Luzia de Simoni
Produção: H2N Culture Connectors

Bilhetes à venda:
Ticketline: Convento São Francisco (Coimbra), Coliseu Ageas (Ageas), CA Agueda, Teatro Municipal de Vila Real,

Bol: CCB (Lisboa), Teatro das Figuras (Faro), CCC Caldas da Rainha, Teatro Pax Julia (Beja), Theatro Circo (Braga), Centro Cultural de Paredes, Forum Luisa Todi.

Bilheteira Própria: TMJLS (Leiria)


*Raquel Lains

 

Porque hoje é … Domingo | Significado do acto eleitoral


“«Votar é colaborar, não votar é trair o Povo». Esta a palavra de ordem do Presidente Costa Gomes ao anunciar, solenemente, aos portugueses a realização, no dia 12 de Abril de 1975, das eleições para a Assembleia Constituinte.

O significado histórico deste acto de liberdade foi definido, pelo próprio presidente, ao considerá-lo «marco fundamental no caminho da democracia».

Pela primeira vez, depois de quase meio século de sofismas eleitorais, de manobras totalitárias e de ignorância política das massas, os portugueses vão, em liberdade, exercer o seu direito de voto, a livre escolha do caminho que desejam ver percorrido no futuro.
É um acto histórico em que vamos participar no dia 12 de Abril. Vamos escolher os partidos, os homens que, como representantes do povo, vão elaborar as leis fundamentais do País.

Vai dar-se realidade, assim, ao compromisso assumido pelos jovens «capitães do 25 de Abril».

Ninguém terá o direito de estar ausente neste processo de democratização das instituições.

É natural que cada um dos partidos procure mais militantes e mais simpatizantes para as suas bases, para que essa adesão seja consciente, é urgente que os portugueses conheçam os seus programas, as suas intenções e os seus planos concretos de acção democrática.” Apenas uma reduzida apresentação do referido livrinho, composto por 130 páginas. Se fosse estudado vs lido nas escolas não teriam nada a perder, bem pelo contrário, na área da história.

Comentário: Quem se lembra deste “livrinho” vs manual? Decorreram 51 anos, mais de metade do povo continua na ignorância apesar dos meios avançados ao seu dispor, sendo extensiva aos jovens contemporâneos. Não conhecem os estatutos dos partidos nem diferença entre eles. É tudo farinha do mesmo saco. Hoje assistimos a comportamentos de determinados dirigentes vs governantes, que eram impensáveis no tempo da ditadura. Porquê?
Não pretendo generalizar, mas, mais de metade do povo está-se borrifando para os partidos e suas promessas. Prometesse tudo e seu contrário. Um beijo vale um voto, um prato de sopa na cozinha social vale um voto, um carinho no rosto de um(a) idoso(a) vale um voto, uma palmadinha nas costas vale um voto. Portugal deve ser o País da Europa onde mais se promete e, menos se cumpre, com um sentimento de impunidade assustador. Onde começa e termina a publicidade enganosa? Ninguém é culpado de nada do que acontecesse, tudo é mistério ou inocente. Há porventura um País melhor do que este?

Quem garantiu aos senhores políticos que os eleitores são néscios? Os resultados da abstenção falam por si. Mais evidências? Fico assustado ao observar como está o mundo em “chamas” pelas guerras, fome, epidemias, ódio, vingança, indiferença, comodismo, inversão de valores, desconfiança uns dos outros e nas instituições, notória falta de respeito pelos idosos que tudo deram à Nação, acabam o seu ciclo de vida na miséria e abandonados à sua sorte.

Manifesto-me preocupado, porque os meus dois filhos (casal e neta), para progredirem na vida, viram-se “obrigados” a sair do País onde nasceram, cresceram, e se formaram academicamente, se por cá ficassem só seriam úteis para pagar impostos.

Não podemos obrigar ninguém a ser livre. Quem anseia viver num ambiente de repressão, quiçá de ditadura tem por onde ir. Subjugar os outros aos seus desejos e anseios pessoais, ou súbditos, além de desumano é crime… são uns frustrados, estão de mal com a vida que escolheram e, em nome do Povo fabricam leis opressivas, tornando-se intocáveis, não admitindo sequer que sejam alvo de suspeições.

“A firmeza de convicções políticas não é medida por aquilo que não se quer, mas pelo que, consciente e inteligentemente, se pretende, desde o que já foi consagrado pela experiência social, até ao que possa constituir inovação benéfica, ou simples adaptação aos ambientes humanos em constante evolução.” (Prof. Doutor Jacinto Ferreira, Para um verdadeiro Governo do Povo, pagª. 9).

Pelos frutos é que se conhece bem a árvore. “Teríamos de negar a natureza, se considerássemos a Nação como a soma dos seus indivíduos humanos, ou para a sua representação, a admitíssemos constituída por grupos ocasionais de interesses opostos, chamados partidos.” (Os Princípios do Sufrágio Universal, Págª. 49, Hipólito Barroso).

Que no próximo domingo, dia 18 de Maio, exerçamos o nosso direito cívico com sentido de responsabilidade, por forma a não hipotecar o nosso futuro pessoal, menos ainda aa nossa Nação.

*Joaquim Carlos
Director